Nada
do que imaginamos a contento é de certa forma factível com a
realidade, pois é fruto da projeção cerebral… Imagina-se uma
sombra, projeta-se no mundo 3d, conceitualmente verga pelo
surrealismo da coisa inventada perfeitamente, mas jamais deixa de ser
um onirismo. A simbologia do fato nos faz crer que certos discursos
ou pronunciamentos sejam claros, sucintos, repetições de uma década
de outro século, enquanto na Palestina a guerra se mantém cruel, em
um grande holocausto que já dura décadas e décadas de sofrimento.
Não significa criticar, mas apontar imagens que podem chegar a um
nível estarrecedor, tenebroso, como são as imagens de assassinato
de guerra, suas mortandades, e o sofrimento pelo qual passam os
países vitimados pela truculência daqueles mais fortes. Parece que
o nosso país esquece diuturnamente de fazer sua lição de casa, e o
povo trabalhador cansa de se cansar mesmo: da labuta, do esforço, de
ver que nada é feito de quase nada, e pronunciamentos casuísticos
são apresentados pelos canais da grande mídia, sem a preocupação
de que alguns se enobrecem por superar suas penas, e outros caem
loucos apenas por não compreenderem o que não pode ser
compreendido. Para quem possua alguma dose de inocência e de
sensibilidade nesse algo concreto sustentado pela lama dos sistemas
que estão colocando em órbita. Ou ao que o sonar aponta nada do que
é sumamente tangível denota respostas lógicas, e talvez possamos
crer que o Brasil passa por um tipo experimental de manipulação. Nesta, os atores se revelam competentes, e os autores,
extremamente hábeis nesse tipo de circo a que o ódio, sob os mandos
do cristianismo sem perdão, aponta veios em que, basta ser poderoso
e influente que não suscitem maiores rancores, em se tratando do si
mesmo ao status corriqueiro, que beira a banalidade falsamente
complexa.
Neste
mundo, apetece a muitos se resignar e tratar cada qual de seus
negócios, por mais escusos que sejam, e o valor do dinheiro vira
moeda espiritual, a cada centavo uma bênção. Aliás, pode ser que
haja um limite maior, digamos que a cada cédula da oncinha seja uma
leve e efêmera bênção, e a cada milhão nem se fala, pois os
pastores falam mais alto. E a cultura vira uma personificação da
acumulação nefasta porquanto atrelada em uma farsa, e as almas são
comercializadas na frente da tentativa cada vez mais soberana de se
tornar um país mais e mais ignorante. Uma seara fértil para que se
manipule tudo e todos, e chama-se a atenção para o fato de um
cidadão sofrer ameaças como tantos por aí, e se premiam assassinos
– aí sim, sem imaginação alguma, posto desimportante – com o
aval do barbarismo e da eternamente desesperançosa ternura, pois
esta, em épocas anteriores, era vista até como bom comportamento e,
se bobear, hoje talvez seja vista como apenas um slogan sub
realizado. Portanto, um discurso onde um homem culto se expresse, não
merece que o tratem com uma blitzkrieg ao revés, a não ser que os
países que nos têm explorado durante séculos e séculos também
peçam perdão ao Brasil, pois aqui as missões imperialistas fizeram
e desfizeram de nosso povo, de muitos modos cáusticos. No entanto, não se
deve permitir que um Governo que se diz nacionalista não cumpra com
o patriotismo mínimo em lutar bravamente pelas causas de seu povo. Devendo aceitar este como seja, e não utilizando de força contra si
mesmo, pois aquele nada mais é que o representante eleito das
populações de seu imenso país, e que se consolide o crescimento de uma
pluralidade e tolerância civilizadas para que se toque o barco em
que uma estrela ainda pode estar a brilhar, em meio a qualquer
tempestade que ocorra no meio de nossos oceanos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário