sábado, 29 de agosto de 2020

A ESPIGA SOLAR

Veste de rumor um caule qualquer, o trigo moreno da semeadura
Onde porventura se queira amornar a massa do fermento
A se curar de um sol no platô de bela prancha de madeiro velho
Onde a citação de uma veia solene recrie as manchas do astro-rei.

No que se saiba do grão de areia mesclado à Terra, nos trilhões
Em uma superfície vítrea que podemos encontrar em um olhar
Na semântica em que nem mesmo as proféticas imagens ousariam
Descrever a viração do mundo em que estamos a prognosticar…

De histórias passadas está a anuência de um títere, a força de um caos
Que imerge na superfície profunda de exoesqueletos marinhos
Como siris abissais de quatro metros de envergadura!

Esse controle todo da Natureza há que ser revisto, pois não basta a ninguém
Permitir que toda a Natureza fuja ao controlo do próprio homem.

Não há de se furtar, parceiros de esquina, que deve haver descontrole
Se este mesmo faz parte da Natureza Humana, que verte em si a falta
Da coerência do que é essencialmente perfeita e distinta
Em toda a velhice que verte a sombra no húmus sem claudicar o porquê.

Distinto é o astrolábio dos grandes lábios, posto seja nos pequenos
As verdadeiras terminações de uma anatomia, que seja,
E todos os teóricos só pensam no hedonismo que possam obter dos verticilos.

A Vontade de Poder veste pútrida a sua própria consignação de falsa luta
Quando se aprende que nem todos os caminhos levam a uma Roma
Distante dos propósitos de um santo que seja correto, posto tantos o são
Que tergiversar sobre uma personalidade basta, que não há a conformidade
De um Expedito jamais revelar ao mundo qualquer concupiscência!

O mito do macho que ser não revele, a mais de sermos apenas mais alguns
Animais de rinha que ganham a galinha de brinde após sangrar um oponente.

Mas não, não tenhamos esse ardor, posto na revelação nada tardia
O indivíduo se torna mais importante do que a coletividade
Que busca refletir sem os espelhos da aurora a falta de ciência
De que, sob antigos mitos, apenas fazem sobrescrever alturas
Que por vezes perfazem meia dúzia de polegadas ausentes de vida!


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