Um
homem sai de sua casa sem saber se fosse melhor ou pior… Esquece
alguns apetrechos, e sai. Porventura fosse alguém com menos
sensibilidade, mas a luz lhe tecia companhia. Ao redor de si momentos
raros, meio estranhos, quando de sua própria individualidade. Os
tempos eram outros e nosso personagem de nome John já não
registrava, em sua caderneta imaginária, um sentido lógico
qualquer, uma coerência existencial: um rumo ou mais do que, um
prumo! O significado maior de seus escapes revelava a escala do
provável, prognóstico de melhores dias nas ruas, um contra senso
por não se saber exatamente a correção de seus atos. Tanta era a
sua prática, que já não sabia mais do que urgia e do padecimento
de seus padeceres perante dura realidade. Seu idioma era patriota,
assim como o modo de se portar.
A vila onde morava era assaz
pauperizada, sequer tinha chuveiro em sua casa. Tomava banho
aquecendo a sua água, em uma bacia a colocava e, duramente, não
disponha desse mínimo conforto dos tempos contemporâneos. Tantos
enfrentam tamanhas carestias que um conto trágico se baseia no fator
dos tempos… Assim como não gostamos de sofrer, nem para isso temos
que fechar os olhos para os sofrimentos da maioria da população.
Esse tipo de ato não é condizente com o caráter, com as promessas
de sermos melhores, com a evolução na direção da bondade no nosso
corpo social, sejamos ricos ou pobres. O egoísmo não deve imperar,
jamais! Se isso ocorre também acontece a dissenção, a falta da
compreensão humana, afora o diálogo e a meta que nos leve à paz entre os
indivíduos e a coletividade. Este detalhe é uma questão fundamental no
princípio, principalmente nos meios e finalmente na conclusão algo
missionária de bons pensamentos e atitudes. Não adianta não
perdoarmos sendo de algum templo, pois todo o Velho Testamento é
apenas uma preparação para a vinda de Emanuel e, se isso também
ocorre, não adianta de nada Cristo ter ensinado o perdão?
Aparentemente não tem adiantado e, concretamente, parece que Seu
sofrimento de nada valeu para a humanidade, pois Ele mesmo não
possuía religião e quase todas que vêm por nossos dias falseiam
Seu Nome, destroem imagens sacras e vilipendiam os líderes da Igreja
de Pedro, nas ordens eclesiais que baseiam suas vidas no atendimento
espiritual dos povos e na prática da caridade.
De
que realmente nos valeu a queda de Cristo, se a humanidade não
aprendeu nada? Talvez tenha aprendido algo, mas talvez possamos crer
que aquele não retornará mais, justo, para um planeta destruído e
nenhum homem, em sã consciência, pode acreditar que algum milagre
fará de um planeta inteiro – grandemente devastado – um lugar
melhor para se viver. Se a maior parte das religiões do Ocidente não
pensarem contrariamente que a riqueza material não passa de uma
bênção, não há como não incluir socialmente, e incluso
materialmente falando, as populações vulneráveis como um todo:
participativas e atuantes em seus próprios caminhos.
segunda-feira, 10 de agosto de 2020
A QUEDA
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