domingo, 9 de outubro de 2022

QUANDO SE REFAZ A ÁGUA

 

Da companhia, o verter da torneira
Da companhia que abastece, graças a deus
Que tenhamos a companhia responsável
Com o estatuto do serviço a servir, simples!

Com a esfera do semblante algo tépido
Que não seja o que não está na vida
A que não tenhamos a fé sempre imorredoura
Mas, na sua construção, o vértice aparece unindo
Certas arestas de infinitas numeradas faces
A uma geometria que não seja tão enumerada.

A vertente de um dia que não seja mais
Em relembrar o dia outro que não fosse mais outro
E mais outro, e mais outro e outro mais…

Não, que a simplicidade do vernáculo explique o verbo
Qual não fosse sujeitar algo de uma gramática
Onde o pobre homem pudesse encontrar certo amparo
Quem sabe, encontrando flores onde há jardins!

A querência de uma virtude que não esteja à mão
Quem sabe não fosse tão sóbria quanto o que se saiba
De se saber algo mais, pelo menos depois da vírgula
Uma sílaba que subentenda o início de uma frase final.

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