domingo, 19 de janeiro de 2020

A PÁGINA DISSE


No que se distancie de uma página algo rota para alguns, sem o sentido
De ser sensata na versão de outros, mas que não se leia sempre
O que se quiser ler na profundez de um significado qualquer
Sem sequer sabemos que alguns talvez não estejam de acordo…

Tarefa árdua o diálogo algo suado a flores, tal a veia que turge
Quando estamos de tal modo consequentes com tudo o que ocorre
Que passa ao quadrado uma equação não propriamente de fácil solução!

Não que não sejamos propriamente viventes apenas, porém traçamos
Com linhas tênues a convexidade de nossos quesitos, a folga em saber
De encaixe de peças díspares: no que antes fora tradição, agora é costume?

Há que se saber de uma performance quase oclusa pelos ventos,
Quase disforme no amor de seivas e frutos, naquilo que as plantas
Copulam com a vida, no ser que passa com um sapato velho
E que suplanta a normalidade erguendo-se e caminhando enfermo…

Será querer muito que a mitificação inglória de um tigre contumaz
Em uma china que perpassa a ser gauderia de gáudio mesmo, de lança e quepe
Quando vemos passar no Uruguai um gaúcho um pouco distinto entre laços
Que prontos envolvem o touro, ensaiando mais um dia na coxilha dos pampas!

Não que seja uma pena a do escritor, pois são nanquins digitais, escritos na luz,
Impressos no quartzo, endereçados na sílica, refeitos em um cordel,
Terminados a luz grande da Lua, à espera de que no Sol seguinte
Sintamos que uma palavrinha mais pode assentar o anátema dos tolos.

Nada contra crença alguma, mas apenas requer-se a laicização do Poder
Que remonte as outras ditas peças, dentro de uma proposta intangível
Que proceda e que urja algo, quem sabe o saber-se estar assentado.

No que a página disse não se remeta rancores, pois agora que se veja a frase
Que diz que Cristo perdoa, e se um debate suscita um ódio qualquer
Cai por terra toda a evangelização que se pretende ser de razão humana!

E santificados sejam os que creem no Cristo que perdoa, pois dos de carestia
É mais o reino dos céus, e a libertação não é monetária, justo que não seja,
Pois nas garantias de um retrospecto histórico, messias está entre nós,
Mas na Trindade, personificado através da voz do Espírito Santo!

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