terça-feira, 4 de julho de 2017

FUSIONS AND ACQUISITIONS

            Que termos empregaríamos se fôssemos uma grande empresa? Que espécie de fusão nos reuniria dentro de salas climatizadas como hall do paraíso? Os negócios seriam feitos onde, se a mais não dispor tudo o que pensamos quem sabe funcionasse partilhar consciências a preço de ouro? Uma se fundiria, uma empresa chamada Brazil, nesse jargão algo estrangeiro de sermos isso dentro de nossa nação... Quem sabe o nosso fastfood se transforme em uma franquia, seria essa a corrida para não sermos pequenos na aldeia do comércio por enquanto em nossos permitidos territórios mercadológicos. A economia não parece tão numérica quanto creiamos ser, a não ser pelos termos e contratos firmados a partir do que sequer conhecemos, no que somos do povo, a saber, funcionários do que esperamos um dia uma vida mais digna, em que não se funda a educação com a contracultura do avesso, do retrocesso, da elitização. Já temos a opção de coxinharias, quem sabe salsicharias, mas isso na França ou Alemanha talvez já seja comum demais. Apenas de se ver, mas que um feijão com arroz tem seu sentido lato em um país brasileiro como o Brazil, que por vezes não reconhece mais o Brasil. Quem sabe portemos algo de vergonha sem nome ao incorporar o brazil ao Brasil, este que não é sem nome, pois se chama nação, sempre de nação negra branca e indígena, mesclada,  algo de gênero livre, de mulheres libertárias, de homens solidários e humanos.
            Acquisitions a nossa consciência... Não precisam adquirir, por favor. Não please... Pode ser por favor mesmo, ainda temos um idioma, mesmo sabendo que outros nos facilitem a saudável comunicação! A autonomia de nossa pretensão é pretender um país livre: começa por aqui a premissa inviolável. Primeiro, o petróleo é nosso, e sempre será, apesar de certas fusions e outras acquis.. pois bem, palavras longas e não temos muito tempo para conversas. O trigo nosso é farto, é fato, temos pão, habemos panis. Não para todos, evidentemente, mas um andarilho por vezes consegue comprar um, depois que perde seu emprego em uma construção interrompida na falência de uma fusion mal resolvida. Por aqui por enquanto não falamos ainda de socialismo, aliás, retórica nada tardia, mas talvez resolvesse se mudasse o seu conceito igualmente exploratório em relação à Natureza. O tempo passa e em países que são socialistas as fusões e aquisições participam dos velórios de alguns sistemas. Não é comprar briga, mas parece que temos uma leve impressão que algo de problemas está vagando pelos mares internacionais. Pensemos no teor positivo, há rotas já mais alternativas e, se o mercado é livre com se apresenta aquele que toma do microfone para falar sobre, em discursos um pouco chauvinistas, deixemos que o mercado se assente, que veremos quem é mais forte. Uma coisa que não podemos permitir é que alguma máfia participe, pois isso não está escrito nas leis do mercado de Smith – da exploração do homem sobre o homem, da concentração altamente estudada do capital, o que não deixa de ser paradoxal em sua “bondade” que permite qualquer modal dentro da “livre iniciativa”. Alguns milhões ressurgiram de cinzas, aplicaram as guerras contra o ópio, erradicaram esse câncer, e merecem a atenção redobrada, e não são de cartelizar vícios, como acontece tanto pelo mundo Ocidental, sem exceção de quaisquer país, incluso todos os que fazem parte das Nações bem Unidas.
            Comprar a briga contra as drogas é tarefa urgente, pois a decadência não pede passagem e invade nossos filhos, nossos lares e nossas escolas. A partir do momento em que pensar em mercado livre abre um espaço tremendo para que essa gente se fortaleça, veremos que se tivéssemos um aparelho de Estado realmente forte estaremos evitando o pior. Um Estado que pense em melhorar para todos, que reprima as máfias, mas que participe da construção mais solidária de seu povo. Este povo tem profundas raízes em nossa cultura, é dele a cultura brasileira, de seus cantos, de suas crenças, de suas matas, e não será fundindo Amazônia com pecuária que encontraremos a solução para uma agricultura familiar. A urgência mundial deve ser contra não apenas os tóxicos que vitimam grande parte da população e sua decorrente violência, mas os agrotóxicos que colocam na fila de um sistema de saúde boicotado os vitimados do câncer, ou outras doenças decorrentes desses pesticidas. Não temos a obrigação de participar de uma engenharia social que mantém não apenas o status quo da deficiência sanitária, como de um “alimentar-se” de armas que assola as populações vulneráveis, alcançando com criminalidade igualmente cruenta toda a sociedade. No futuro não podemos mais confiar, se seguirmos os passos daqueles que igualmente são mafiosos e lesam o país com crimes de corrupção, ou o que é pior, aqueles cidadãos que buscam amparo em alguns corruptos e renegam outros por convicção política ou ideológica. Mas devemos pensar mais de uma vez quando derrubam aqueles que não se envolveram na corrupção, quando não há provas judiciais, mas um peso desigual na balança da Justiça. Se deixarmos de reler o futuro que não planejarmos, essa releitura vai ser por encima de gráficos contundentemente catastróficos em qualquer dos países latino-americanos. Não há pátria do Norte, pois saibamos de uma vez por todas que a indústria de armamentos trama sempre eternas fusions e acquisitions com a vulnerabilidade de nossa espécie ao redor do planeta. Não se compra a paz, pois esta é uma atitude, e com ela partimos a pensar como dever que a brutalidade se traduz em qualquer gesto que seja seu oposto. É dessa paz que devemos estar cientes e atentos, mantendo nossas vidas incólumes, dando o exemplo aos nossos filhos e alunos, pacientes ou réus, políticos ou agentes de segurança, em uma União que nos faça ultrapassar fronteiras, pois participar de um mercado de forma honesta já é um princípio cidadão da participação em uma sociedade tornada tão complexa em que passamos a viver neste início de século. Para que seja um século das luzes, deve sempre haver uma esperança, pois esta é a primeira rosa a brotar no coração da humanidade e, como o brilho de nossa alma, desta faz parte, não se extinguindo jamais!

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