sexta-feira, 7 de agosto de 2020

FILOSOFIA DE ANTES

Tracem os verbos, teçam as semânticas, que outrora fossem
Os que guardavam templos com a fé imorredoura, simples,
Homens de guarida sem ocasião, sem as intempéries
De um caráter, mais do que tudo: a veste, a unção!

Vale-se mais a se pretender um abraço fraterno, mais a mais
Do que se fosse ceder uma página obscura e um tanto fraterna
Quando de se for algo mais se fará um ocluso sentimento
No tanto de se pretender a escala de uma vértebra positiva.

Tentam-se anos, tente-se o viver, que no mais das contas
O sufragar-se sentimentos que denotam tristezas
E outros poréns que não claudicam palavras fracas
Posto sermos de timão nos olhos e tenaz na mão.

As filas das gentes se sobrepõem em discursos abertos
Quando não se descobrem nem ao menos as mesmas falas
Daqueles que passam os dias ensombrecidos pela falta
E que, no entanto, olham mais por si do que o outro olhar…

Circunflexos quereres na imensidão de um plátano
Que navega em Noé, de todos os seres, sem exceder
O peso da embarcação, no que turgia a orla dos oceanos
Na querência de rogar a Deus um encontro seguro com terra.

O vértice de mais um na rede volta-se com toda a força
Quando se faz a conexão algo sagrada com a religião
No atinar-se existencialmente com uma outra Terra
Que não seja a mesma, mas que não seja apenas um mundo!

Sabe-se antes do que seria o mesmo vértice, vertido
Na palavra de um comunicando e seu comunicado,
E que o gerúndio participe do introito da comunicação
Antes que um aventureiro lance mão do próprio significado.

O que era antes passe a ser agora, o conteúdo filosófico
Encontra seus átomos na parafernália dos pensamentos
Estes, que urgem e rugem para estarmos bem alicerçados
Mesmo depois de uma imensa e rota tempestade cerebral!


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