Talha-se uma obra, um remeleixo algo de
porém
Que não se redima de pronto, culinária vaga e
concreta,
Ardor de uma vasta mecânica, altruísmo do
voluntário,
Peça andante como Quixote, as mulas do andarilho
outro,
Cavalos no sopé do monte, entranhas de um vaticínio,
O
gesto das mãos no que se aqueça mais o inverno!
Resta
saber o pontificado de nossa grande questão
Que resida na forma
silenciosa de uma consecução
Onde tece o orvalho tênue em uma
trama de ordens.
O vento sopra forte, a cada casa um barco
sonante
Dos muitos – ou poucos – dinheiros que move o nó
No
motor que, à revelia, continua dando dos seus
Quando gira uma
manivela no centro do convés!
E se come um pouco de
lautas refeições, mede-se
Um tempo com o armistício tão
esperado do nada
Na crueza do que se vira na TV, ou que não se
assiste
Porventura por não estarmos situados nas séries…
E
um lauto jantar também responde a uma ervilha
Que seja, fazer
um milagre de multiplicar esperanças
Com os cordéis que
deixamos esquecidos em mãos
Na fricção de uma xilogravura, na
reprodução da tinta.
Reféns não seremos de um passado
que já nos deu as caras
Quando as mãos friccionaram os papéis,
de tantos textos
Que agora não há de se possuir a pétrea
responsabilidade
Que se espera das gentes que pretensiosamente
pensam
Em produzir história a partir de rancores
estagnados.
Que se esqueça a desdita, que turvem os olhos
na fricção
De manuais onde não se encontra nada além de uma
doutrina
De cunho de ideolatria que não se encontra sem
o neologismo…
A partir do mesmo instante em se
friccionar humildemente
A ventura de um trabalho artesanal,
veremos surgir do barro
Uma cerâmica tão linda que remonte o
patrimônio ad aeternum
Que se resguarde para sempre em
culturas milenares ao povo da Terra!
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