Uma
tremenda redução de possibilidades abarca a vida contemporânea,
enquanto em outros modais – não tão importantes – reflete-se
uma produção naquilo que se mostra mais complexo, no seu uso
cerebral, no uso da inteligência, mas não necessariamente em
um trabalho essencial. Trazem-nos
bons ventos a aproximação com novos recursos
de monta fabril, novas modalidades de máquinas e bons outros
recursos para empreender o design, seja funcional ou não, seja de
entretenimento ou de negócios. Esse
grande vento gera um redemoinho, levantado a poeira que de qualquer
forma há de assentar sobre o solo… Todas as eras da história onde
profundas transformações tecnológicas acontecem, causam igualmente
profundas mudanças nos costumes, na questão existencial e no modo
de ver o mundo onde estamos. O que permanece, o que se mantém é
justamente o avanço da tecnologia e o fortalecimento da ciência e
da filosofia, ou seja, dos frutos do pensamento. Não exatamente que
precisemos de ideólogos para fundamentar e orientar governos, mas do
debate horizontal indispensável de boas cabeças, bons cérebros, e
a possibilidade de dispor desse diálogo abrindo as portas
democraticamente aos acessos desses saberes. Como
a força do vento é sua capacidade de entrar por nichos e lugares
ocultos por vezes, de difícil acesso, tanto em um imenso arranha-céu
quanto em uma pequena lavoura, o conhecimento e mudança de paradigma
chega em cada tempo, no seu tempo. Um
tempo a cada, como um número de átomos infinito a um pedaço de
comida, ou a uma rocha, ou a incidência infinita dos ventos, seja no
âmbito planetário, ou nas super novas,
nos buracos negros e os impactos dos ventos de um meteoro gigantesco.
Entre outras tantas medidas às quais
sequer conhecemos, pois certamente existirão outros sistemas
planetários, quiçá infinitos, mas não fosse por isso que o
planeta onde habitamos é este, a Terra.
Porventura
o que é mote razoável seria analisar um pouco os novos processos de
produção, mas falta tarimba ou conhecimento padrão de sabermos
que, sempre que um equipamento é acionado, sempre que um robô
inicia movimentos, há uma linha de comandos, que por sua parte é a
mão humana, e que já se dá o processo de abertura de canais
perceptivos nas máquinas: os sensores
de luz, as células fotoelétricas, sensores de movimento, ondas
eletromagnéticas e tantos outros quando se pensa na vinculação de
uma inteligência que pode se tornar de artificial para natural,
dependendo do tipo de materiais que vão atuar, ou seja, a questão
orgânica ou inorgânica, não necessariamente em termos de cadeias
carbônicas, mas de células de seres vivos. Essa vinculação da
inteligência com os diversos aparelhos de robótica pode surgir
diretamente do controle manual ou em realidade virtual com o objeto,
como em rotinas de programação, onde os condicionais comandos como
o if,
por exemplo, são muito necessários, posto inteligente é o robô
que já começa a assumir atitudes próprias, mas sempre no domínio
algo simples de significação do estímulo e resposta. Apenas novas
variantes de vastas bibliotecas de comandos de programação tornam o
reagir do robô e sua tomada de gostos e desejos artificiais, mais
complexo. Torna-se importante
aproximarmo-nos dos eixos em que a integração entre diversos campos
tecnológicos se faz presente, e avançarmos no sentido da “re”
compreensão das modalidades produtivas que estão ficando à margem
do processo industrioso e limpo, conforme assume essa categoria, e em
uma escala tão importante quanto, mesmo assim à margem do ganho,
onde o exclusivista, o novo, não participa e nem divide seus
conhecimentos de modo a democratizar melhor aquilo que deriva de uma
sociedade onde a competição pode se tornar um esporte, a invés de
um tipo de guerra insana. Inclusive o treinamento empresarial deveria
transferir a quaisquer funcionários um
insight
ou uma descoberta procedural, o que vem a beneficiar a própria
empresa e
seu desenvolvimento em recursos humanos.
A vida de uma nação não passa propriamente por tal ou qual
doutrina econômica adaptável ao país, mas sim em um tipo de
simbiose particular onde a nação utilize o que for mais importante
e fundamental para o seu desenvolvimento econômico, assim como no
positivo e negativo, yin e yang, no hólos, e não tornar mais
convexo o que é de natureza côncava. Não seria muito factível com
uma sociedade onde um sistema computacional por vezes é mais
complexo do que qualquer sistema de governos, deixar de acompanhar
linearmente ao menos o básico de um
sistema em qualquer equipe que se preze na gestão, para equacionar
melhor o que há e o que é. Existe por vezes absolutismos na forma
de pensar de certos homens que exercem algum tipo de poder, o que
gera contrastes ou contendas em que – se formos parar para pensar –
só interessam para aqueles que veem tudo de babilônias locais ou
transnacionais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário