Em
uma criteriosa observação da realidade das Américas vemos casas e protótipos
existenciais em cada qual, na sua arquitetura por vezes perfeitamente
inteligente, que nos assombra a realidade de muita e muita arquitetura e seu
engenho... Essa compreensão dentro de uma latitude veraz na consciência não nos
dá a solução para tudo, mesmo que nos blindemos, mesmo que nossas grades em
nossas janelas não pressuponham o oposto, a rua, o que é do exterior para um
interior, pois se passa que é na rua a pé que assombramos a nós mesmos mesmo na
compra de um saco de pão. A questão não é a virulenta política que igualmente
também nos assombra, a questão é das leis que estão em vigor, e pelas leis, das
que são legalmente justas e não merecedoras da litigante motivação entre o que
se traduz pelo Poder contra o povo. Se é que devamos falar sobre, mas objetivar
a clareza da razão nos permite dizer mais claramente, obedecendo a método
necessário e pontual a cada ser, que estamos para viver no mundo a sermos
presenteados por aqueles que objetivam a igualdade, a fraternidade e a
liberdade entre as populações, para citar apenas a etapa nada messiânica do
processo de existência que nos abarque como base fundamental de convivência
humana. Essa razão, supõe-se, já foi conquistada, pois é a partir dela que as
leis humanas devem se fundamentar, para o começo de mantença de conquista
histórica entre as nações. Haveremos de alcançar a latitude de um grande espaço
em convívio para um debate em que essas questões abracem por sua vez o processo
que devemos seguir para as nossas dianteiras: a verdadeira justiça social, o
quesito da igualdade, dentro da liberdade, dentro da fraternidade...
Não
abracemos a questão do que muitos traduziram em suas leituras igualmente
válidas enquanto crenças no fim de tudo, válidas enquanto existir a esperança
de um mundo melhor, ao menos. Mas não se trata de abraçarmos isso, esse
messianismo, pois nos grupos que se formam, o fim de tudo, um chamado apocalíptico
só cria ferramentas ilusórias para que não se demandem mudanças existenciais para
evitar segregações irracionais e ortodoxas. O poder chama para tanto, e não é
no poder pelo poder que resolvemos existencialmente a questão, pois suas
injunções só causam separações entre o que é humano e o que é brutal. Para
isso, contemos com a inversão da realidade tecnológica para algo como a arte, a
poesia, uma renascença em nossos costumes, e a diversificação de atitudes
solidárias por parte de governantes, a ajuda talvez irreal da mídia, ainda que
saibamos que contrataram-se para um tipo de embate que, se não desistirem,
terão que assumir de vez a que veem e mostrar as suas diversas faces e
finalidades, para que saibamos quem são e por que essa exposição desmesurada de
violência e sexo em seus conteúdos diários.
A
questão não é mostrarmos a vulnerabilidade de todo um sistema, mas expormos os
erros de engrenagens que já não funcionam do mesmo modo, com todas as suas
vertentes cáusticas. O mundo não possui mais espaço físico ou humano para
conflitos, estamos atravessando nas Américas, principalmente, toda uma
diminuição do que seria logicamente racional e humano ao que passa a ser freak, ou mesmo ridículo. Se existem
conveniências sobre os poderes que anunciam, se há saídas pelas portas dos
fundos, que se evadam, ou que mudem o seu portar-se com. Não podemos mais
anunciar desordens em um sistema de apropriação das jazidas que remonta a um
turno quase medievo da revolução industrial, nos idos do tear mecânico, nos
idos das máquinas a vapor. Talvez seja melhor pensarmos que estamos com uma
supraconsciência que significa a propriedade de meios em tecermos palavras,
filmes, fotos, sites, links, mas que aquela surge de tal modo – tão veloz – que
não paramos para elaborar melhor o veículo que se nos apresenta, navegando na
tormenta com um Evinrude de 150 hp. Estamos esperando o furacão dentro de
nossas concepções libertárias na superfície de um pequeno lago, apesar do mundo
ser quase todo oceânico e profundo.
Os
estudos mais pausados e mais intensos tem que dialogar com o vernáculo como se
faz na relação entre mestres e alunos, e estes alunos tem que saber de uma vez
pensar com mais destreza, mais sabedoria e, se há uma saída na porta dos
fundos, que sirva para entrarem novos alunos, e que se formem, e que saiam
depois de concluir a cada dia, day by day... Os seus desenvolvimentos, as suas
esperanças de estarem aprendendo algo, e que os professores/as prossigam na
luta de mostrar que, ao menos neste grande continente, talvez a esperança seja
a forma de consubstanciar a trilogia que tão bem a França ensinou ao mundo.
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