segunda-feira, 17 de julho de 2017

EM UMA VERDADE

           Que seja uma apenas a verdade que emana de um homem que se chamaria a própria verdade? O que disso se compreenderia? Se temos tanto a conhecer por que não chamamos a verdade como algo de tocarmos, qual um mapa de concreto inacessível? Seria muito dizermos que não possuímos o suficiente, mas que tal se acharmos o suficiente algo maior do que o mínimo de que nem temos sua noção exata? Esses mínimos que não encontramos no tempo que não nos reserve outras escalas… Assim como se buscássemos de repente um inusitado calor, algo que transcendesse o parecer simples dessas mesmas escalas, qual uma bússola em contraparte com outros utensílios. Quando uma humanidade se tornar mais sólida veremos quiçá um pressuposto em caudais de outras famas, talvez alegóricas, talvez em categorias dos mesmos objetos que jamais pensamos em ser. Seremos apenas um apanhado de gerações inconsonantes entre nós mesmos, no quilate em que as verdades se resumem em uma tal que abarque razões de propriedade inexprimível. Do que talvez queiramos expressar, mas que tenhamos a noção imediata de estancar, já que estancam a arte como uma veia mais do que seca. Se secam-na, que façamos como arte de arte, no pincel com apenas nanquim, algo áspero, em nossa luta de fazer com que a arte sobreviva. Esse é o panorama crucial para que compreendamos a importância do fazer e construir na arte.
          Vivemos na verdade de algo imaginativo ao excesso, outro panorama assombroso que nos resguarda em nossa própria negação cultural que nos diga respeito, a que a este se baste como premissa fundamental e histórica. Por tantas razões que nos ensaios que construímos como assertivas mais longas em seu predominar quase lógico veremos algo de substanciar a matéria, como de se plasmar a argila em nossos ventres de comum acordo com o que temos de história, de memória, de construção das estruturas que não queremos e felizmente não veremos ruir em nossos tempos. Em uma verdade, que não fosse tão encoberta, talvez descobríssemos as veredas em que não nos reconhecemos como unidades de vida, tão consortes como o que nos dissessem que fôramos. As questões que se passam por caminhos que desconhecemos sabem mais de nosso mundo do que tenhamos quase tudo a explicar… O mesmo que buscamos em nossas vidas é uma explicação que por vezes se torna incoerente quando justificamos uma desordem latente em nossos próprios caminhos. A pressupor a indiferença de um mundo que se torna hostil, temos à nossa frente outros que se revelam veredas em que não ultrapassamos sequer o significado. Há um lugar aparentemente renitente em vermos o caos fundamentar-se nos modais que nos unem para outros em que a intolerância vira peça chave da existência humana, seja individual ou nos cernes coletivizados. Essas premissas servem para entendermos o que nos atinge por encima de propostas de um pensamento que nos resguarda para o alívio de quem – pudera – pudesse estar livre de significados maiores. Pudessem as horas serem mais extensas para que avaliássemos que o quinhão que nos reserva o apanágio das gentes é o mesmo que resguarde o humanismo e suas leis que se aplicam de modo universal, pois perdem o sentido quando colocadas por debaixo de um tapete urdido com a miséria. Nada do que há pode reiterar o contrário de pensarmos uma volta de um tempo onde a vida de um ser mereça ser alçada a uma categoria de verdade e respeito, no que sejam ambas em sua mutualidade. Nada que o lugar comum da simplificação atenue a compreensão, pois a literatura mais aprofundada resguarda a frente de nossos entendimentos para uma conexão com a realidade mais experta e duradoura, já que seja esta a questão que não implique na sensaboria e nas desavenças. No término de qualquer extensão de um parecer, que saibamos as letras a nos ensinar que no vale algo da existência valerá mais aquele que possui consciência imparcial de seus atos. Ao colocarmos mais luz por dentro de nossos átrios, seria conveniente assumirmos que, quando erramos, não será ao sabor das paixões que resolveremos as contendas internas em que qualquer equívoco de nosso portar incide sobre a cunha reversa de nossas pretensas e quiméricas personas. Tanto de se saber que o voto de um ser a querer ser algo maior do que um homem possa residir ao menos em sua fé, pois esta moverá a montanha de pedra que lhe impede a passagem, no que venha a residir finalmente em uma Verdade própria de seu tempo, algo que lhe valha a quebra de todos os estigmas em que porventura possam residir dentro ou fora de seu escopo existencial.
          Na quebra de nossos estigmatizados dias, sejam quais forem os cidadãos, saibamos que a parte que se assombra com os sinais do tempo, de um sem tempo, de uma atemporalidade que verte fora das comunicações outros vértices de compreensão e entendimento, as causas nunca foram tão seguramente colocadas nos painéis dos segredos… Sejam quais forem os tempos a serem referidos, não elucidamos com peças pretensamente históricas a remontagem que se faz necessária de cenas que temos algo a cumprir na ciência da mesma construção, pois em sua negativação do processo seremos obrigados a não sermos, a não existirmos perante as pontes que nos levam para uma alienação em que a fantasia e a ilusão passam a extinguir os processos criativos do indivíduo. Esse pensamento de se coletivizar é o mesmo que tange o mundo das classes e objetos na reflexa e integradora maneira de pensar os sistemas com as ordens da informática, por selva onde perde-se quem for menos ciente ou utilizar frequências ou inteligências externas. Possuímos nosso próprio modal operativo, e é através dessa incontestável – mesmo que ainda semente – forma que podemos resolver os fluxos econômicos de uma nação efetivamente brasileira.

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