domingo, 30 de julho de 2017

POESIA DE ALGO A VER COM O OUTRO

Não esqueçam as pedras das suas latitudes imutáveis
Quando veem no pináculo de suas pretensas certezas
Que tudo o mais que não se viu ao longo dos séculos
Com certeza não era o turíbulo mais vago do pensamento!

A nos crer que das igrejas não sai o ventre da Verdade,
Tece-se a dúvida de nunca sabermos do que existe
Frente à importância inequívoca das frentes da religião
Posto enquanto não se saia de outra certeza de imposições...

O outro não será jamais um inimigo, posto isso ser de ilusão
Ao que outros já criaram seus conceitos, e outras lutas
Terem se travado nos séculos que nos precederam por vias
As mais entrantes nos tempos em que não nos haviam postos.

Não há muito mais o que se escrever sobre o cadafalso
Onde a poesia que vem de Krsna o saberá mais portanto
Quanto de sabermos que de santidade é a terra Índia
A sabermos que lá estão melhores do que estamos por aqui!

Resta sabermos que a religião é a ferramenta dos fortes
Porquanto o crente perfaz sua peregrinação com o bem na proa
E o sacerdote revela ao mundo um Papa mais do que peregrino
Quando isenta de seu fausto a cela em que passa os seus dias...

Chegará a hora em que estaremos aptos a aceitar o imenso fato
De que aqueles que creem em algo predispõem-se à Natureza
De modo a saber que esta só existe com resultado do que se cria
Ao pressuposto nada mais lógico do que uma ciência de Deus.

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