Resta-nos
saber o que é uma atitude, sem se pensar nas causas desta, mas
relembrando que há que se ter alguma coerência no seu proceder… A
conformidade com a mesma coerência – a que se dizer, ao menos
justa socialmente – se dá com a pressuposta forma de que estamos
em um barco que caminha no mar com suas pás rolantes, e nessa vereda
não pousamos muito em terra árida. Não há muitos modos de
combater a aridez infecunda. A não ser que o húmus rebrotasse, se
houvesse uma maneira de se restaurar o motor da Natureza. Mas o tempo
dos seres é diverso assim como seus aspectos materiais, seu animismo
e sua espiritualidade, acima de tudo, já que temos atavicamente
ignorado os diferentes estados da alma de outros seres, afora nós,
humanos. Esse fato é revelado por uma profunda ignorância baseada
no egoísmo e na arrogância de nossa espécie com relação ao que
nos cerca, dando vasão aos diversos abates e suas modalidades
cruentas, a que nos distanciamos quando se pretende, por uma questão
moral, preservar as outras espécies do planeta, isentando-as de
qualquer sofrimento. Há que se ter consciência de que o carma é
uma justiça infalível, e estamos sujeitos a ele se não nos
comportamos bem, através de uma vida bondosa para com todos. Essa é
uma plataforma ideal no plano em que nos encontramos, dentro de um
mundo repleto de desavenças e hipocrisia. Um dos segredos do bem
viver é não cultivar inimigos, lutar por um mundo de paz e aceitar
as mudanças progressivas dentro do caminho de fé e razão. Dois
índices que podem nos fazer compreender melhor a ciência devocional
no universo consonante da criação cósmica, seus fundamentos e o
ulterior processo de se compreender o universo material, igualmente.
Nada disso, desta posição algo existencial, se opõe a que
porventura seja a não crença, o creditar-se em si, mas obviamente
uma boa ética há de fundamentar melhor a mesma existência do
indivíduo e seu propósito dentro do ser coletivo. Há de ser
coletivizada a boa proposição, a construção solidária, e a
consecução do progresso que respeite igualmente o andamento
coletivo da cultura dos povos, sua gente, sua flora e sua fauna.
Uma
pessoa que se alimente o suficiente para viver bem com seu entorno,
que não gaste mais do que o necessário para a sua vida digna, que
tenha a oportunidade de adquirir bons medicamentos, que possua no
esteio de sua sociedade uma boa medicina, uma boa escola,
universidades de excelência, entre outros, há de ser mais feliz,
obviamente. O caso daqueles que se tornam rancorosos ao ver que um
cidadão pobre esteja ganhando melhor, que esteja ascendendo
socialmente, é um retrato de um egotismo francamente inexplicável,
posto achar que a flexibilização das classes seja algo ruim. Não é
uma atitude de bondade, mais parece uma presunção de que apenas
deva haver o rico e o pobre, o medianamente rico e o pobre, ou, mais
precisamente, um viés ideológico da ingerência do capital gerado
unicamente pela exploração do poder sobre o mais fraco. Daí surge
a prerrogativa necessária de que a reivindicação seja o
instrumento do coletivo empobrecido de pautar por uma vida melhor. Se
a vida do cidadão desassistido fica melhor, mais vale o poder de
consumo a que se gire a roda da indústria e do comércio e,
obviamente, o surgimento de melhores escolas e demais serviços em
que seja atendido o interesse do trabalho, com base em melhor renda.
Essa é uma condição absolutamente lógica para se atender os
requisitos da construção melhor para toda uma nação. Afora isso,
que passasse ao menos, na visão de um bom gestor, o
desenvolvimentismo nacional, para fazer frente ao que se quer de uma
soberania plena para que se torne o ato conforme, obviamente dentro
do preceito constitucional.
Nada
maior que o equívoco de pensarmos que estamos dentro de uma ilusão
absoluta, pois ao olhar do outro estamos repaginando nossa
identidade, sob o discreto mas importante holofote do bom senso,
conforme, e que não precisa tanta atenção, pois a luz não ilumina
a fonte, já que desta é gerada e, se for solar, aproveite-se a
energia, posto infinita. Isso, estamos próximos do sol e ele é o
olhar de Krsna! Em tudo que seja imenso, imensurável, pleno, total,
mais do que isso é a plenipotência de Deus… Portanto, o ato em
conformidade com algo sumamente importante tem a ver com o reflexo do
Supremo, e é a partir disso que por vezes a necessidade da crença
pode se tornar concreta, mensurável, real, mas importa realmente
possuirmos essa verdade sobre um Criador, e a tolerância de uma
árvore, no que nela nos espelhemos, pois igualmente as plantas
possuem um significado espiritual, apenas estando em corpos distintos
dos nossos, mas igualmente com os mesmos direitos de habitar este
planeta. Tanta é a variedade de Deus, Krsna, como tanto são os
corpos nesta natureza material…
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