domingo, 22 de setembro de 2019

EM CADA FACE UM SONHO


Trace-se uma reta que não dista do impossível ponto
Daqueles que se esmeram no não errar a esmo quando
Se apercebem que tudo não passava sempre do erro maior
Enquanto a esperança das mudanças não vinha para mais.

Naquele espectro de salvar-se quem puder, que se salvem
Assim de se esperar o salvacionismo quase apátrida
De sabermos que no sonho reside por vezes a aurora
Daquilo de nossas sombras ao revés, da gigantesca fronte!

Alterque-se a cultura do que não houve, lembrem do poeta
De algumas pequenas multidões, silenciem qualquer obra
A evanescer o sonho que resulta nas faces de um qualquer
Quando desponta a latitude de que houve já no mundo o verso…

Não há que se responder, pois neste domingo de setembro
Promete ser grande a latitude do verbo, em um si mesmo
De nada de se pensar descalabro, pois a ventura da consciência
Possa alcançar os rincões de mentes alternas pela própria angústia.

Que não se ressinta nenhum lado, pois a moeda só vale com dois
E que um gire enquanto outro retorne, porquanto só vale o metal
Depois de evidenciado seu valor, fruto do esforço laboral.

Não, que não nos penitenciemos com a condição de não se querer
Que a algo de humano não haja a prerrogativa de um ensaio
Por franjas de um teatro indizível, por conta de uma representação!

Assim de se crer, que creiamos na oferta generosa de nossa condição
Na quadratura dos ventos, naquilo que vemos no caminho natural
Com as sílabas quase pronunciadas, sem a vertente da retórica.

Posto banal seja o mesmo vento, que o sintamos de modo sensível
Na medida em que a sensibilidade de nossos gestos não se faça
Apenas presente no automático ato em que nos sacam os sonhos.

Afora a pretensão de sermos menos do que quem realmente somos
A vida procede sem escalas, e o menos avisado sequer reconecta-se
Com a necessária veia que pulsa em um corpo silencioso e parvo
Na condição de deixarmos arrefecer a mesma esperança da vida.

E o que se verte da pronúncia de outros gestos enxutos nos meios
Refaz a pronúncia outra de que nossos vocábulos sejam gentis
Na mesma medida em outra face que não nos pequemos em ignorar
Quando estamos em uma base sólida de não se sufragar ignorâncias.

E que os meios nos relevem as distâncias, que nos digam os saltos
A se predizer uma orientação de curto entendimento, mas que na obra
Se cite o ponto fundamental da lógica que encerra a nossa Natureza!

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