Se
criamos um índice no valor de um produto, há que se ter em conta a
natureza da proposta de indexar o mesmo valor, posto a camada
produtiva há que ter vários níveis, na sua instância pregressa,
quando o produto é alimentício, ou depende de safra, quanto da
matéria bruta a ser refinada: o manejo, as vias produtivas de curto
alcance e a verdade do mesmo valor, porquanto não determinação
reativa do mercado. Se há motivações na especulação de uma
safra, em sua acomodação a ser liberada a matéria bruta para o
refino, se a estocagem do produto final for de conservas maiores, ou
se in natura convivermos com a carestia de não encontrarmos o mesmo
valor de troca em que há maior possibilidade de se compartir do
alimento no consumo. Há que se ter em conta que o lucro em excesso
pauperiza a frente de consumo majorada, facilitando a que uma pequena
fatia tenha o seu privilégio marcado, como se marca o próprio boi,
como se acumula a contenda naqueles que não possuam acesso no mesmo
mercado. Se convivermos com uma democratização do consumo, em que
se revele total coerência em aumentar a produção para escalas de
valor minoradas ao indivíduo, há sentido de ampliar o leque para a
coletividade, e aumentar a escala de qualidade e alcance próprios de
um sistema mais civilizado. Posto a ausência da empatia com os seres
que compõem a natureza humana não servirá jamais para um andamento
de uma sociedade onde o consumo – posto no que queiramos de boa fé
ao menos entender – não seja democratizado, donde se alavanque um
progresso mais acentuado em sua forma e em seu processo produtivo.
Que
se parta a querermos aceitar que as humanidades sejam menos
tendenciosas para o mal, que se esqueça a contenda da ignorância em
suplantar por atitudes incoerentes porquanto iracundas, o que se
passa na mente daqueles que defendem uma desigualdade extremamente
vertical é a razão infecunda que sedimenta cada vez mais as
diferenças gritantes na geometria disparatada da pirâmide social.
Passa a não se ter mais razão na alegação de ideologias, pois o
que está em jogo é uma economia onde se pense no bem-estar do
brasileiro, independentemente dos jogos que se travam por essa
espécie de contenda onde muitos se penduram perigosamente por seus
cantos e beiradas, posto ainda termos justiças por aqui, e o que
alega-se é a justificativa de dispor de fortunas enquanto outros
vivem em um limbo: não produtivo e não consumidor…
Na
impossibilidade do trabalho poder fluir com tranquilidade, em se
tratando de entraves de escopo existencial, aquele processo produtivo
mais tradicional, onde as categorias se punham mais felizes por
ganhos majorados, pela estabilização mais perene, pela oferta em
outros campos, os extratos se ampliavam em termos de conhecimento,
porquanto jamais se esperaria que o valor fosse questão de mérito
familiar ou influência política. Ou seja, agrega o valor na
circunstância espiritual e anímica do agente do trabalho, onde se
veja a superfície em um mínimo e necessário tom de solidariedade,
sem a esperada e esmiuçada competição onde quem perde não tem
chances de reentrar na luta, e quem ganha, por si só, por vezes o
faz de modo inconsequente e criminoso: na intenção corruptível de
um dolo, no dolo eventual de fazer parte de agrupamentos isentos da
lei. Retorna-se por si um valor mais alto, que nada mais é do que a
consciência cada vez maior do que acontece em vários países, e na
proposta de denúncias correlatas no sentido de uma justiça plena e
sem compactuação. Esse valor retornado é por si mesmo uma peça
que se fabrica e que se amplia na mente das massas que passam, aí
sim, a promover um processo de real transformação da sociedade.
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