Dos reis que não se fale, que se
fale mais abertamente dos peões
Que se fazem reis em igual
movimento, nas abstrações do tempo
Em que um longo xadrez nos mostra
que todos querem ser reis
E só há um espaço para um, ao que
se faça aos outros oito peões
Tornados outros que sejam reis
reais nas próprias dimensões
Onde um peão encontra a dama em
seus sacrifícios do descarte
Enquanto se fora rei ao peão seria
mais fácil e conveniente o desfrute.
Mas não que não se passa a intenção
do peão desguarnecido,
E que vejam que na cela de um rei
entre torres há peões no tabuleiro
Com os mesmos movimentos limítrofes
entre uma casa e outra
Da branca à negra, e que seja a
troca a justiça em se encontrar a rainha.
Esta vem como sempre, forte, como
mulher administradora no movimento
Universal de seus planos, linda,
negra ou branca, do peão no final encontrada,
E que se diga que neste tipo de
jogo há oito rainhas para cada peão, ou
Uma rainha para cada oito reis, que
realeza não seja tão convicta quanto
Os cavalos nos digam apenas que
estão cansados e dinamizem as caronas!
Fontes, não entorpeçam o caudal da
literatura grande, pois sua pequena fronte
De quererem registrar movimentos
interpretativos revelam outras rainhas
Que em Médio Oriente possuem a
relação inequívoca com a grande nação
Daquele do ouro que insufla a guerra
onde alguns pensam ser pouca a ação.
A epígrafe de fotografar supostos
juramento de um Horácio mal vê
Que na surdina a vã catalisadora de
ocultas imagens orquestradas
Não vê ao peão um rei, mas um rei
no peão, em que seu desejo é assolado
Pelo inconquistável do sincero que
gesta o gesto sem saber das fotos...
O xadrez não é um jogo
excessivamente lógico quando não o estudamos,
Torna-se uma poesia quando
compreendida nos tempos em que não há o exato
Na transparente versão que têm
alguns pela união de dois oponentes
Em que ambos os bispos são
fundamentais no andamento superior da contenda!
De onde vêm as torres, por sinal
guarnecidas, como esposas de Mariguelas
Que mal sabiam que sofrera o homem
como poucos na terra sofreram
E a custo de grande homem talvez
tenha sido aceito pela comunidade fechada
Por questões de convergência
religiosa, a que muitos não aceitam o cidadão católico!
Sinistra questão, a religiosidade
que em seu Velho Testamento não profetiza
Que tenha vindo o Filho do Homem
como messias na circunspecção histórica,
Pois justamente os Profetas
anunciam a vida do Salvador na Terra, a que veio,
E escolheram aquele que criam que
lutava pelo seu povo, à liberdade: Barrabás.
Esses serão reis ou peões, não
seriam reis o rei de todos os que não o escolheram,
Em que agora permitem e insuflam as
interpretações pré apocalípticas do non sense,
Quando negam o Messias e o negarão
sempre, a não ser que seja estadunidense
Ou nenhum, que talvez queiram
afogar os arrependimentos contra a Palestina no muro!...
Nada contra a religião que prega
uma supremacia, que não permite que se casem outros,
No entanto essa parafernália de
fotos e registros gestuais, esse ensaio pirotécnico e teatral,
Essas montagens falsamente de
vanguarda, apenas mostrarão a autoria do que se diz agora
Para que depois caia a grande
carapuça que engendra um povo que se diz superior.
Na medida em que queiram denunciar
forças que zelam pela nossa segurança,
Estarão estabelecendo travas
operativas em um processo que desconhecem mesmo juntos
Aquilo em que desprezam juntar, mas
que em seletos quartos podem tentar desfazer
Um sonho em que toda a comunidade
brasileira ao menos possa tentar construir.
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