quinta-feira, 20 de agosto de 2020

AS MENTES INQUIETAS

             Quando não há pressupostos verdadeiramente reais, o processo mental tenta se segurar em coisas ilusórias, tais como ganhar dinheiro em 24 horas, ou como aceitar seus significados espirituais em 12… Uma mente inquieta navega por todos os cantos esperando a revelação, ou andando por insights que não revelam muito além de suas próprias fraquezas, posto nem tudo o que se sente é o chumbo tornado ouro, já que essa transmutação da matéria sequer toca o dedo da ilusão!
             As mentes são inquietas por natureza, e nisso percebemos o quinhão da competitividade açambarcada pelas mesmas, uma competição inescrupulosa, a satisfação de passar o contendor para trás, como um eterno e atávico jogo onde o perdedor não merece o perdão, mas apenas o ignorar das gentes que o cercam. Que estranhas circunstâncias favoráveis à farsa não perfazem a circunscrição imediata desse falso propósito? E o que estes sejam, se ocorrem, exatamente? Estaríamos falando de mentes inquietas ou de proposições dúbias que levam as coisas a esses termos? Certamente, os mitos falsos nos nublam a consciência. Certamente, na vida se joga, e o jogo por vezes tem mais vantagens em um dos lados. Mais cacife, mais níquel… Não pretendamos jogar sob regras estritas, incoercíveis e impossíveis, posto esse tipo de jogo é impróprio e demanda consciência mental irrestrita e sólida. Jogar com forças menores desproporcionais é um atestado de falsa espera, no que lembre a nós termos que esperar por melhores circunstâncias: na realidade aumentada, no prazer que encontramos em uma lógica superior, à medida que cresçamos com uma boa argumentação, em seu mesmo principiar, no que é consuetudinário, em ambos os lados.
            Por mais que se canse um cidadão por caminhar silencioso com suas próprias pernas, por mais duro seja esse caminhar, por mais que as dores o incitem, na realidade a conquista árdua de seus caminhos repousam igualmente de modo silencioso sobre a tessitura de nossas superfícies… Haja vista o céu e sua textura, o mar e seu acalanto, a terra e sua plataforma firme, e as rochas que no mais das vezes se mantém incólumes. Nas areias não reside o regresso, e na atitude com devoção austera freme o mundo com mais ternura, mais solidez, sem a necessária busca por inimigos, pois no justo contrário, que o perdão crie novas camaradagens, mais conhecimentos e suas reciprocidades. Nada há que se falar de palavras encobertas por vigilâncias cegas, posto um emprego de um termo pode dar a que se pensar, mas jamais será a última palavra… Que seja dada a sursis quando falamos sobre diálogos necessários, e que a necessidade não seja considerada uma palavra qualquer, já que antes de nos atinarmos a ela, a sursis supracitada apenas suplica a uma autoridade qualquer que seja permitido o diálogo sob a circunscrição da temperança e da fé. Será por essas questões que um homem pode navegar sobre as letras por acréscimos de palavras, e sua percepção do mundo possa estar presente mesmo em meio de circunstâncias as mais díspares e, no entanto, correlatas com as crises que volta e meia não dissipamos dos centros operacionais de nossas nações, haja vista a crise ser internacional, e a crítica não seja fato apenas da mídia regular, mas de todos os recursos de que dispomos nas circunflexas veias de nossos Estados!

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