sábado, 7 de setembro de 2019

UM DIA IGUAL A OUTRO


Quem dera fôssemos independentes em maquinário,
Nas peças que nos faltam sobressalentes,
No túrgido romper das molas,
Em que um ponto não diste da plataforma do trabalho
E que igualmente não distancie o querer-se trabalhar…

Se é semente proximal, a vertente do suor de estar na rua
Prediz não sermos ausentes no código ao menos de uma honra
Que não seja vã, posto igual, posto direito constitucional
De estar-se à procura, na luta sem tréguas da colocação!

Ah, os dias setes, quem dera fosse o número a mais, um oito
De uma nota que se passe na escritura de um lote a mais
Quanto de supor sejamos mais do que apenas mais um.

Seremos dois, três, quatro, saberemos ser mais do que a peça
De uma montadora, de um cabo de fibra ótica,
De uma vertente em se estar no caldo da pressuposição lógica.

Haverá sim, um dia melhor, posto o tempo enferruja a engrenagem
Quando o torque pede mais, e se muda o diferencial
Para que os carros tornem a funcionar com seus próprios óleos.

Ah, o tempo presente de nos presentearmos um tempo
Em que imantados fôssemos, de uma energia quase lúdica
Para usufruirmos o tempo do futuro no presente de nós mesmos
Quanto de sabermos brincar com nossos filhos a chave dos nós.

Nós que nos distanciamos, do leme ao arpoador, do convés ao estrado,
Da cama à luta, de sabermos que o esforço tem um tipo de remuneração
Que não embarace os ventos, pois que sigamos os alísios solitários
Na mera compreensão de trazermos chuva ao fecundo deserto.

Nenhum comentário:

Postar um comentário