quarta-feira, 12 de julho de 2017

RESTART

            No mais das vezes quase não compreendemos mais nada... Logicamente o previsível é compreendido e tem que ser, não por suposição aleatória, mas por pesos factuais. Mesmo que o peso de uma medida venha de modo praticamente compulsório, resta mantermo-nos com a retidão moral de quem age com a virtude aproximada da Verdade. Quando todo um sistema informacional de um equipamento de computação, por exemplo, sai do ar, é mister reiniciá-lo. Temos a bandeira verde para consignarmos o início, o sinal, a amarela, que é a preservação do que deve ser preservado, dentro do tesouro em cada qual, e a vermelha que nos é dada como uma advertência, a cor magister, sem sombra, a mais forte. Para um redcard um greencard, como se não bastasse falarmos a língua de outros, mas que a sombra não evanesce em nossos jardins, assim como o pressuposto de que – se religarmos o sistema – alguns problemas cessam. A sistematização de uma sociedade é o pressuposto que ela exista enquanto ente com seus prós e contras, enquanto, a bem dizer, algo funcione. Mas há vezes que praticamente, em uma intenção favorável à Nação, temos que recomeçar, e não teremos a velocidade das máquinas neste caso, pois a restrição da história nos alinha para mais e mais tempo... O que foi utilizado pelas máquinas para entregar algo a alguém é algo muito mais rápido do que sabermos o destino da encomenda, a quantos interessam, quem lucra, quais são os interesses da indústria e quais as suas vinculações externas. Como em um passe de mágica, é como milhares de encomendas sendo entregues em um período de meses, tal o cartesianismo anacrônico e no entanto totalmente factível nos processos usuais e integrados das entregas. Uma usina é um pacote simples, de entrega rápida, e seus contratos permitem a funcionalidade operacional em questão de simples toques biométricos.
            A administração popular recente de nossa República montou uma grande estrutura que permitiu ao Brasil a importante inserção no Brics e uma visibilidade que viabilizou o país frente aos mais poderosos, ampliando o leque da libertação econômica da América Latina perante o seu papel em sair do mapa da fome e alçar um desenvolvimento para o seu povo, em que milhões saíram da linha da miséria. A conjuntura olha para a situação, espelhada por um reflexo de estatísticas econômicas que vão de encontro à tecnocracia atual nas origens aterradoras do surgimento de um regime plutocrático, dentro de um sistema capitalista neoliberal ou, como queiram chamar os vilões, de empreendedorismo do mercado. A visão estrutural é a mais importante, e chegamos ao ponto de muitos estarem “recrutando” mendigos para trabalhos de servidão com a velha e antiga retórica do: “quanto você pretende ganhar?”. Algum problema está mais dissonante, e percebamos: estamos vivendo as últimas cartadas em nosso planeta, mas no entanto as pessoas reais estão mais fortes e mais conscientes. Não falemos exatamente de pessoas reais ou irreais, pois isso seria fetichista, estamos falando daqueles que não tiveram nem espaço nem tempo para conseguirem as oportunidades que muitos atestam serem típicas do mercado, aquelas nos exércitos industriais de reserva, nas longas filas das universidades, das escolas públicas, dos serviços de saúde, das vivendas, dos simples empregos, ou dos usuários de drogas ilícitas, sem contar com os enfermos de natureza mental que têm crescido em incidência e graus.
            Temos que reiniciar, recomeçar do que já possuímos, lutar para que não sejamos subtraídos e resistir tenazmente para que outros possam caminhar pelas veredas que abramos. Cada peixe pescado, cada carne, um fruto, um trabalho, que compartamos da ideia de que somos de luta, e que a luta agora é cada vez mais necessária, a que tenhamos condições de reivindicar não apenas para nós e nossos filhos ou netos, mas igualmente para os progenitores, amigos, classes desfavorecidas, com a tenacidade do exemplo, e que não percamos a calma nesses momentos, pois quando há cães ferozes temos que esperar que se tranquem e fiquem mais calmos, já que na percepção daqueles que lesam a pátria a agressividade e as ofensas veladas - ou não - estão na pauta de suas agendas previsíveis. A contarmos que recebem auxílios e receitas estratégicas de grupos internacionais, resta sabermos que receitas são, em que sistemas trabalham, quais as dimensões de seus ataques para entregar aos estrangeiros as riquezas e o poder de um país como o nosso. Obviamente qualquer estrutura organizacional de inteligência de cunho patriota no nosso território tem que buscar diferenciar o que é um Governo ruim e entreguista daquele que vale pela boa intenção e vontade popular. Quem não gostaria que houvesse uma harmonia entre o povo de um país e seus representantes? Quem não acreditaria ou saberia ser esta uma questão relevante ao andamento de nossos cidadãos? É meio irrisório pensarmos que aqueles que acreditam ser os EUA a grande nação mundial estarem decepcionados com a falência algo cíclica e inevitável pela qual está passando a instituição governamental e econômica dessa gente. Não há raciocínios... Realmente não são mais precisos. O mundo está às claras: dizem o que querem, por quem vieram e manietam, dentro e fora: nas américas para as américas dentro da própria que se diz américa. Dos sonhos hollywoodianos. Para os games de war, or the sexual games. Basta, pois de podridão já serve o nosso lixo, em que seus trabalhadores ainda têm que fazer greve de vez em quando.
            O restart, ou o reinício tem sua importância capital, pois é de se reconstruir que se pede a bondade – pelo menos – de algum poder, que seja, e que tenham clemência em suas atitudes, pois a selva é para todos, e os leões não são muito amigos de hienas ou chacais. Pois que nosso povo é senhor das selvas, estando vulnerável ou não, e continuará sempre sabendo quais as lideranças que falam mais a Verdade, quais os interesses dos que dominam os meios de comunicação e outros, pois se há um povo na Terra que mereça um grande aplauso, ainda é e sempre será o povo dos oprimidos. Essa carestia não durará muito, pois façamos de nossos esforços a tarefa gigante de primar pelos destinos de todo o nosso país, sem distinção de etnia, credo ou crença...

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