domingo, 8 de setembro de 2019

NISSO QUE DIZEM


          Nisso o que é isso de se dizer, o que dizem, que andemos pelas ruas. A ver, que por encima de nossos costados nada de pesos eternos nos desenfeixem a razão… Por uma suposição anacrônica estaríamos versando sobre qualquer verbo, o que nos torna mais significantes de uma regra, uma versão, um quase esculacho. Veremos se a pena aguenta, mas a pena é leve, não é uma caneta de chumbo, mesmo porque o tirocínio parte de sua escolha. Veremos mais se não formos míopes a tal ponto, que a distância entre a reta e um ponto depende do ponto, e não muito da reta. É mais fácil mudar um ponto do que dois, e um que seja, dista do universo de dois, que compreendem por onde passa a mesma reta, esta que nos limita, nos conforma e sequer sabendo, pode orientar! Ah, se andar pelas ruas não fosse tão bom, a ponto de vermos os motores, algo construídos em solo pátrio, vermos compressores, asfaltos, caminhos, cimentos. E à parte disso, vermos a vida de uma mosca, que teimosamente clica em nós o sentimento quase invasivo, e que passe, que não nos avoe muito, mas do complexo voar desse inseto, espelhemo-nos na infinitude e lentidão de um drone, sob o controle humano, sem reflexos, sem as saídas de alma do inseto, no seu mote de ofício, quem dera, vigiar ou ser circunspecto como o nosso lazer de ver coisas voando por aí.
          Se passa que não nos passemos muito por adiante, que vejamos a calibragem dos pneus, que empunhemos uma régua que ainda possa medir, de metal milimetrado, um alicate de pressão como uma conquista, ou a instalação de tomadas em paralelo, assim de dizer que o poeta ainda sabe algo de sua casa. Conforme, expedito. Não creiamos em se trocar as molas, pois do impulso precisamos da técnica, e seria mais salutar em se crer do alimento antes, posto de leite cru, um amendoim de paçoca, uma tapioca e seu crepe. Mas em sair na cidade, quem dera, vermos um mar na ilha de Santa Catarina, a Floripa de tantos e raros ocasos, e que se pressinta o nascimento de um dia igualmente de nossa beleza, posto quem quer visitar que nos visite, sem necessariamente ter um viés qualquer de pensamento, quando por suposto queira ou goste de pensar! Não, porque o justo é querermos a expressão corriqueira, um time de futebol ganhando, ou o sol se pondo como agora, em uma arquitetura alongada no tempo, já que pontifiquemos quatro e dez. E o sol parte, como um refresco de primavera, nessa mesma estação em que nos colocamos à disposição de que venha, ao que se retornou antes do inverno acabar, e se pôs como guardiã do céu, como página enriquecida pelo azul, como frente inabalável de alguma boa notícia.
           Que certas forças nos perdoem, mas a força se encontra nos braços da digitação, qual seja, de um programador, de um redator, de uma ilha de informática perdida pelos continentes cruciais, de um jornal renitente, de uma sacola plástica a carregar do alimento, da liberação de um povo todo, da preocupação de ser entendido, e de uma tabela básica de orçamentos caseiros… Quem dera um serviço de contador em um departamento, uma secretária eficiente, um pano que enxugue a louça exemplarmente, um lixo corretamente reciclado. Mas, no apogeu, que nos presenteie o Criador com os cantos de pássaros libertos, conforme o que dita a Natureza, conforme o que Jesus, o Filho do Homem, nos conceda em sua glória pois, mesmo em uma retórica de que o Verbo não possua similar posto inexistente, é a glória esta mesma que reitera o Cristo vivo em um reino que nos tenha legado, e que supostamente faz parte da mesma Criação, como um mero inseto que vemos por sobre a algibeira de séculos. É esse respeito às coisas naturais que diz mais do que apenas creditarmos a fé sobre o Filho, posto o pai em unicidade seja grandioso, como suas verdadeiras e onipresentes formas Naturais!

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