sexta-feira, 7 de outubro de 2022

INTRANSIGÊNCIAS ECONÔMICAS


Haveria uma retopologia de um torso
Vertida nos vértices e suas arestas
Qual geometria de múltiplas faces
E, se não fora, como se não dissesse,
A via dos sem codinomes não seria rua...

Planificado o tombo de uma árvore
A mais e mais, do sêmen citoplasmático
Vertido na seiva de um madeiro criativo
Não fosse a erva que se cria na madeira célere.

A ver que a planta não se ressinta, breve,
De um sentir ausente do não ser-se tanto
Ao que não fora jamais um toque em flor de látego.

A cravar solidões no semblante sem rosto,
A vicejar um trovão pela soturna noite,
A trilhar duendes sobre alcatifas de pedra
No que se diga alhures, do que se queira dissera!

Não que a fonte não retenha mais a água
Que a poesia desperta na vida inconsútil
E, que seja, a descoberta de uma amante
Revela por vezes a tessitura do arame.

A ordem se planifica na economia pungente
De uma haste erguida sobre o umbral de fel
Qual remendo que se refaz nos dias de leis
Parafraseados nos números acartonados.

O magnetismo das mãos que não se tocam,
O olhar furioso de uma certeza serena,
A vereda que não se retoca com o batom carmesim
Na lua que observe, sem o esmo obediente de um anjo!

Não, que se faça a vida melhor, na via da sobriedade
E do vitupério por vezes necessário, a se largar o véu
Consonante de um criterioso dilema negocial
Quanto, a se parecer possa: um dia possui vinte e quatro.


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