quarta-feira, 29 de maio de 2019

UMA POSIÇÃO SENTIDA


Qualquer aposto não fere a ferida que não cala
Assim de se ver que uma veia nos traz à escola
Na parte que não transige, na consignada rota
De um non sense torto quase sem sentido lato…

Não que a poesia possa respirar, isso procede
O não fato, aquilo que não verte na alma
Nem um dente irrisório do descaso, um mote
Que retém um grampo de cabelo na lapela.

Assim de se prever que muitos se informam
Torna a informação quase cáustica por vezes
Mas que infunde a questão peremptória e crua
De se estabelecer fundo quase consuetudinário.

No que a palavra fale, no íntimo de seu verbo
Remontam ócios infinitos do simples não ler
Mas que na ponta de um sufragar ansioso
Nos vemos na esfera de um tragar noturno.

Cabe ao montante de uma situação perene
Saber-se de continuidades por reflexos
Onde nem sempre se dá a corrida infanda
Na parte da mesma escola por si fundada.

Não que se jacta a esfera condenatória
De uma linha quase ausente da memória
Mas que se pare a recrudescer o falso
No que se exime algo por não se saber…

A veste da semântica nos apronta muito
De nos sentirmos na ausência do parecer
No que vestimos na parecência do nexo
Ao redondo mundo em que parecemos viver.

Uma equipe falta, o treinador desfalece
Quando o esporte não significa competição
Algo que assemelha uma homenagem
Àqueles atletas que mudaram para fora.

Do foguetear-se incompatível na roda
Em rosa de quase fogueira, a moda vil
Que não exerce garantias quaisquer de ponta
A outra que se fere por agarrar de viés o ferir.

Simplesmente deixamos de saber do século
Onde Cabral não foi o descobridor do país
Mas que seja o João Neto de Melo da poesia
A que a genealogia não corresponderia jamais.

Verte-se a poesia em seu tentar estoico
De se querer traçar um significado próprio
Na vertente enfumaçada de um cigarro nu
A que se pretenda ao menos um costume!

No que se digladia a performance do lago
Retira-se uma água de contaminantes
Na espera que um dia verta sobre a cidade
A catástrofe quase imediata da previsão.

Pois sim que falar sobre recrie as horas
De uma frase que não subloca parentes
E que tenta prosseguir lenta e silenciosa
Nas guelras de um mundo sem oxigênio.

A cidade quer ver o campo, mesmo desnudo
Com seus albores quase noturnos, demanda
Que não afete o rumor mais tranquilo da nau
Em que se navega no prumo silente da rua!

A feliz transigência de um caminhar sereno
É maior do que a pressa de outro que corre
Mesmo na correlata vez em que um parta
Na notívaga voz que ensombra o espírito!

Não que mechamos uma mecha suspeita
Na ocasião em que a palavra seja dita
Sem o subterfúgio que nos revele por um dia
Aquilo que não se carrega por braço ocupado.

A ver, seria pouco afirmar que a sina e longa
Porquanto muito se faz para aplacar missões
Na experiência claudicante de um dito insano
À espera de um consonante sorriso afirmativo.

Não se diga jamais que o mundo não esteja
Sem o esteio correto de sua bússola ao norte
Posto enquanto se espera o rumo certo
A derivação do barco encerra a outra verdade…

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