Saibamos
que as correntes não terminam no ocaso dos detalhes
Posto
pingentes nos seus extremos, na volta que se dá no ouro,
Ou
no artífice que modela o metal com a sua própria intenção…
Claudicamos
com o perfil subterrâneo das riquezas, na falta
De
se doar perante o diamante sem a pureza dos seus carbonos
Quando
o que se quer é premiar uma coisa objetificada com outra.
À
frente de nossas maiores e relevantes questões, que resida
Uma
face de uma lapidação em que não se vê a fronte
A
quanto de se saber que a dimensão da arte não impõe fortuna!
Um
quinhão não merecido de um elo do ouro de uma filigrana
Parece
a contento que não seja apenas o ganho de uma calota
Mas
o fato de aquela não encaixar em uma roda pretendida.
O
quanto se diz do recurso de um método de Carpentier
Quando
a química que sufraga o risível encerra mais um dado
Que
nubla uma fonte de luz onde a criação da poesia passa a ser fato.
Que
houvesse um padrão quase inconsequente no perfil do amor
Nas
vezes em que o amor mesmo – subentenda-se – torna o perfil
Objeto
do sentimento quase gigante que retorna um valor sem igual.
De
onde vem o facho que esquadrinha o tonel de gigantesco vinho
E
entontece de quase repouso o verso quase calcinado pelo rancor
Passando-se
a ser lanterna mitigada pelas sombras, o sim, o não…
A
que se veja a mácula intempestiva de uma ordem assaz funesta
Na
estrutura piramidal que revela um tempo de capitólio de Brasília
A
saber que o túrgido aparente não remonte o outro tempo da Bastilha.
Quando
porventura nasce de uma semente uma flor tempestiva
O
verso pousa em um agrião de águas molhadas no solo nu
Em
que o molhar-se da planta revela realmente que a água rega.
Em
se tratar de uma questão de sobrevivência super-leniente
A
toga indizível e maior do que o uniforme dos vencidos
Parte
a entregar aos ventos o rugir renitente das palmas no céu!
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