Quem
diria se soubéssemos de pronto sobre uma consorte ao menos, que
partilhasse com o tempo uma miríade de seres outros, filhos de
estrelas e espécies de deuses que habitam o olimpo de nossos
conhecimentos, a saber, tudo o que denota a linearidade do provável…
Esse questionamento do provável é que torna o mundo mais senciente,
mais consciente do que existe e é fato, independente das amarras que
nublam os bons pareceres com os algoritmos infinitos. Tarefa inglória
seja para um estudioso traduzir as linhas consonantes em que o Tempo
se revele auscultador dos reflexos humanos, já que o que se diz de
coerente está fugindo às razões de maiores luzes! O tempo, este a
que nos referimos em nossa mensuração é inglório, e só através
dessa ausência do próprio e seu referencial é que podemos nos
atinar nos seus aspectos mais secretos. Essa parecença com o óbvio
por vezes é que revela o complexo modo de ser do pensamento que
temos sem saber do conteúdo mais próximo da coerência acima
citada. Essa modalidade de pensar em algo melhor e maior vem ao
encontro das conquistas sociais bem por encima dos interesses de toda
uma população, a bem dizer, internacional.
No introito de uma
consecução razoável no panorama do que pensamos ser uma nação
reside a vértebra dos períodos, estes, que podem residir nas
frases, em uma premissa lógica onde não importe a origem, uma
linearidade temporal, um significado que se construa por etapas,
curtas ou longas, sobre um diagrama quase em geometria precisa e
perfeita para que os vértices comunicacionais se encaixem, como nas
consortes algo pontuais do mesmo tempo em que resolvemos equações
tão plenas de significado como a contemporaneidade, algo complicada
e algo vertiginosamente plena… Não se trata de uma questão
filosófica, teórica, mas de uma questão rudimentar como o traço
da tinta sobre o papel, como um ideograma japonês, como as sílabas
do mesmo idioma, como a linguagem alemã compreende melhor a síntese
gramatical. E como a poesia de Pessoa e de Camões revela ao mundo a
dimensão do português. E que Deus salve a América, esta dos
americanos, de todos nós, como se essa frase quase atemporal
houvesse de ser submetida a um crivo, a um filtro, em que encontramos
clonadas muitas das referências verdadeiramente hipócritas de
nossos territórios. Falemos de uma América ampla, irrestrita,
relevante, justo que navegue sobre o aspecto oceânico de nossas
idiossincrasias, de nossas culturas, do apogeu dos impérios que se
sucederam sobre nossos ombros, mas igualmente das possíveis
contestações dentro de um diálogo saudável e racional, dentro da
possibilidade de que o mundo oriental possa ter parcerias com as
vidas de todo o nosso continente, abraçando uma mescla agora tornada
mais do que premente nos dias da atualidade, pois todas as nações
devem se irmanar, senão não haverá possibilidade de uma concórdia
na cronicidade de nossos acertos.
O tempo manda, o tempo é
fiel, o tempo resolve os erros e, se os tivermos em larga escala,
podemos nos perdoar se obtivermos a anuência de suas esposas, na
hora de acertar ponteiros, na hora de revisar o passado, os
equívocos, e a trágica comoção que nos evoca uma Era tão
complexa e dispare da mesma lacuna que por vezes deixamos adormecida
por entre os séculos. Reiteremos que o mesmo século passado nos
tenha abandonado pela barbárie que muitos nos acometeram, mas
igualmente fiemo-nos no século que estamos a cumprir, na recusa
estoica em não repetir os mesmos e deletérios erros, porquanto a
interpretação da história e suas induções não pode se alicerçar
nos teóricos de antigamente que sequer conhecem o que é uma
linguagem de programação.
segunda-feira, 31 de agosto de 2020
AS ESPOSAS DO TEMPO
domingo, 30 de agosto de 2020
FRICÇÕES MANUAIS
Talha-se uma obra, um remeleixo algo de
porém
Que não se redima de pronto, culinária vaga e
concreta,
Ardor de uma vasta mecânica, altruísmo do
voluntário,
Peça andante como Quixote, as mulas do andarilho
outro,
Cavalos no sopé do monte, entranhas de um vaticínio,
O
gesto das mãos no que se aqueça mais o inverno!
Resta
saber o pontificado de nossa grande questão
Que resida na forma
silenciosa de uma consecução
Onde tece o orvalho tênue em uma
trama de ordens.
O vento sopra forte, a cada casa um barco
sonante
Dos muitos – ou poucos – dinheiros que move o nó
No
motor que, à revelia, continua dando dos seus
Quando gira uma
manivela no centro do convés!
E se come um pouco de
lautas refeições, mede-se
Um tempo com o armistício tão
esperado do nada
Na crueza do que se vira na TV, ou que não se
assiste
Porventura por não estarmos situados nas séries…
E
um lauto jantar também responde a uma ervilha
Que seja, fazer
um milagre de multiplicar esperanças
Com os cordéis que
deixamos esquecidos em mãos
Na fricção de uma xilogravura, na
reprodução da tinta.
Reféns não seremos de um passado
que já nos deu as caras
Quando as mãos friccionaram os papéis,
de tantos textos
Que agora não há de se possuir a pétrea
responsabilidade
Que se espera das gentes que pretensiosamente
pensam
Em produzir história a partir de rancores
estagnados.
Que se esqueça a desdita, que turvem os olhos
na fricção
De manuais onde não se encontra nada além de uma
doutrina
De cunho de ideolatria que não se encontra sem
o neologismo…
A partir do mesmo instante em se
friccionar humildemente
A ventura de um trabalho artesanal,
veremos surgir do barro
Uma cerâmica tão linda que remonte o
patrimônio ad aeternum
Que se resguarde para sempre em
culturas milenares ao povo da Terra!
sábado, 29 de agosto de 2020
A ESPIGA SOLAR
Veste de rumor um caule qualquer, o trigo
moreno da semeadura
Onde porventura se queira amornar a massa do
fermento
A se curar de um sol no platô de bela prancha de
madeiro velho
Onde a citação de uma veia solene recrie as
manchas do astro-rei.
No que se saiba do grão de areia
mesclado à Terra, nos trilhões
Em uma superfície vítrea que
podemos encontrar em um olhar
Na semântica em que nem mesmo as
proféticas imagens ousariam
Descrever a viração do mundo em
que estamos a prognosticar…
De histórias passadas está
a anuência de um títere, a força de um caos
Que imerge na
superfície profunda de exoesqueletos marinhos
Como siris
abissais de quatro metros de envergadura!
Esse controle
todo da Natureza há que ser revisto, pois não basta a
ninguém
Permitir que toda a Natureza fuja ao controlo do
próprio homem.
Não há de se furtar, parceiros de
esquina, que deve haver descontrole
Se
este mesmo faz parte da Natureza Humana, que verte em si a falta
Da
coerência do que é essencialmente perfeita e distinta
Em
toda a velhice que verte a sombra no húmus sem claudicar o
porquê.
Distinto é o astrolábio dos grandes lábios,
posto seja nos pequenos
As
verdadeiras terminações de uma anatomia, que seja,
E todos os
teóricos só pensam no hedonismo que possam obter dos verticilos.
A
Vontade de Poder veste pútrida a sua própria consignação de falsa
luta
Quando se aprende que nem todos os caminhos levam a uma
Roma
Distante dos propósitos de um santo que seja correto,
posto tantos o são
Que tergiversar sobre uma personalidade
basta, que não há a conformidade
De
um Expedito jamais revelar ao mundo qualquer concupiscência!
O
mito do macho que ser não revele, a mais de sermos apenas mais
alguns
Animais de rinha que ganham a galinha de brinde após
sangrar um oponente.
Mas não, não tenhamos esse ardor,
posto na revelação nada tardia
O indivíduo se torna mais
importante do que a coletividade
Que busca refletir sem os
espelhos da aurora a falta de ciência
De
que, sob antigos mitos, apenas fazem sobrescrever alturas
Que
por vezes perfazem meia dúzia de polegadas ausentes de vida!
quarta-feira, 26 de agosto de 2020
NAS FALTAS QUE PASSEMOS A URGIR
Urge
um termo, urge uma lógica de conflitos, a veia indiscreta
De
passarmos para um campo sem trincheiras, de olharmos a TV
E
vermos algo a mais de nossa assinatura digital, o que freme
De
sabermos que em um seriado reside o non sense do perdão!
Veremos
outros episódios, à medida que o tempo cante maior
Do
que nossos pressupostos de estar a uma vigília permanente
Trocando
horas nas ampulhetas sobrescritas da história
Onde
nem só o que permanece reside em uma circunscrição irrestrita.
Nada
do que vemos será suficiente, nada do que supomos importa
As
peças de maior inteligência que nos reflitam algo inóspito
Ao
que verte sermos sempre maiores do que nos ditem frentes
Naquilo
que pressupomos seja a experiência totalmente segura!
Reduz-se
prazos, incluem-se vestimentas do atraso, nos cinzas
De
nossa atenção redobrada, e que se verta uma cor de gravata
Que
seja maior do que o significado último de um gesto, que seja,
Andar-se
com as cores do mundo mesmo que não seja respirar-se…
E
passa um caminhão pelas veredas, de rua em rua encontrando
O
sinal a que tenha que buzinar às avessas, o encontrar-se com quem
Não
tenha desaparecido dos radares, um caminho por matos donde
Cada
tronco não sucumba a uma devastação necessária de metros.
E a
foice rutila, abre e se fecha, perdoa as hastes outras, vence
A
quaisquer obstáculos, descortinando os passos do camponês
Que,
em sua tese bronca, sabe mais das sementes do que se fora
A
própria terra que se antepõe à firmeza férrea de seus braços.
Nisso
de faltarmos a alguém, quando nos fazemos silenciar
Não
seja muito da falta especular, seja apenas uma onda
Onde
a cidadania protege quem por ela especula a vida
Especificando
o método que existe fremente para a proteção!
É
nesse edifício lógico que o mesmo que ainda se dê na falta
Não
nos falte do caso em que estamos tão profundamente oclusos
Que
melhores luzes vem ao término de um outro e mais dia
Não
seja um retrocesso em que venham à questão da águia que falseia.
terça-feira, 25 de agosto de 2020
QUANDO ALGO SE APRESENTA
Em uma realidade aumentada vemos
quando alguém se apresenta… Nas atitudes, palavras, nas omissões,
na falta de fé, na hipocrisia, e, a isto não pertençamos compulsoriamente, se se fazem
de inimigos será sempre pior para o declarante, haja vista cismar-se
até com a cor de uma veste, os torpes enganos, sem perceber que por
trás das cores perdura alguma fase, algum propósito ulterior… O
jogo continua, e aqueles que se apresentam de algum modo com a
parafernália que pensam ter conquistado, no afã de um conflito
qualquer demandam, por racionais que somos, um pensamento mais
evidente de provas cabais incoercíveis. Essa é uma temática da
logística de nosso sistema e, qualquer que seja a regra desse jogo,
saibamos que vai bem além dessa simples premissa de nos
apresentarmos como inimigos de alguém, ou da falta de coragem de
assumirmos nossas escolhas, posto a liberdade vai mais além do que o
chauvinismo ideológico ou de remendo absurdo que o valha… Falemos de uma
empresa como a WEG. Fabrica motores, e por que não seria a vida mais
do que um jogo de trações, de giros de circunstâncias, mesmo a se
pensar no jogo das humanidades, aquilo que se espera que sejamos,
dentro da ciência ou fora desta? A percepção científica claudica
um pouco nos tempos atuais, principalmente em países atrasados onde
nem as ciências sociais encampam a coragem de se assumir
cientificamente ao requisito indispensável da missão de cada
profissional sobre a Terra. A ilusão passa a imperar, o resguardo de
um boicote amplo passa a ser quase natural, e as entregas das
riquezas passa a ser condição primeva de um falso nacionalismo…
O
que se esperar de um cidadão quando seu contendor se apresenta? É
de se esperar a relativização de uma questão que se percebe no
ato, e pintam-se os fantoches com as cores que lhes agradam. É o
puppet show, um modo incansável de se respirar um conflito
desnecessário, pois a paz pede passagem, e a onda de crimes não
encontra ressonâncias favoráveis do outro lado, o lado da
vitimização do crime, seja de que lado aparecer, ou se apresentar,
visto que o fato jurídico é um só e não deve haver perdão quando
cometido aos olhos da Lei. Essa consonância de fatores revela a
justa adequação, e é a partir da mesma Lei que se pode argumentar
o recomeço do progresso social. Não há possibilidade de crescermos
se o crime não for combatido desde suas remotas origens, e só
cresceremos a partir de uma estabilidade legal, pois não há o lado
da legalidade ou da ilegalidade, que não sejam o simples teorema
boleano: TRUE OR FALSE. TRUE AND FALSE não existe na lógica,
e não há escolha, porquanto um é verdadeiro e o outro é falso, na
mesma lógica boleana. Uma fake news sempre será falsa
e uma notícia simples e de boa fonte será sempre verdadeira, mesmo
que dependa de interpretações várias, mas o falso não existe
enquanto notícia. Esse é o fio da meada, pois quando se apresentam
os do conflito querendo algo mais e na pretensão da mentira, há que
sabermos separar os atos e lutar por leis verdadeiras, históricas em
suas árduas conquistas e consonantes com o que seja: a não
hipocrisia, tornando esta FALSE, como o é realmente! Nesse caso em
geral o jogo possui as regras do direito internacional, onde uma
ameaça ao mesmo direito passa a ser de um jogador ímpio pela Lei
querendo subverter as regras gerais, e merece ser enquadrado nos
códigos de conduta mais elementares, que por sinal são as Leis de
nossa civilização e, se não fora, merece o olhar quase distante e
no entanto tão próximo no panorama das nações que validem ou não
economicamente essas regras supracitadas diamantinas do bem
portar-se. Afora isso é uma barbárie onde ninguém mereça estar a
conviver com uma espécie de demência coletiva, onde só o que faz
sentido é o hedonismo e a segregação que caracterizam as sociedades
totalitárias.
sábado, 22 de agosto de 2020
PROBABILIDADES
Aceitarmos a coisa provável é de sorte mais urgente, mas não
significa apenas um lance qualquer, seja de dados, seja uma carta de
que gostemos, seja no tarô, seja na superfície tênue de um jogo
qualquer… A dúvida pertence ao nosso universo e, quanto mais
formos irmanados com esta, mais gostaremos de dissipá-la, porquanto
a um lance nos absorvemos da coisa em si, presumida, quase certa,
viável, dentro das possibilidades quaisquer, no que vem a dar quase
na crença, vem a dar na vida mesma e na construção de nosso
caráter. Ajuda muito sabermos que não podemos jogar com a vida,
pois esta é sumamente valiosa, não estamos de posse do ser ou não
ser, posto sempre existimos, incluindo-se a fronte que apresentamos
diante de nossos espelhos, ou na face mesma que reflita – vinda de
outro ser qualquer – quem realmente somos: da bondade ou não.
Criar uma superfície odienta em nossos flancos, em nossos frontes,
ou mesmo em nossa retaguarda, é coisa que beira o sinistro ou as
formas da violência mais elementares. Não adianta comprarmos uma
arma e sair atirando como se jogássemos confetes, pois a
possibilidade de armar-se deve ser de praxe apenas nas autoridades
que possam se armar, como uma opção clara e óbvia no resguardo da
Lei. O que se passa na verdade é um costume intenso de tentarmos
erradicar um crime com outro, e não é desse modo que podemos evitar
o mesmo crime, ou o modo com que se apresentam as motivações para
tais ocorrências. Não precisamos ser da área da segurança de modo
a sabermos dessa premissa, que não se combate fogo com mais fogo…
Se você combate um incêndio com outro é para evitar que o grande
se alastre, mas esse procedimento depende igualmente de um
profissional treinado e muito mais capaz do que um simples cidadão.
O fato de possuir uma arma sem treinamento psíquico e militar não
garante segurança em nenhum lado, e o militar há de saber que sua
arma não é um fim em si mesma, mas apenas uma ferramenta que
garanta a idoneidade de nossas populações, especialmente daqueles
que sofram com a coerção da força do crime, e só a partir disso é
que se pode pretender usá-las, para defender a população civil e
resguardar a ordem. Essa é apenas a premissa básica da segurança e
usar a arma para impor quaisquer pensamentos verticais, de modo
arrogante e de força inescrupulosa é um fator que não leva adiante
o nosso processo civilizatório…
A
vida é maior do que nossas probabilidades, e o mesmo fato provável
é crermos no pessoal que cuida de nossa segurança, posto
treinamento especializado e condizente com a versão mais cabal e
pura do bom senso. Não é repetir a mesma tecla, mas basta que
sempre a repitamos, posto o fundamento da segurança é, a partir do
olhar de um civil, exatamente o platô que queiramos defender perante
o olhar de qualquer sistema e, no nosso processo de Brasil, esperamos
sempre pela Democracia irrestrita, conforme o andamento de nossas
Instituições, a largo tempo tão fundamentadas e recolocadas em
seus valores, apesar de Suas aparentes fragilidades. A capitular no
texto significa o modal da superioridade clássica, haja vista ser da
modalidade da luta a faculdade militar, e ser da modalidade da paz a
paz mundial, nem que esta se revele em um país com tantas
dificuldades, como o nosso. Na teoria das probabilidades não
lancemos dados sobre a questão do armamentismo, posto não merece
essa questão a versão de que estaremos longe dos crimes, já que a
violência atrai a violência, e não será por defendermos alguma
coisa ou alguém que estaremos aptos a usar da força para combater
coisas que há muito já deveriam estar dirimidas, ou em uma
supressão frontal. Esperemos vida longa ao povo brasileiro, e não a
tentativa atávica de suprimir a mesma vida através da liberação
de coisa que foge à compreensão que reside esta mesma em uma
ignorância vil.
quinta-feira, 20 de agosto de 2020
AS MENTES INQUIETAS
Quando não há pressupostos
verdadeiramente reais, o processo mental tenta se segurar em coisas
ilusórias, tais como ganhar dinheiro em 24 horas, ou como aceitar
seus significados espirituais em 12… Uma mente inquieta navega por
todos os cantos esperando a revelação, ou andando por insights
que não revelam muito além de suas próprias fraquezas, posto nem
tudo o que se sente é o chumbo tornado ouro, já que essa
transmutação da matéria sequer toca o dedo da ilusão!
As
mentes são inquietas por natureza, e nisso percebemos o quinhão da
competitividade açambarcada pelas mesmas, uma competição
inescrupulosa, a satisfação de passar o contendor para trás, como
um eterno e atávico jogo onde o perdedor não merece o perdão, mas
apenas o ignorar das gentes que o cercam. Que estranhas
circunstâncias favoráveis à farsa não perfazem a circunscrição
imediata desse falso propósito? E o que estes sejam, se ocorrem,
exatamente? Estaríamos falando de mentes inquietas ou de
proposições dúbias que levam as coisas a esses termos? Certamente,
os mitos falsos nos nublam a consciência. Certamente, na vida se
joga, e o jogo por vezes tem mais vantagens em um dos lados. Mais
cacife, mais níquel… Não pretendamos jogar sob regras estritas,
incoercíveis e impossíveis, posto esse tipo de jogo é impróprio e
demanda consciência mental irrestrita e sólida. Jogar com forças
menores desproporcionais é um atestado de falsa espera, no que
lembre a nós termos que esperar por melhores circunstâncias: na
realidade aumentada, no prazer que encontramos em uma lógica
superior, à medida que cresçamos com uma boa argumentação, em seu
mesmo principiar, no que é consuetudinário, em ambos os lados.
Por
mais que se canse um cidadão por caminhar silencioso com suas
próprias pernas, por mais duro seja esse caminhar, por mais que as
dores o incitem, na realidade a conquista árdua de seus caminhos
repousam igualmente de modo silencioso sobre a tessitura de nossas
superfícies… Haja vista o céu e sua textura, o mar e seu
acalanto, a terra e sua plataforma firme, e as rochas que no mais das
vezes se mantém incólumes. Nas areias não reside o regresso, e na
atitude com devoção austera freme o mundo com mais ternura, mais
solidez, sem a necessária busca por inimigos, pois no justo
contrário, que o perdão crie novas camaradagens, mais conhecimentos
e suas reciprocidades. Nada há que se falar de palavras encobertas
por vigilâncias cegas, posto um emprego de um termo pode dar a que
se pensar, mas jamais será a última palavra… Que seja dada a
sursis quando falamos sobre diálogos necessários, e que a
necessidade não seja considerada uma palavra qualquer, já que antes
de nos atinarmos a ela, a sursis supracitada apenas suplica a uma
autoridade qualquer que seja permitido o diálogo sob a circunscrição
da temperança e da fé. Será por essas questões que um homem pode
navegar sobre as letras por acréscimos de palavras, e sua percepção
do mundo possa estar presente mesmo em meio de circunstâncias as
mais díspares e, no entanto, correlatas com as crises que volta e
meia não dissipamos dos centros operacionais de nossas nações, haja
vista a crise ser internacional, e a crítica não seja fato apenas
da mídia regular, mas de todos os recursos de que dispomos nas
circunflexas veias de nossos Estados!
quarta-feira, 19 de agosto de 2020
O DESENVOLVIMENTO DO PENSAR
Realoca-se
o pensamento acima do acidental
Quando
aquele responde ao modo de se ver
Que
tantas outras questões se provam no que vem
A
ser quase de tantas coisas do que parece…
A
ver, que de tanto se viu e não se parece
A
mais do que tudo o que aparenta cresce
No
tanto do que não era e se torna
Uma
frente de soslaio, um repente de memória nua.
Uma
face nordestina se rompe, um cristal sereno
Se
estende em uma face que se escreva,
A
mais do que se pretenda escrever
Naquilo
que tangencia, nos vórtices sagrados…
Nos
tempos dos umbrais sagrados, no átimo
De
um outro tempo, que seja, o derradeiro
Platô
do que esperamos, a seguir na fronteira
Do
que seja esperar um mesmo tempo
Na
nau que navega no decurso de um método se faça
A
semântica dos que não se retraem em navegar
Posto
em si se façam capitães de fragatas de força
Ao
que demais se pense que não haveriam heróis!
No
que se desenvolva o pensar, aqui, neste momento,
Para
que possamos resolver equações difíceis
No
momento exato em que se dirimem dúvidas
Ao
que possa servir a todo o país…
No
que tange à plataforma ungida pelo tempo,
Estarmos
aptos, consonantes, a fímbria dos anos,
Estaremos
aptos a nos adaptarmos à coragem
De
outros que sequer conhecemos, de outra classe.
Qualquer
que seja o conhecimento a mais
Seja
este o detalhe que nos conforte, o insight
Que
nos retome à vida, que nuble a reticência
E
que resguarde o fato circunstancial da memória.
terça-feira, 18 de agosto de 2020
RESTAURO
Há que
se ter conhecimento para restaurar as peças
Onde
quaisquer forem, de nossos fornecedores distantes
De
mesmos conhecimentos de sua fabricação
Onde
dista a chave quimérica de uma farta ocasião.
No que
se revele a altitude de consonância com razões
Veremos
o mundo mais civilizado, talvez em uníssona voz
Que se
encontra com o Canto, de um soletrar pungente
Que não
recrudesça sentimentos quase ímpios e sem veias...
Do se
restaurar há que se ter quase a atitude de um verso
Que
demande significados maiores, sempre ternamente
Conquanto
termos a noção primeira do que é humano
Daquilo
que não pensamos ser algo distinto dessa premissa.
Haja
vista sermos mais do que tudo aquilo que pretendemos
Nas
entranhas de um quase sistema, tudo o que nos oferta
O
retorno do pago dos impostos, e que não nos revolva
A impostura
de não aceitarem a moeda que não nos devam...
As
temperaturas tendem a cair um pouco neste nosso Sul
Em
relação com o Norte que vem de uma seca sem destino
Onde
porventura se atente para não pifarmos as máquinas
Que
giram as manivelas do motor a que não principiemos jamais!
O que
se restaure seja a consecução primeira de todo cidadão
Que se
preze estar na frente de uma contenda sui generis
Quando
na conformidade de sermos mais do que uma peça
Para
podermos revitalizar todo o complexo nosso proceder.
Um
leito branco e digital espera que o preenchamos
Com
versos a mais não poder, com frases entrecortadas
Nas
vertentes de mais um capítulo de férreas mãos
Que
entravam na corrida de mais significados algo tortos.
O que
seria de mais a mais ser maior do que o tempo
Se este
não espera sequer a sequência ordinária
Que
teima em prosseguir a mais do que toda a vida
Naquilo
que de antemão retornemos a um período cru.
Nas
vestes do sagrado que restauremos o restauro,
Que
andemos por todas as páginas de nosso tempo,
Que
encontremos a melhor das ocasiões propícias
A se dizer que a aparência da noite nada
conserta!
segunda-feira, 17 de agosto de 2020
A PRODUÇÃO CULTURAL
Há quem diga que a cultura se
produz, mas, no entanto, há momentos em nossas nações em que a identidade se
perde. O que venha ser a produção cultural ou mesmo o conceito tão amplo da
cultura? O cidadão indígena merece o título da cidadania se considerarmos o
processo civilizatório uma demanda em que o respeito à característica
antropológica não evanesça de modo a ignorarmos a maneira de viver dos mesmos
indígenas com seu peculiar modo de ser. A cultura reside nos morros, nas
favelas, nas vilas miseráveis, no trôpego caminhar de um mendicante, ou mesmo
culturalmente se dá a contra cultura, quando se contesta todo um sistema, no
que isso possa se dar com a desobediência civil e outras formas de protesto,
quando o copo transborda depois de uma simples gota... A maneira de ser de um
civil ou de um militar não pode ultrapassar o germe da separação, posto a
categoria de cada qual se estampa, e os civis enumeram uma infinidade de
ocupações, enquanto os da guarda encampam apenas os seus próprios pareceres,
suas idiossincrasias particulares onde, igualmente ao restante da sociedade, há
aqueles que são de mérito justo e outros que se deixam corromper,
lastimosamente. Isso é um fato, erraríamos se o negássemos. Por aqui devemos
pensar: que tipo de corrupção afeta uma aldeia indígena, frente ao garimpo
onde, por paradoxo que é, a busca do ouro corrompe deveras, como sabemos do
fato histórico aqui, em nossa América, se for citar um exemplo cabal e
irrestrito. Portanto, nada mais ausente do humanismo frente à avalanche do
poder econômico, que pode ser capaz de matar, de tão municiado que está e se
apresenta com a truculência travestida de desenvolvimento.
Perdem-se na memória os momentos em
que o país possuía um movimento artístico tão forte, e como a censura em
determinada era tolheu de forma tão excludente todas as formas de expressão,
cabendo ao povo brasileiro agora uma retomada para resgatar a memória do
arcabouço da arte, independente do grande teatro da tentativa excludente que
revela no futuro o cerceamento da produção de peças culturais, seja nas artes
visuais, escultura, instalações, teatro e cinema. Sem citar a literatura e a
filosofia, irmãs gêmeas estruturais. Precisamos ser mais fortes do que o mais
forte, ter a têmpera necessária e mantermo-nos atentos, como um improviso nesse
grande teatro que deve assumir a postura internacionalista. Se, digamos, oito
pessoas nos acompanham no Brasil enquanto, no exterior, milhares nos
acompanham, a cada período, a cada brecha, podemos crer que não estamos sozinhos.
A globalização é fato inconteste, imperecível e inevitável, e o mundo anda
curto dentro de nossos celulares e computadores, mesmo que ainda estejamos em
um isolamento férreo como na atualidade. Na realidade, depois desse isolamento
forçado em decorrência da pandemia, registremos nossas reivindicações, pois só
e apenas estas podem estabelecer acordos favoráveis e, acreditemos, em nome de
Jesus, que deve haver – como Ele pregou –, melhor distribuição das riquezas,
pois não há mais como conviver com a diferença daquele que ganha bilhões e
outros que mal possuem água nos seus barracos.
No entanto, o que nos moverá para
manter grupos primitivos – neste nosso conceito ocidental do que se supõe o
seja – e a produção cultural é uma mola de tração que nos impulsiona mesmo
enquanto estamos mais fracos... Mesmo que se imponham tarefas árduas,
penitenciais, de austeridades redobradas nessa fortaleza de caráter que se
chama força e resiliência em todas as classes de bom senso. Para que possamos
ao menos conviver com o caos em uma luta interna, na ativa espera pontuada de
ações que resolvam melhor o resguardo – a um principiar, somente – de nossas
instituições democráticas, no que verse uma grande marcha para que comunguemos
da mesma base de sustentação de cada qual, em um panorama que pode parecer
complexo no início. O caminho saudável psiquicamente está na ação em
consciência – em uma religião ou não – luminar que possa nos posicionar na
retomada de negociações e acordos nessa estranha transição que a muitos não
parece levar a lugar nenhum, e a alguns pode levar a toda uma esperança,
porquanto cidadãos no processo de participação inequívoca para as mudanças
importantes nas estruturas do Brasil.
domingo, 16 de agosto de 2020
A FUNCIONALIDADE INDUSTRIOSA
Encontremo-nos com a
facilitação de qualquer peça
A
ver, se as peças condigam com largos projetos
A se
pensar em longos prazos, para que não tenham
Os
mesmos erros do imediatismo que urge pelo defeito!
Essa
introdução do saber como fazer especifica um grau
Sonante
em estarmos a produzir o mesmo que porventura
Outrora
copiava e, que agora, possui todo o conhecimento
De
quem sabe estarmos em uma plataforma mais inteligente.
Aprendamos,
por suposto, com as frentes ocidentais e orientais
Quando,
em termos de conhecimento na ciência
Devamos
arguir que nem tudo o que é distante nos diste
Do
saber industrioso e sua funcionalidade que alicerça gentes…
Nas
flores que volatilizam pareceres, na água turva de uma caixa
Aprendemos
justamente que tudo parte de uma sensibilidade
De
estarmos em harmonia com a produtividade, mesmo que
Esta
venha embalada nos paradoxos onde nem todo país constrói.
Mas
onde a caixa de bambu seja a caixa de Pandora, onde sejamos
Mais
do que os nossos desafios, rege a economia a passos largos
Que
nos atenhamos em que nem toda a máquina estatal merece
O
desmerecer de seus lucros, bem como a desvalorização dos
ativos.
Merecemos, sim, a semântica de um Estado forte,
da valorização
De
uma plataforma nacionalista e, sem dúvida, valorativa
Naquilo
que percebemos ser importante ao serviço social
E a
todas as demandas que se preocupem com o nosso povo.
E
nossa indústria merece uma atenção redobrada, posto não possua
Um
tempo equidistante de uma merecida retomada de suas funções
Naquilo
que se pretenda de se realocar vínculos empregatícios
E no
ademais pense-se sempre na riqueza pungente de nossa nação!
Por
essa questão reiteremos a importância de um forte Governo
nacional
No que se pretenda estarmos cientes do desenvolvimento
pontual
E genérico de todas as nossas frentes que se
predispõem
A ter dentro de si as prerrogativas do que seja o
progresso humano.
quinta-feira, 13 de agosto de 2020
A VIDA QUASE HINDU NO OCIDENTE
Algo que não vislumbramos
muito é o Universo de nós mesmos
Quando de estarmos em
harmonia com os mantras sagrados
Ainda que, por ironia do
destino, o nosso cantar seja mais fraco
Do que manda o foco no
mesmo soletrar suas Sílabas, a mais
De se saber que o que anda
por detrás do Maha Mantra
Está apenas a sintonia profunda com
nosso Deus, Krsna!
Se por um acaso esquecermos algo,
quando nos lembrarmos
Estaremos concentrados no mesmo Mantra, o
sacrifício
Pungente desta Era de Kali, que deixa a
evolução
Espiritual
do mundo com o compromisso atenuante
De que muitos possam vir a
compreender o tema sagrado…
Tudo isso é simples,
cantemos Hare Krisna Hare Krsna,
Krsna
Krsna, Hare Hare, Hare Rama, Hare Rama,
Rama
Rama, Hare Hare, de um modo límpido, humildemente
Como a palha
jogada na rua, como um rastro de um andarilho
Ou
os vinténs que não nos digam respeito na arca de um tesouro!
Se
não conseguimos dormir bem à noite, basta soletrar
Os
Santos Nomes, esperar que o sono venha, reparador,
Pois Krsna
dança em nossas línguas no simples pronunciar do canto!
E
se temos dúvida na fé em modo de ignorância, saibamos que de
fé
Podemos alçar maiores voos, com os pressupostos de que na
bondade
Haveremos de ter progressos maiores que, no entanto, se
somos
Devotos alinhados no serviço devocional, transcenderemos
os modos.
Nessa questão simples, que continuemos
acreditando na Índia
Como uma pátria espiritual, posto ter
concebido Prabhupada
E tantos outros, desde Hanuman até Brahma,
desde Shiva
Até
Vishnu, desde um devoto até outro, desde um simples livro
Até
o Mahabharata, desde o Bhagavagita até o Bhagavatam!
Nessa
ausência de erro temos como compreender o Supremo,
E por essa
questão cantemos, pois, a alicerçar conhecimento
Com a prática
da Bhaktiyoga, dos versos ao dissipar com o archote
Que os
mestres antigos da Índia nos fazem crer, dia a dia,
Na elevação
do Ocidente a uma plataforma consonante com a dita fé
Que em
nossos casos tem movido montanhas, e protegido os devotos do caos.
quarta-feira, 12 de agosto de 2020
A CARIDADE DA PAIXÃO
Retorna
o vento para dimensões atávicas de sobreavisos
Quando
de uma esmola serve para alimentar vícios
Conforme
se queira uma aproximação de modo tal
Que
quase se saiba que os vinténs se traduzem em cachaça.
O que
se quer ao dar esse insumo básico e quase irrisório,
A não
ser pontuar serviços, como em uma senzala
Muitos
pedintes seguem às casas na sua humildade
De uma ocasião onde o desemprego insufla escravagismo.
Ao
darmos algo esperando outro, qual não seja a aparente
Satisfação,
estamos no modo da paixão onde se subentende
Conseguir
algo de aprovação entre falsos proletários
Que
nada mais são do que andarilhos à procura da esperança!
Daqueles
que andam apenas, encontrando por vezes o cobre
De
algum rotor ou fio deixado ao relento, que consigam vestes
Que ao
menos espaireçam um pouco do aquecer-se, ademais
Que não
precisem se encontrar com o horror da iniquidade!
Urge
soletrar poemas aos cidadãos desassistidos, como diria
Uma
gestora que trabalhou honestamente para dirimir
Más
governanças a uma plataforma de trabalho
Onde a
desassistência foi vencida por trabalho de boa plataforma.
Como
não assumir com os pingos nos is, que a intenção
De uma
boa gestora soube parecer nos flancos da oposição
Uma
virada em que fora eleita grande entre os seus
E que
sua derrota tem revelado ao povo uma falta sem reparo.
Esperemos
por bons gestores, e que a Democracia eleja
Em seu
devido tempo aqueles de boa índole e honestidade
Em conformidade
com o que se prega de competência
Naquilo
que foi visto em eras anteriores enamoradas do bom senso!
Saibamos
por índices calculados em antigas administrações
O que
se fez de residências para os desassistidos, um porém
Que
ressalta o mea culpa de não possuirmos antes um tirocínio
A ver
quem é quem na verdadeira administração de uma cidade...
E, se
por um acaso do destino, estivermos em uma busca cega
Onde
opostos se digladiem, saibamos que nada seria melhor
Do que
um índice positivo, a saber igualmente, que em uma era
De
dúvidas, optemos por aqueles que revelaram a verdadeira gestão.
segunda-feira, 10 de agosto de 2020
A QUEDA
Um
homem sai de sua casa sem saber se fosse melhor ou pior… Esquece
alguns apetrechos, e sai. Porventura fosse alguém com menos
sensibilidade, mas a luz lhe tecia companhia. Ao redor de si momentos
raros, meio estranhos, quando de sua própria individualidade. Os
tempos eram outros e nosso personagem de nome John já não
registrava, em sua caderneta imaginária, um sentido lógico
qualquer, uma coerência existencial: um rumo ou mais do que, um
prumo! O significado maior de seus escapes revelava a escala do
provável, prognóstico de melhores dias nas ruas, um contra senso
por não se saber exatamente a correção de seus atos. Tanta era a
sua prática, que já não sabia mais do que urgia e do padecimento
de seus padeceres perante dura realidade. Seu idioma era patriota,
assim como o modo de se portar.
A vila onde morava era assaz
pauperizada, sequer tinha chuveiro em sua casa. Tomava banho
aquecendo a sua água, em uma bacia a colocava e, duramente, não
disponha desse mínimo conforto dos tempos contemporâneos. Tantos
enfrentam tamanhas carestias que um conto trágico se baseia no fator
dos tempos… Assim como não gostamos de sofrer, nem para isso temos
que fechar os olhos para os sofrimentos da maioria da população.
Esse tipo de ato não é condizente com o caráter, com as promessas
de sermos melhores, com a evolução na direção da bondade no nosso
corpo social, sejamos ricos ou pobres. O egoísmo não deve imperar,
jamais! Se isso ocorre também acontece a dissenção, a falta da
compreensão humana, afora o diálogo e a meta que nos leve à paz entre os
indivíduos e a coletividade. Este detalhe é uma questão fundamental no
princípio, principalmente nos meios e finalmente na conclusão algo
missionária de bons pensamentos e atitudes. Não adianta não
perdoarmos sendo de algum templo, pois todo o Velho Testamento é
apenas uma preparação para a vinda de Emanuel e, se isso também
ocorre, não adianta de nada Cristo ter ensinado o perdão?
Aparentemente não tem adiantado e, concretamente, parece que Seu
sofrimento de nada valeu para a humanidade, pois Ele mesmo não
possuía religião e quase todas que vêm por nossos dias falseiam
Seu Nome, destroem imagens sacras e vilipendiam os líderes da Igreja
de Pedro, nas ordens eclesiais que baseiam suas vidas no atendimento
espiritual dos povos e na prática da caridade.
De
que realmente nos valeu a queda de Cristo, se a humanidade não
aprendeu nada? Talvez tenha aprendido algo, mas talvez possamos crer
que aquele não retornará mais, justo, para um planeta destruído e
nenhum homem, em sã consciência, pode acreditar que algum milagre
fará de um planeta inteiro – grandemente devastado – um lugar
melhor para se viver. Se a maior parte das religiões do Ocidente não
pensarem contrariamente que a riqueza material não passa de uma
bênção, não há como não incluir socialmente, e incluso
materialmente falando, as populações vulneráveis como um todo:
participativas e atuantes em seus próprios caminhos.
domingo, 9 de agosto de 2020
ESCARAMUÇAS
Tenhamos
dó das escaramuças que aparentemente não são
O
mundo do silêncio que nos afete em cada esquina
Quando
muito, do se fazer a ordem plena na substância
Algo
volátil do encerrar a contenda pelo viés dos lados…
Assim
se não se doe, mas da doação de si estaria melhor
Que
o pressuposto de influir táticas ou regras similares
A um
xadrez antigo, posto já somar bilhões de movimentos!
Em
cada um daqueles reside o próximo e o distante:
Remotos,
virtuais, presenciais, de toque, de tímbalos,
De
mrdangas, de caratalas, do respirar Krsna pelos poros
E
ver que à sombra de Deus nada é totalmente impraticável.
Na
esquina onde um mau cidadão se declare inimigo
Vemos
apenas o refratar-se de uma intenção de luta
Que
na idade do lobo já não faz mais sentido, em opor-se.
Com
as demandas do dia a dia, com a semântica do tensor
Possam
vir rescaldos do que se espera em difícil Era:
A
Kali que resguarde os inocentes, pois é plena da desavença.
Mas
de testamentos temos muitos, e muitos outros testam
A
ver, que de reservas morais o próprio selecionar do mundo
Não
há de preservar nem ao menos os seres do qual participam
Apenas
com a tolerância arbórea, nada mais do que isso…
Assim,
deixem os ajuizados que outros não se ressintam,
Mesmo
que a força aparente seja desproporcional
Porquanto
muitos de uma razão terminante se sobressaem.
Na
vertente de um poema, na questão dos indígenas,
No
alimento espiritual dos negros, na fortaleza sem par
Das
mulheres de nosso planeta, na correção dos homens de bem
Residem
todos os virtuosos sentimentos de quem é oprimido!
Reza
a cartilha mais pungente que a libertação sempre virá
De
um modo ou outro, naquilo que se pretenda sinceramente
Mas
que, em suas vertentes máximas não são apenas escaramuças.
sábado, 8 de agosto de 2020
sexta-feira, 7 de agosto de 2020
FILOSOFIA DE ANTES
Tracem
os verbos, teçam as semânticas, que outrora fossem
Os
que guardavam templos com a fé imorredoura, simples,
Homens
de guarida sem ocasião, sem as intempéries
De
um caráter, mais do que tudo: a veste, a unção!
Vale-se
mais a se pretender um abraço fraterno, mais a mais
Do
que se fosse ceder uma página obscura e um tanto fraterna
Quando
de se for algo mais se fará um ocluso sentimento
No
tanto de se pretender a escala de uma vértebra positiva.
Tentam-se
anos, tente-se o viver, que no mais das contas
O
sufragar-se sentimentos que denotam tristezas
E
outros poréns que não claudicam palavras fracas
Posto
sermos de timão nos olhos e tenaz na mão.
As
filas das gentes se sobrepõem em discursos abertos
Quando
não se descobrem nem ao menos as mesmas falas
Daqueles
que passam os dias ensombrecidos pela falta
E
que, no entanto, olham mais por si do que o outro olhar…
Circunflexos
quereres na imensidão de um plátano
Que
navega em Noé, de todos os seres, sem exceder
O
peso da embarcação, no que turgia a orla dos oceanos
Na
querência de rogar a Deus um encontro seguro com terra.
O
vértice de mais um na rede volta-se com toda a força
Quando
se faz a conexão algo sagrada com a religião
No
atinar-se existencialmente com uma outra Terra
Que
não seja a mesma, mas que não seja apenas um mundo!
Sabe-se
antes do que seria o mesmo vértice, vertido
Na
palavra de um comunicando e seu comunicado,
E
que o gerúndio participe do introito da comunicação
Antes
que um aventureiro lance mão do próprio significado.
O
que era antes passe a ser agora, o conteúdo filosófico
Encontra
seus átomos na parafernália dos pensamentos
Estes,
que urgem e rugem para estarmos bem alicerçados
Mesmo
depois de uma imensa e rota tempestade cerebral!
ADENDOS
Qual
esfera girante, um sol que nos perpasse, complemento
De
algo que talvez não saibamos, mas que conste firme
Em
um propósito com a pretensão filosófica, e que não teme
O
alvissareiro que não existe, mas que o inverno é ameno no sul!
Saibamos
de nossos limites, que todos os que almejam o Poder
Espirrem
seus cancros por além das portas, sejam expulsos
De
suas próprias invectivas, pois não haverá se assim não for
Pedra
sobre pedra, pois que estamos fartos de forças escusas.
Que
soprem ventos, que soem tempestades, que a nau
Não
transcreva apenas a navegação, mas que escreva
Em
seu diário de bordo uma circunscrição breve, e que saia
A
navegar entre penedos, na carta náutica tão fremente e disposta.
Merecem-nos
os pontos de vista mais atentos aos obstáculos
E
que Ganesha os transponha, e que Expedito, o santo,
Remonte
a solução das causas impossíveis, pois a fé, caros,
Não
possui quilate de mensuração, já que move a falta de intenções.
Estamos
por viver uma Era de fé, se não supusermos algo de monta
Quanto
de pertencer a uma escala que não se degrade, da música
Que
podemos escutar no que ordena notas e mais notas,
Naquilo
que se prevê ser mais sério e belo do que a dissensão!
Nada
que porventura tenhamos por alicerces, por referências,
Seja
melhor do que uma opinião purista, uma voz alterna,
Um
cisto no pé, que nos avise que a vida já não se retira a mais
Do
que apenas uma conformidade lógica que apensa o retirar-se.
No
mote da boa ventura, nos dias em que muitos já não leem,
Na
vertente da ignorância monolítica, saibamos que nem todos
Os
que almejam uma breve – que seja – fama terão o tranquilo
Modo
de ser dentro de um lusco fusco do não se conhecer…
Assim
passamos à humanidade seu espectro caloroso,
Sua
vida de adendos a fama verdadeira, oclusa, silenciosa,
Nada
popular, nada que se peça o escrutínio das ideias
Posto
sabermos que o anonimato é o maior dos trunfos.
quarta-feira, 5 de agosto de 2020
DE UM MANIQUEÍSMO QUE MOVE A RODA
Se
houvera porventura mais do que um maniqueísmo, talvez em cúmulos
arquetípicos, no que depende do sistema em questão, não
propriamente de um regime político, ou da moralidade relativa, mas
em cada um que pese o torto pensar ou no que se pensa ser correto,
mesmo entrando na coisa da fraude. Como disse Carl G. Jung em “O
homem e seus símbolos”: a vida é uma batalha, considerando que
estamos repletos de dualidades, entre temperatura, bem ou mal,
nascimento e morte e etc, quando não possuímos certeza de nada que
possa nos acometer, dentro do espectro da existência. Na verdade, a
situação material auspiciosa nos fortalece deveras, mas, ao mesmo
tempo, temos que viver dentro de uma segurança quase blindada,
quando nossas vidas são de ostentação por vezes inconsciente, ou
em uma posição contrastante com a maioria da população, que é de
baixa renda. Muitas vezes o conforto de um cidadão reside no seu
espaço aéreo, quando sai de helicóptero para trabalhar como CEO de
uma grande organização, ou quando dono de uma grande corporação.
Essa questão reside na veia da opulência material, enquanto milhões
de habitantes de uma megalópole por vezes nem água possuem normalmente em seu duro cotidiano. O que falta na ausência de
distribuição da riqueza mais equânime pode ser considerado uma
injustiça sistêmica, onde muitos pouco possuem e poucos possuem
muito. Quase como um trocadilho, revelador, no entanto, de uma
desigualdade que em alguns países não tem precedentes. Cabe a
questão moral neste assunto? Mesmo sabendo-se que a ética muitas
vezes depende do contexto, no modal de justiça social cabe crítica,
diálogo e luta, pois aqueles que pegam um trem às três da manhã
para chegar ao trabalho na hora certa lutam deveras… Esse tipo de
batalha citada acima, de Jung, porventura também envolve outros
contrastes, dúvidas, e nexos alternos. Conforme citada nessa obra, o
espelho do que foi a Cortina de Ferro e o Muro de Berlim instaurados
depois da Segunda Guerra, se traduz em uma dissociação mundial,
como uma neurose crítica planetária. A luta entre ocidente e
oriente, a cisão e o pensamento refratário com relação ao novo,
mas que caracteriza obviamente a propriedade dissonante do
capitalismo e os fechamentos das fronteiras na Cortina citada.
Obviamente, se dermos tratos à bola defende aquele que muito possui,
e luta por melhores condições o que nada possui, haja vista a
derrocada do muro ter sido uma derrubada simbólica e hoje continuam
os problemas sistêmicos no mundo.
As
querelas que vemos por todos os cantos traduzem mais do que apenas
movimentos econômicos, mas situações de ansiedades permanentes,
redução dos valores mais elementares, aumento crescente da
violência e governos fechados em si mesmos onde não se sabe
exatamente o que neles acontece. A segregação toma conta, surgem
títeres nada libertários e o show, como se diz, deve continuar
desse modo: cantado por dentro como um réquiem… Nos tempos da
atualidade a morte do “outro” é vista como algo “natural”,
gerando um descaso e uma ignorância cada vez maior quando se toca na
questão da solidariedade, ou da citada justiça social, ou mesmo no
ignorar-se e se manter alheio a preocupações pertinentes, quando
não se estabelece um tipo de hierarquia necessária no viés da
civilização humana, independente de ser estabelecida oficialmente
ou não. A Lei nos impõem a hierarquia, e aquela se constitui como
algo de firmeza, que deve ser obedecida por todos os cidadãos,
principalmente se foi conquistada pela questão democrática, ou
seja, separar-se o trigo da palha como dizia Jesus Cristo já que, se
em alguns aspectos a dualidade nos movimenta, a roda da história
deve valorizar melhor as conquistas jurídicas, políticas e sociais.