É
certo que sejamos seres racionais… Sim, é certo. Porventura
resolvemos equações complexas, e que a ciência tem provado ser
mais importante para a mecânica, nas técnicas de um ofício, no
trabalho de um operário, em todos seus aspectos produtivos e
igualmente no tempo em se resolver questões de ordem de
relacionamentos, quanto se vê que a razão desconhece fronteiras, e
se coaduna com o portar-se, afora isso passamos a ser selvagens. Não
no sentido lato, de termos que ser de uma religião para não sermos
da selva, porquanto o silvícola talvez saiba de uma razão, mesclada
com suas crenças, que na antropologia revela o amadurecimento com
relação ao seu entorno. A lógica aplicada na absorção de
conhecimento para a exploração desenfreada revela um tipo de
pensamento racional de selvageria: bárbaro, tirano e inconsequente,
quando se mostra em açambarcar a propriedade do mundo em termos de
riquezas naturais e exploração de nossos biomas e sistemas de vida.
Nada há que explicar esse fato concreto de se pensar o mundo como a
propriedade do homem, e não este fazer parte daquele. Milhões e
milhões de seres residem em um cupinzeiro, milhões são as abelhas,
centenas são os pássaros que fazem a faxina no planeta, e
igualmente as baratas são responsáveis por grande limpeza no que
entornamos com resíduos e restos de nossas vias sociais. Esse tanto
de resíduos altera o nosso ecossistema urbano, pois somos ecológicos
mesmo por entre o asfalto e o cimento, mesmo que os lixos sejam a
realidade pungente, a mesma realidade em que um país do terceiro
mundo ainda tem que conviver com um descaso do residual, da falta de
investimentos em infraestrutura como o saneamento, e na carência de
se educar criticamente o pensamento dos jovens: nascituros desse
grande sistema.
A
bem de se dizer, os sistemas que comportam o mundo contemporâneo são
os mais diversos, recolhendo informações, coletando dados,
mistificando o ato criador de um invento, seja este no plano do
design, na confecção de uma peça, ou ainda no processo criativo
mas algo raro – infelizmente – do pincel. A arte e o ofício
tornam-se mais raros, e a consecução de tarefas as mais variadas
exigem cada vez mais de habilidades do executor sem, no entanto,
haver ganhos proporcionais à velocidade em que os sistemas
computacionais demandam nesse gesto de funcionalidade, tornando cada
vez a massa menos habilitada um tipo de prestação de serviços não
continuada, ou mesmo o serviço independente mal remunerado. Isto
atrelado na dependência cabal de uma rede de relacionamentos, ou do
isolamento em que o capital toma por si seu reduto algo meritório
por trabalhos mais isolacionistas, na fuga do cooperativo vinculado,
no padrão imposto e nivelador que não agrega grandes valores
enquanto dependa da mão de obra básica ou circunstancial. Afora
isso, uma massa razoável de boas cabeças migram para outros países
através da incrível defasagem em que se compromete a ciência
dentro das nações de terceiro mundo com a situação irrisória de
mera espectadora da realidade daqueles outros países, que mantém
sólidas as suas instituições acadêmicas. É muito raro encontrar
professores desonestos, posto quem abrace esta profissão se torna
como um bom estudante: ávido pela descoberta, entusiasmado com a
ciência, mas parvo com a realidade pungente das carestias que por
vezes tem que passar.
Em
virtude das circunstâncias por que passam os povos do terceiro
mundo, há que se atrelar com países que acrescentem,
independentemente de ordens graves no plano moral, como os
preconceitos sexistas, de classe ou étnicos. Países que visem
acrescer no arcabouço social os fundamentos de termos uma
civilização aliada à razão fundamentada no juízo de seus
valores. Afora isso, é perder para uma agressividade no bom senso,
na preocupação de se vestir rudimentarmente dentro de padrões de
contendas, é se preparar antes para ilusórios conflitos a fim de
salvaguardar benefícios egoístas. Esses são nossos tratos à bola,
o que devemos saber para que não haja um conflito que desfoque o bom
aluno de seu compartir do conhecimento, posto que para um item de um
índice de nota, o progresso se fará presente para qualquer classe
que esteja justamente se mesclando na pirâmide real de nossas
condições econômicas.
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