Quem
dera nascermos sabendo, quem dera o fruto do conhecimento fosse de
uma pitangueira que plantássemos em nossas florestas: acessível,
saboroso, farto, generoso. Por vezes, adquirir conhecimento é como
aprender caracteres ideográficos orientais, ou desvendar
hieróglifos… Há muito da arqueologia no conhecimento mais
aprofundado em qualquer estofo, qual não seja nesta mesma a arte da
estofaria, quando o móvel é mais raro do que o costumeiro, com suas
linhas ou rococós, com o barroquismo dos ornatos, com o que se torna
a sociedade moderna, mais detalhes e menos conteúdo. Talvez não
seja uma crítica muito de relevo, mas a mitificação do simples e
comum insight por vezes beira apenas um laivo imaginativo.
Conceder-se à esfera dos costumes é importante quanto de saber-se
adquirir uma informação que alavanque o conhecimento quando parte
de fonte expressivamente majorada. Obviamente o cunho imaginativo,
quando de uma boa projeção a partir de técnicas de brain storm
ou similares, alavanca o processo criativo, mas é a partir mesmo da
criação em si e de seus modais, que as soluções e a matemática
fazem a geringonça funcionar, em se tratando de estarmos dentro do
mundo digital e suas manufaturas. A imperatividade de noções de
lógica contradizem o poder de muitos que pensam deter – dentro de
suas superestruturas – vantagens competitivas pela quantificação,
pois é na qualidade dos processos criativos de vanguarda que residem
não apenas o instrutivo quanto a especificidade de suas regras. São
como a vanguarda de um game de texto, onde quando pensamos que a
simplificação é não linear, por vezes encontramos um diálogo
sequencial com mudanças de formato extremamente não apenas na
linguagem dos games, mas na plataforma da comunicação como um todo.
A semântica dos estudos linguísticos atingem o conhecido, mas a
recriação contínua em seus diálogos internos onde a coerência e
a contradição se intercalam traduzem o estudo labiríntico da
expressão, nessa expressiva dialética, inegável e sumamente
surpreendente, onde o meio e a mensagem trabalham como na mescla de
camadas – layers – ou dinamicamente trocam de sentido como
na mudança simples de variáveis da programação, ou sistemas de
classes e objetos. É nessa escala de orientação que os paradigmas
que outrora depositamos na robótica ou no gigantismo tecnológico
que uma página de Banda Desenhada, ou quadrinhos, podem estar
vetores que encerram em si um algoritmo sem a necessidade de
aplicação, posto de leitura fácil e complexa, interpretativa ou
surreal, no que possa beirar o inconsciente e seus arquétipos, sem
ser obra mediúnica ou tratativas similares. Aqui se trata de ciência
material, do funcionamento cerebral e seus canais perceptivos, quando
assimilados pelo pensamento e expressos dentro de uma sintaxe: a
linguagem, seus suportes, as veias de um acaso recambiante e o
redirecionamento a uma axis de referência, que por vezes recria a
meta dimensão, ou seja, transcende o espaço tridimensional. Dentro,
obviamente, de um espaço da lógica, da ciência material a se
dizer, quem dera, apenas uma leve ponta da realidade espiritual. Esse
nível de grandeza é praticamente infinito, posto não existir
processamento – e jamais haverá – para se contar átomos em
profusão e transformações sistêmicas, no que tange a redescobrir
a relativização da matéria, esta fora da matemática, e encerrada
na veia de concatenações expressivas, seja da criação humana, ou
do resultado da apreensão da Natureza. Pois que esta em suas
modalidades da diversificação de seus seres, serão sempre o fruto
da compreensão da Criação de Deus e suas crenças, posto se em um
jardim encontramos um pequeno universo, quem dirá em um lugar como a
Amazônia, onde os nossos mestres são os indígenas…
Nenhum comentário:
Postar um comentário