domingo, 2 de julho de 2017

O PENSAMENTO COMO RAZÃO E LIBERDADE

            Em uma criteriosa observação da realidade das Américas vemos casas e protótipos existenciais em cada qual, na sua arquitetura por vezes perfeitamente inteligente, que nos assombra a realidade de muita e muita arquitetura e seu engenho... Essa compreensão dentro de uma latitude veraz na consciência não nos dá a solução para tudo, mesmo que nos blindemos, mesmo que nossas grades em nossas janelas não pressuponham o oposto, a rua, o que é do exterior para um interior, pois se passa que é na rua a pé que assombramos a nós mesmos mesmo na compra de um saco de pão. A questão não é a virulenta política que igualmente também nos assombra, a questão é das leis que estão em vigor, e pelas leis, das que são legalmente justas e não merecedoras da litigante motivação entre o que se traduz pelo Poder contra o povo. Se é que devamos falar sobre, mas objetivar a clareza da razão nos permite dizer mais claramente, obedecendo a método necessário e pontual a cada ser, que estamos para viver no mundo a sermos presenteados por aqueles que objetivam a igualdade, a fraternidade e a liberdade entre as populações, para citar apenas a etapa nada messiânica do processo de existência que nos abarque como base fundamental de convivência humana. Essa razão, supõe-se, já foi conquistada, pois é a partir dela que as leis humanas devem se fundamentar, para o começo de mantença de conquista histórica entre as nações. Haveremos de alcançar a latitude de um grande espaço em convívio para um debate em que essas questões abracem por sua vez o processo que devemos seguir para as nossas dianteiras: a verdadeira justiça social, o quesito da igualdade, dentro da liberdade, dentro da fraternidade...
            Não abracemos a questão do que muitos traduziram em suas leituras igualmente válidas enquanto crenças no fim de tudo, válidas enquanto existir a esperança de um mundo melhor, ao menos. Mas não se trata de abraçarmos isso, esse messianismo, pois nos grupos que se formam, o fim de tudo, um chamado apocalíptico só cria ferramentas ilusórias para que não se demandem mudanças existenciais para evitar segregações irracionais e ortodoxas. O poder chama para tanto, e não é no poder pelo poder que resolvemos existencialmente a questão, pois suas injunções só causam separações entre o que é humano e o que é brutal. Para isso, contemos com a inversão da realidade tecnológica para algo como a arte, a poesia, uma renascença em nossos costumes, e a diversificação de atitudes solidárias por parte de governantes, a ajuda talvez irreal da mídia, ainda que saibamos que contrataram-se para um tipo de embate que, se não desistirem, terão que assumir de vez a que veem e mostrar as suas diversas faces e finalidades, para que saibamos quem são e por que essa exposição desmesurada de violência e sexo em seus conteúdos diários.
            A questão não é mostrarmos a vulnerabilidade de todo um sistema, mas expormos os erros de engrenagens que já não funcionam do mesmo modo, com todas as suas vertentes cáusticas. O mundo não possui mais espaço físico ou humano para conflitos, estamos atravessando nas Américas, principalmente, toda uma diminuição do que seria logicamente racional e humano ao que passa a ser freak, ou mesmo ridículo. Se existem conveniências sobre os poderes que anunciam, se há saídas pelas portas dos fundos, que se evadam, ou que mudem o seu portar-se com. Não podemos mais anunciar desordens em um sistema de apropriação das jazidas que remonta a um turno quase medievo da revolução industrial, nos idos do tear mecânico, nos idos das máquinas a vapor. Talvez seja melhor pensarmos que estamos com uma supraconsciência que significa a propriedade de meios em tecermos palavras, filmes, fotos, sites, links, mas que aquela surge de tal modo – tão veloz – que não paramos para elaborar melhor o veículo que se nos apresenta, navegando na tormenta com um Evinrude de 150 hp. Estamos esperando o furacão dentro de nossas concepções libertárias na superfície de um pequeno lago, apesar do mundo ser quase todo oceânico e profundo.
            Os estudos mais pausados e mais intensos tem que dialogar com o vernáculo como se faz na relação entre mestres e alunos, e estes alunos tem que saber de uma vez pensar com mais destreza, mais sabedoria e, se há uma saída na porta dos fundos, que sirva para entrarem novos alunos, e que se formem, e que saiam depois de concluir a cada dia, day by day... Os seus desenvolvimentos, as suas esperanças de estarem aprendendo algo, e que os professores/as prossigam na luta de mostrar que, ao menos neste grande continente, talvez a esperança seja a forma de consubstanciar a trilogia que tão bem a França ensinou ao mundo.

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