Um
homem que ofende é um ofensor, não importando se ele o faz com
intenção ou fala como que conforme um fruto do que lhe treinaram
para fazer, falar ou praticar… Um governante pode ofender seu povo,
um asceta não, em geral, pois seu treino é para praticar o bem, e
isso é de vital importância a que apreendamos as questões
relativas ao que vem a ser um direito que aproxima mais os povos, que
evite qualquer diáspora, de qualquer natureza. Quem gostaria de um
país melhor, a quem que se torne melhor por ser de outro, ou qual o
significado de uma fronteira, se um habitante fala com outro de outro
país a menos de dois palmos de distância? Não… A questão das
distâncias afasta a nossa pretensa faculdade de amarmos a
humanidade, pois enquanto subestimarmos os outros seres estamos
fazendo o jogo de vermos uma folha não como uma folha, mas como
alimento, um porco como carne, um cheiro como o produto da cosmética,
a beleza como algo de produção, a arte como o falecimento de seus
suportes…
Que
não estejamos preparados para sermos maiores perante outros, posto a
cada qual cabe um ego falso enquanto não reverenciar a raiz que
ilumina nossos caminhos, que é o próprio Deus, Krsna, assim como um
devoto indiano ou hare o vê, que pode porventura ser Abraão, Jeová,
Orixá, Cristo, Maomé, Alah. Isso é uma consciência que não brota
do subconsciente, posto já ser a compreensão do Todo Supremo,
dentro de nossa limitada percepção, justo, inclusive na sua Forma,
pois em tudo que conceituamos estará esse Todo, incluso naquilo que
não concebemos ou percebemos, que é o Todo Completo, em sua
Totalidade, em seu próprio infinito. Uma compreensão que acaba por
nos alicerçar enquanto soubermos dos erros cometidos por várias
religiões, e sua atávica e necessária construção e releitura
sagrada. Não teremos muita esperança se não soubermos que a
humanidade caminha por duras veredas, em que se tira da maioria para
se dar a grupos muito menores, concentrando materialmente as riquezas
nas mãos de poucos. Alguns que não possuem muito tem medo de serem
subtraídos, e outros se empenham em forçar sua fé por encima de
outros credos, fazendo guerras para tal intento. Creiamos que lutar
por impor uma religião sobre outra, falando injúrias a, ou ofendendo um asceta,
um devoto qualquer, no mínimo é uma grande ofensa.
A
paz está em raízes que devem ser debatidas a todo o momento, e a
questão territorial não passa de uma grande ilusão, quando alguns
agrupamentos a requisitem. Basta as ocupações ilegais perante duas
faces… Jimmy Carter já tentou resolver ou ajudar. A crença que se
baseia na riqueza como uma bênção divina apenas coloca a escanteio
o processo da redenção e fidelidade religiosa dos povos e na
eucaristia que lembra a história do mundo Cristão. Cristo era pelos
pobres e suas lutas, e não é sabendo menos do que isso que nos
tornaremos senhores de uma verdade relativa sobre o tema. Nosso Papa
Francisco I revela-se um notável líder religioso que antepõe às
máscaras da hipocrisia de um sistema cada vez mais injusto a
notabilidade de fé que encontra na sua missão regeneradora e
confortadora do papel da Igreja no planeta, com respeito irretocável
aos biomas e sistemas ecológicos mundiais. Comungar com todos seria
bom. Assaz bom. São estas as palavras de um humilde servo da vida
que se pretende existir no modo da Bondade. Graças às religiões!
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