quarta-feira, 22 de maio de 2019

A LÓGICA DO COMPORTAMENTO



            Há quem muito se diga espontâneo, ou mesmo autêntico, mas o que quer a sociedade que sejamos não se sabe ao certo. Por certo se sabe que há a divisão das leis e a má conduta. Há em um país como o Brasil algo factível de se ler na aparência as atitudes que refletem no comportamento de uma maneira um tanto vulgar, quando não se dá uma ingerência mais atenta ao que pode vir a ser esse método. Esse modo de se ver o cidadão pode tornar-se um tipo de cacoete primitivo de análise, posto a psicologia não seja ciência indispensável, quando modeladora ou indutora do caráter, não apenas no modo individualizado como generalizante, ou sistêmico. De acordo com teorias comportamentalistas, não se dá ênfase em como ocorrem graves dissociações mentais, posto o agravamento e acometimento desses males só tem crescido na sociedade contemporânea, ondes Estados coercitivos se tornam meios legais como modal de ações de controle e o escape quase compulsório que se faz com certos meios de comunicação, através da subsistência e necessidade de aceitação e de afeto. A linguagem curta torna-se quase um padrão na velocidade dos estímulos e respostas quase mecânicos, e os debates informais algo na visão de certos administradores nocivos ao andamento voraz do chamado novo mercado. A questão passa muitas vezes através de códigos de programação, insights tecnológicos e facilidade – no entanto muitas vezes ilusória – de acesso a alguma fonte que nem sempre é confiável. Há que se ter em conta que em muitas vertentes a educação básica realmente é essencial, mas a preeminência da fusão entre esta e as superiores é de vital importância para se permitir o andamento de uma educação sólida e permeada pelo diálogo constante e dinâmico.
            Esse andar-se do comportamento roga que consideremos o ambiente familiar como uma fusão e um sustentáculo até que os estudantes possam concluir os cursos, desde as creches até as universidades. Se aumentar a possibilidade do conhecimento ampliar suas modalidades, ver-se-á um incremento muito saudável no resultado de ter-se um mercado mais pungente, consumidor e gerador de riquezas. Nesse âmbito, certamente um comportamento mais diferenciado torna a sociedade mais rica culturalmente, mais autêntica e menos coercitiva, posto ser a dificuldade em manter um bom padrão em todas as instâncias da educação a condição que torna uma nação mais pobre, gerando a incapacitação e franco desenvolvimento recessivo, com o despontar da desocupação nas fábricas e fuga do campo, este como meio racional de desenvolvimento da agricultura em um país com tanta terra fecunda para que se possa alimentar internamente seu povo. Não se deve jamais trabalhar a defasagem de uma possível e potencial riqueza com investimentos em curto prazo, dotações apenas fiscais ou queima de reservas. O mote de um estado de coisas onde a máxima seja a análise comportamental na esfera criminal, por exemplo, soluciona pontualmente questões territoriais dessa ordem, mas incapacita a recriação de habitabilidade em lugares onde a visão ou o prognóstico que se tem é de deterioração moral, ou condições insalubres jamais passíveis de serem solucionadas. Prima-se um governo ser razoável se valorizar cada canto de um país, se vir no habitante de uma favela um trabalhador, se ao menos certificar a propriedade desse habitante, se se punir sem contra ordem a milícia ou as facções organizadas, através do fomento e valoração do comportamento positivista no setor humano e de geração de inclusão dessa mesma população.
            Não há diferenças fundamentais ente membros da mesma espécie, pois por vezes um cidadão mora em um lugar rico, enquanto outros moram em lugares pauperizados. A lógica prescreve que o meio faz o homem, porquanto é muito mais difícil um favelado ter uma vida normal do que um morador da zona abastada. Mas se se acrescentar ao menos um insumo progressivo na capacitação financeira de largas populações, permitindo à nação um crescimento paulatino e sólido, mais valerá essa intenção como um andamento coerente e harmônico do entendimento fundamental entre as classes. Externamente, é assim que se dá um exemplo, pois diversas nações encontram suas dificuldades sociais e existenciais, incluso os EUA, e é através de ações positivas que se recoloca o prumo na sustentação de uma esfera  mais humana e correta. É nesse sentido que se deve pregar a fé no sustentáculo moral e estruturante do conhecimento e dinamismo das sociedades, com a preservação dos domínios nacionais e seus lucros mais de repartes, como uma modalidade onde o comportamento não tenha que ser adotado por um tipo de osmose imposta pela dubiedade, pois somente através de uma atitude exemplar de um governante é que seu povo pode admirar as conquistas e as possibilidades de recriar um panorama mais justo de progresso e democracia.

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