sábado, 8 de julho de 2017

CONTINUÍSMO NÃO É A PAZ

            Seria similar ao “quase” buscarmos os fatos que nos encerram nas redomas de nossas verdades, quando encobrimos as ordens estabelecidas por eixos não sabidos porém existentes, por adentro de estruturas arcaicas, porém aplicadas nos modais das novas tecnologias. Por uma experiência analógica, temos a informação como eixo predominante: todos querem navegar por ela, mas reserva-se esta por camadas ou classes que nos tornam objetos enquanto intencionais de praticar a sua acepção, o seu recolher, a pesca, a garimpagem. Talvez a metáfora do garimpo seja a melhor, porquanto se fosse de fonte a recolhermos desde o diamante até o carvão, parecidos, similares, passando pelo ferro, recriando o aço, as usinas de transformação, os impedimentos legais de nossos biomas, a apropriação mecanicista da Natureza em que, saibam, nossos índios tem mais conhecimento do que marxistas do alto padrão de doutoramento, algo senil enquanto empedernido. Não queiramos ter a pretensão de que achamos a morte de Deus em Nietsche, que pensamos que Mao seja a última palavra, pois quem fez a China crescer foi o capitalismo misto de Deng Xiaoping. Acabemos com as ilusões de que a esquerda é mais correlata com os destinos do mundo, pois não há nem haverá a questão da ditadura do proletariado mais em nossos tempos, mesmo que a esquerda nos recolha a seu colo... Engendrarmos padrões de conduta na conduta profissional do que vem aos movimentos sociais é partir para que a impotência da falta de organização em reivindicar o melhor seja blindada pelos mais inteligentes do sistema. Portanto, a divisão das esquerdas só nos revela um atestado de burrice, quando persegue cada vez mais o movimento diastólico da oxigenação que impede ações realmente conscientes, mesmo sabendo que o que assusta mais seus órgãos é a possibilidade de surgirem reais lideranças em suas independências.
            Não há mais caminho, camaradas de antanho, que não seja o da devoção. Quando se fala de comunismo espiritual significa que todos os seres que habitam a Terra devem ser respeitados, assim como as palavras não matarás significa respeitarmos até mesmo os insetos e, se porventura formos sensíveis, deles apreendermos um pouco da vida! Não há guerra que signifique algo, no entanto há aquela em que, quando um devoto é ofendido, não se pode permitir, via de regra, a Lei de Deus, Krsna. Devemos saber de como é a vida em que não respeitamos um cão, que seja, de não respeitarmos uma vaca, de sacrificarmos um cavalo, em nome do que cremos que a espécie humana está evoluída, mas que no entanto está profundamente enredada no materialismo, na Energia Material e em seus modos, particularmente no Modo da Ignorância, mesmo que muitos especulem sobre diversos temas que afundam a humanidade mais e mais na matéria, no que a nação Índia ainda é a pátria espiritual do planeta no seu portar-se pacífico em relação ao mesmo. A espiritualidade no mundo clama por uma grande vertente, pois se isso não ocorre virão regimes e sistemas cada vez mais desastrosos, nas pátinas ferruginosas de suas teorias enferrujadas. Será que a vida sexual irrestrita nos reconforta, será que caminhamos para fornicar como cães e gatos? Obviamente não, pois os cães têm o cio para tal, e os homens e mulheres apenas tornam-se cada vez mais objetos para tal.
            No dia em que se compreender que Vishnu é o pai primordial que reside em nosso coração, estaremos cada vez mais aptos para seguir adiante no oceano material, e toda a nossa concepção do mundo se tornará melhor quando Nele nos abrigarmos. A literatura transcendental é vasta, temos o Gita, temos o Bhagavatam, temos o Livro de Krsna, além de tantos outros que nos trouxe para o Ocidente um Mahatma, chamado Srila Prabhupada! Cessem os discursos, cessem as violências, parem de quererem ser vitimados de sua própria repressão a si mesmos. A grande revolução no planeta é inquestionavelmente a espiritual, em um espelhamento sereno do que não queremos as guerras religiosas, por falta de tolerância aos diversos credos. Estes mesmos têm que apaziguar os ânimos, pois é a partir de nossa verdadeira identidade com o Senhor da Criação, Brahma, que podemos revitalizar nossas existências, lembrando que a cada gota de orvalho em uma folha de alimento devemos oferecer a Krsna, como prashada indissolúvel, sagrada e, se possível, distribuir a outros que necessitem... O lugar não importa, pois façamos do sagrado os lugares de nosso credos, e partamos para repartir o amor que tão bem as verdadeiras religiões que almejam o bem e não as riquezas deem lugar para seus devotos. A renúncia é o melhor a fazer na questão do desapego de nossos bens, de uma sanha que parece por vezes descontrolada de nos fazermos partícipes de algo que não é tão substancioso como o verdadeiro comunismo, o comunismo espiritual, onde os pobres são reis. Que os mestres e sacerdotes de todo o mundo perdoem os nossos pecados, que encontremos os meios para não sucumbirmos às tentações, pois deve ser através dessa integridade férrea que podemos almejar uma Era de luz, apesar de desavenças acentuadas e hipocrisias sem par.

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