quinta-feira, 6 de julho de 2017

UMA SOCIEDADE LIVRE SE FAZ DE A E B

            Qual será o pensamento que nos leve para uma soma, melhor, um somatório de acertos? Será que esses acertos merecem o caudal da relatividade? Também pertencem aos mistérios da física, onde o tempo não existirá sem modificar o espaço de Einstein? A questão é que involuímos, quando soubermos que aplicar isso na economia, o Darwinismo e a luta das espécies, em que somos todos seres humanos, começa a surtir sinistros efeitos. Certamente há um monstro gigantesco esperando a todos os inocentes com uma grande e sedenta goela, veraz como o atraso que se faz paulatinamente, dia a dia nas novelas políticas, dia a dia em uma imprensa morta, conquanto imersa na sua própria e estéril inércia. Não se cria nada novo, e talvez seja o caminho para termos mais sorte na quebra da convicção popular de que o que está por aí é uma embalagem a que alguns tem acesso, ou ao menos sonham quando creem que é indispensável: as novas tecnologias. Digamos, em fechar o kit, ter a ferramenta para se comunicar. A princípio, a escola começa a faltar no cerne ideal, e a contento o celular vira instrumento mal aplicado. Essa reversão pode ser funesta ao andamento de uma educação, mas igualmente pode viralizar conhecimento. A e B, consoantes, seriam melhores, estes na escola, o celular como multiplicador e os maiores fatores que compreendem as incógnitas ulteriores como família, sociedade, natureza viva, natureza material, o diálogo e fundamentalmente uma leitura mais continuada: a literatura. Filosófica ou não, A LITERATURA. Profundamente gigante é aquele que conhece livros, que sabe realmente navegar pelas letras, e gigante igualmente é aquele que procura aprender, e é onde está uma porção de letras que signifiquem que essas pessoas podem ampliar seu entendimento da natureza humana. No entanto, tornar o meio digital com uma releitura de seu uso, improvisando dentro de sua engrenagem, buscando utilizar melhor a ferramenta, compreendendo seus sistemas operacionais, é tarefa do cidadão que deseja melhorar seus conhecimentos de informática e ampliar o leque de comunicação com os temas tão relevantes dentro de uma nação que começa a verticalizar demasiadamente seu poder de atuação.
            Estamos falando de educação, abram-se as alas que queremos passar, pois essa é uma questão de vida e formação de nossos jovens. Ás classes dos professores passamos a ter um respeito que deve ser igualmente multiplicado pela orientação que deles se origine no sentido de ampliar a conexão dos alunos com o Universo. A ligação com o infinito, compreendendo-se que não somos o único planeta existente, mas é este o único em que viveremos para contar aos nossos netos como é a história em que por ele passamos. A era contemporânea, em termos de informação, está com um fluxo de intensidade que muitos não podem acompanhar, ou ao menos compreender. O que precisamos é de um tempo, ao menos meia hora no começo, para debruçarmo-nos em um bom livro e confraternizarmos com a – repito – literatura. Se a natureza de um aluno é pela tecnicidade, um livro técnico. Há quem goste de matemática, há quem goste da poesia, e há – ainda – quem deseja um encontro com a arte do desenho, ainda com o lápis, com as tintas e com os pincéis. A era contemporânea tende a presumir que as maquininhas de computação suprem a necessidade da arte, da expressão, de toda uma cultura que, se não cuidarmos bem, nos está sendo subtraída pouco a pouco. A libertação de uma sociedade não significa uma imprensa vendida, parcial e desonesta. A libertação não significa que só alguns poucos possam usufruir do que falta a muitos mais. A liberdade de uma nação significa que todos tenham direito à saúde, a uma boa alimentação, a boas roupas pois, se houver um que use uma roupa um pouco melhor, que ao menos possua a consciência que outros por vezes estão na rua morando ao relento. Todos têm direito à moradia e, se não é, esperemos que nos invadam os carros, que porventura tenhamos, na primeira esquina?
            O caminho da humanidade passa pelo comunismo espiritual. Significa que ao mesmo tempo em que se luta para o justo para todos, que desenvolvamos de modo luminar uma consciência que nos capacite a que tenhamos condições espirituais para o desapego. Obviamente, nesse sentido, os maiores governantes usariam a roupa padrão, simples, desapegados, para dar o exemplo, como Brahmanes. O que acontece com o nosso país não demanda que tenhamos conflitos de ordem transformadora, pois o conflito de qualquer ordem gerará mais e mais conflitos. O que necessitamos é que reunamos forças por vezes díspares em sua essência para agregar um espelhamento mais sereno de coisas que podem sofrer mudanças, e mudanças para melhor. Para isso, temos que ter a nossa força, a classe guerreira, como os Kshatrias, na Índia antiga. A partir do momento em que soubermos que o passado recente nos revelou que LULA foi um bom presidente da nossa República, saibamos que esse é o líder pelo qual temos que ter a convicção de que é o único mais forte que pode legitimar o nosso Poder no Executivo Federal. Se as Forças Armadas do Brasil, que zelem pelo andamento da manutenção de nossa democracia representativa, derem total apoio a que se volte o nosso Presidente pelo voto popular, teremos um Governo para todos, inclusive para uma segurança majorada em nosso país. Essa é a grande questão da legitimação da segurança institucional, moral e física de nossos habitantes. Agora, se acreditarmos que temos que vender os direitos conquistados do povo brasileiro às duras custas em todo um processo histórico a qualquer preço, negaremos a nossa retidão moral perante a Pátria e a seu povo. Não negamos a classe burguesa, apenas devemos contestar aqueles que sangram nosso país para os bancos internacionais, ou megacorporações em nossos setores estratégicos. Negaremos sim, a afronta de qualquer ordem em nosso território, e sinteticamente seria exemplar darmos apoio por uma democracia legítima e representativa para recomeçarmos a reconstruir os danos em que esse estranho e paradoxal intervalo dissonante nos parece descontruir a cada dia. 

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