Quem
diria se soubéssemos de pronto sobre uma consorte ao menos, que
partilhasse com o tempo uma miríade de seres outros, filhos de
estrelas e espécies de deuses que habitam o olimpo de nossos
conhecimentos, a saber, tudo o que denota a linearidade do provável…
Esse questionamento do provável é que torna o mundo mais senciente,
mais consciente do que existe e é fato, independente das amarras que
nublam os bons pareceres com os algoritmos infinitos. Tarefa inglória
seja para um estudioso traduzir as linhas consonantes em que o Tempo
se revele auscultador dos reflexos humanos, já que o que se diz de
coerente está fugindo às razões de maiores luzes! O tempo, este a
que nos referimos em nossa mensuração é inglório, e só através
dessa ausência do próprio e seu referencial é que podemos nos
atinar nos seus aspectos mais secretos. Essa parecença com o óbvio
por vezes é que revela o complexo modo de ser do pensamento que
temos sem saber do conteúdo mais próximo da coerência acima
citada. Essa modalidade de pensar em algo melhor e maior vem ao
encontro das conquistas sociais bem por encima dos interesses de toda
uma população, a bem dizer, internacional.
No introito de uma
consecução razoável no panorama do que pensamos ser uma nação
reside a vértebra dos períodos, estes, que podem residir nas
frases, em uma premissa lógica onde não importe a origem, uma
linearidade temporal, um significado que se construa por etapas,
curtas ou longas, sobre um diagrama quase em geometria precisa e
perfeita para que os vértices comunicacionais se encaixem, como nas
consortes algo pontuais do mesmo tempo em que resolvemos equações
tão plenas de significado como a contemporaneidade, algo complicada
e algo vertiginosamente plena… Não se trata de uma questão
filosófica, teórica, mas de uma questão rudimentar como o traço
da tinta sobre o papel, como um ideograma japonês, como as sílabas
do mesmo idioma, como a linguagem alemã compreende melhor a síntese
gramatical. E como a poesia de Pessoa e de Camões revela ao mundo a
dimensão do português. E que Deus salve a América, esta dos
americanos, de todos nós, como se essa frase quase atemporal
houvesse de ser submetida a um crivo, a um filtro, em que encontramos
clonadas muitas das referências verdadeiramente hipócritas de
nossos territórios. Falemos de uma América ampla, irrestrita,
relevante, justo que navegue sobre o aspecto oceânico de nossas
idiossincrasias, de nossas culturas, do apogeu dos impérios que se
sucederam sobre nossos ombros, mas igualmente das possíveis
contestações dentro de um diálogo saudável e racional, dentro da
possibilidade de que o mundo oriental possa ter parcerias com as
vidas de todo o nosso continente, abraçando uma mescla agora tornada
mais do que premente nos dias da atualidade, pois todas as nações
devem se irmanar, senão não haverá possibilidade de uma concórdia
na cronicidade de nossos acertos.
O tempo manda, o tempo é
fiel, o tempo resolve os erros e, se os tivermos em larga escala,
podemos nos perdoar se obtivermos a anuência de suas esposas, na
hora de acertar ponteiros, na hora de revisar o passado, os
equívocos, e a trágica comoção que nos evoca uma Era tão
complexa e dispare da mesma lacuna que por vezes deixamos adormecida
por entre os séculos. Reiteremos que o mesmo século passado nos
tenha abandonado pela barbárie que muitos nos acometeram, mas
igualmente fiemo-nos no século que estamos a cumprir, na recusa
estoica em não repetir os mesmos e deletérios erros, porquanto a
interpretação da história e suas induções não pode se alicerçar
nos teóricos de antigamente que sequer conhecem o que é uma
linguagem de programação.
segunda-feira, 31 de agosto de 2020
AS ESPOSAS DO TEMPO
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