O olho olha de frente a uma pedra
distante de um sol de poente
Ao que se diria o azul de sua tez
na superfície dos cristais
Que tudo se aperceba conforme o
distar que o seja no horizonte
Mais a ver com a penumbra oculta de
fêmea feito mulher...
Aos cristais de um quartzo de uma
hora luminar que o fora
O cristal desfaz as ondas que
quebram há horas nos rochedos
Que fossem os mesmos que
abandonaram escumas abrandadas
No sentido pleno em que as cracas
também respiram os cascos!
Na vida de um passante formiga
subentende que não o esforça
O carregar silencioso de um fardo
que ao homem não o conheça
Nos véus de uma Natura
incandescente quando por vezes sempre
Nunca se apresente ao mesmo olhar
que – incauto – tropeça nas ervas.
De um homem que pensasse ser o
mundo imenso qual diamantino
Nas luzes de um farol costeiro em
uma noite que nos iniba pela beleza
A força de uma rocha emana de suas
texturas as palavras ilusórias
Como as chuvas de pétalas de coral
vistas por um grande enfermo...
Quanto que as enfermidades não
sejam a patibular cria de verbas
A anunciar na poesia do mesmo
cristal a jaça que entorpece esperanças
De que porventura algo fosse dado
ao cidadão trabalhador e forte
Mesmo nos que são fracos os sejam
apenas os da administração.
Em que fortaleza do caráter nascem
os governantes, quando imiscuem
As páginas de suas próprias
cretinices em subtrair traindo o seu povo
De tudo o que se esperava ao menos
do justo que ao povo substabeleça
Na única vertente verdadeira que
reza a orçamentos que aquele já conhece?
A poesia deriva de um mar de corais
e vê o mesmo mar solapado
Pelas correntes inquisitórias do
absurdo que não vê e não percebe
A tantos e tantos o estrago em que
seus peixes sobrevivem dos dejetos
Em que os homens se transformam
quando conseguem transtornar poetas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário