Pois
então, seguimos vivendo… O mundo prossegue, com suas perdas, suas
faltas, mas igualmente de boas iniciativas, e o panorama global é um
ponto de milhões e milhões, de além fronteiras, de pássaros
inquietos, de primaveras e invernos, de um quente inexplicável, do
aquecimento dos rumores, igualmente! Pudera se fôssemos estar em uma
espécie de mundo em redoma da razão, uma razão que engrandecesse,
que fosse da igualdade não propriamente entre uma espécie, mas da
comunhão com os seres que nos acompanham, a se bastar que seja, ao
menos um pet. Por questões de familiarizarmos será mais
nobre àqueles que possuam abrigo decente se dedicarem a uma proposta
de vida baseada na luz, na verdade, na luta contra os hipócritas, no
termos de se viver em paz e, se queira, na companhia de Deus…
Agora, ausentarmos nossas boas propostas do cenário em que
existimos, parte da suposição que o nada vence quando o muito não
há na ciência que basta a que nos mereça. Aquiescer com a suposta
inatividade porquanto não se ter o tempo dá jus a que se lute pelo
trabalho, sua manutenção, a sua mesma ciência. Explica-se,
transmite-se a busca dessa razão que por vezes não alcançamos, mas
que existe fervorosamente, é fato, é conclusiva. A idade desta
razão por uma questão atávica depende da consciência em sermos
melhores, sermos pessoas boas, em uma modalidade que revela a
sabedoria de querer que todos cresçam, e não estereotipar-se a
riqueza na bandeja, como em tempos de colônia, como se quiséssemos
dar tudo a alguém que já tem suas imensas riquezas, a troco de
conseguirmos um pequeno frasco de aspirina para uma dor reflexa, que
no futuro pode cronificar e não se ter sequer uma drágea. A
mesmice, o que não é efetivamente nada que venha para melhorar se
tornaria sequela de uma mesma sequela, uma lesão repetida, um
esforço em um feixe muscular apenas, uma tomografia fora de campo.
O
meio principal de uma conquista satisfatória no plano de uma
sociedade que não tem a proposta de ser sectária, está justamente
na abertura das possibilidades e na sua positivação da engrenagem
que propõe-se, mas que não está disposta a todos, transformados em
peças avulsas que porventura se devidamente montadas ampliam a
máquina e melhoram o torque, haja vista que desmontar um carro e
remontá-lo sem peças que na aparência são sobressalentes ou
dispensáveis, não pertence esse ato a uma atmosfera de boa
mecânica. Agregar-se o povo é agregar-se o resultado. Fazer com que
a participação da grande urbe como massa silenciosa é dar voz a
que seja azeitado o país, e de preferência com o óleo que já sabe
fabricar. Como se não houvesse amanhã não deve ser o prenúncio
sistêmico de uma administração, pois no mínimo a preparação
econômica deva ser planejada com base de sustentação inequívoca,
desde seu início, desde seus acabamentos, desde a suposta e real
abertura de entrada ao pleno emprego na sustentabilidade do
conhecimento e do fazer como, o know how. Saber como fazer,
como fabricar, como não dispensar nenhuma peça, assim como no
xadrez, jogar com os peões com maestria, pensando em um bom combate,
de igual para igual, dispondo inteligentemente os recursos que
recriarmos dentro de nosso próprio tabuleiro.
Passa-se
que jamais se pense erroneamente que estas assertivas são de cunho
ideológico, mas apenas a tentativa que passa a ser válida quando se
pensa em uma nação como potência emergente, e não imersa na
sombra de outra que não é sequer parente mais rica. Nenhum país é
muito irmão do outro, nenhum estadista pontua com a vitória do
outro, pois o que há nos tempos atuais de pré crise em potencial é
um jogo de interesses, reflexo dos parlamentos ao redor do mundo,
seja em que sistema for, com a diferença óbvia que os mais ricos
protegem a sua economia e não distribuem fartamente setores
estratégicos para nações poderosas, já que isso entregaria – em
uma nação como os EUA, por exemplo – a soberania crucial da
existência sólida de instituições que existem a partir da
independência desses ditos países. Seria como ensinar a uma criança
as regras da aritmética, de modo a mostrar que não é apenas crendo
em Deus que se obtém o pão hoje em dia, mas no resultado da troca
entre o valor simbolizado da moeda com o valor de mercado por quilo
do trigo beneficiado.
Por
essas questões mais sensíveis e até certo ponto ortodoxas perante
a realidade mais primária, é que o tempo gasto muitas vezes no
trabalho duro não refaz a temperança e a serenidade das populações
que sofrem de carestias, no que vem a religião a dar um suporte
genuíno, em um tempo em que Jesus Cristo continua sendo aquele que
fez a diferença em um tempo duro, em que o Império Romano cometia
arbítrios inomináveis para se manter. No entanto, há que se fazer
rebatimentos para se constatar que a ação de modo consciente, a
Bhakti-Yoga, ou ação em consciência de Deus parte a ser
revolucionária na sua primeira ciência, pois rebate uma Era de
desavenças e hipocrisia com a tolerância e o respeito aos seres e
culturas que habitam nosso planeta. Teremos, como sempre, um tempo
para redobrar esforços, e a organização da mente com pensamentos
evidenciados pelo bom senso tem a fortaleza de poder mudar para
melhor a face meio funesta pelo que nossas culturas estão vivendo,
nos dias contemporâneos. Cabe ao mais rico aproveitar a chance que
possui em seu carma mais favorável para não cometer bobagens e cair
da posição dentro do escopo da justiça infalível de Krsna.
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