sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

CONVERSA SOBRE O ESPAÇO


Uma nuvem de servidores doam sua ilusão de céu imaterial
No platô de rejuvenescimentos cabais, ilustrados por corretos perfis
Na ponta de uma agulha sistêmica onde o CPF fica em um limbo
Dentro dos registros algo tentado na integralização incompleta…

Seria mais fácil tentar-se caminhos derivados do escanhoado servo
Que navega por sobre os cristais de sílica, onde uma cidade
Está pela nanotecnologia onde o laser quase obedece uma automação!

Requer-se esforços de pronto atendimento, nas usinas girantes de dados
Quanto ao saber de mesmos esforços no entender-se ao conhecer
Em uma parábola que requer mais metáforas do que toda a criação
Das redes neurolinguísticas neurais, e seus aspectos de protótipos.

Trace-se o corpo com os tendões fortes, a magreza salutar da vida
Quanto o comer-se seja fato concreto na imaginação de um viandante
Quanto crer que em um país consegue-se vaticinar uma miséria.

Será tanto de ser, será que em sampa as coisas se distanciam tanto
Em que rios sejam despoluídos ao menos em breves segundos
Na esfera onde verte-se uma lápide a mais em cada martelo erguido!

Ah, mas se órgãos internacionais ajudassem no encaminhar das gentes
Que permanecem silenciosas nas vertentes mais cabais do que o suposto
Vértice de conexão com um sistema onde outros e outros não ligam procedurais.

Vem de uma plataforma quase ausente a gerência do mesmo management
Que exclui uma vírgula em cláusula aberrativa, para que a tentativa do justo
Seja de merecimento menor, na diáspora de não sabermos onde reside
O cadinho alquímico na uberização distante do sol que não nasce para todos!

Prosseguindo a veia do retrocesso, veríamos mais cautela em respirar
Por um buraco na porta, antes de abri-la para o sol incandescente.

Vezes sem conta urgimos do justo para os nossos pares diletos,
E, no entanto, roga-se à mesma urgência para que se repitam casos
Onde a solução aparente não traduz um erro para dirimir semânticas!

E o espaço segue infinito, maior do que a relação predicativa que se tem
Na análise minuciosa das linhas acima, encomendadas pela oposição pífia...

A MATÉRIA ESPIRITUAL


          Há que se cumprir um serviço devocional todo aquele que quer se aprofundar – com fé – na religião. Que seja, lendo as literaturas sagradas, cumprindo ritos de sacramentos mas, principalmente, possuir abertura na compreensão de que cada grupo ou indivíduo possui a sua liberdade de crença. Traçar perfis pretensamente políticos nas religiões é criar relações de poder em que aqueles mais fracos tendem a ser engolidos ou submetidos a crenças impostas. A libertação de um povo reside não nas dissenções de qualquer ordem, sejam elas políticas, ideológicas, de cunho religioso, do preconceito vário que acomete a civilização, da diferença de classes, de estruturas ou conjunturas, pois tudo é a Lei maior que nos liberte. Essa matéria altissonante fala do espírito, a Lei espiritual, que emana, que irmana… É como no sacrifício de cantar as contas, seja em um rosário católico ou Hare Krsna, a comunhão se dá no ato mesmo, sem precisarmos, enquanto estamos orando, pensar em algo a mais do que a simples atitude da devoção. Posto que não há vieses maiores do que a existência do divino Espírito, que abarca a pureza de uma regra: sem dificuldades, sem sacrifícios, sem a nossa realidade cotidiana não há por vezes a necessidade de Deus. Quando procuramos por Ele muitas vezes é porque temos familiares fortemente vinculados, e a Fé se faz presente quando estamos por encontrar dificuldades por vezes maiores do que materialmente podemos suportar. Essa condição é a mais sincera: procuramos a religião quando estamos aflitos, seja espiritual ou materialmente. Quando obtemos alguma vantagem material, tem-se a impressão que é uma bênção e, de certo modo, quiçá realmente possa ser, mas a matéria do espírito, em se tratando da conformidade em realização é estarmos conectados com Deus, e não esperando ficar mais e mais ricos para termos um poder que não passa de Maya, ilusão. Essa roda viva que nos impulsiona a sermos cada vez mais acumuladores dessas chamadas coisas materiais, e que não nos deixa perceber que viver com o necessário para se ter uma dignidade e prosseguir realizando-se espiritualmente não significa acumular a vida toda para deixarmos tudo aqui na Terra quando abandonamos este corpo material. Seremos responsáveis pelos outros, ou será que não podemos estender a consciência de Krsna para outros que não sejamos nós mesmos? Esta é uma tarefa que podemos ter, seja Deus, com seus Nomes, sejam as religiões do planeta: em respeito e consideração com a fé alheia, pois a crença de um judeu pode ser distinta da de um muçulmano, mas não há razão alguma de brigarem por esse motivo, qual não seja, misturar religião com relações de poder.
           Srila Prabhupada sempre falava – e seus ensinamentos continuam vivos – para sermos tolerantes como uma árvore, destemidos perante a fé certeira e vitoriosos em nossa relação com Krsna, nome que significa o Todo Atrativo, pleno de todas as seis opulências: beleza, força, riqueza, sabedoria, fama e renúncia. Se para um índio o trovão é sagrado, se a água possui vida, se uma árvore é sua irmã, se a Natureza deve ser preservada, temos aí o fator quase exato da compreensão primeira do que é uma crença onde o respeito pelo mundo se torna a pedra fundamental da estrutura civilizatória. Se uma divindade de matriz africana, como Lemanjá é a rainha do mar, canta como a grande Clara Nunes, ícone sagrado da cultura mundial, deve ser respeitada como pertencida a uma religião que pode ser menor em quantidade mas não têm em si a prerrogativa da intolerância de muitos em relação ao Candomblé.
         A cultura de um país não deve ser interpretada como a não identidade forjada, não devemos conquistar espaços afora do que deve ser a igualdade e a busca por uma identidade pátria secular.

quarta-feira, 29 de janeiro de 2020

A RELAÇÃO DO SUJEITO COM A MATÉRIA

            Nada nos impeça de travar contato com o mundo material, porquanto é aquele que pertence à categoria una da concretude, do algo sólido, mesmo enquanto areia, apenas. Vidro, transformação, mudança, cerne, algo maior do que tudo o que se espera de um faturamento apenas, mas um cunho necessariamente nacional, em que nos pesemos a própria esperança de que não deixemos a areia escorrer de nossas mãos se transformando apenas em uma garrafa vazia, ou um tonel acre de ressentimentos. Na prerrogativa dos fracassados que ainda assim mantém o fogo fátuo da arrogância, ficamos aguardando alguns sinais de melhora, o que se condiz com a perfeição algo bruta do que se chama mundo espiritual, ou a fraca animosidade da covardia perante a prepotência do preconceito e da venalidade. Não, que não pensemos nisso... Foquemos a relação do homem-sujeito com a matéria em questão, no seu diálogo pertinente, e na razão pura da união de Todos, no que Estes estejam por encima ou por abaixo, na construção dos fundamentos do edifício nacional e na implementação de boa engenharia de amarração dos vigamentos. Não há como transferir valores humanos sem a matéria, pois por mais que sejamos atmas – almas – tenhamos dó em saber que nossos pés são duros e que a jornada para alguns é mais longa e, portanto, mais rica no espírito! Se possuímos, seja quem for, alguma relação com fatos de ocorrência violenta, seremos rechaçados quando não houver legitimação de defesa ou apreensão de fato. No entanto, se não se toma medidas para melhorar a vida das populações mais vulneráveis estaremos compactuando com a segregação, o preconceito e a violência decorrente dessa panela de pressão que se chama o injusto, o revés imposto, o imposto perdoado que não se deva perdoar, pois revela o egoísmo e a indiferença daqueles que vão crescendo para o ápice da pirâmide em uma miríade material de um em decorrência do sofrimento de milhões. Essa assertiva já é voz internacional, quando não se esperava que, em nome de Cristo, o anticristo esteja tão presente na mente de muitas pessoas, mesmo porque relacionar benesses materiais como bênçãos espirituais já é uma falácia, que se perdoe a teologia da prosperidade. Talvez a intenção seja boa, seja positiva, mas há que se fazer uma interpretação correta desse nuance teológico, se é que há realmente fundamento nesse campo. Aquilo que se espera dessa nuance que cresce por vezes paulatinamente vem a demandar algum esforço de outrem que não conseguem compreender a latitude desse tipo de conceituação. A troca faz parte de uma mercadoria, e a espiritualidade, ou questões desse gênero, constituem quase – na contemporaneidade – uma moeda de troca. Não se compra a salvação, pois materialmente falando, agora na perspectiva algo isenta de retorno, a matéria em si demanda a compra em si e de per si, na questão básica e alimentar, no princípio primeiro consoante com uma necessidade particular e individual. O trabalho passa a ser razão do sobreviver, e o não trabalho causa imediata de se sobreviver na modalidade da miséria, porquanto não se diz que o homem não dispõe de trabalho por questões mercadológicas, visto estar profundamente apartado dessa realidade falsamente liberal. Não há liberalismo sem a libertação, sem nos aprofundarmos nas questões cidadãs e de seus direitos, estes de ordens internacionais, perante o que se espera de um planeta sensato, na ordem correlata dos fatores e seus quesitos, é sua coerência com a riqueza de uma nação e com a paz que deve ser colocada sempre em primeiro lugar frente aos problemas inerentes ao indivíduo e o ser coletivo, espelho daquele.

segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

UM PERFIL DE ARRANJOS


Opõem-se um quadro de medalhas secas no alvorecer das missões,
Qual seja, na pátria derradeira onde se falha a verve na intenção
De se prosseguir caminhando até onde a nave da intempérie suba
Nas vertentes de córregos andantes, na linha tênue de cunho prata!

A história aos farrapos relembra eras onde Dante descansa a pena
Quanto a ver em dois séculos por detrás daquilo que a imaginação suceda
O não se permitir pensar algo que seja maior do que um passatempo
Em que a própria vida não se ressinta da desesperança aflitiva dos aflitos.

A que se não prorrogue uma existência capitular, de dias a dias e noites
Onde o verso se encontra com a dureza das rochas, em cada nicho,
Em cada pássaro na escala de uma firme suposição de que a guerra
Seja algo no pressentimento covarde de quem está bem colocado…

A, não, que se pressinta que não exista a contenda dentro de cada um
Na veste que se assombra de querer-se um beijo algo quase consentido
Quanto a sabermos que a mera audiência na sua forte convicção
Torna convexo o tempo, torna a discussão estéril mero quadriculado.

Ademais, seria algo torto tornar a dizer de uma plataforma desigual
Se a igualdade não é conquista de terceiros, mas de cada um de per si
Saber que é justo e é de justiça, quando o maior tom da dita terra
Seria o simples reflexo do que se manda prescrever nos oceanos!

Assim seria o dito para o não dizer-se se confabular escamas duras
Revelem a superfície da extremadura de um alazão pouco fornido
Quanto de espécie algo desigual na sua própria raça algo impura
Onde se prescreva a medicação terminante de sua própria vacina.

Onde começa a se vaticinar impróprias lidas, onde se joga
Um plástico usado de se usar de vias suspeitas, não se ligue
Somente a impressão do local, mas que se ressinta de saber
Ao menos da origem daquele plástico onde se depositou estimas.

Um cão amarelo aparece em uma rua de cristais azinhavrados
Onde um magma pastoso recolhe os ventres de uma pátria
Na acepção crua de não se saber onde nem como se pretende
Esvaziar uma mente circunspecta por um acaso de sortes.

sábado, 25 de janeiro de 2020

APENAS UM EMBASAMENTO

           Quem dera nascermos sabendo, quem dera o fruto do conhecimento fosse de uma pitangueira que plantássemos em nossas florestas: acessível, saboroso, farto, generoso. Por vezes, adquirir conhecimento é como aprender caracteres ideográficos orientais, ou desvendar hieróglifos… Há muito da arqueologia no conhecimento mais aprofundado em qualquer estofo, qual não seja nesta mesma a arte da estofaria, quando o móvel é mais raro do que o costumeiro, com suas linhas ou rococós, com o barroquismo dos ornatos, com o que se torna a sociedade moderna, mais detalhes e menos conteúdo. Talvez não seja uma crítica muito de relevo, mas a mitificação do simples e comum insight por vezes beira apenas um laivo imaginativo. Conceder-se à esfera dos costumes é importante quanto de saber-se adquirir uma informação que alavanque o conhecimento quando parte de fonte expressivamente majorada. Obviamente o cunho imaginativo, quando de uma boa projeção a partir de técnicas de brain storm ou similares, alavanca o processo criativo, mas é a partir mesmo da criação em si e de seus modais, que as soluções e a matemática fazem a geringonça funcionar, em se tratando de estarmos dentro do mundo digital e suas manufaturas. A imperatividade de noções de lógica contradizem o poder de muitos que pensam deter – dentro de suas superestruturas – vantagens competitivas pela quantificação, pois é na qualidade dos processos criativos de vanguarda que residem não apenas o instrutivo quanto a especificidade de suas regras. São como a vanguarda de um game de texto, onde quando pensamos que a simplificação é não linear, por vezes encontramos um diálogo sequencial com mudanças de formato extremamente não apenas na linguagem dos games, mas na plataforma da comunicação como um todo. A semântica dos estudos linguísticos atingem o conhecido, mas a recriação contínua em seus diálogos internos onde a coerência e a contradição se intercalam traduzem o estudo labiríntico da expressão, nessa expressiva dialética, inegável e sumamente surpreendente, onde o meio e a mensagem trabalham como na mescla de camadas – layers – ou dinamicamente trocam de sentido como na mudança simples de variáveis da programação, ou sistemas de classes e objetos. É nessa escala de orientação que os paradigmas que outrora depositamos na robótica ou no gigantismo tecnológico que uma página de Banda Desenhada, ou quadrinhos, podem estar vetores que encerram em si um algoritmo sem a necessidade de aplicação, posto de leitura fácil e complexa, interpretativa ou surreal, no que possa beirar o inconsciente e seus arquétipos, sem ser obra mediúnica ou tratativas similares. Aqui se trata de ciência material, do funcionamento cerebral e seus canais perceptivos, quando assimilados pelo pensamento e expressos dentro de uma sintaxe: a linguagem, seus suportes, as veias de um acaso recambiante e o redirecionamento a uma axis de referência, que por vezes recria a meta dimensão, ou seja, transcende o espaço tridimensional. Dentro, obviamente, de um espaço da lógica, da ciência material a se dizer, quem dera, apenas uma leve ponta da realidade espiritual. Esse nível de grandeza é praticamente infinito, posto não existir processamento – e jamais haverá – para se contar átomos em profusão e transformações sistêmicas, no que tange a redescobrir a relativização da matéria, esta fora da matemática, e encerrada na veia de concatenações expressivas, seja da criação humana, ou do resultado da apreensão da Natureza. Pois que esta em suas modalidades da diversificação de seus seres, serão sempre o fruto da compreensão da Criação de Deus e suas crenças, posto se em um jardim encontramos um pequeno universo, quem dirá em um lugar como a Amazônia, onde os nossos mestres são os indígenas…

sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

UMA FRASE


Aquela que não se encontra, apenas uma, um período curto
Na apresentação de uma ideia, que seja, um toque de recolher,
A mangueira curta, o balde vazio, uma casa que despenca!

Em contraforte, o carro laminado, as calotas de tungstênio,
O volume milenar, a força que age e desculpa-se sorrateira,
O verbo que não verga, a incontinência urinária de um bravo…

Não, que não nos dispamos da matéria, que a ela nos se agarre
Uma garra de cristal de palmeira, uma amêndoa de sebos,
Um recrutar fora do padrão, uma meia limpa e manchada.

Afora a distinção, a teia que ensombra, o capítulo da poesia,
O andar solitário de um vaga-lume, a contradição da pena,
Um redimir-se claustrofóbico, a serpente e o tigre…

No que é não se diz, o primeiro tece a juta, o outro freme,
O ósculo da traição vem do olhar, a lama rejunta o tijolo,
E aquele se quebra na vastidão de uma terra planisférica!

Da seita que não se aceite, do retinir das patas se arrisque,
Do fremir do ódio se acalente, do seio túrgido não se toque,
Da muralha de ébano se dance, e do dinheiro não se apague!

Assim de partir o pão, que se refrate a melodia, que o dia soe,
Que o canto cante, que a exegese redima, que a veste enobreça,
Que a pá enxergue o cano, que a floresta seja preservada: apenas!

terça-feira, 21 de janeiro de 2020

PODEMOS, SIM, DAR CERTO

          A força que se nos apresenta a cada dia remonta nosso paradigma em viver – cada um – com igual fortaleza. Há na vertente da fortaleza humana seus aspectos de segurança, de erudição para saber lidar com o que é ilusão e mecanismos de se azeitar os processos de compreensão primeira de nossas responsabilidades, porquanto a não difusão da violência e a emancipação do respeito. Se um país tem sua Carta Magna, esse é um trunfo inegável que há de nortear as ações pró cidadania. Não levar em conta essa superestrutura jurídica desfaz a lógica preeminência do Estado de Direito, e da Justiça entre as nações. Permitir-se portanto que haja uma escalada de apenas um enviesado propósito com o sentido de limitar o conhecimento e sua aquisição livre é um caminho de escalas que não são concatenadas, gerando o caos e suas formas que tentam a dominação, através da indução de modos de pensar e se comportar. A título de valorizar boas intenções, fica a critério de algum poder, nem que seja individual – ou principalmente – para que se reflita na coletividade, esta de natureza democrata e leal aos universos dos costumes, à parafernália dos hábitos… Esse mudar-se a visão e a atitude perante os grupos sociais: as escolas, as células familiares, os templos, a visão mais justa ao trabalho como um todo e o ganho mais equiparado a um insumo do consumo interno. Ou seja, melhores salários e obras de infraestrutura para gerar empregos, essas deveriam ser prerrogativas mínimas com relação a uma boa ordem institucional no país. A intenção purista de referendar melhores dias para toda a população de uma nação é no mínimo sumamente importante para quem se diz brasileiro ou de qualquer outra nação. Esse é o critério da justiça social que nada tem a ver com a ideologia, mas com a relação do cidadão e seu país.
          Sem acreditarmos na assertiva de sermos mais justos para conosco, as coisas não se encaixarão como deveriam, posto não será vendendo tudo o que temos que conseguiremos alavancar a economia, haja vista grandes empresas estadunidenses manterem ilesas suas atuações no mercado, enquanto que uma indústria nacional como a nossa está aos farrapos, com estruturas que em sua maior parte não acompanharam as inovações tecnológicas atuais, e fazer fusões com o capital estrangeiro obviamente não trará muitos benefícios, infelizmente. A não ser que aprendamos como sermos independentes em conhecimento dessas tecnologias que fazem funcionar grandes estruturas empresariais. A não ser que tenhamos universidades de ponta, onde a pesquisa seja incentivada com recursos do Estado, no que se cresça igualmente a educação básica e fundamental: como início, como princípio. As escolas profissionalizantes do médio e etc, sem nos importarmos necessariamente com a questão moral de nossa gente, pois o moral existe quando estamos com uma vida mais digna e o conhecimento da ciência, tanto técnica quanto das humanas é que doutrina as gentes com o saber. Considere-se as opiniões construtivas como sugestões para que cresçamos em uma nação mais independente, e não com o servilismo algo inóspito que pensa-se ser melhor para o Brasil. Este país, esta grande nação, que possui a pecha de muitos como subdesenvolvido, mas possui um grande povo! Não vamos estragar tudo como o que está ocorrendo como até então. Por que não permitir ou incentivar a leitura de todas as questões filosóficas, qual é o medo da dialética, se até hoje em dia se nota sua influência histórica e inegável? Não é um bate e volta? Não são os estímulos e respostas, as interpretações dialéticas na hermenêutica da Bíblia Sagrada? Vamos nos permitir viver sem rancores, pois estabelecer cruzadas arcaicas do modo do século passado já não nos cabe mais em um panorama de igualdade entre todos, e a União se faz presente e infalível para tudo dar certo!

domingo, 19 de janeiro de 2020

A PÁGINA DISSE


No que se distancie de uma página algo rota para alguns, sem o sentido
De ser sensata na versão de outros, mas que não se leia sempre
O que se quiser ler na profundez de um significado qualquer
Sem sequer sabemos que alguns talvez não estejam de acordo…

Tarefa árdua o diálogo algo suado a flores, tal a veia que turge
Quando estamos de tal modo consequentes com tudo o que ocorre
Que passa ao quadrado uma equação não propriamente de fácil solução!

Não que não sejamos propriamente viventes apenas, porém traçamos
Com linhas tênues a convexidade de nossos quesitos, a folga em saber
De encaixe de peças díspares: no que antes fora tradição, agora é costume?

Há que se saber de uma performance quase oclusa pelos ventos,
Quase disforme no amor de seivas e frutos, naquilo que as plantas
Copulam com a vida, no ser que passa com um sapato velho
E que suplanta a normalidade erguendo-se e caminhando enfermo…

Será querer muito que a mitificação inglória de um tigre contumaz
Em uma china que perpassa a ser gauderia de gáudio mesmo, de lança e quepe
Quando vemos passar no Uruguai um gaúcho um pouco distinto entre laços
Que prontos envolvem o touro, ensaiando mais um dia na coxilha dos pampas!

Não que seja uma pena a do escritor, pois são nanquins digitais, escritos na luz,
Impressos no quartzo, endereçados na sílica, refeitos em um cordel,
Terminados a luz grande da Lua, à espera de que no Sol seguinte
Sintamos que uma palavrinha mais pode assentar o anátema dos tolos.

Nada contra crença alguma, mas apenas requer-se a laicização do Poder
Que remonte as outras ditas peças, dentro de uma proposta intangível
Que proceda e que urja algo, quem sabe o saber-se estar assentado.

No que a página disse não se remeta rancores, pois agora que se veja a frase
Que diz que Cristo perdoa, e se um debate suscita um ódio qualquer
Cai por terra toda a evangelização que se pretende ser de razão humana!

E santificados sejam os que creem no Cristo que perdoa, pois dos de carestia
É mais o reino dos céus, e a libertação não é monetária, justo que não seja,
Pois nas garantias de um retrospecto histórico, messias está entre nós,
Mas na Trindade, personificado através da voz do Espírito Santo!

sábado, 18 de janeiro de 2020

O QUE SERÁ DO QUE SE VÊ EM ALGO


          Nada do que imaginamos a contento é de certa forma factível com a realidade, pois é fruto da projeção cerebral… Imagina-se uma sombra, projeta-se no mundo 3d, conceitualmente verga pelo surrealismo da coisa inventada perfeitamente, mas jamais deixa de ser um onirismo. A simbologia do fato nos faz crer que certos discursos ou pronunciamentos sejam claros, sucintos, repetições de uma década de outro século, enquanto na Palestina a guerra se mantém cruel, em um grande holocausto que já dura décadas e décadas de sofrimento. Não significa criticar, mas apontar imagens que podem chegar a um nível estarrecedor, tenebroso, como são as imagens de assassinato de guerra, suas mortandades, e o sofrimento pelo qual passam os países vitimados pela truculência daqueles mais fortes. Parece que o nosso país esquece diuturnamente de fazer sua lição de casa, e o povo trabalhador cansa de se cansar mesmo: da labuta, do esforço, de ver que nada é feito de quase nada, e pronunciamentos casuísticos são apresentados pelos canais da grande mídia, sem a preocupação de que alguns se enobrecem por superar suas penas, e outros caem loucos apenas por não compreenderem o que não pode ser compreendido. Para quem possua alguma dose de inocência e de sensibilidade nesse algo concreto sustentado pela lama dos sistemas que estão colocando em órbita. Ou ao que o sonar aponta nada do que é sumamente tangível denota respostas lógicas, e talvez possamos crer que o Brasil passa por um tipo experimental de manipulação. Nesta, os atores se revelam competentes, e os autores, extremamente hábeis nesse tipo de circo a que o ódio, sob os mandos do cristianismo sem perdão, aponta veios em que, basta ser poderoso e influente que não suscitem maiores rancores, em se tratando do si mesmo ao status corriqueiro, que beira a banalidade falsamente complexa.
          Neste mundo, apetece a muitos se resignar e tratar cada qual de seus negócios, por mais escusos que sejam, e o valor do dinheiro vira moeda espiritual, a cada centavo uma bênção. Aliás, pode ser que haja um limite maior, digamos que a cada cédula da oncinha seja uma leve e efêmera bênção, e a cada milhão nem se fala, pois os pastores falam mais alto. E a cultura vira uma personificação da acumulação nefasta porquanto atrelada em uma farsa, e as almas são comercializadas na frente da tentativa cada vez mais soberana de se tornar um país mais e mais ignorante. Uma seara fértil para que se manipule tudo e todos, e chama-se a atenção para o fato de um cidadão sofrer ameaças como tantos por aí, e se premiam assassinos – aí sim, sem imaginação alguma, posto desimportante – com o aval do barbarismo e da eternamente desesperançosa ternura, pois esta, em épocas anteriores, era vista até como bom comportamento e, se bobear, hoje talvez seja vista como apenas um slogan sub realizado. Portanto, um discurso onde um homem culto se expresse, não merece que o tratem com uma blitzkrieg ao revés, a não ser que os países que nos têm explorado durante séculos e séculos também peçam perdão ao Brasil, pois aqui as missões imperialistas fizeram e desfizeram de nosso povo, de muitos modos cáusticos. No entanto, não se deve permitir que um Governo que se diz nacionalista não cumpra com o patriotismo mínimo em lutar bravamente pelas causas de seu povo. Devendo aceitar este como seja, e não utilizando de força contra si mesmo, pois aquele nada mais é que o representante eleito das populações de seu imenso país, e que se consolide o crescimento de uma pluralidade e tolerância civilizadas para que se toque o barco em que uma estrela ainda pode estar a brilhar, em meio a qualquer tempestade que ocorra no meio de nossos oceanos.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

APRENDER CIÊNCIA A PARTIR DA NATUREZA

         Aprender com a Natureza é uma das condições primeiras do homem civilizado, qual seja um padrão na primeira grandeza, o que primariamente talvez não seja muito fácil de entender… Seja por um lado ou outro, os nossos braços são similares ao dos insetos, ou aves, ou mamíferos, ou seja, um completa o outro. No sentido de sermos sinceros quanto à existência de uma geometria cada vez mais justa, na preocupação real – evidentemente – aos setores menos favorecidos no meio social, em um tipo de caracol sem pontas onde a conexão se dê entre círculos, como em uma espiral proteica. Esse tentar-se valorar homens e mulheres de bom senso e legítima identidade cidadã, seja de qual credo for, de opção de gênero, de etnias consagradas pelo respeito indispensável é que constrói uma nação com a dose de improviso essencial na cultura universal dos povos, e suas conquistas seculares dentro do padrão conforme com o infinito de nosso universo. Projetamos nas estrelas nossos maiores desafios, e entre estes, conseguir plena liberdade em uma democracia exemplar, que pense mais na carestia dos mais pobres, com ideias que prevaleçam para melhorar a vida de todos, e não apenas das elites. Não se pretenda jamais imiscuir-se em prevalências de ordens numeradas, controladoras e indutoras de comportamentos por conservadorismos inóspitos, pois estamos já ingressando na segunda década de um milênio que não há de significar de maneira alguma a falta que nos faz um mundo já alquebrado, a falta de seus meios saudáveis, até certo ponto malucos naturalmente, quando respeitarmos as idiossincrasias de cada ser, seja, homem, mulher, cão, porco ou gato, entre tantas inúmeras e milhões de espécies, a se dizer francamente nos corpos vegetais, qual não fora, as raízes que temos por comparação. As nossas raízes maravilhosas: negras, indígenas, tribais, europeias, que estas efetivamente compõem a etnia brasileira. A valoração desses perfis onde nos reencontramos com a cultura fará mister e necessário a um Ministério alto e de bom som, como quando estamos sós e um canto de um pássaro já nos tece companhia. O trinar de uma cigarra, o bufar de um gato – antes seja – como uma linda jaguatirica. Jamais teremos o poder de destruir a Natureza, pois antes de tudo ela reside até mesmo dentro do concreto, e podemos passar para um novo glaciário rapidamente, caso a destruição do homem pela barbárie não coloque um termo e um decorrente término da existência mesma da espécie, e esta não é elucubração religiosa, porquanto talvez de uma questão de pura ciência, apenas, mas tem relação profunda com a percepção algo mágica com que a Natureza nos oferta. Há que se ter sempre um discurso preservacionista, posto na aparência de uma riqueza inventada no modal da exploração de certos recursos naturais, o desfecho pode não ser tão feliz para quem vive nas cercanias de minas de minérios a céu aberto. O gigantesco montante de capital que encerra essa realidade exclui antes de incluir, concentra antes de distribuir, e compra poderes já há muito contestados por sensatas críticas apropriadas. Por certo, haverá o próprio e o que é o impróprio.
           O próprio é de si para outro, próprio como o nome, significa sensatez no sentido de se respeitar a Natureza, antes de nos aceitarmos como espécimes que possuam alguma superioridade a Ela… Mas é impróprio tentarmos ser melhores que a Natureza, mesmo porque um simples mosquito dela faz parte e não temos o direito de matar, segue-se o mandamento maior: não matarás. Que se poupe, que se poupe, mas não às custas da vida alheia, seja um leão ou uma naja, posto os animais doméstico se prestarem muito mais a essa concepção, pois se tornam nossos amigos diletos, com toda a generosidade de sua ternura, e cabe a liberdade de um ser gostar de outro, mesmo que sejam de espécies distintas.
          Mas aprender com a Natureza não significa a olharmos com os faróis dos instrumentos, nisso incluindo a parafernália digital. Seria melhor usá-la – a tecnologia – para termos algumas certezas e, no entanto, apenas com a veia quase espiritual de compreendermos seus signos mais profundos, nisso demandando um estudo quase xamânico, saber como os índios a compreendem. E isso, para o homem branco, mesmo versado na antropologia, não é tarefa fácil, mais compreendida em arquétipos, naquilo que Jung chama de inconsciente coletivo. Ou seja, abraçar uma cultura, saber que sabemos menos em se portar no meio de uma selva, quando fazemos um rali destruindo grande parte de suas estruturas de vida através de motores que nada mais são do que grandes dragões denteados de borracha e metal. Trazendo essa realidade para uma cidade, onde capas de asfalto e concreto tapam partes que faziam o trabalho de escoamento, no mínimo surge a necessidade do profissional Urbanista e Paisagista – verdadeiros arqueólogos do meio urbano – a exercerem ao menos preventivamente onde se vai colocar um recorte viário, ou onde se vai surgir uma construção que demande saneamento fundamental. São, por falar na palavra, estatutos que devem ser seguidos… Não adianta falarmos do alto de nossos condomínios, com toda a segurança de sequer sabemos para onde vai nosso excremento pois, se estamos devolvendo ao meio ambiente sem reaproveitá-lo ou ao menos tratá-lo, ver-se-á que apenas estamos vivendo internamente um conforto que as populações que plantam suas edificações sem o mínimo de infraestrutura vivem com a realidade nua e crua dos dejetos a céu aberto, com um saneamento fundamental indo literalmente ladeira abaixo. Esse é um trabalho a ser planejado e não será erguendo prédios sem um mínimo de recuo lateral em zonas de periferia dominadas pelo crime que se construirá um país decente.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2020

UM PEQUENO SISTEMA EM XEQUE


De advir pequenas formigas, de se saber que o mundo é desigual
Como pequenos sistemas dentro de um outro grande, qual não fosse
Algo supinamente maior do que o esperado, algo natural, selvático
E, no entanto, com as mesmas normas de uma ordem lógica e firme!

Recrudescer sentimentos ruins é como botar areia na engrenagem,
Como vilipendiar o sistema que é próprio e que funciona, posto haver
Na sua alçada apenas o que é, de se ser e existir, como ferramental
De um mecânico que saiba do problema simplesmente ao escutar o motor…

Tal é o número de sistemas existentes, que a nós a tanto não se disporia
Vácuos maiores do que um caos aparente, de um algo presente que não se quer
Quanto de sabermos que em numerais idênticos uma coisa se sabe que não é
Exatamente aquilo que se nos espera dentro da faculdade da compreensão!

Uma dose alopática e forte de tolerância, talvez seja um segredo maior
Do que querermos sanar a nossa fome do justo com um quinhão de rancor
Quando a pensar em lutas, em nossas lutas do dia a dia, qual não sejam
Aquelas de se tentar sobreviver na selva antipática e de antinomia do contendor.

Por algo da lógica, se supõem outras forças que regem a mesma ordem citada
Quanto de saber-se mais inteligente do que o vulgar iletrado de cada manhã
Que reze pelas letras, que leia, que estude o tanto de se estudar, a cada dia,
Dia após dia, em um esforço de ao menos se compreender o fundamental.

Mas não digamos nós que o ensino vem do cidadão, mas que é atributo
De um Estado soberano que o oferte com a generosidade de um ministro
A que saiba que a cada cidadania circunspecta e tímida na fonte
Haverá sempre dezenas de pessoas urgindo para uma atitude lógica e justa!

Nessa justiça quase totalmente opaca quando ignorada, verte-se o manto
De uma transparência cabal e lindamente adornada por vértices do destino
Que nos ensinem mais no dia a dia da mesma compreensão supra citada
Quando se quer que o mundo seja mais sábio e terminantemente científico.

Na rua de um rincão perdido, na alfombra de uma ilusão de um sistema que há,
A falta de rigorosamente não crermos que um povo educado é um povo mais são
Coloca em xeque não todo o sistema em que vivemos, mas em cada um que é feito
Com base na falta de conhecimento de quem realiza e de quem usa, ipsis litteris.


terça-feira, 14 de janeiro de 2020

A VERIFICAR DATAS, RETIREMOS DO TEMPO AQUELAS TANTAS, EM SUA MAIORIA, DO QUE NÃO FOI E NEM ERA.

AO MESMO TEMPO QUE SE DIZ QUE UMA LÂMPADA NÃO FUNCIONA SEM ENERGIA, A LUZ DE UM SER HUMANO NÃO FUNCIONA SEM A BONDADE.

SE UM RELÓGIO MARCA O TEMPO, NOSSO CORAÇÃO TAMBÉM PRECISA DE BATERIA.

A VIDA POR SI NÃO SE CALA TANTO, MAS CLAMA POR UM SOL MAIOR...

QUE HAJA AO MENOS, EM SE TRATANDO DO PODER, UM PODEROSO QUE USE SUAS FACULDADES PARA PROMOVER REALMENTE UM PROGRESSO.

EM UM ARCO ROMANO DE ARQUITETURA, A PEDRA FUNDAMENTAL FALA POR SI.

QUE TANTOS FÔSSEMOS... SERÍAMOS O SUFICIENTE?

A RINHA DE GALOS - ILEGAL - SE APROXIMA DE UMA GRANJA PARA O ABATE.

UM PÁSSARO VOANDO É MAIS FELIZ DO QUE MILHARES ENGAIOLADOS!

É PELO ESPAÇO QUE ROGAMOS A DEUS E QUE ABENÇOE TODOS OS INSETOS QUE NOS ENSINAM A COMO ADMINISTRAR SUAS PEQUENAS SELVAS...

IGNORA-SE POR VEZES QUE EM UM PEQUENO ESPAÇO PODE SURGIR UM GRANDE HOMEM OU UMA MULHER GIGANTE...

HÁ UMA URGÊNCIA DE SALVAR O VERDE, BEM ENTENDIDO QUE SUAS SEMENTES DEVEM ESTAR APTAS PARA O REPLANTIO AO CONSERTO PERANTE A DEVASTAÇÃO.

DAS MÁQUINAS, AQUELA QUE FAZ UM PÃO TALVEZ SEJA A MAIS MIRACULOSA.

UMA DEMORADA ILUSÃO

          A ilusão por vezes demora toda uma geração, e não se desmonta… Os feixes de sua capacidade junto a regiões da massa cerebral são tantos e tantos que seus desdobramentos nos vitimam quando erguemos nossa percepção em torno apenas do que pensamos seja aquilo que nos chega: virtudes, promessas, falsas esperanças, falsa fé, vaticínios de outrora ou certezas verdadeiramente infundadas. Ninguém mereça a culpa de ser vítima da ilusão, pois às vezes apenas a fantasia nos serve como padrão da existência. Pois é, pensarmos que agenciamos algo, que somos mais certeiros nas atitudes, de pensarmos em conquistar riquezas ou prestígio, de vermos um pobre sob um alento que não existe, de crermos em Jesus mesmo não sendo bons com outros ou a si mesmos, de creditarmos o prêmio a sucessos duvidosos, de sermos suspeitos daquilo que jamais se saiba. Não, na verdade prosseguimos, com ou sem a ilusão e, se esta for demorada, calcada, redesenhada em nosso espírito, quem dera saibamos lidar com seus aspectos e não ficarmos muito assoberbados quando do nosso encontro com uma realidade qualquer.
          Demora a vida quando sabemos o que não sabemos… Temos que bater na mesma tecla sempre, insistindo, reiterando, e por vezes sequer nos damos conta de que não educamos nossa progênie satisfatoriamente, por falta de tempo, por aparentes urgências maiores, pelo acúmulo de trabalhos evitáveis, por estarmos cientes apenas de nossos propósitos. Seria melhor não descobrirmos de uma vez apenas o caminho que nos mande para a correção, mas seguir estrelas sem um astrolábio não dá nem para um troco de vintém furado. Temos que possuir boas referências, e um bom livro por vezes ajuda a dar a direção. Algumas palavras, que se tornem algo, uma vírgula e seu contexto, ou mesmo fazer uma leitura das pessoas, das máquinas, dos objetos, dessa selva toda que encerra a parafernália algo tecnológica que, ou nos direciona ao bom senso como boa ferramenta, ou dispõe de vidas encerradas em fakes, ou discursos similares. Não que as fake news não possa ter seus atributos, mas saber da origem da farsa já é um encontro mais de atitude conforme com a experiência de se ser humano neste mundo já bem ilusório. É nesse montante de capacitação exemplar que se faz descobrir a verdade em relação com a mentira… Isso é missão, das boas, pois quem coloca os signos onde devem estar no mínimo está prestando um bom serviço, como o necessário exercício da cidadania! No entanto, nada vem da noite para o dia, e a tomada de nossa consciência por vezes demora mais do que o necessário, e a cada passo vem um outro, como na meditação budista onde devemos praticar a recordação em cada passo de cada caminhada. Aliás, como encarnação de Krsna, Budha foi um grande avatar de história sobre humana, pois protegeu os seres vivos quando a matança em sacrifícios era usual. Veio para dizer que não se matasse nem uma mosca, nem um inseto, e seria muito bem-vindo nos dias contemporâneos, onde se mata humanos com uma facilidade movida por um mero projétil. Basta uma arma de fogo que alguém já pensa estar seguro, com a mesma segurança que diz: mate, antes que o matem. Vira ideia fixa, talvez uma obsessão, quando um cidadão passa a portar uma arma letal. Quem dera pensássemos mais no desarmamento, como quando rogamos a Deus que não haja uma hecatombe nuclear, ou mesmo, na posição humilde de quem vos escreve, que o Apocalipse não seja por já, pois gostaria de viver melhor apenas, com uma consciência limpa e nutrida por esperanças de um mundo melhor…
          Talvez seja bom escutar um podcast – nem sei se é assim que se escreve –, mas certamente receber uma boa notícia é algo que qualquer alma circunstancialmente positiva realmente deseja!

sábado, 11 de janeiro de 2020

MÍDIA E GIGANTISMO ALTERNO


          O que é uma mídia? Sequer há todos os que sabem, senão, não haveria progressão científica de nenhum meio. A mass media já era utilizada, mas reservemo-nos a observar mais cuidadosamente as circunstâncias do alcance possível e estratégico… Se você coloca um anúncio em uma televisão gigantesca e, no entanto, com a contextualização da década de setenta e seus aspectos formais, já estará alcançando melhor observação do diferente pelo diferente, do alterno, da relinguagem (já está para neologismo!). Esse panorama de cunho prático passa a ver entre tudo que se viu um passadismo onde a produção e seu valor é minimizado, sem maiores aprofundamentos engenhosos, mas na busca de uma relinguagem passadista. Se você recoloca o Repórter Esso dentro do contexto contemporâneo, essa prática chamará a atenção, sem dispender valores maiores. Se você quer demonstrar conhecimento, estude a fundo os meios, mas estude já, os estudos modernos da comunicação, o que é a mídia eletrônica, quais são as suas ferramentas, pois um operário das comunicações precisa reaprender a tocar adiante a obra destas, como de outras tantas, profundamente interligadas. Se o gigantismo de uma rede pode abrir espaço com subproduções, mais baratas e inserções estratégicas, haveremos de ver que a mensagem se torna um meio na produção e confecção de várias outras inserções que se estabeleçam na lógica de um progressismo científico, a saber, dentro de uma engenharia da mesma produção. Isola-se a contemporaneidade junto à necessidade mercadológica de implementar linguagens dentro de vocabulários portanto limitados enquanto padrões formais, e se reinventa a comunicação, fazendo algo do Chacrinha, relendo os padrões, onde o midcult acorde para a eventualidade desse sopro em uma realidade já fartamente dopada nas questões de maturação de linguagens. Há que se estudar lógica para ser um bom produtor, há que se estudar marketing e, portanto, há que se dedicar ao estudo. Se você montar uma equipe de 11 pessoas, afora você que gerencie, é factível de algo funcionar, posto se você puder manter uma edição qualquer, afora as de mesa digital, o computador pessoal lhe oferece meios para tal.
          Independentemente se estamos alinhados com neopentecostais na produção, tudo é válido enquanto a noção da mensagem não for necessariamente neopentecostal, pois estamos citando apenas um modal de realização, não importando qual crença ou postura existencial, mas simplesmente o fator de se levar o conhecimento de alguém à prática de um ofício, nem que seja apenas o fato de se produzir algo na comunicação: sem entreveros, sem disputas e nem rancores. A modalidade produtiva de uma nação está aquém de disputas políticas, está nas boas ideias, na irmanação do povo, e quem se coloca na defensiva de tal ou qual embebe sempre nas retroativas manifestações de um regresso. Defender posturas políticas em um mundo já há muito apolítico no sentido de sua própria preservação é como condenar à cadeira elétrica um cidadão que goste muito do seu cãozinho. Aí realmente que mereça a atenção da velha tréplica: se entre amigos encontrei cachorros, entre cachorros encontrei-te amigo!!! Três pontos é de merecimento mas, retornando aos tópicos primeiros, as vias de comunicação são dinâmicas, e o face, o whats, os blogs, a xerox, o linotipo, tudo é válido, tudo é apenas uma superfície onde se imprima a ideia, e nada poderá ser reanexado sem o consentimento de quem recebe a mensagem, posto a virtude de uma democracia legítima é açambarcar todas as possibilidades de credos, mensagens, palavras, teóricas ou práticas. É essa a questão que nos envolve tão piamente nos critérios da fé, outrora cega, hoje reencontrada...

sexta-feira, 10 de janeiro de 2020

IMAGE IN ACTION AND RE ACTION


          Imaginem se o poder quase – dentro da utopia canhestra – pleno da fantasia sem retaguarda filosófica não fosse apenas a questão cosmética do estímulo e da resposta. Há de se pensar que a grande “viagem” seja mais do que insuflar a marijuana por dentro de grupos imiscuídos no poder da “libertação”. Essa droga alucinógena induz a doenças do espectro mental, como a psicose e a esquizofrenia. Se a antinomia dessa assertiva fosse realmente contraditória, a CIA não investiria tanto na faculdade do imaginar e na imposição da imersão e sedação de populações em nome de toda uma parafernália do entretenimento cultural, como suas músicas e as laricas movidas por hamburguerias. É o gosto fácil, uma modalidade onde a burguesia do midcult atravessa suas próprias fronteiras desfrutando facilmente o que seu status quo pode apreender, como uma noção reptílica de falsos insights no tanto de se ser genial, na brincadeira de estar achando que tudo se encaixa nos udemys da vida e na recolocação de um profissional de início de fracassada carreira, a não ser de um certo capital para se montar uma startup, ou… Pera aí, convenhamos, ainda estamos no Brasil, onde a fiada é longa e o cimento é a mão! Afora as pesquisas com linguística, afora os bancos de dados cruzados e conectados perante graphos inumeráveis, não dá para ser maior do que o povo brasileiro, posto a esteira impecável dos corredores das agências estrangeiras não hão de se fazer apenas baseando-se em construções irregulares no Realengo.
          A imaginação, como image in action revela dois itens: obviamente de entretenimento, mas igualmente como ferramental. Um deles é a série, ou o filme descartável e fidelizado, e outro é o game, mas o game espetacular, montados ambos os itens em recursos cruciantes, onde o homem passa ser passivo do vídeo ou, na outra ponta, instrumento do contato mais humano e direto com o pastor. Mas igualmente, com recursos de tela, de vídeos, de palestras on line, de ensinamento sobretudo externos, onde as agências de inteligência ocupam já a maior parte dos espaços eletrônicos, dentro da lógica da repetição subliminar, assim como as grandes mídias, principalmente a Rede Globo, fizeram para alicerçar a fidelização e manipular a opinião através da retração da consciência coletiva, esta, espelhada em cada indivíduo. Um reducionismo que ajuda a apagar maiores luzes, que coloca os guerreiros em seus papéis, muitas vezes a serviço de um panorama arcaico e anti revolucionário. Como diz Cervantes: conhece a tua aldeia e serás universal. Isso é verdadeiramente revolucionário, e não se pendurar nas tetas do que se diz global e que na verdade é reducionista e, de modo extenuante, conservador no sentido de não abraçar ideias realmente inovadoras. Por que não poder afirmar que as vertentes e caminhos do poder estão sistematicamente relacionados? É muito fácil, por esse prisma, apagar a circunstância existencial de um cidadão, como quando seus próprios parceiros se surpreendem que esse ser humano pode vir a sofrer de um surto por aparentemente não ter sido forte, ou ter sido meio excêntrico além da conta toda a parte do tempo. Mas, na contraparte, lá, no alto extremo das inteligências, nulificar possíveis lideranças faz parte do jogo, tão concreto quanto saber que um, quando porta uma doença mental e de certa forma a supera, porventura pode estar em desacordo com a truculência normal, pois esta fatalmente faz o jogo que sempre derruba os mais fracos – ofendendo, agredindo, segregando…
          As coisas mudam no entanto, e o mais que se possa querer da loucura é ter um local sagrado para cumprir o carma e verificar que as gentes asuricas – demoníacas – seguem em sua normalidade aceite pelo triste e atual panorama, a descerem insopitavelmente para os círculos do Inferno.

quarta-feira, 8 de janeiro de 2020

O CASO DA FANTASIA E A SUA REALIDADE


         Para se construir um mundo fantástico, pensa-se a princípio na imaginação sem freios, em uma viagem interior, na acepção de personagens aparentemente originais, mas a fantasia e a arte nem sempre andam de mãos dadas. Você estudar uma peça de Shakespeare profundamente, em sua língua original, encená-la com atores de trabalhos de maturação ímpar, em uma sala de teatro excelente, a um público mais culto, isso é razão de se fechar um ciclo da genialidade insuperável de um dramaturgo desse nível. Você pegar um apanhado de atores sem formação, improvisar uma peça, usar marijuana para se inspirar e tentar realizar algo, remonta um trabalho que pode incrivelmente, em poucos casos, se tornar um trabalho medianamente razoável, mas não se compara ao do autor inglês e sua montagem proficiente, mas em algo que de improviso faça vivenciar apenas, o fazer artístico… Como em uma montagem de um anúncio em que se paga pelo serviço de computação gráfica, a arte comercial revela a dimensão de certas artes vinculadas à soberania da competência. Não adianta tentar se fazer um filme à altura de Chaplin, ou de Bergman, se não há estudo por trás: um estudo disciplinado e fiel à própria existência da arte como um todo, e o Brasil não foge a esta regra. No entanto, para se poder desenvolver a arte e a fantasia, ou mesmo aquela e a realidade, urge patrocinar deveras escolas de vanguarda, estimular a leitura do povo em sua integralidade, observando-se o estudo algo severo da filosofia e da literatura como um todo, e das artes visuais e seus recursos. Talvez seja pensar muito alto, mas uma educação cada vez mais humana é de vital importância para se compreender o caminho da criação e expressão artística, dentro de seus processos por vezes complexos, na necessidade de cada vez mais se implementar a cultura, valendo para qualquer nação que queira compreender a si mesma e a outras realidades. Igualmente com a música e o acesso dos morros populares a bons estúdios de gravações: em se melhorar coerentemente a vida da população em geral, tão rica em suas manifestações, ritmos e letras.
          Quando o panorama é favorável, quando há boa intenção dos administradores de uma nação culturalmente rica e diversa como a nossa, fomentando-se a cultura em seus diversos modais, passando por aí a questão das escolas liberalizantes no aprendizado e construtivistas nas iniciativas, os próprios familiares e afins aprendem algo, como quando os pais e avós conhecem livros de filhos universitários contemporâneos – que fazem pensar – e vinculam a experiência de si mesmos com a aprendizagem dos mesmos filhos ou netos. Como quando se dá o inverso: um pai médico possa apresentar ao filho um livro de medicina ou um outro de um amigo advogado para que o estudante possa conhecer o universo da biologia ou o das letras…
          Não há um povo que seja superior a outro, o povo alemão ou o povo judeu não são superiores, nem o chinês e nem o estadunidense. Há apenas populações e suas circunstâncias, sejam de qualquer ordem, pois revitalizar a ingerência do poder bélico superior apenas coloca o poder como instrumento da força, e isso é sinal de totalitarismo, quaisquer lados possam se apresentar. Confunde-se a supremacia bélica com a supremacia supra nacional, utilizando-se, seja os estadunidenses ou quaisquer outros – interferindo no próprio parecer interno de seus cidadãos – a realizar grotescamente intervenções geopolíticas em cenários, quais não sejam, apenas de vetores econômicos, para isso se usando da farsa de supremacia anglo-saxônica ou hebraica para tentar mover uma triste e antagônica locomotiva. O que se aguardará? Algum desfecho similar ao que já foi visto em tristes épocas? Serão usados os mesmos recursos, agora com o apoio irrestrito do fundamentalismo evangélico, a ponto de alguns grupos que se opõem a essa triste realidade quererem angariar, dentro do escopo pretensamente nacionalista, votos de quem já se irmanou com essa realidade? Não se passa de criticar o cristão, mas apenas de aventar o mínimo de possibilidade em que ao menos se respeite mais as igrejas católicas, posto onde aparentemente está uma profunda vinculação com o Poder Mundial, jamais se perguntam aqueles que ofendem as minorias a eterna – enquanto dure – pergunta: o que vale mais, o petróleo ou o sangue? Pois Cristo nos deu a paz, conforme seus evangelhos, e jamais apresentou relações de poder para que solucionássemos nossos conflitos internos. O mundo apenas prosseguirá existindo se Laudato Sì for lida e relida inúmeras vezes!

terça-feira, 7 de janeiro de 2020

A RETIRADA DO FRACASSO


Vira a vida de um avesso quase transparente
Que não se apropria de um verso ao menos na aparência
Em que se digam todos que uma coisa não remonta outras
E que não seja um papel trocado de um teatro quase de vanguarda
Como se nos acontece em diletos amigos que vestem a pele de lontras…

A se brincar de realezas, já basta que não as tenhamos em uma oficina
De esmerilhar peças de metal, que ano urge silencioso como quem queira
Nas coroas que enfeixam modos quase resolvidos em retiradas de cotidiano.

Quando se sabe que a vida é algo mais simples do que apenas aninhar feras
Quando os cães imensos ladram, outros menores ficam felizes de estarem com os donos.

Naquilo que pretenda de certos avanços com os famosos donos do mundo
Um jogo de contas de vidro ao menos perfizesse a compreensão desse todo irreal!

Nesse ínterim recomeçam a fracassar, não propriamente na contingência quase azul
Mas em topos de lideranças que gostam mais das falcatruas do que dos ventos!

Essa gente toda caminha com topos de falsas propostas, quando de se ver que a ideia
Partiria, quase sempre, de uma propriedade intelectual a se redimir quando vê-se boa.

De tanto que se falasse das águas salobras viradas doces, os projetos seriam mais pungentes
Quando de se quase permitir as queimadas bárbaras na Amazônia que tantos conhecem.

Termina-se a poesia ao ver que das lições que são ensinadas, o aninhar-se coletivo
Supõe estratégias terminantes em outras lições de um predicativo sem sujeito na frase…

segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

O PAPEL DO PACIFISTA NA SELVA DA IGNORÂNCIA


           Dependendo do local das regiões do mundo, caminhar com plena liberdade, preservar o ir e vir pode ser muito relativo. Há lugares muito hostis e as populações ditas vulneráveis hão de conhecer o mar da ignorância, porquanto ser um homem ou uma mulher culto/a no mundo de hoje não é muito fácil, posto estarmos enfrentando cada vez mais o fundamentalismo – principalmente religioso – ao redor do planeta. As guerras são travadas muitas vezes quando uma opinião que divirja um pouco do habitual, do auto-proclamado status quo, revela a verdade dentro de uma plataforma pouco tolerante. Essa não tolerância com uma população que divirja em termos étnicos, culturais, de gênero ou qualquer manifestação – que é vária – de preconceito ajuda a criar a enfermidade psíquica não apenas no indivíduo, mas nas massas que entendem progresso com a criação de sociedades projetadas por encima justamente da ignorância que aceite esse tipo de prerrogativa. Tristes foram os tempos em que se perseguiam as pessoas por razões aquelas já enumeradas, na tentativa de se combater um inimigo ilusório, como pretexto para fazer brotar das catervas a ignorância empoderada e manipuladora pelos próceres, aí sim, mais inteligentes na formulação desse tipo de relação entre um poder de ápice em relação com uma verticalidade capilarizada na imensa pirâmide social que retrata, ou um país humilhado, ou a realidade de um país de terceiro ou quarto mundo.
          Em uma realidade aumentada, cada cidadão pode ser pacifista, ou ao menos ter a noção do que seja viver melhor na paz de uma justiça social, ao menos, mais progressiva, mais dinâmica, pois afora isso é chover no molhado, e não se cala a todos, nem lideranças de ordem capital. Não se mede uma boa vontade nas esferas hierárquicas do Poder através do pensamento prático de que o sol não nasce para todos, pois igualmente este não pode ser tapado com a peneira do retrocesso. Pode-se até, dentro de uma hierarquia, submeter um teste de pressão a um qualquer, mas há de se considerar a sua posição e respeitar a mesma em relação ao que se refira a hostilizações onde o cidadão – seja de que posto for – receba a atenção devida quando estiver em vulnerabilidade. Toda a inteligência possível deve ser resguardada, principalmente naqueles que lutam diuturnamente pela paz… Não há escolas que surpreendentemente falem sobre os Direitos Humanos como coisa vencida pela tirania, e que isso não seja a tirania. Ou é, ou não é, e um ponto final nessa frase seria apenas a noção que a básica das lições seja aprendida, quantos e quantos modos de se repetir esse quase mantra, em que a hierarquia, desde o mais alto até o mais baixo deve saber como condição inequívoca.
          De certo modo, pareceria estranho construir uma nação sem esse quesito, e realmente é. As pessoas com rancores no peito saem vituperando ofensas? Qual é a punição para o ofensor? Seria dizer muito que serão perdoados os ofensores, sem justificativa cabal, ou a máxima do mandamento do santo Pai Nosso como oração não signifique mais nada? Nunca nos retiremos do bom senso, pois esta dupla qualificação que assume justo o significado quando essas duas palavras se unem podem ser a essência dos mandamentos de Deus. Deus caminha ao lado dos pobres e essa assertiva é tão verdadeira como o desapego de um monge, ou das amarras da matéria, tão importante enquanto existência terrena, mas que verte tênue separação do espírito que qualifica nossas características anímicas, subjetivas, que alimenta a música, que alimenta outras formas de arte, que faz parte da cultura dos povos e que refrata a cegueira da ignorância. Um servo da Bíblia Sagrada pode fazer parte de uma reunião de artistas, ao menos para criar ou pintar a sacralidade, como nos legou tão amplamente a arte do Renascimento nas obras de tantos e tantos pintores, escultores, ourives, arquitetos, e que fazem de Roma a capital dos monumentos e obras de um patrimônio inigualável.
         Se for pecado interpretar a vida do sacrário, se for injusto pensar em Cristo como um ser inigualável na cultura ocidental, se for indigno pensar que todos têm direito aos seus credos abertamente, e se isso possuir excludentemente a anuência das autoridades constituídas, estaremos retrocedendo historicamente para uma vida bárbara e sem sentido, posto as cidades têm que possuir a paz para se manter incólumes, e a vida ímpia fundamentada em leis impostas e sem sentido da bondade, há que ceder lugar a outros tipos de leis alicerçados sobre um chão não ilusório.
          O papel do pacifista é justamente poder ter o direito de lançar luzes sobre as diversas frentes do conhecimento, e é nessa medida que devemos pontuar a valoração desses homens e mulheres que vivem em função de melhorar progressiva e sustentavelmente as suas existências…

domingo, 5 de janeiro de 2020

A MERCADORIA DO ÁTOMO


Saber lidar com uma energia que existe é como saber da latitude do átomo…

Rege a força, firma a frente, deduz-se da memória, o que vem a seguir
Na pressuposição da unidade, do Uno, do indivisível, quem dera
A concepção brahmínica do tempo, do que urge na atmosfera material!

Resta um átomo como mercadoria, tão suplementar fosse, que seu invólucro
Sabe mais de uma reunião molecular do que a sua energia presente em usinas
Quanto se não fora o vértice de uma lacuna exemplar para conhecermos conexões.

Sabe-se isso e não mais do que tudo, pois saber de alguma pouca coisa é de restar…

Na vida de um elemento químico existem os níveis energéticos dos elétrons,
As camadas instáveis da permuta de infinitesimais partículas que nos veem
Debaixo de um simples estar-se com Deus dentro da própria estrutura molecular.

Quem dera fossem os dias mais silenciosos do que certas noites, onde a matraca
Sai a chacoalhar gentes em uníssonos festivos, sob o regar da cerveja, a maraca
Que não receba o perfil igual, mas se sente a presença na selva da Amazônia.

O que seja silencioso não silencie jamais aquilo que subentenda-se por palavra…

De tanto se mercanciar a proposta de riquezas, se substancie o comércio do átomo
Que tanto é que somos todos, na vertente de uma ciência que não passa à redução
Pois navega pelo mar do elemento H2O, hidrogênio e oxigênio cabais na pura ciência.

No mais que tanto é ou foi o que sejamos sempre, que o passado valoriza o valor
Daquilo mesmo que se pretenda, comercializar a menor unidade, reter a fonte,
Reiterar o indispensável no sentido de mão dupla que rege o holos com a unidade.

Não se estagne a performance de que um mesmo elemento da matéria seja igual…

Que se chegue próximo tanto da virtude como da infâmia, no que se diste de idêntico
O parâmetro a que ninguém alcance pois o recrudescer da mesma infâmia tece cru
Um sentimento de ausência que trilhões – assim por base – nos venham a acompanhar!

Reforce-se a encomenda do mistério, que se diga sempre que a base de tudo é e sempre foi
A virtude de se saber anunciada por algo que desconhecemos por não ver, mas de riquezas
Sempre foi o tudo que jamais saberemos se é de merecimento, qual não seja o valor das coisas!

sábado, 4 de janeiro de 2020

UM HOMEM SÓ SEGUE GOSTANDO REALMENTE DE UMA MULHER QUANDO SUA EXPERIÊNCIA DESNUDA QUAISQUER INTENÇÕES ESCUSAS DA PARTE DELA. ASSIM VALE O OPOSTO IGUALMENTE.

RECOLOCAR OS ACENTOS ONDE SE DEVE É COMO DEPURAR UMA LINGUAGEM QUANDO SE PRESTA MUITA ATENÇÃO NA GRAMÁTICA DE NOSSOS IDIOMAS POR AQUI FALADOS.

NO SILÊNCIO DE TODA UMA NAÇÃO, A POSIÇÃO QUE RESTA AOS GOVERNANTES NO MÍNIMO NÃO É CONFORTÁVEL, POSTO INDIFERENTE!

PISAR NA VEREDA COM FIRMEZA É FACULDADE DE BONS ANDARILHOS, POIS PEQUENAS PEDRAS DE TROPEÇOS HÃO DE SER PERSCRUTADAS EM POUCOS SEGUNDOS.

QUEM QUER DIZER QUE DIGA, MAS JAMAIS SE ESCONDA ANONIMAMENTE NAS REDES SOCIAIS, SEJA QUEM FOR, QUE ASSUMA A PRÓPRIA OPINIÃO E ASSINE EMBAIXO.

COMO SEGUE A PLATAFORMA DA BEM QUERÊNCIA, AO MENOS NO BRASIL SE SIGA UM TEMPO MELHOR AO SEU POVO LOCAL, A ACRESCENTAR MAIS OPÇÕES, A TORNAR VERSÁTEIS AS POSSIBILIDADES...

A ECONOMIA É DISCIPLINA TÃO IMPORTANTE QUE COMPORTA ATÉ MESMO A CIÊNCIA DE UM ORÇAMENTO DOMÉSTICO, OU, IGUALMENTE, TODO UM PANORAMA MUNDIAL.

A PARAFERNÁLIA DO TEMPO


Um tempo que não submeta a farsa de não sabermos quem somos
A ponto de um dia não ser igual a outro, e que subsistam sementes
Haveria de ser o mesmo em que contamos os segundos, tabelados
Por um tapete sereno no encontrar-se com uma realidade de faltas…

A ver, que o mesmo tempo urja sobre as estrelas, clamando do nosso
Que sejam poucos os anos-luz que sobre espacem ao dito ou não dito,
Em uma parafernália que nos programe ao menos como uma classe
Entre diversas e suas instanciadas que revoguem ao menos nossa qualidade!

A se pedir, a se clamar que o laivo de nossas existências subsiste quando
Na conformação ápoda de um tipo de vida ausente ao menos da ternura
Naquilo que não caminha, que cai sobre uma conformação de nuvens
Em que certos joelhos jorram de seus perfis algo de luzes terrestres.

Mas porque não dizer, a conformação tanto citada na estrofe que verte
Uma cláusula a mais do não se poder gerenciar a si mesmo no próprio sal
Que emerge de águas profundas um certo descalabro do se prosseguir
Irradiando calores pelas palafitas, erradicando a doença mitigando a neura.

O tempo enclausura um santo, dá a fortuna ao diabo, rejuvenesce a messalina,
Garganteia em seu aparato jurídico, protege o grande ladrão, condena o mísero,
Enlouquece a mente mais frágil, sacrifica o opositor, impõem os do império,
E reduz o parâmetro da cal quando esta se nulifica na tumba de um morto.

Gastura é do tempo que não se teme, e tempos vão e vêm na superfície do destino
Quando o que se pensava era mais do que o velho escrutinar certas velhices
Quando se dá conta de que o tempo há passado como o esmerilhar da lâmina!

Mal se dá conta o navegador de um tempo, quando olha para todas as pequenas
E diversas ondas no Oceano de suas aventuras, no que se requer que seja a contemplação
De que todas as pequenas ondas sejam o infinito das encarnações de Deus
Em um mesmo tempo que vai e volta, some-se na latitude de sua fatalidade
E revela que em seu passado o futuro retorna quando o presente se faz necessário!

E manda a obra que sejamos quase lineares, mas quando o passado retorna com força
A consciência acaba mandando na história, e fremindo para que esta urja com o tempo
Aquilo de se saber que – mesmo que a história não se repita – esta segue flamante
Com a nossa certeza que é através da parafernália toda que encerra este tema bramante
Que se revelará a suficiência dos povos em encontrar ao menos um espaço de progressos!

A DÚVIDA SOBRE QUALQUER ASSUNTO NOS FAZ PERSCRUTADORES DA MATÉRIA.

A VIDA DE UM MÉDICO PODE ESTAR VINCULADA A ERROS OU ACERTOS, DESDE QUE SIGA COERENTEMENTE OS AVANÇOS NA ATUALIZAÇÃO PROFISSIONAL, QUANDO SEJA DE ACERTOS.

ALGUMA AMOSTRAGEM DA INTELIGÊNCIA HUMANA TALVEZ REVELE QUE O COMANDO SOBRE AS MASSAS DEIXE-AS SOB O IMPÉRIO DA IGNORÂNCIA.

A DIVULGAÇÃO DE UMA NOTA QUALQUER REMONTA A QUE SAIBAMOS DE OUTRAS, IGUALMENTE QUAISQUER.

A VIDA EM UMA DIMENSÃO QUE SEJA UM PRINCÍPIO DE ALGO REMONTE O JOGO QUE ESTAMOS DISPOSTOS A EMPREENDER.

DE SE PENSAR DEMAIS POR VEZES ESQUECEMOS A PRÁTICA NA IMPLEMENTAÇÃO DE NOSSA VIDA INTELECTUAL.

sexta-feira, 3 de janeiro de 2020

A ARTE COMO DIÁLOGO INTERIOR


            Expressar um pensamento pode ser uma forma de arte, não importando se for enquadrada ou traduzida como expressão da arte formalizada, como pretendem muitos, ou apenas um diálogo enquanto arte porque comunica, diz, amplia, e antes de tudo é a mesma expressão que se deseja, seja filosófica ou não. Hoje em dia, com a falta da concessão da literatura às gentes, com teses religiosas de leitura única, o pensamento expresso assume vital importância, seja poesia, ensaio, crônica, novela, etc. É triste dizer que levar a vida lendo apenas um livro pode ser insensato para quem goste ou deseja saber mais sobre o mundo. As teses científicas podem ajudar muito àqueles que desejam se aprofundar nas verdades da matéria. Obviamente, no plano espiritual temos um mundo inteiro a ser conhecido, mas a história da humanidade não necessariamente passa pelo crivo do misticismo religioso apenas, mas sobremaneira pela história das riquezas, pelo fato da ganância e da cobiça existirem, pelo desenvolvimento da tecnologia que muda tudo esporadicamente, mas que mantém em si a fusão do novo com o velho, do que vem por diante daquilo que aparentemente se vai. Ninguém vivo é plenipotenciário, ao menos no mundo atual, mas por ventura ainda possam existir grandes yogis, grandes vaishnavas, assim como devotos em todas as religiões do mundo, incluso as tribais. Nessa mesma medida temos a arte relativizada em todos os cantos, e a filosofia deveria ser daquela uma parte, pois a poesia se aproxima desta como o sabor da água para o sedento.
            Quando nos aprofundamos em um pensar, em expressá-lo, seja através da arte, seja com uma ferramenta tão simples quanto um computador ou similar, estaremos abraçando a veia incontestável da comunicação e, positivamente, esta pode ajudar – ao menos – a mudar a face que compreende a consciência humana, seja internamente ou na compreensão mesma da Natureza e seus seres. Apesar de parecermos levianos por vezes, apesar de sermos erráticos intimamente em nossas equivocadas intenções, sempre será o momento de relermos estas e ao menos tentarmos caminhar pelo modo da bondade. Reiterar um panorama na isenção do conhecimento cabal e insistir na ignorância parte de um pressuposto de que tudo o que fizermos na tentativa da ação será pautado pela ilusão, e isso apenas faz abrir grandes espaços onde quem preenche é a farsa, a manipulação, as inverdades, a injustiça e o critério cego. Estabilizar um princípio de realidade nos nossos atos vem a chamar a nós mesmos o encontro com o factível, a promessa possível, a vida latente e real... Essa é uma questão da própria arte ainda não encontrada, mas que é possível de ser encontrada em um signo expressivo, dentro de um contexto pertinente, de uma resposta a uma altura de compreensão, esta mesma supracitada e que traduz que sejamos ao menos coerentes internamente com o que queremos dizer a nós mesmos. A partir do momento em que essa independência não relativize o significado essencial de nossas vidas, saberemos melhor como nos portarmos no externo, em nossos trabalhos, nas nossas relações cotidianas, no afeto seja a quem for destinado o carinho, dentro do pressuposto que podemos aceitar o motor como algo que faça parte do sistema em que se vive, pois vivemos já sob a demanda de máquinas inteligentes, que não necessariamente passam a diligenciar nossas vidas.

quinta-feira, 2 de janeiro de 2020

A INDÚSTRIA DOS GAMES


           É fabuloso quando uma pessoa que não joga com a frequência de alguns usuários de games modernos possa saber algo do tema em questão. Você pode saber jogar deveras, seja no esporte, seja nos tabuleiros ou no meio digital, mas em sua grande maioria desconhece como fazer o jogo: como realizá-lo. De sorte que há muito em questão sobre lucros exorbitantes na moderna indústria dos games. No entanto, esse sujeito que joga pertence à categoria de sempre, pois o jogo atravessa todas as eras da humanidade, desde jogos simples jogados na areia do deserto, ou a simplicidade do esconde-esconde quanto hoje os digitais, por vezes em um realismo complexo e similar à fantástica e recursiva moda do novo pelo novo, e as coisas velhas ao descarte. A imensa fábrica que mantém acesa a chama do capitalismo moderno inventa jogos e mais jogos, em um faturamento que excede o entretenimento dos filmes. E não há como fugir dessa contextualização, porquanto são tantos os games e simuladores que a tendência é controlar linhas inteiras de produção, não só no Ocidente como no Oriente. Com a internet das coisas conectadas será fácil controlar um negócio qualquer com um celular. O oposto da honesta produtividade, o crime, ficará igualmente mais sofisticado, pois no caminho da tecnologia sempre existirá lacunas para a ilicitude, não apenas nos comandos das facções criminosas de dentro das cadeias, como aqueles crimes que se apresentam no dia a dia de quem busca a comunicação como meio de estar a par do que acontece. Crime, aliás, mais difícil de apurar, posto um critério há de ser um pouco subjetivo, e joga-se conforme o espaço que se vai alcançando nessa fábrica das fakes, na introdução de novos conceitos da ilegalidade.
            As produções passarão a ser monitoradas via internet, como na verdade um game que monitora virtualmente uma produção de soja e sua colheita pode vir a se tornar realidade em pouco tempo. No escopo da inteligência com bom treinamento pode vir a se pronunciar outras com treinamentos similares, mas voltadas à contravenção. Por tais fatos a legislação tem a se incorporar de novas questões, as leis têm que se permitir flexibilidades maiores em uma preparação ao que vem por aí, em termos de crime organizado.
            À medida que severamente se fechar um cerco antecipado na prevenção desses tipos de modalidade, há que se estudar com muita inteligência e com boa engenharia de informação, como estará uma cidade ou um país daqui a dois ou três anos, no que antes seriam vinte ou quarenta anos, mas que agora a urgência dos atos seja de horas ou dias. Quiçá imagina-se que em um futuro próximo os drones estejam sendo usados para perseguir criminosos, ou para perscrutar grandes áreas. Isso talvez seja já um fato, mas a cidade em que estamos ligados e falando sobre não existe ainda com essa proficiência. É nisso que se usa a engenharia de alguns games... O conhecimento daquilo que funciona com começo, meio e fim, o embate em que um imaginário previsse um futuro naquilo que se chama non sense, e que é retratado como ferramentas habilidosas, já vêm antecipadamente confundindo fantasia com simulação, e saber manejar um drone não deixa de ser um tipo de jogo. É esse o jogo em que há que se encarar que seja de participantes já adultos, experientes e com a madureza necessária a que sabe-se que a Lei lida com vidas, e a preservação destas é razão intrínseca de sua essência.
            A preparação de bons e necessários quadros na luta de manter-se uma ordem passa necessariamente a que sejam dados os implementos igualmente necessários de progressos individuais e coletivos: uma boa educação e etc, igualmente na caserna ou fora dela, posto que o suficiente para se obter uma sociedade de bons homens e mulheres é surpreendentemente o respeito às diversidades, às ideias de vanguarda, e a ausência de preconceitos de ordem espiritual ou outra qualquer. Essas são condições inequívocas, pois não queremos uma sociedade que asfixie os viveres de quaisquer pessoas, mas justamente o arejamento premente e a abertura de espaços viáveis a que todos possam participar ativamente no processo de transformação e mudanças positivas na consecução de quaisquer veredas, nem que o seja no âmbito de nossa região, para sermos exemplos às demais, pois cada um vive seu modal na sua própria terra.