sábado, 18 de janeiro de 2020

O QUE SERÁ DO QUE SE VÊ EM ALGO


          Nada do que imaginamos a contento é de certa forma factível com a realidade, pois é fruto da projeção cerebral… Imagina-se uma sombra, projeta-se no mundo 3d, conceitualmente verga pelo surrealismo da coisa inventada perfeitamente, mas jamais deixa de ser um onirismo. A simbologia do fato nos faz crer que certos discursos ou pronunciamentos sejam claros, sucintos, repetições de uma década de outro século, enquanto na Palestina a guerra se mantém cruel, em um grande holocausto que já dura décadas e décadas de sofrimento. Não significa criticar, mas apontar imagens que podem chegar a um nível estarrecedor, tenebroso, como são as imagens de assassinato de guerra, suas mortandades, e o sofrimento pelo qual passam os países vitimados pela truculência daqueles mais fortes. Parece que o nosso país esquece diuturnamente de fazer sua lição de casa, e o povo trabalhador cansa de se cansar mesmo: da labuta, do esforço, de ver que nada é feito de quase nada, e pronunciamentos casuísticos são apresentados pelos canais da grande mídia, sem a preocupação de que alguns se enobrecem por superar suas penas, e outros caem loucos apenas por não compreenderem o que não pode ser compreendido. Para quem possua alguma dose de inocência e de sensibilidade nesse algo concreto sustentado pela lama dos sistemas que estão colocando em órbita. Ou ao que o sonar aponta nada do que é sumamente tangível denota respostas lógicas, e talvez possamos crer que o Brasil passa por um tipo experimental de manipulação. Nesta, os atores se revelam competentes, e os autores, extremamente hábeis nesse tipo de circo a que o ódio, sob os mandos do cristianismo sem perdão, aponta veios em que, basta ser poderoso e influente que não suscitem maiores rancores, em se tratando do si mesmo ao status corriqueiro, que beira a banalidade falsamente complexa.
          Neste mundo, apetece a muitos se resignar e tratar cada qual de seus negócios, por mais escusos que sejam, e o valor do dinheiro vira moeda espiritual, a cada centavo uma bênção. Aliás, pode ser que haja um limite maior, digamos que a cada cédula da oncinha seja uma leve e efêmera bênção, e a cada milhão nem se fala, pois os pastores falam mais alto. E a cultura vira uma personificação da acumulação nefasta porquanto atrelada em uma farsa, e as almas são comercializadas na frente da tentativa cada vez mais soberana de se tornar um país mais e mais ignorante. Uma seara fértil para que se manipule tudo e todos, e chama-se a atenção para o fato de um cidadão sofrer ameaças como tantos por aí, e se premiam assassinos – aí sim, sem imaginação alguma, posto desimportante – com o aval do barbarismo e da eternamente desesperançosa ternura, pois esta, em épocas anteriores, era vista até como bom comportamento e, se bobear, hoje talvez seja vista como apenas um slogan sub realizado. Portanto, um discurso onde um homem culto se expresse, não merece que o tratem com uma blitzkrieg ao revés, a não ser que os países que nos têm explorado durante séculos e séculos também peçam perdão ao Brasil, pois aqui as missões imperialistas fizeram e desfizeram de nosso povo, de muitos modos cáusticos. No entanto, não se deve permitir que um Governo que se diz nacionalista não cumpra com o patriotismo mínimo em lutar bravamente pelas causas de seu povo. Devendo aceitar este como seja, e não utilizando de força contra si mesmo, pois aquele nada mais é que o representante eleito das populações de seu imenso país, e que se consolide o crescimento de uma pluralidade e tolerância civilizadas para que se toque o barco em que uma estrela ainda pode estar a brilhar, em meio a qualquer tempestade que ocorra no meio de nossos oceanos.

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