segunda-feira, 31 de agosto de 2020

AS ESPOSAS DO TEMPO

            Quem diria se soubéssemos de pronto sobre uma consorte ao menos, que partilhasse com o tempo uma miríade de seres outros, filhos de estrelas e espécies de deuses que habitam o olimpo de nossos conhecimentos, a saber, tudo o que denota a linearidade do provável… Esse questionamento do provável é que torna o mundo mais senciente, mais consciente do que existe e é fato, independente das amarras que nublam os bons pareceres com os algoritmos infinitos. Tarefa inglória seja para um estudioso traduzir as linhas consonantes em que o Tempo se revele auscultador dos reflexos humanos, já que o que se diz de coerente está fugindo às razões de maiores luzes! O tempo, este a que nos referimos em nossa mensuração é inglório, e só através dessa ausência do próprio e seu referencial é que podemos nos atinar nos seus aspectos mais secretos. Essa parecença com o óbvio por vezes é que revela o complexo modo de ser do pensamento que temos sem saber do conteúdo mais próximo da coerência acima citada. Essa modalidade de pensar em algo melhor e maior vem ao encontro das conquistas sociais bem por encima dos interesses de toda uma população, a bem dizer, internacional.
           No introito de uma consecução razoável no panorama do que pensamos ser uma nação reside a vértebra dos períodos, estes, que podem residir nas frases, em uma premissa lógica onde não importe a origem, uma linearidade temporal, um significado que se construa por etapas, curtas ou longas, sobre um diagrama quase em geometria precisa e perfeita para que os vértices comunicacionais se encaixem, como nas consortes algo pontuais do mesmo tempo em que resolvemos equações tão plenas de significado como a contemporaneidade, algo complicada e algo vertiginosamente plena… Não se trata de uma questão filosófica, teórica, mas de uma questão rudimentar como o traço da tinta sobre o papel, como um ideograma japonês, como as sílabas do mesmo idioma, como a linguagem alemã compreende melhor a síntese gramatical. E como a poesia de Pessoa e de Camões revela ao mundo a dimensão do português. E que Deus salve a América, esta dos americanos, de todos nós, como se essa frase quase atemporal houvesse de ser submetida a um crivo, a um filtro, em que encontramos clonadas muitas das referências verdadeiramente hipócritas de nossos territórios. Falemos de uma América ampla, irrestrita, relevante, justo que navegue sobre o aspecto oceânico de nossas idiossincrasias, de nossas culturas, do apogeu dos impérios que se sucederam sobre nossos ombros, mas igualmente das possíveis contestações dentro de um diálogo saudável e racional, dentro da possibilidade de que o mundo oriental possa ter parcerias com as vidas de todo o nosso continente, abraçando uma mescla agora tornada mais do que premente nos dias da atualidade, pois todas as nações devem se irmanar, senão não haverá possibilidade de uma concórdia na cronicidade de nossos acertos.
           O tempo manda, o tempo é fiel, o tempo resolve os erros e, se os tivermos em larga escala, podemos nos perdoar se obtivermos a anuência de suas esposas, na hora de acertar ponteiros, na hora de revisar o passado, os equívocos, e a trágica comoção que nos evoca uma Era tão complexa e dispare da mesma lacuna que por vezes deixamos adormecida por entre os séculos. Reiteremos que o mesmo século passado nos tenha abandonado pela barbárie que muitos nos acometeram, mas igualmente fiemo-nos no século que estamos a cumprir, na recusa estoica em não repetir os mesmos e deletérios erros, porquanto a interpretação da história e suas induções não pode se alicerçar nos teóricos de antigamente que sequer conhecem o que é uma linguagem de programação.

domingo, 30 de agosto de 2020

A PARTIR DO MOMENTO EM QUE A PALAVRA COMEÇAR A VALER MAIS DO QUE A LEITURA, ESTÁ SE FAZENDO O ACORDO COM A RAZÃO.

O MUNDO PADECE DE MELHORES RESULTADOS, OU SEJA, QUE UMA GLORIOSA FRENTE SEJA O CAMINHO DOS QUE TÊM FIBRA E CORAGEM.

QUANDO SE PENSA EM UM RECOMEÇO, PORQUE NÃO SE UTILIZAR O START UP NA VEIA DE NOSSAS ESPERANÇAS?

A FALHA DE UM CARÁTER PODE SER CONSERTADA, MAS A MALDADE IRRESTRITA SÓ MERECE A CONDENAÇÃO...

VERSEJEMOS TÍTULOS MELHORES DO QUE ALGUMA DERRADEIRA OCASIÃO NOS PERMITA, COM SEU DEUS, O TEMPO.

KEYNES OU NÃO, O LIBERALISMO TAMBÉM É COISA DE UM PASSADO REMOTO E CONTRADITÓRIO.

NÃO HÁ FISIOLOGISMO QUANDO PARTIMOS A ESQUECER OS FANTASMAS QUE DEIXAMOS AGUARDANDO NO PASSADO!

ALVIN TOFLER MERECE CONSIDERAÇÃO, POIS SUA OBRA "A TERCEIRA ONDA" TEM TUDO A VER COM O NOSSO MUNDO CONTEMPORÂNEO.

PENSAR QUE DANTE ALIGHIERI SÓ SAIU DE FLORENÇA PARA O EXÍLIO É SABER QUE ESTEVE DO LADO DE DEUS TODO O TEMPO...

AS FLORES APARENTES EM NOSSO JARDIM VEM DE UMA VÊNUS DE BOTICELLI.

NÃO NECESSARIAMENTE UMA JAULA SIGNIFICA UMA PRISÃO, MAS QUANDO NELA ESTÁ UM ANIMAL, TALVEZ SEJA FATO CONSUMADO, SE O LIMITE FOR MENOR DO QUE A LIBERDADE DA VIDA.

O TÍTULO QUALQUER DE MERECIMENTO VEM DE UMA MISSÃO CUMPRIDA SEM O ALTERNO DESTRUTIVO DA DÚVIDA.

FRICÇÕES MANUAIS

Talha-se uma obra, um remeleixo algo de porém
Que não se redima de pronto, culinária vaga e concreta,
Ardor de uma vasta mecânica, altruísmo do voluntário,
Peça andante como Quixote, as mulas do andarilho outro,
Cavalos no sopé do monte, entranhas de um vaticínio,
O gesto das mãos no que se aqueça mais o inverno!

Resta saber o pontificado de nossa grande questão
Que resida na forma silenciosa de uma consecução
Onde tece o orvalho tênue em uma trama de ordens.

O vento sopra forte, a cada casa um barco sonante
Dos muitos – ou poucos – dinheiros que move o nó
No motor que, à revelia, continua dando dos seus
Quando gira uma manivela no centro do convés!

E se come um pouco de lautas refeições, mede-se
Um tempo com o armistício tão esperado do nada
Na crueza do que se vira na TV, ou que não se assiste
Porventura por não estarmos situados nas séries…

E um lauto jantar também responde a uma ervilha
Que seja, fazer um milagre de multiplicar esperanças
Com os cordéis que deixamos esquecidos em mãos
Na fricção de uma xilogravura, na reprodução da tinta.

Reféns não seremos de um passado que já nos deu as caras
Quando as mãos friccionaram os papéis, de tantos textos
Que agora não há de se possuir a pétrea responsabilidade
Que se espera das gentes que pretensiosamente pensam
Em produzir história a partir de rancores estagnados.

Que se esqueça a desdita, que turvem os olhos na fricção
De manuais onde não se encontra nada além de uma doutrina
De cunho de ideolatria que não se encontra sem o neologismo…

A partir do mesmo instante em se friccionar humildemente
A ventura de um trabalho artesanal, veremos surgir do barro
Uma cerâmica tão linda que remonte o patrimônio ad aeternum
Que se resguarde para sempre em culturas milenares ao povo da Terra!

sábado, 29 de agosto de 2020

A ESPIGA SOLAR

Veste de rumor um caule qualquer, o trigo moreno da semeadura
Onde porventura se queira amornar a massa do fermento
A se curar de um sol no platô de bela prancha de madeiro velho
Onde a citação de uma veia solene recrie as manchas do astro-rei.

No que se saiba do grão de areia mesclado à Terra, nos trilhões
Em uma superfície vítrea que podemos encontrar em um olhar
Na semântica em que nem mesmo as proféticas imagens ousariam
Descrever a viração do mundo em que estamos a prognosticar…

De histórias passadas está a anuência de um títere, a força de um caos
Que imerge na superfície profunda de exoesqueletos marinhos
Como siris abissais de quatro metros de envergadura!

Esse controle todo da Natureza há que ser revisto, pois não basta a ninguém
Permitir que toda a Natureza fuja ao controlo do próprio homem.

Não há de se furtar, parceiros de esquina, que deve haver descontrole
Se este mesmo faz parte da Natureza Humana, que verte em si a falta
Da coerência do que é essencialmente perfeita e distinta
Em toda a velhice que verte a sombra no húmus sem claudicar o porquê.

Distinto é o astrolábio dos grandes lábios, posto seja nos pequenos
As verdadeiras terminações de uma anatomia, que seja,
E todos os teóricos só pensam no hedonismo que possam obter dos verticilos.

A Vontade de Poder veste pútrida a sua própria consignação de falsa luta
Quando se aprende que nem todos os caminhos levam a uma Roma
Distante dos propósitos de um santo que seja correto, posto tantos o são
Que tergiversar sobre uma personalidade basta, que não há a conformidade
De um Expedito jamais revelar ao mundo qualquer concupiscência!

O mito do macho que ser não revele, a mais de sermos apenas mais alguns
Animais de rinha que ganham a galinha de brinde após sangrar um oponente.

Mas não, não tenhamos esse ardor, posto na revelação nada tardia
O indivíduo se torna mais importante do que a coletividade
Que busca refletir sem os espelhos da aurora a falta de ciência
De que, sob antigos mitos, apenas fazem sobrescrever alturas
Que por vezes perfazem meia dúzia de polegadas ausentes de vida!


quarta-feira, 26 de agosto de 2020

NAS FALTAS QUE PASSEMOS A URGIR

Urge um termo, urge uma lógica de conflitos, a veia indiscreta
De passarmos para um campo sem trincheiras, de olharmos a TV
E vermos algo a mais de nossa assinatura digital, o que freme
De sabermos que em um seriado reside o non sense do perdão!

Veremos outros episódios, à medida que o tempo cante maior
Do que nossos pressupostos de estar a uma vigília permanente
Trocando horas nas ampulhetas sobrescritas da história
Onde nem só o que permanece reside em uma circunscrição irrestrita.

Nada do que vemos será suficiente, nada do que supomos importa
As peças de maior inteligência que nos reflitam algo inóspito
Ao que verte sermos sempre maiores do que nos ditem frentes
Naquilo que pressupomos seja a experiência totalmente segura!

Reduz-se prazos, incluem-se vestimentas do atraso, nos cinzas
De nossa atenção redobrada, e que se verta uma cor de gravata
Que seja maior do que o significado último de um gesto, que seja,
Andar-se com as cores do mundo mesmo que não seja respirar-se…

E passa um caminhão pelas veredas, de rua em rua encontrando
O sinal a que tenha que buzinar às avessas, o encontrar-se com quem
Não tenha desaparecido dos radares, um caminho por matos donde
Cada tronco não sucumba a uma devastação necessária de metros.

E a foice rutila, abre e se fecha, perdoa as hastes outras, vence
A quaisquer obstáculos, descortinando os passos do camponês
Que, em sua tese bronca, sabe mais das sementes do que se fora
A própria terra que se antepõe à firmeza férrea de seus braços.

Nisso de faltarmos a alguém, quando nos fazemos silenciar
Não seja muito da falta especular, seja apenas uma onda
Onde a cidadania protege quem por ela especula a vida
Especificando o método que existe fremente para a proteção!

É nesse edifício lógico que o mesmo que ainda se dê na falta
Não nos falte do caso em que estamos tão profundamente oclusos
Que melhores luzes vem ao término de um outro e mais dia
Não seja um retrocesso em que venham à questão da águia que falseia.


terça-feira, 25 de agosto de 2020

QUANDO ALGO SE APRESENTA

           Em uma realidade aumentada vemos quando alguém se apresenta… Nas atitudes, palavras, nas omissões, na falta de fé, na hipocrisia, e, a isto não pertençamos compulsoriamente, se se fazem de inimigos será sempre pior para o declarante, haja vista cismar-se até com a cor de uma veste, os torpes enganos, sem perceber que por trás das cores perdura alguma fase, algum propósito ulterior… O jogo continua, e aqueles que se apresentam de algum modo com a parafernália que pensam ter conquistado, no afã de um conflito qualquer demandam, por racionais que somos, um pensamento mais evidente de provas cabais incoercíveis. Essa é uma temática da logística de nosso sistema e, qualquer que seja a regra desse jogo, saibamos que vai bem além dessa simples premissa de nos apresentarmos como inimigos de alguém, ou da falta de coragem de assumirmos nossas escolhas, posto a liberdade vai mais além do que o chauvinismo ideológico ou de remendo absurdo que o valha… Falemos de uma empresa como a WEG. Fabrica motores, e por que não seria a vida mais do que um jogo de trações, de giros de circunstâncias, mesmo a se pensar no jogo das humanidades, aquilo que se espera que sejamos, dentro da ciência ou fora desta? A percepção científica claudica um pouco nos tempos atuais, principalmente em países atrasados onde nem as ciências sociais encampam a coragem de se assumir cientificamente ao requisito indispensável da missão de cada profissional sobre a Terra. A ilusão passa a imperar, o resguardo de um boicote amplo passa a ser quase natural, e as entregas das riquezas passa a ser condição primeva de um falso nacionalismo…
         O que se esperar de um cidadão quando seu contendor se apresenta? É de se esperar a relativização de uma questão que se percebe no ato, e pintam-se os fantoches com as cores que lhes agradam. É o puppet show, um modo incansável de se respirar um conflito desnecessário, pois a paz pede passagem, e a onda de crimes não encontra ressonâncias favoráveis do outro lado, o lado da vitimização do crime, seja de que lado aparecer, ou se apresentar, visto que o fato jurídico é um só e não deve haver perdão quando cometido aos olhos da Lei. Essa consonância de fatores revela a justa adequação, e é a partir da mesma Lei que se pode argumentar o recomeço do progresso social. Não há possibilidade de crescermos se o crime não for combatido desde suas remotas origens, e só cresceremos a partir de uma estabilidade legal, pois não há o lado da legalidade ou da ilegalidade, que não sejam o simples teorema boleano: TRUE OR FALSE. TRUE AND FALSE não existe na lógica, e não há escolha, porquanto um é verdadeiro e o outro é falso, na mesma lógica boleana. Uma fake news sempre será falsa e uma notícia simples e de boa fonte será sempre verdadeira, mesmo que dependa de interpretações várias, mas o falso não existe enquanto notícia. Esse é o fio da meada, pois quando se apresentam os do conflito querendo algo mais e na pretensão da mentira, há que sabermos separar os atos e lutar por leis verdadeiras, históricas em suas árduas conquistas e consonantes com o que seja: a não hipocrisia, tornando esta FALSE, como o é realmente! Nesse caso em geral o jogo possui as regras do direito internacional, onde uma ameaça ao mesmo direito passa a ser de um jogador ímpio pela Lei querendo subverter as regras gerais, e merece ser enquadrado nos códigos de conduta mais elementares, que por sinal são as Leis de nossa civilização e, se não fora, merece o olhar quase distante e no entanto tão próximo no panorama das nações que validem ou não economicamente essas regras supracitadas diamantinas do bem portar-se. Afora isso é uma barbárie onde ninguém mereça estar a conviver com uma espécie de demência coletiva, onde só o que faz sentido é o hedonismo e a segregação que caracterizam as sociedades totalitárias.

sábado, 22 de agosto de 2020

QUANDO QUEREMOS SABER MAIS SOBRE ALGO, NOS DEFRONTAMOS COM A PESQUISA, ESTA QUE ASSOMBRA A IGNORÂNCIA...

A VERTENTE EM QUE NOS ABRAÇA O FRIO - ESTA MESMA - TRANSUDA A FRENTE INÓSPITA DAS GENTES SEM VESTES ADEQUADAS.

A VERDADE QUE NOS ACOMPANHA É UMA TAXA DE FICARMOS À MERCÊ DE OUTRAS TAXAS QUE SEQUER DESCONHECEMOS, COMO A CARIDADE NA SÚPLICA DE UM NECESSITADO.

TODOS REALIZAM A IDEIA DE ESTAREM SENDO ACOMPANHADOS POR ALGO OU ALGUÉM QUE NOS ACOMPANHA ÀS BEIRAS DO INCONSÚTIL.

DOIS MAIS DOIS É IGUAL A UM NÚMERO QUE REPETE DUAS VEZES O DOIS, ISSO É APENAS UM SILENCIOSO GESTO DA MATEMÁTICA...

EM UMA REALIDADE COM A LENTE DE AUMENTO VEREMOS A UNIVERSIDADE COMO UM LÓCUS SAGRADO DE MATÉRIAS DA CIÊNCIA E DO HUMANISMO, MESMO QUE HAJA AQUELE QUE JAMAIS TEVE A SIMPLES CURIOSIDADE DE MELHOR COMPREENDER OS FATOS.

EM VIRTUDE DE MAIS E MELHOR CONHECIMENTO, A GENTE SE ESQUECE QUE A VIDA SERIA MELHOR COM TODOS OS CONHECIMENTOS QUE DESEJAMOS TER, APESAR DE QUE NOSSA PERCEPÇÃO SEJA LIMITADA.

A LITERATURA PERFAZ A GAMA MAIS LINDA DA QUESTÃO QUE PONTEIA A VISÃO NADA TURVA DA REALIDADE!

ARREMETER OS DITAMES DA PAZ COM OS VALORES DO HUMANISMO TORNA-NOS CONCRETOS NA ACEPÇÃO FREMENTE E CÁLIDA DE UM VERSO.

ERAM OS DEUSES ASTRONAUTAS, OU AS NAVES DO NOSSO PENSAMENTO NOS LEVAM AO SOL?

SERÁ QUE DITAMOS AS REGRAS ALGUMA VEZ, OU A QUESTÃO DAS REGRAS FOGEM À NOSSA COMPREENSÃO?

HAVERÁ UM DIA NÃO MUITO DISTANTE EM QUE A DEMOCRACIA ENTRE OS HOMENS VAI SE TORNAR UM LUGAR COMUM...

ENQUANTO BONS ARTISTAS SE OCUPAM EM CONTRIBUIR COM A CULTURA UNIVERSAL HÁ AQUELES QUE A TENTAM SUBMERGIR DEBAIXO DAS TREVAS DA IGNORÂNCIA.

TALVEZ NÃO SAIBAMOS AFIRMAR CATEGORICAMENTO O QUE É PIOR, SE A DESAVENÇA OU A HIPOCRISIA, NESTA NOSSA ERA.

PROBABILIDADES

            Aceitarmos a coisa provável é de sorte mais urgente, mas não significa apenas um lance qualquer, seja de dados, seja uma carta de que gostemos, seja no tarô, seja na superfície tênue de um jogo qualquer… A dúvida pertence ao nosso universo e, quanto mais formos irmanados com esta, mais gostaremos de dissipá-la, porquanto a um lance nos absorvemos da coisa em si, presumida, quase certa, viável, dentro das possibilidades quaisquer, no que vem a dar quase na crença, vem a dar na vida mesma e na construção de nosso caráter. Ajuda muito sabermos que não podemos jogar com a vida, pois esta é sumamente valiosa, não estamos de posse do ser ou não ser, posto sempre existimos, incluindo-se a fronte que apresentamos diante de nossos espelhos, ou na face mesma que reflita – vinda de outro ser qualquer – quem realmente somos: da bondade ou não. Criar uma superfície odienta em nossos flancos, em nossos frontes, ou mesmo em nossa retaguarda, é coisa que beira o sinistro ou as formas da violência mais elementares. Não adianta comprarmos uma arma e sair atirando como se jogássemos confetes, pois a possibilidade de armar-se deve ser de praxe apenas nas autoridades que possam se armar, como uma opção clara e óbvia no resguardo da Lei. O que se passa na verdade é um costume intenso de tentarmos erradicar um crime com outro, e não é desse modo que podemos evitar o mesmo crime, ou o modo com que se apresentam as motivações para tais ocorrências. Não precisamos ser da área da segurança de modo a sabermos dessa premissa, que não se combate fogo com mais fogo… Se você combate um incêndio com outro é para evitar que o grande se alastre, mas esse procedimento depende igualmente de um profissional treinado e muito mais capaz do que um simples cidadão. O fato de possuir uma arma sem treinamento psíquico e militar não garante segurança em nenhum lado, e o militar há de saber que sua arma não é um fim em si mesma, mas apenas uma ferramenta que garanta a idoneidade de nossas populações, especialmente daqueles que sofram com a coerção da força do crime, e só a partir disso é que se pode pretender usá-las, para defender a população civil e resguardar a ordem. Essa é apenas a premissa básica da segurança e usar a arma para impor quaisquer pensamentos verticais, de modo arrogante e de força inescrupulosa é um fator que não leva adiante o nosso processo civilizatório…
            A vida é maior do que nossas probabilidades, e o mesmo fato provável é crermos no pessoal que cuida de nossa segurança, posto treinamento especializado e condizente com a versão mais cabal e pura do bom senso. Não é repetir a mesma tecla, mas basta que sempre a repitamos, posto o fundamento da segurança é, a partir do olhar de um civil, exatamente o platô que queiramos defender perante o olhar de qualquer sistema e, no nosso processo de Brasil, esperamos sempre pela Democracia irrestrita, conforme o andamento de nossas Instituições, a largo tempo tão fundamentadas e recolocadas em seus valores, apesar de Suas aparentes fragilidades. A capitular no texto significa o modal da superioridade clássica, haja vista ser da modalidade da luta a faculdade militar, e ser da modalidade da paz a paz mundial, nem que esta se revele em um país com tantas dificuldades, como o nosso. Na teoria das probabilidades não lancemos dados sobre a questão do armamentismo, posto não merece essa questão a versão de que estaremos longe dos crimes, já que a violência atrai a violência, e não será por defendermos alguma coisa ou alguém que estaremos aptos a usar da força para combater coisas que há muito já deveriam estar dirimidas, ou em uma supressão frontal. Esperemos vida longa ao povo brasileiro, e não a tentativa atávica de suprimir a mesma vida através da liberação de coisa que foge à compreensão que reside esta mesma em uma ignorância vil.

quinta-feira, 20 de agosto de 2020

AS MENTES INQUIETAS

             Quando não há pressupostos verdadeiramente reais, o processo mental tenta se segurar em coisas ilusórias, tais como ganhar dinheiro em 24 horas, ou como aceitar seus significados espirituais em 12… Uma mente inquieta navega por todos os cantos esperando a revelação, ou andando por insights que não revelam muito além de suas próprias fraquezas, posto nem tudo o que se sente é o chumbo tornado ouro, já que essa transmutação da matéria sequer toca o dedo da ilusão!
             As mentes são inquietas por natureza, e nisso percebemos o quinhão da competitividade açambarcada pelas mesmas, uma competição inescrupulosa, a satisfação de passar o contendor para trás, como um eterno e atávico jogo onde o perdedor não merece o perdão, mas apenas o ignorar das gentes que o cercam. Que estranhas circunstâncias favoráveis à farsa não perfazem a circunscrição imediata desse falso propósito? E o que estes sejam, se ocorrem, exatamente? Estaríamos falando de mentes inquietas ou de proposições dúbias que levam as coisas a esses termos? Certamente, os mitos falsos nos nublam a consciência. Certamente, na vida se joga, e o jogo por vezes tem mais vantagens em um dos lados. Mais cacife, mais níquel… Não pretendamos jogar sob regras estritas, incoercíveis e impossíveis, posto esse tipo de jogo é impróprio e demanda consciência mental irrestrita e sólida. Jogar com forças menores desproporcionais é um atestado de falsa espera, no que lembre a nós termos que esperar por melhores circunstâncias: na realidade aumentada, no prazer que encontramos em uma lógica superior, à medida que cresçamos com uma boa argumentação, em seu mesmo principiar, no que é consuetudinário, em ambos os lados.
            Por mais que se canse um cidadão por caminhar silencioso com suas próprias pernas, por mais duro seja esse caminhar, por mais que as dores o incitem, na realidade a conquista árdua de seus caminhos repousam igualmente de modo silencioso sobre a tessitura de nossas superfícies… Haja vista o céu e sua textura, o mar e seu acalanto, a terra e sua plataforma firme, e as rochas que no mais das vezes se mantém incólumes. Nas areias não reside o regresso, e na atitude com devoção austera freme o mundo com mais ternura, mais solidez, sem a necessária busca por inimigos, pois no justo contrário, que o perdão crie novas camaradagens, mais conhecimentos e suas reciprocidades. Nada há que se falar de palavras encobertas por vigilâncias cegas, posto um emprego de um termo pode dar a que se pensar, mas jamais será a última palavra… Que seja dada a sursis quando falamos sobre diálogos necessários, e que a necessidade não seja considerada uma palavra qualquer, já que antes de nos atinarmos a ela, a sursis supracitada apenas suplica a uma autoridade qualquer que seja permitido o diálogo sob a circunscrição da temperança e da fé. Será por essas questões que um homem pode navegar sobre as letras por acréscimos de palavras, e sua percepção do mundo possa estar presente mesmo em meio de circunstâncias as mais díspares e, no entanto, correlatas com as crises que volta e meia não dissipamos dos centros operacionais de nossas nações, haja vista a crise ser internacional, e a crítica não seja fato apenas da mídia regular, mas de todos os recursos de que dispomos nas circunflexas veias de nossos Estados!

quarta-feira, 19 de agosto de 2020

O DESENVOLVIMENTO DO PENSAR

Realoca-se o pensamento acima do acidental
Quando aquele responde ao modo de se ver
Que tantas outras questões se provam no que vem
A ser quase de tantas coisas do que parece…

A ver, que de tanto se viu e não se parece
A mais do que tudo o que aparenta cresce
No tanto do que não era e se torna
Uma frente de soslaio, um repente de memória nua.

Uma face nordestina se rompe, um cristal sereno
Se estende em uma face que se escreva,
A mais do que se pretenda escrever
Naquilo que tangencia, nos vórtices sagrados…

Nos tempos dos umbrais sagrados, no átimo
De um outro tempo, que seja, o derradeiro
Platô do que esperamos, a seguir na fronteira
Do que seja esperar um mesmo tempo

Na nau que navega no decurso de um método se faça
A semântica dos que não se retraem em navegar
Posto em si se façam capitães de fragatas de força
Ao que demais se pense que não haveriam heróis!

No que se desenvolva o pensar, aqui, neste momento,
Para que possamos resolver equações difíceis
No momento exato em que se dirimem dúvidas
Ao que possa servir a todo o país…

No que tange à plataforma ungida pelo tempo,
Estarmos aptos, consonantes, a fímbria dos anos,
Estaremos aptos a nos adaptarmos à coragem
De outros que sequer conhecemos, de outra classe.

Qualquer que seja o conhecimento a mais
Seja este o detalhe que nos conforte, o insight
Que nos retome à vida, que nuble a reticência
E que resguarde o fato circunstancial da memória.

terça-feira, 18 de agosto de 2020

RESTAURO

 

Há que se ter conhecimento para restaurar as peças

Onde quaisquer forem, de nossos fornecedores distantes

De mesmos conhecimentos de sua fabricação

Onde dista a chave quimérica de uma farta ocasião.

 

No que se revele a altitude de consonância com razões

Veremos o mundo mais civilizado, talvez em uníssona voz

Que se encontra com o Canto, de um soletrar pungente

Que não recrudesça sentimentos quase ímpios e sem veias...

 

Do se restaurar há que se ter quase a atitude de um verso

Que demande significados maiores, sempre ternamente

Conquanto termos a noção primeira do que é humano

Daquilo que não pensamos ser algo distinto dessa premissa.

 

Haja vista sermos mais do que tudo aquilo que pretendemos

Nas entranhas de um quase sistema, tudo o que nos oferta

O retorno do pago dos impostos, e que não nos revolva

A impostura de não aceitarem a moeda que não nos devam...

 

As temperaturas tendem a cair um pouco neste nosso Sul

Em relação com o Norte que vem de uma seca sem destino

Onde porventura se atente para não pifarmos as máquinas

Que giram as manivelas do motor a que não principiemos jamais!

 

O que se restaure seja a consecução primeira de todo cidadão

Que se preze estar na frente de uma contenda sui generis

Quando na conformidade de sermos mais do que uma peça

Para podermos revitalizar todo o complexo nosso proceder.

 

Um leito branco e digital espera que o preenchamos

Com versos a mais não poder, com frases entrecortadas

Nas vertentes de mais um capítulo de férreas mãos

Que entravam na corrida de mais significados algo tortos.

 

O que seria de mais a mais ser maior do que o tempo

Se este não espera sequer a sequência ordinária

Que teima em prosseguir a mais do que toda a vida

Naquilo que de antemão retornemos a um período cru.

 

Nas vestes do sagrado que restauremos o restauro,

Que andemos por todas as páginas de nosso tempo,

Que encontremos a melhor das ocasiões propícias

A  se dizer que a aparência da noite nada conserta!

segunda-feira, 17 de agosto de 2020

A PRODUÇÃO CULTURAL

            Há quem diga que a cultura se produz, mas, no entanto, há momentos em nossas nações em que a identidade se perde. O que venha ser a produção cultural ou mesmo o conceito tão amplo da cultura? O cidadão indígena merece o título da cidadania se considerarmos o processo civilizatório uma demanda em que o respeito à característica antropológica não evanesça de modo a ignorarmos a maneira de viver dos mesmos indígenas com seu peculiar modo de ser. A cultura reside nos morros, nas favelas, nas vilas miseráveis, no trôpego caminhar de um mendicante, ou mesmo culturalmente se dá a contra cultura, quando se contesta todo um sistema, no que isso possa se dar com a desobediência civil e outras formas de protesto, quando o copo transborda depois de uma simples gota... A maneira de ser de um civil ou de um militar não pode ultrapassar o germe da separação, posto a categoria de cada qual se estampa, e os civis enumeram uma infinidade de ocupações, enquanto os da guarda encampam apenas os seus próprios pareceres, suas idiossincrasias particulares onde, igualmente ao restante da sociedade, há aqueles que são de mérito justo e outros que se deixam corromper, lastimosamente. Isso é um fato, erraríamos se o negássemos. Por aqui devemos pensar: que tipo de corrupção afeta uma aldeia indígena, frente ao garimpo onde, por paradoxo que é, a busca do ouro corrompe deveras, como sabemos do fato histórico aqui, em nossa América, se for citar um exemplo cabal e irrestrito. Portanto, nada mais ausente do humanismo frente à avalanche do poder econômico, que pode ser capaz de matar, de tão municiado que está e se apresenta com a truculência travestida de desenvolvimento.
            Perdem-se na memória os momentos em que o país possuía um movimento artístico tão forte, e como a censura em determinada era tolheu de forma tão excludente todas as formas de expressão, cabendo ao povo brasileiro agora uma retomada para resgatar a memória do arcabouço da arte, independente do grande teatro da tentativa excludente que revela no futuro o cerceamento da produção de peças culturais, seja nas artes visuais, escultura, instalações, teatro e cinema. Sem citar a literatura e a filosofia, irmãs gêmeas estruturais. Precisamos ser mais fortes do que o mais forte, ter a têmpera necessária e mantermo-nos atentos, como um improviso nesse grande teatro que deve assumir a postura internacionalista. Se, digamos, oito pessoas nos acompanham no Brasil enquanto, no exterior, milhares nos acompanham, a cada período, a cada brecha, podemos crer que não estamos sozinhos. A globalização é fato inconteste, imperecível e inevitável, e o mundo anda curto dentro de nossos celulares e computadores, mesmo que ainda estejamos em um isolamento férreo como na atualidade. Na realidade, depois desse isolamento forçado em decorrência da pandemia, registremos nossas reivindicações, pois só e apenas estas podem estabelecer acordos favoráveis e, acreditemos, em nome de Jesus, que deve haver – como Ele pregou –, melhor distribuição das riquezas, pois não há mais como conviver com a diferença daquele que ganha bilhões e outros que mal possuem água nos seus barracos. 
          
No entanto, o que nos moverá para manter grupos primitivos – neste nosso conceito ocidental do que se supõe o seja – e a produção cultural é uma mola de tração que nos impulsiona mesmo enquanto estamos mais fracos... Mesmo que se imponham tarefas árduas, penitenciais, de austeridades redobradas nessa fortaleza de caráter que se chama força e resiliência em todas as classes de bom senso. Para que possamos ao menos conviver com o caos em uma luta interna, na ativa espera pontuada de ações que resolvam melhor o resguardo – a um principiar, somente – de nossas instituições democráticas, no que verse uma grande marcha para que comunguemos da mesma base de sustentação de cada qual, em um panorama que pode parecer complexo no início. O caminho saudável psiquicamente está na ação em consciência – em uma religião ou não – luminar que possa nos posicionar na retomada de negociações e acordos nessa estranha transição que a muitos não parece levar a lugar nenhum, e a alguns pode levar a toda uma esperança, porquanto cidadãos no processo de participação inequívoca para as mudanças importantes nas estruturas do Brasil.

domingo, 16 de agosto de 2020

A FUNCIONALIDADE INDUSTRIOSA

Encontremo-nos com a facilitação de qualquer peça
A ver, se as peças condigam com largos projetos
A se pensar em longos prazos, para que não tenham
Os mesmos erros do imediatismo que urge pelo defeito!

Essa introdução do saber como fazer especifica um grau
Sonante em estarmos a produzir o mesmo que porventura
Outrora copiava e, que agora, possui todo o conhecimento
De quem sabe estarmos em uma plataforma mais inteligente.

Aprendamos, por suposto, com as frentes ocidentais e orientais
Quando, em termos de conhecimento na ciência
Devamos arguir que nem tudo o que é distante nos diste
Do saber industrioso e sua funcionalidade que alicerça gentes…

Nas flores que volatilizam pareceres, na água turva de uma caixa
Aprendemos justamente que tudo parte de uma sensibilidade
De estarmos em harmonia com a produtividade, mesmo que
Esta venha embalada nos paradoxos onde nem todo país constrói.

Mas onde a caixa de bambu seja a caixa de Pandora, onde sejamos
Mais do que os nossos desafios, rege a economia a passos largos
Que nos atenhamos em que nem toda a máquina estatal merece
O desmerecer de seus lucros, bem como a desvalorização dos ativos.

Merecemos, sim, a semântica de um Estado forte, da valorização
De uma plataforma nacionalista e, sem dúvida, valorativa
Naquilo que percebemos ser importante ao serviço social
E a todas as demandas que se preocupem com o nosso povo.

E nossa indústria merece uma atenção redobrada, posto não possua
Um tempo equidistante de uma merecida retomada de suas funções
Naquilo que se pretenda de se realocar vínculos empregatícios
E no ademais pense-se sempre na riqueza pungente de nossa nação!

Por essa questão reiteremos a importância de um forte Governo nacional
No que se pretenda estarmos cientes do desenvolvimento pontual
E genérico de todas as nossas frentes que se predispõem
A ter dentro de si as prerrogativas do que seja o progresso humano.

quinta-feira, 13 de agosto de 2020

A VIDA QUASE HINDU NO OCIDENTE


Algo que não vislumbramos muito é o Universo de nós mesmos
Quando de estarmos em harmonia com os mantras sagrados
Ainda que, por ironia do destino, o nosso cantar seja mais fraco
Do que manda o foco no mesmo soletrar suas Sílabas, a mais
De se saber que o que anda por detrás do Maha Mantra
Está apenas a sintonia profunda com nosso Deus, Krsna!

Se por um acaso esquecermos algo, quando nos lembrarmos
Estaremos concentrados no mesmo Mantra, o sacrifício
Pungente desta Era de Kali, que deixa a evolução
Espiritual do mundo com o compromisso atenuante
De que muitos possam vir a compreender o tema sagrado…

Tudo isso é simples, cantemos Hare Krisna Hare Krsna,
Krsna Krsna, Hare Hare, Hare Rama, Hare Rama,
Rama Rama, Hare Hare, de um modo límpido, humildemente
Como a palha jogada na rua, como um rastro de um andarilho
Ou os vinténs que não nos digam respeito na arca de um tesouro!

Se não conseguimos dormir bem à noite, basta soletrar
Os Santos Nomes, esperar que o sono venha, reparador,
Pois Krsna dança em nossas línguas no simples pronunciar do canto!

E se temos dúvida na fé em modo de ignorância, saibamos que de fé
Podemos alçar maiores voos, com os pressupostos de que na bondade
Haveremos de ter progressos maiores que, no entanto, se somos
Devotos alinhados no serviço devocional, transcenderemos os modos.

Nessa questão simples, que continuemos acreditando na Índia
Como uma pátria espiritual, posto ter concebido Prabhupada
E tantos outros, desde Hanuman até Brahma, desde Shiva
Até Vishnu, desde um devoto até outro, desde um simples livro
Até o Mahabharata, desde o Bhagavagita até o Bhagavatam!

Nessa ausência de erro temos como compreender o Supremo,
E por essa questão cantemos, pois, a alicerçar conhecimento
Com a prática da Bhaktiyoga, dos versos ao dissipar com o archote
Que os mestres antigos da Índia nos fazem crer, dia a dia,
Na elevação do Ocidente a uma plataforma consonante com a dita fé
Que em nossos casos tem movido montanhas, e protegido os devotos do caos.

quarta-feira, 12 de agosto de 2020

A TÍTULO DE POSTAGENS OS NÚMEROS RESSALTAM UM BELO LEGADO, NO QUE AGRADECE O POSTADOR.

A TENTATIVA DE SE PERMANECER SILENCIOSAMENTE OCLUSO PODE SER APENAS UMA DEFESA DE NÃO QUERER SE ENCONTRAR COM A BARBÁRIE!

O FATOR MAIS IMPORTANTE DA MATÉRIA, É O PODER QUE POSSUÍMOS DE PODER TOCÁ-LA COM O NOSSO SENTIDO DO TATO.

TENTEMOS NOS RESGUARDAR NESSA PANDEMIA, FICANDO EM CASA E CANTANDO A JAPA MALA: AS CONTAS DO MAHA MANTRA.

PODEMOS SER, EM DEVOÇÃO, AO MENOS EM UM DIA OS ÚLTIMOS A DORMIR E OS PRIMEIROS A ACORDAR, LÉPIDOS, COM A NOSSA MISSÃO À FRENTE DE NOSSA FRONTE.

QUANDO SE PENSA QUE FAZEMOS A COISA CERTA, CERTAMENTE TEMOS CONSCIÊNCIA DO PARAMATMA DENTRO DO NOSSO PEITO, POIS KRSNA É APENAS UM PÁSSARO QUE DESFRUTA OBSERVANDO NOSSOS PENSAMENTOS E ATITUDES E AÇÕES, EM SUA CONSCIÊNCIA.

SE UM DEVOTO SAI À RUA E CONSEGUE CONVENCER DA IMPORTÂNCIA DA FÉ EM DEUS, ESSE DIA SERÁ CONSIDERADO APENAS MAIS UM DIA, POSTO MUITOS JÁ POSSUEM O POTENCIAL DA DEVOÇÃO EM SI, E A MISSÃO DO DEVOTO É APENAS ACENDER ESSA CHAMA.

SE UMA POSTAGEM FALA DO CONHECIMENTO TRANSCENDENTAL, OBVIAMENTE ESTARÁ TRANSCENDENDO OS MODOS MATERIAIS, SENDO POR SI A PRÓPRIA TRANSCENDÊNCIA QUE NOS ABARCA O ESPÍRITO, OU ATMA SAGRADO.

SE UM SER HUMANO ABRE UMA SENDA DE LUZ SOBRE A HUMANIDADE, ESTÁ NO MODO DA BONDADE, ONDE DISSIPA A IGNORÂNCIA NAQUELES QUE PODEM ALÇAR VOOS MAIORES DEPOIS DA CONSECUÇÃO DESSA PREMISSA BÁSICA.

DEUS NÃO NECESSARIAMENTE DÁ MUITA IMPORTÂNCIA AO NOME, POR ISSO É KRSNA, O TODO ATRATIVO, SENHOR DE TODA A OPULÊNCIA, PODER, RIQUEZA, RENÚNCIA E BELEZA, QUAL NÃO FORA É O MESMO DE TODAS AS RELIGIÕES.

VISHNU MOVE MONTANHAS, POSTO PRABHUPADA FINALMENTE CONSEGUE SE ESTABELECER COMO MENTOR DO VAISHNAVISMO NO MILÊNIO ATUAL, COLOCANDO A DIVINDADE COMO FATOR PRIMORDIAL DA RAÇA HUMANA.

SE UMA BARRA DE TÍTULOS AMPLIA A SUA LINHA, ISSO NÃO DEIXA DE SER UMA PROFUNDA INOVAÇÃO TECNOLÓGICA, POSTO AMPLIAÇÃO DO SIGNIFICADO.

SEJA A CULTURA AMERICANA, SEJA DA ÁFRICA, SEJA DA EUROPA OU ÁSIA, TENHAMOS TODOS A GLOBAL PERCEPÇÃO DE QUE NUNCA HAVERÃO DE MASSIFICAR TUDO O QUE HÁ!

A CULTURA DEVERÁ PASSAR POR UM RELEMBRAMENTO QUE EVIDENCIE NOSSA HISTÓRIA EM TODOS OS RINCÕES DE NOSSO PAÍS.

NO ENTANTO DO SE PROSSEGUIR, PENSEMOS NA MARCHA INCANSÁVEL QUE SE FAZ EM UM RITMO ANUNCIADO PELA PERSISTÊNCIA DO ESFORÇO...

NA CIÊNCIA DA DISCRIÇÃO, O QUE É SÓBRIO NA ATITUDE REVELA MAIOR SAPIÊNCIA DO QUE O REBUSCADAMENTE HIPÓCRITA.

A CARIDADE DA PAIXÃO

 

Retorna o vento para dimensões atávicas de sobreavisos

Quando de uma esmola serve para alimentar vícios

Conforme se queira uma aproximação de modo tal

Que quase se saiba que os vinténs se traduzem em cachaça.

 

O que se quer ao dar esse insumo básico e quase irrisório,

A não ser pontuar serviços, como em uma senzala

Muitos pedintes seguem às casas na sua humildade

De uma ocasião onde o desemprego insufla escravagismo.

 

Ao darmos algo esperando outro, qual não seja a aparente

Satisfação, estamos no modo da paixão onde se subentende

Conseguir algo de aprovação entre falsos proletários

Que nada mais são do que andarilhos à procura da esperança!

 

Daqueles que andam apenas, encontrando por vezes o cobre

De algum rotor ou fio deixado ao relento, que consigam vestes

Que ao menos espaireçam um pouco do aquecer-se, ademais

Que não precisem se encontrar com o horror da iniquidade!

 

Urge soletrar poemas aos cidadãos desassistidos, como diria

Uma gestora que trabalhou honestamente para dirimir

Más governanças a uma plataforma de trabalho

Onde a desassistência foi vencida por trabalho de boa plataforma.

 

Como não assumir com os pingos nos is, que a intenção

De uma boa gestora soube parecer nos flancos da oposição

Uma virada em que fora eleita grande entre os seus

E que sua derrota tem revelado ao povo uma falta sem reparo.

 

Esperemos por bons gestores, e que a Democracia eleja

Em seu devido tempo aqueles de boa índole e honestidade

Em conformidade com o que se prega de competência

Naquilo que foi visto em eras anteriores enamoradas do bom senso!

 

Saibamos por índices calculados em antigas administrações

O que se fez de residências para os desassistidos, um porém

Que ressalta o mea culpa de não possuirmos antes um tirocínio

A ver quem é quem na verdadeira administração de uma cidade...

 

E, se por um acaso do destino, estivermos em uma busca cega

Onde opostos se digladiem, saibamos que nada seria melhor

Do que um índice positivo, a saber igualmente, que em uma era

De dúvidas, optemos por aqueles que revelaram a verdadeira gestão.

segunda-feira, 10 de agosto de 2020

A QUEDA

          Um homem sai de sua casa sem saber se fosse melhor ou pior… Esquece alguns apetrechos, e sai. Porventura fosse alguém com menos sensibilidade, mas a luz lhe tecia companhia. Ao redor de si momentos raros, meio estranhos, quando de sua própria individualidade. Os tempos eram outros e nosso personagem de nome John já não registrava, em sua caderneta imaginária, um sentido lógico qualquer, uma coerência existencial: um rumo ou mais do que, um prumo! O significado maior de seus escapes revelava a escala do provável, prognóstico de melhores dias nas ruas, um contra senso por não se saber exatamente a correção de seus atos. Tanta era a sua prática, que já não sabia mais do que urgia e do padecimento de seus padeceres perante dura realidade. Seu idioma era patriota, assim como o modo de se portar.
          A vila onde morava era assaz pauperizada, sequer tinha chuveiro em sua casa. Tomava banho aquecendo a sua água, em uma bacia a colocava e, duramente, não disponha desse mínimo conforto dos tempos contemporâneos. Tantos enfrentam tamanhas carestias que um conto trágico se baseia no fator dos tempos… Assim como não gostamos de sofrer, nem para isso temos que fechar os olhos para os sofrimentos da maioria da população. Esse tipo de ato não é condizente com o caráter, com as promessas de sermos melhores, com a evolução na direção da bondade no nosso corpo social, sejamos ricos ou pobres. O egoísmo não deve imperar, jamais! Se isso ocorre também acontece a dissenção, a falta da compreensão humana, afora o diálogo e a meta que nos leve à paz entre os indivíduos e a coletividade. Este detalhe é uma questão fundamental no princípio, principalmente nos meios e finalmente na conclusão algo missionária de bons pensamentos e atitudes. Não adianta não perdoarmos sendo de algum templo, pois todo o Velho Testamento é apenas uma preparação para a vinda de Emanuel e, se isso também ocorre, não adianta de nada Cristo ter ensinado o perdão? Aparentemente não tem adiantado e, concretamente, parece que Seu sofrimento de nada valeu para a humanidade, pois Ele mesmo não possuía religião e quase todas que vêm por nossos dias falseiam Seu Nome, destroem imagens sacras e vilipendiam os líderes da Igreja de Pedro, nas ordens eclesiais que baseiam suas vidas no atendimento espiritual dos povos e na prática da caridade.
           De que realmente nos valeu a queda de Cristo, se a humanidade não aprendeu nada? Talvez tenha aprendido algo, mas talvez possamos crer que aquele não retornará mais, justo, para um planeta destruído e nenhum homem, em sã consciência, pode acreditar que algum milagre fará de um planeta inteiro – grandemente devastado – um lugar melhor para se viver. Se a maior parte das religiões do Ocidente não pensarem contrariamente que a riqueza material não passa de uma bênção, não há como não incluir socialmente, e incluso materialmente falando, as populações vulneráveis como um todo: participativas e atuantes em seus próprios caminhos.

domingo, 9 de agosto de 2020

ESCARAMUÇAS

Tenhamos dó das escaramuças que aparentemente não são
O mundo do silêncio que nos afete em cada esquina
Quando muito, do se fazer a ordem plena na substância
Algo volátil do encerrar a contenda pelo viés dos lados… 

Assim se não se doe, mas da doação de si estaria melhor
Que o pressuposto de influir táticas ou regras similares
A um xadrez antigo, posto já somar bilhões de movimentos!

Em cada um daqueles reside o próximo e o distante:
Remotos, virtuais, presenciais, de toque, de tímbalos,
De mrdangas, de caratalas, do respirar Krsna pelos poros
E ver que à sombra de Deus  nada é totalmente impraticável.

Na esquina onde um mau cidadão se declare inimigo
Vemos apenas o refratar-se de uma intenção de luta
Que na idade do lobo já não faz mais sentido, em opor-se.

Com as demandas do dia a dia, com a semântica do tensor
Possam vir rescaldos do que se espera em difícil Era:
A Kali que resguarde os inocentes, pois é plena da desavença.

Mas de testamentos temos muitos, e muitos outros testam
A ver, que de reservas morais o próprio selecionar do mundo
Não há de preservar nem ao menos os seres do qual participam
Apenas com a tolerância arbórea, nada mais do que isso…

Assim, deixem os ajuizados que outros não se ressintam,
Mesmo que a força aparente seja desproporcional
Porquanto muitos de uma razão terminante se sobressaem.

Na vertente de um poema, na questão dos indígenas,
No alimento espiritual dos negros, na fortaleza sem par
Das mulheres de nosso planeta, na correção dos homens de bem
Residem todos os virtuosos sentimentos de quem é oprimido!

Reza a cartilha mais pungente que a libertação sempre virá
De um modo ou outro, naquilo que se pretenda sinceramente
Mas que, em suas vertentes máximas não são apenas escaramuças.


sábado, 8 de agosto de 2020

ESTAR VIVO É APENAS ESTAR VIVO, NÃO IMPORTA TANTO SE FAZERMOS ESFORÇOS PARA TANTO, POIS A LENTE DOS CAMINHOS NOS REVELA UM CAMINHO MAIS ACENTUADO...

AGORA SERIA O TEMPO DE NOS RESGUARDARMOS DENTRO DE UMA AUSTERIDADE, DENTRO DE UMA VIDA MAIS SÓBRIA, POIS ESTAREMOS MAIS LÚCIDOS PARA PODERMOS SACAR NOSSA LOUCURA!

REITEREMOS O PROCESSO DE REIVINDICAR AO MENOS O DIREITO DE FAZER FUNCIONAR OS NEURÔNIOS, PENSANDO LIVREMENTE E SEM PASSAGENS NECESSARIAMENTE OBTUSAS...

PRESSUPÕE A VIDA QUE NÃO APOSTEMOS NO AZAR OU NA SORTE, MUITO MENOS NO ACASO, POIS SÓ NOS RESTA AGIR COM DIGNIDADE EM TODAS AS CIRCUNSTÂNCIAS QUE NOS APRESENTAM.

O JOGO DESTE MUNDO SURPREENDE PELA DIVERSIDADE, ONDE MUITOS SEQUER SABEM E OUTROS JOGAM PARA PERDER NO FUTURO.

NA RAZÃO PURA E SIMPLES DA LÓGICA ENCONTRAMOS MODOS DE ENCANTAMENTOS QUE SÓ SUPÕEM O EXERCÍCIO DA MENTE!

O HOMEM BRINCA, O CÃO BRINCA, O GATO BRINCA, SE NÃO FOSSE APENAS O LUDENS PRIMITIVO NÃO HAVERIA CHÃO PARA RESPOSTAS DESSA ORDEM.

EM UM FANTOCHE PODE ESTAR A ESPERANÇA TARDIA, MESMO QUE ESTEJA NAS FRENTES DE UM EQUÍVOCO POPULAR...

DE TÍTULOS E HONRARIAS VEM O CAUDAL IMORREDOURO DE UMA CIDADANIA FORTE, E QUE PREZEMOS PELA HONRA DE NOSSOS PARES.

AS EQUAÇÕES QUE NÃO PODEMOS RESOLVER MESMO DEPOIS DE GRANDE ESFORÇO, QUE SEJAM RETIRADAS DA MESA E COLOCADAS NA GAVETA.

RESERVEMOS O DIREITO AO PLANO CONSTITUCIONAL, POSTO MARAVILHOSA É A ABERTURA DE UM ESTADO LAICO DO DIREITO.


sexta-feira, 7 de agosto de 2020

A VERTENTE IMAGINÁRIA DO TODO RESOLVE PELO MENOS EM PARTE A FALTA DE CONSCIÊNCIA HOLÍSTICA.

NAQUILO TUDO QUE SE PENSA CORRETO RESIDE A FORMA BRUTA DE UM DESEJO EM QUE O PRÓXIMO SE DISTANCIA...

FILOSOFIA DE ANTES

Tracem os verbos, teçam as semânticas, que outrora fossem
Os que guardavam templos com a fé imorredoura, simples,
Homens de guarida sem ocasião, sem as intempéries
De um caráter, mais do que tudo: a veste, a unção!

Vale-se mais a se pretender um abraço fraterno, mais a mais
Do que se fosse ceder uma página obscura e um tanto fraterna
Quando de se for algo mais se fará um ocluso sentimento
No tanto de se pretender a escala de uma vértebra positiva.

Tentam-se anos, tente-se o viver, que no mais das contas
O sufragar-se sentimentos que denotam tristezas
E outros poréns que não claudicam palavras fracas
Posto sermos de timão nos olhos e tenaz na mão.

As filas das gentes se sobrepõem em discursos abertos
Quando não se descobrem nem ao menos as mesmas falas
Daqueles que passam os dias ensombrecidos pela falta
E que, no entanto, olham mais por si do que o outro olhar…

Circunflexos quereres na imensidão de um plátano
Que navega em Noé, de todos os seres, sem exceder
O peso da embarcação, no que turgia a orla dos oceanos
Na querência de rogar a Deus um encontro seguro com terra.

O vértice de mais um na rede volta-se com toda a força
Quando se faz a conexão algo sagrada com a religião
No atinar-se existencialmente com uma outra Terra
Que não seja a mesma, mas que não seja apenas um mundo!

Sabe-se antes do que seria o mesmo vértice, vertido
Na palavra de um comunicando e seu comunicado,
E que o gerúndio participe do introito da comunicação
Antes que um aventureiro lance mão do próprio significado.

O que era antes passe a ser agora, o conteúdo filosófico
Encontra seus átomos na parafernália dos pensamentos
Estes, que urgem e rugem para estarmos bem alicerçados
Mesmo depois de uma imensa e rota tempestade cerebral!


ADENDOS

Qual esfera girante, um sol que nos perpasse, complemento
De algo que talvez não saibamos, mas que conste firme
Em um propósito com a pretensão filosófica, e que não teme
O alvissareiro que não existe, mas que o inverno é ameno no sul!

Saibamos de nossos limites, que todos os que almejam o Poder
Espirrem seus cancros por além das portas, sejam expulsos
De suas próprias invectivas, pois não haverá se assim não for
Pedra sobre pedra, pois que estamos fartos de forças escusas.

Que soprem ventos, que soem tempestades, que a nau
Não transcreva apenas a navegação, mas que escreva
Em seu diário de bordo uma circunscrição breve, e que saia
A navegar entre penedos, na carta náutica tão fremente e disposta.

Merecem-nos os pontos de vista mais atentos aos obstáculos
E que Ganesha os transponha, e que Expedito, o santo,
Remonte a solução das causas impossíveis, pois a fé, caros,
Não possui quilate de mensuração, já que move a falta de intenções.

Estamos por viver uma Era de fé, se não supusermos algo de monta
Quanto de pertencer a uma escala que não se degrade, da música
Que podemos escutar no que ordena notas e mais notas,
Naquilo que se prevê ser mais sério e belo do que a dissensão! 

Nada que porventura tenhamos por alicerces, por referências,
Seja melhor do que uma opinião purista, uma voz alterna,
Um cisto no pé, que nos avise que a vida já não se retira a mais
Do que apenas uma conformidade lógica que apensa o retirar-se.

No mote da boa ventura, nos dias em que muitos já não leem,
Na vertente da ignorância monolítica, saibamos que nem todos
Os que almejam uma breve – que seja – fama terão o tranquilo
Modo de ser dentro de um lusco fusco do não se conhecer…

Assim passamos à humanidade seu espectro caloroso,
Sua vida de adendos a fama verdadeira, oclusa, silenciosa,
Nada popular, nada que se peça o escrutínio das ideias
Posto sabermos que o anonimato é o maior dos trunfos.

quarta-feira, 5 de agosto de 2020

DE UM MANIQUEÍSMO QUE MOVE A RODA

           Se houvera porventura mais do que um maniqueísmo, talvez em cúmulos arquetípicos, no que depende do sistema em questão, não propriamente de um regime político, ou da moralidade relativa, mas em cada um que pese o torto pensar ou no que se pensa ser correto, mesmo entrando na coisa da fraude. Como disse Carl G. Jung em “O homem e seus símbolos”: a vida é uma batalha, considerando que estamos repletos de dualidades, entre temperatura, bem ou mal, nascimento e morte e etc, quando não possuímos certeza de nada que possa nos acometer, dentro do espectro da existência. Na verdade, a situação material auspiciosa nos fortalece deveras, mas, ao mesmo tempo, temos que viver dentro de uma segurança quase blindada, quando nossas vidas são de ostentação por vezes inconsciente, ou em uma posição contrastante com a maioria da população, que é de baixa renda. Muitas vezes o conforto de um cidadão reside no seu espaço aéreo, quando sai de helicóptero para trabalhar como CEO de uma grande organização, ou quando dono de uma grande corporação. Essa questão reside na veia da opulência material, enquanto milhões de habitantes de uma megalópole por vezes nem água possuem normalmente em seu duro cotidiano. O que falta na ausência de distribuição da riqueza mais equânime pode ser considerado uma injustiça sistêmica, onde muitos pouco possuem e poucos possuem muito. Quase como um trocadilho, revelador, no entanto, de uma desigualdade que em alguns países não tem precedentes. Cabe a questão moral neste assunto? Mesmo sabendo-se que a ética muitas vezes depende do contexto, no modal de justiça social cabe crítica, diálogo e luta, pois aqueles que pegam um trem às três da manhã para chegar ao trabalho na hora certa lutam deveras… Esse tipo de batalha citada acima, de Jung, porventura também envolve outros contrastes, dúvidas, e nexos alternos. Conforme citada nessa obra, o espelho do que foi a Cortina de Ferro e o Muro de Berlim instaurados depois da Segunda Guerra, se traduz em uma dissociação mundial, como uma neurose crítica planetária. A luta entre ocidente e oriente, a cisão e o pensamento refratário com relação ao novo, mas que caracteriza obviamente a propriedade dissonante do capitalismo e os fechamentos das fronteiras na Cortina citada. Obviamente, se dermos tratos à bola defende aquele que muito possui, e luta por melhores condições o que nada possui, haja vista a derrocada do muro ter sido uma derrubada simbólica e hoje continuam os problemas sistêmicos no mundo.
          As querelas que vemos por todos os cantos traduzem mais do que apenas movimentos econômicos, mas situações de ansiedades permanentes, redução dos valores mais elementares, aumento crescente da violência e governos fechados em si mesmos onde não se sabe exatamente o que neles acontece. A segregação toma conta, surgem títeres nada libertários e o show, como se diz, deve continuar desse modo: cantado por dentro como um réquiem… Nos tempos da atualidade a morte do “outro” é vista como algo “natural”, gerando um descaso e uma ignorância cada vez maior quando se toca na questão da solidariedade, ou da citada justiça social, ou mesmo no ignorar-se e se manter alheio a preocupações pertinentes, quando não se estabelece um tipo de hierarquia necessária no viés da civilização humana, independente de ser estabelecida oficialmente ou não. A Lei nos impõem a hierarquia, e aquela se constitui como algo de firmeza, que deve ser obedecida por todos os cidadãos, principalmente se foi conquistada pela questão democrática, ou seja, separar-se o trigo da palha como dizia Jesus Cristo já que, se em alguns aspectos a dualidade nos movimenta, a roda da história deve valorizar melhor as conquistas jurídicas, políticas e sociais.


terça-feira, 4 de agosto de 2020

DO QUE SABEREMOS MELHOR?


           Algo a se dizer sobre um conhecimento fundamental, que nos traga o básico da compreensão da realidade? Talvez não saibamos responder corretamente, talvez nossas fontes do saber sejam quase ilegíveis à nossa razão, talvez algumas informações com falsidade ideológica nos tragam ao parecer máximo do inconcluso… Talvez ainda saibamos melhor de nossas frentes, quão dura é a semelhança com a dita realidade que se apresenta em cores tíbias e em pressupostos idiotizados, como em uma vertente da incorreção em não integrarmos a percepção e a dúvida, o equânime e o desigual, as feras e as circunstâncias, qual reino quase animalesco de instintos primitivos. Como em um grande sonho, onde se pode auferir distâncias por proximidades equivalentes, onde um não use a máscara por reflexos, e onde outro a usa depois de pegar a contaminação, compulsoriamente!
            Sabermos mais e melhor porventura seja o dignificar das peças humanas, o rato de laboratório que responda aos antígenos, a terceira fase de testes da vacina, o recorrer quase em desespero da economia, uma falência complementar do desemprego na indústria, e o aparecimento cada dia maior das síndromes de depressão e transtornos de humor. A quem saiba que praticar com o pensamento o universo se abre, e as mesmas circunstâncias apresentam saídas, nem que para isso transformemos o fel em sabor, e o mel na introdução de um parágrafo altissonante! Nessas modalidades quase internacionalistas vemos que o futuro das nações não é rigorosamente estabelecido por tendências unilaterais, posto ainda que – talvez infelizmente, ou não – o comércio ponteia como a grande virada econômica deste novo milênio. Talvez achássemos maior um pensamento mais escolástico a respeito e, no entanto, encontramos em uma lógica quase crua e invertebrada a razão mais pura de conceitos que trazem ao prumo o sextante de nossa nau. O conhecimento em si passa a ter um valor quase secundário frente ao reflexo das sinapses que se enquadram dentro do funcionamento de seus assistentes e displays, mas – reiterando – o conhecimento independente de aparelhagens ou máquinas faz maiores frentes com o enigma de um signo crucial como o vírus este da atualidade. Por uma questão de significados majorados, um livro lido no papel traz a forma da Natureza na leitura, e quem por ventura tem uma vista de uma sacada em um edifício pode usufruir um pouco, e quem tem luz na favela e um bom livro tem o mesmo, no princípio da boa vizinhança e da necessidade de bons educadores em todos os cantos. Talvez seja querer muito, mas nem todos os que vivem de modo insalubre possuem algum celular ou computador que lhes dê paragens ao virtual modo da cultura facilitada pelo acesso democrático e, na verdade, paradoxal, pois estes instrumentos culturais geralmente custam caro. Um livro e seus compartilhamentos sempre vai ser uma sinopse do bom senso, pois guarda em si momentos ricos de história, arte, poesia e reflexão. Nada mais específico e belo do que folhear uma textura do papel, ou de desenhar uma arte, do que resolver uma equação matemática e concomitantemente, se possível, resolver teoremas da programação, quando de serio estudo, aliado à companhia trigueira e boa da tecnologia.
            Comecemos de baixo, estudemos alguns clássicos, como Rubem Braga, Machado de Assis, ou Simenon, Camus e Sartre, assim como um contato com as estrelas. Revisitemos as obras de Duchamp, Lorenzo Bernini e Leonardo da Vinci. Passemos às músicas, quiçá uma viola de Paulinho, um Buarque de Holanda, assim, como tudo que uma pessoa com carência econômica possa a vir ter qualquer contato, este que vos fala: simplório, na verdade, idealista ao extremo. Não há pecado, meus caros amigos, em aprender nessa seara tão fértil que se chama o aspecto da cultura das humanidades. Não se pode pensar em um livro único que nos resgate a cultura, pois o conhecimento de algo remonta um parecer mais genérico e por vezes profundo da natureza humana. É tanto para se ver, para se escutar, ouvir e dizer, que um panorama de apenas uma visão que é porventura apenas a dissenção contra a juventude eterna do saber é o que nos torna aberrativamente fanáticos e predadores de nós mesmos, quando por um acaso acreditarmos que queimar florestas seja sinônimo de desenvolvimentismo.

sábado, 1 de agosto de 2020

OS FLANCOS EM LINHA


Retorna a cisma em perceber algo de maior latitude
No que se pode versar, no codinome algo esdrúxulo,
Porquanto seja um dentre milhares, um nome dado
A quem queira no particípio do passado, a ver
Que na dimensão errática um lado de flanco possa ser!

Nada do que diste na profusão diamantina do querer
Se pode ser a mais do que um em cada outro
Quando nos apercebemos que os flancos apenas carregam
Os dias por si, e nos arredores as provisões nada que
Enganem outros tempos de aurora em revelação tardia.

Não que diste tanto do aglutinarem-se as forças que ocorrem
Mas, do outro tanto, no lado quase oposto uma gente
Que corrobora o instante de um acaso perfila tropas
Que talvez se oponham a uma íris que revele ao leigo
O mesmo tom quase sarcástico do que não existe…

As páginas ferruginosas de nossos tempos, qual uma sílaba
Que não proferimos interligada a outras, são veios
De um tempo de consonância onde a extensão do colóquio
Vem endereçada pela onda maior que se nos abraça
No rude modo de não sabemos sequer como nos portar.

Esse interligar-se no comportamento de flancos abertos
Remonta histórias mais do que reveladoras e francas
De um dia possamos ter querido alguém no insopitável
Modo de que se pode ser mais do que o esperado
Nas noites onde não se encontra mais o respectivo meio.

Quando de se auscultar uma vértebra de progresso
Veremos o mundo mais atinado com o remontar da dúvida
Nas esferas da certeza, quanto de saber-se que esta
Reside no caráter da integridade, no saber-se ser
A mais do que apenas um apenso em qualquer pena!

Nesses dias de antemão, no proceder algo inquieto de se ter
Uma questão de ordem, a que todos possam finalmente auferir
As contas que não são da ordem do dia, mas que significam
Mais do que pudéramos constatar em digladiar parâmetros
No verso que significa mais outro lado lateral de nossa vida!

Por ventura se tente ser mais do que um simples vivente
Quando a terra se torna nua em torno de um solo calcinado
Assim, de apreendermos nossa própria realidade
Para sabermos que quem está do lado da ignorância
Pode jamais revelar ao mundo para que veio na ganância.

Esse emblemático proceder de uma via apenas, não mostre
Que o que queremos pode ser mais do que apenas um mote
De se resguardar uma fronteira quase existente, ou ampliar
Apenas a compreensão de que o que cresce inflado pelo tempo
Revele a sobre escritura do que temos por papéis passados…

Esses flancos que depositam ao redor as minúcias dos rastros
Não revelem em si ditames da ordem multifária às avessas
Posto na consciência de alguma fora aberta em cada ser
As nuvens que ditam regras em torno de uma veia climática
Só poderão dirimir realmente as dúvidas quando apagam as chamas!