sexta-feira, 30 de agosto de 2019

A FORMA


Eis que expande o lado, de visão de viés, que fosse um flanco,
Mas é de verdade o relativo de quem vê, o que seja melhor
Que perpasse contextos, mas estes duram nanosegundos…

Pra cima cresce, alteia, recrudesce quando quase amorfa.
De mares invisíveis nos limites, a cada hora em que mareia
No montante de mais superfícies e tantos a outras horas.

A régua, se porém medisse, a mensuração dos olhos seria
Mais precisa posto partir de um sentimento de precisão
Ao que nos norteia a percepção ao menos do horizonte!

Seja – ou fosse – ela um túrgido pensamento, o dizer não
Depois de tantos sins inexpugnáveis, o que fazer para concluir
Seu panorama concreto de realização, ou mesmo plasmar pleno?

Um escultor fugidio soubesse de Samotrácia, no Louvre livre
De quaisquer incêndios posto tabernáculo da arte, reserva, título,
O oferecimento ao povo mundial: no que sempre se reserva o direito.

Mas que a forma que não conhecemos não possui o alarde sequer
Do que supomos ser a mesma arte, a forma orgânica, a planta,
Um projeto de computador, na síntese igualmente a mesma ciência…

Um bicho que tenha a similaridade com um humanoide, a vértebra
De quase o mesmo quilate, de um sauro que sustente suas pernas
Na tentativa evolutiva de ser um bípede igualmente predador.

Dista a forma por vezes dela mesma, sendo caminho, traço, desenho,
No que se pensar, algoritmo da reserva indígena, tribo incaica,
Tabu, incógnita, paradoxo e estigma, quem dera fosse tudo o mais fora.

A se pensar nas noites de um sono, quem sabe, um sono de poesia
Que já venha pronta em uma esteira alimentadora de hambúrguer
Quando se pensa que se pode alimentar ao menos quem pode pagar.

Do pago a forma não se ausenta, mas igualmente se revela em sítios
Onde muitos caminhantes a percebem distante, e revelam seus olhos
No canto distante de uma cigarra, ao olhar que a harmonia põe a flor!

Assim de saber que a fórmula medicinal da forma, vem com flora,
Com vento, com insetos, com ratos e ervas, com a vida posta
Em sebes de casas rupestres, no distante de um rincão árido sem rancor.

A saber que assim seria com o formalismo dogmático de procura
Sem conta, sem outra medida senão o quadrilátero de áreas
Onde a integralidade do cálculo tenta esquadrinhar seu verbo!

Não, que de formas somos, na tessitura de um seio que se repõe
E desconhece a verdade de suas posições, nas vertentes que,
Mesmo sem ser tocado, traduz-se infinito em sua forma.

No que saberia melhor na forma de um filme, bidimensional
A que temos, na sua revelação pronta e digitalizada
A compreensão quase informal que a forma não seja mero dado.

Na pintura encontramos a forma de nossa latitude, o anímico,
O subjetivo, algo que remonte a própria tessitura dos tempos,
O parágrafo final que transmite a boa notícia de uma linda veia!

quarta-feira, 28 de agosto de 2019

SE PORVENTURA ALGUÉM TEVE IDEIAS, AO MENOS SE DÊ A CHANCE PARA UM SI MESMO RELER A IDEIA ATÉ COMPREENDER, E A REESTUDAR QUANDO ASSIM QUEIRA.

EM VIRTUDE DE CERTAS CIRCUNSTÂNCIAS, POR VEZES UM MIADO TEM MAIS PROPRIEDADE DO QUE UMA TESE DE SEMIOLOGIA!

É NORMAL UM TEXTO NORMAL, E ANORMAL QUEM NÃO ENTENDE NEM O NORMAL!

O DIAGRAMA DO DESCALABRO SE CONSTRÓI RÁPIDO, MAS RAPIDAMENTE VIRA RUÍNA.

NÃO PRECISAMOS ACHAR QUE SEXUALMENTE POSSUÍMOS RIVAIS, TANTO OS HOMENS QUANTO AS MULHERES.

O MUNDO PASSA A ESTAR REPLETO DE BARREIRAS, E A INTELECTUAL TALVEZ SEJA A ÚNICA QUE ESTÁ EM DESUSO.

NÃO EXISTE TERNURA TELEGUIADA, NEM FILMADA E NEM COMUNICADA POR ESCRITA OU MENSAGEM VIRTUAL.

UM PARADOXO PODE RESIDIR NO OLHAR, POR VEZES, MAS NO CORPO TODO APENAS QUANDO NOS TORNAMOS AUTÔMATOS DE NÓS MESMOS.

NEM TODAS AS QUESTÕES RELIGIOSAS SÃO CONTRA A CIÊNCIA, E NEM TODA A CIÊNCIA VAI CONTRA O DOMÍNIO ESPIRITUAL DO MUNDO, ALIÁS, ESTE MAIS IMPORTANTE QUANDO SE VÊ QUE TODOS OS SERES SÃO IGUAIS E MERECEM VIVER BEM NO PLANETA.

UM CÓDIGO DIFERENCIADO DE UM COMANDO COMPUTACIONAL PASSA PELO CRIVO DA PLATAFORMA BINÁRIA, POR MAIS QUE QUEIRA SER DIFERENTE...

NÃO HÁ VEÍCULOS DE COMUNICAÇÃO PARCIAL, HAJA VISTA QUE A POPULAÇÃO MUNDIAL JÁ NÃO TEM MAIS A NOÇÃO EXATA DO QUE VEM A SER ISSO.

TUDO QUE SE DIGA SOBRE UM MUNDO NOVO MERECE SEMPRE A RELEITURA DE HUXLEY, POIS, COMO SE DIZIA, ESSA ONDA PEGA.

A SIMBIOSE ENTRE A AUSTERIDADE E A LUCIDEZ TEM REVELADO AO MUNDO, APESAR DE POR VEZES ANÔNIMAS E EFÊMERAS, CERTAS PERSONALIDADES ESSENCIAIS E CORRELATAS AO ANDAMENTO NATURAL DAS COISAS.

QUALQUER SIMBOLOGIA DA FICÇÃO FANTASIOSA A RESPEITO DA CIÊNCIA É CONTESTADA PELO PARADOXO CIENTÍFICO EM SEUS RAMOS E DESENVOLVIMENTOS GERAIS.

A LEITURA QUE SE TEM DE UMA OBRA REVÊ A EXPRESSÃO DA ARTE, QUANDO MAIS PRÓXIMA DA MANUFATURA ARTESANAL, A PROXIMIDADE COM A TERRA E A CONSCIÊNCIA AFLORADA DE PRESERVAR O HUMANISMO E O CARÁTER.

A REALIDADE PASSA A SER A ORDEM NATURAL, DAQUILO QUE PRESSENTIMOS NÃO FICÇÃO EM NOSSAS MÃOS, E PARTINDO DO PRAZER COMO ALGO CONCRETO.

O ERRO PASSA A SER A FICÇÃO E A FANTASIA, DESCONFORME DENTRO DE SEU PRÓPRIO E ILUSÓRIO PRAZER...

O PRINCÍPIO DE PRAZER MITIFICA E ERRA, O DE REALIDADE RECONSTRÓI O ERRO, QUEBRANDO O MITO.

A TONALIDADE DOS VERDES


A cor da esperança, do verde que te quero ver-te
Em um painel que não remonte o chumbo da devastação
Mas o perfil que revela a permanência, a vida, a flora…

De tantos canais que possuímos, que tantos são
Os que nos sintonizam na tristeza, na falta, na ausência
De um perdão quase impossível da certeza do nada!

Quem dera fôssemos a vida que emerge de uma simples folha
Em uma árvore secular, que mãos inquietas simplesmente
Ateiam em seus vizinhos galhos secos a sinistra ordem do fogo.

A simplicidade de uma planta não circunscreve sequer a fuga
Pois espera, na sua forma de existir que a tratem bem ao menos
Mas recebe pela face a chacina da destruição covarde do crime.

Não pode se mexer a planta em seu calvário que a consome
No tempo da devastação que começa em suas raízes
E alimenta os homens com a fumaça que revela o simples fato.

O fardo de permanecermos quietos como as plantas
Nos mostram que somos potentes na hora de uma cópula fugaz
E que apenas revelamos fora do campo de ação sutil participar.

Nessas panelas batidas, dentro do conforto de casas ajardinadas
A razão de outros em conformidade com o caos ressente-se
Da não existência da culpa, posto sequer os interesses se mostram.

Não é em nações mais evoluídas a consonância com o desmate
Posto desmate é eufemismo perante da dor infligida às espécies
E não será o ar do ser humano que está em voga, mas a vida em si!

Pudera tivéssemos o poder de imputar pena aos poderosos das terras,
Veríamos famílias ilustres serem desbaratadas na intenção crua
De sabermos quem são os verdadeiros responsáveis por esses atos.

Quem dera se um grande time jogasse a favor da preservação
Quando entendesse que não será na tribuna do descaso a discussão
Em que se relembre sempre que uma árvore secular termina em um dia…

POESIA DE UM PENSAMENTO


Dista um dia após outro, na régua do tempo
Onde supõe-se largo, de outra feita, oxidado
Naquilo que queiramos ver, no abraço, no toque
Que ao clarim soe a música de um ou outro dia…

A expressão do pensamento revele uma forma
Que jamais corresponde a um filtro que não existe
Porquanto na imortalidade de um ato sólido
A vida por vezes passa ao largo do imediatismo!

Que se admita o pensar distante, na fronteira do nada
Em que não se nos turve a cor de nossos olhos
Quando olhamos para um painel grená ou mesmo não
A não ser que lembremos da pureza de um grão de café.

Das moendas que perfazem engenhos, do rabisco de letra,
Da vida de uma tela a óleo, na construção de um personagem,
No caudal imorredouro de nossas propostas em vigília
Será o canto do pardal o silêncio que permite o ser?

No que se proponha pronunciar a silenciosa máscara do ouro
Negro das entranhas de nossos mares, a que não pertença o dia
Nas plataformas que não vemos, e demos um ar de avessos
Os presentes que não nos concedemos, uma partilha de ocaso.

Ah, mas que o pensamento não soçobre sobre o manto azul
Quando vemos a profundidade do oceano sobre o qual
Nossas embarcações, quais cascas de nozes, suplantam
Os veios que ainda não foram encontrados, e que submergem…

A seguir ao menos em uma poesia que consagre um de nossos lados
Pretenda-se não ruir com uma edificação solene, a que participe
O logos de subentender-se que um propósito mais do que humano
É saber da importância capital de preservarmos as nossas casas.

terça-feira, 27 de agosto de 2019

SEREMOS MELHORES…


         Se há o que para ser bom, se nos cumprimentam dizendo: tudo bom(?). Esse período não possui relação – por vezes – em que o interesse real seja que estejamos em uma boa felicidade. Mas como, qual seria a felicidade ruim? Justo, aquela que não é justa! Dentro da justiça, no entanto, o estofo é grande e processos gigantescos por vezes vão e voltam como um labirinto interno, lembrando Kafka e sua genial obra. Mas seremos melhores se reinventarmos muito de nossa gramática, aí incluindo os meios digitais, o grafite, a caneta, as pesquisas da ciência e os paradigmas religiosos. Podemos ser, sim, melhores, e para isso temos o famoso conteúdo, não só interno como algum tipo de ligação ao engenho, à criatividade, à expressão, à literatura e às artes visuais. Ser melhor é virtude, sabendo-se que o caminho por vezes é denso e difícil se REALMENTE quisermos avançar, não apenas espiritual, como materialmente. Tudo tem seus trabalhos, seus diálogos, seus pressentires, a noção básica de um conhecimento, o apreender, o viver, a questão existencial de cada qual. Ser quem se é hoje nos tempos modernos que se nos apresentam com todas as novidades tecnológicas, acaba por não ser exatamente o ser que passa em nosso imo, em uma importante atitude meiga e sincera, afora estarmos muitos de nós mitificados por questões de rótulos e de poder.
         Como dizia Carl Jung, a vontade de poder é um estigma cruento, que nubla o ato da psique, transtorna por vezes quando não é alcançada, e estorna quando no-la possui o ser, como algo atávico, surpreendentemente reptílico, em que nossa ulterior humildade fica relegada ao ostracismo de não nos surpreendermos quando – mesmo na questão religiosa – ficamos arrogantes por nos sabermos mais fortes quando do predomínio de um ato que reforce a fé dirigida, constitucional no poder, de querer ser a maioria, de não compreender que religião é opinião também, e pertence ao domínio da escolha particular, individual. Essa questão do indivíduo na sociedade é a condição de perpetuação do universo crítico e humano, da mesma escolha citada para algum fim, da isenção da manipulação em todas as suas frentes, e da compreensão do universo humano como fator de transição da barbárie para o humanismo. Se porventura compreendermos que mesmo aquilo que um escritor escreve passa por uma revisão e uma dialética do ato de ter ou querer escrever, reler o que se processa mentalmente, e arguir sobre uma conotação, um sopro de significados, ou uma retórica equivocada em seus princípios e origens, fica melhor, para um conjunto da obra, um reflexo do que se escreve antes, no mesmo diálogo do resultado posterior, na ida e na volta, na interpretação, como em um voo de andorinha: imprevisível e entusiasta.
          A coleção de escritos é, na verdade, uma grande frente de conhecimento, onde o purismo da filosofia permite a análise, os silogismos, a lógica, a razão, e outras vertentes do pensamento humano. Tudo aquilo que ameace a integridade do livre pensamento – quando este não insiste na incitação do ódio – deve ser evitado. Por paradoxal que possa parecer, dá a impressão de que vemos tantos discursos de ódio hoje no mundo, que aqueles que prezam por falar sobre a paz vêm a ter olhares mais atentos e desconfiados sobre esse famigerado e “anacrônico” discurso. Quando Cristo prega a paz, muitos acreditam ou pulam para os conflitos do Velho Testamento… Ou quando o Sumo Pontífice fala sobre, rechaçam o catolicismo com todas as – aí sim – anacrônicas histórias, muitas vezes inventadas, sobre as atitudes da Igreja no passado, que nada mais significam sob a égide do que hoje se torna a grande comunhão. Citar-se essa passagem é justamente apresentar as questões de dissensão religiosa, como a falta de reconhecimento de muitas templos evangélicos com relação à chamada idolatria, e a intolerância com o Candomblé. Nosso país possui uma das maiores populações negras, e as religiões de matrizes africanas tem encontrado duras repressões por parte de grupos intolerantes, racistas, praticantes de violência, no que se pasma, em nome de Deus, muitas vezes. Passemos para os indígenas, e estes enfrentam não apenas a intolerância através de forjadas conversões, como igualmente interesses gananciosos em seus territórios.
         Seremos melhores se agirmos no modo da Bondade, da compreensão e do cuidado de nossa Casa Comum, que é o nosso planeta, seu lado global, holístico e espiritual. A partir do instante em que as manifestações violentas, a agressão bruta, o recrudescer do ódio contra grupos mais autênticos, e as relações de poder que embarcam em viagens contra o pluralismo e a igualdade de direitos, muitos não serão vistos como gente de bem. Essa vigilância da justiça e seus órgãos no sentido de permitir e estimular as premissas humanas dessa ordem, da bondade como modalidade de ação, é o calor de uma lâmpada tíbia no começo, virando paulatinamente nosso norte, ou seja, transformando-se um sol necessário e pungente para que haja luz sobre os povos, para que se aqueçam no conforto moral, e que se levante a esperança para a nossa mãe Terra! Esse quadrante inominável, toda essa geometria precisa da sensatez, passa pela questão de estabelecer critérios profundos não apenas na solidariedade continuada entre os povos, mas igualmente na pertinência de se tomar consciência de que algo erra grandemente quando a riqueza se concentra como hoje na mão de meia dúzia de grandes bilionários. Jamais haverá crescimento material sem a justa distribuição de renda, não teremos de onde vender e nem de quem comprar. As coisas se processam com o que já temos até então, e elevar o mercado interno é tarefa de gente competente, pois não adianta acrescentarmos riquezas potenciais e exploratórias de uma terra que tende a se tornar cada vez mais árida com o tempo, quando nos comportarmos sangrando para os mais ricos o que sobrou da riqueza do mundo. É verdade que o valor não é tão flexível quanto a moeda, mas a corrida do ouro, como se processou nos EUA, trouxe um rastro de violência, desmatamento e construção unilateral da minoria branca que resguarda para si a sua pífia representação. Um mundo onde se aceita os apartheids que recrudescem nas migrações não está preparado para ser mais bondoso se a mentalidade dos seus líderes não deixarem um pouco de lado a sede por sexo, dinheiro e poder.

segunda-feira, 26 de agosto de 2019

A UM ESTUDO CONTINUADO


Rogue-se à Pátria um despertar continuado em seus estudos
No panorama da ciência dos fatos, e não necessariamente
Dar-se ouvidos às redes informativas de corporações
Em que as mensagens nos surgem como tentáculos
Prontos a arrefecer os ânimos na contrainformação mundial…

Se temos um exército nacional, é com este que conseguimos
Desvendar os mistérios daquilo que nos soe estranho por vezes
Mas que nos dá os insumos para que se parta a resolver maiores danos.

Não é relegando ao ostracismo nossa capacidade bélica e de ajudas
A um combate merecido no silêncio de nossas fronteiras
Que nos chegue a informação cabal de termos nossas dúvidas a respeito
Quando não procede o trilhar da comunicação em seus freios mundiais.

No entanto, o aspecto da deferência em relação ao estadismo, revela sempre
Que os líderes do planeta se aceitem dentro de suas idiossincrasias,
Mesmo que o que se diz agora do que seja um avatar, remonte apenas
A singela e infantil maledicência do que se encarna seja personagem antiga!

Quebremos as pautas do resfolegar midiático que pontua apenas de seus freios
Em que um cavalo imenso parece montar na plataforma do obscuro lado
Mas que mostra a sua força em recolocar o mito no platô da superestrutura
Em que se transformou o Poder da comunicação covarde dos nossos dias…

Espere-se melhor bom senso das lideranças, que rumine o boi palavras de ordem
Quando sabemos que nas queimadas o gado sofre deveras, e um boi francês
Sabe melhor de seus confortos obnubilado dentro dos propósitos poéticos
Que remonte a Argélia quase colonial dos tempos de outrora, e o rito napoleônico.

Que se preste agora que presta a direção, não do calvário, pois que se fortaleça
Naquilo que nos fortalece, e o anteparo da formação de uma verdadeira liderança
É o perfil daquilo que sugira a força: o viés da medalha, a formação continuada.

Disto do estudo tomemos frente, pois Werneck Sodré tenha sido um ótimo militar
Que nos engrandece com seus livros e sua trajetória, independente do que fora
Na sua ordem de questão, mas sempre fará parte da inteligência nacional!

De tantos outros, estudantes continuados, e que se prime pelo teor do nosso país
Na vez em que o leme abraça o seu curso, dentro de um prumo: pátria amada, Brasil!

domingo, 25 de agosto de 2019

O INCENSO E A SENSATEZ


         Quantos dias nos faltam a que pudéssemos acender um incenso e firmar pé na transcendência. Quantas noites nos restarão a que pudermos acreditar realmente em Cristo e na sua soberba paternidade sobre os infelizes deste mundo? Óbices existem e, logicamente, os escarnecedores não levam a sua palavra adiante, pois nem sequer o Antigo Testamento carrega em si a arrogância e os frutos estupefatos da sociedade que passa a observar apenas esse falso testemunho do divino. Quando o ego se suplanta aos atos, quando a pretensa criatividade osculada pelo mal se torna lugar-comum, é hora de se pensar em profundas reflexões, justo hoje em que tudo se grava, e as provas da insensatez são inquestionavelmente reveladas a todo o planeta em questões de tempo subatômico. Os elétrons perpassam em suas correntes ao redor dos computadores, e o sistema de informação inteligente, que porventura já está centralizado em servidores comuns, igualmente revela aos países de maior nobreza intelectual o que ocorre em lugares postos por fronteiras relativas, posto ser tudo hoje obra a relatividade científica, e pontuar como cristão não o sendo é deveras humilhante na hora da vindima, para quem assim o agir. A isenção judicial na prática das ofensas a toda uma população que ainda espera por tempos mais humanos será sempre responsabilidade do aparato jurídico que porventura uma nação ainda se preste de tê-lo. Afora isso, é inegável que a injúria e a difamação andem correlatamente dispostas, mas igualmente o progresso humano é tarefa da própria Natureza, pois esta – e somente esta – poderá unir em torno de nossa casa a comunhão inevitável onde participam as gentes de bem.
          O progresso vem por todos os cantos, e é no corriqueiro fim de semana em que acontece o período de maior reflexão, seja em um templo católico, seja na busca da palavra que oriente, seja na leitura sagrada do Baghavad-Gita, ou mesmo em um simples exercício intelectual, uma ginástica coerente ou um passeio por lugares em que se remeta a paz esperada dentro da pressuposição lógica em que desfazer inimizades é missão do verdadeiro devoto. Essa devoção é um espaço belo porquanto só assim compreenderemos a latitude da maldade humana e seus representantes quando houver real rebatimento em alguma escritura sagrada no espelhamento do que se está fazendo contra a Natureza, e como os quilates do egoísmo se pronunciam dia a dia na ambição desmedida…
          Por uma questão de sensatez, pensemos que, se alguém por crença estúpida, quer acelerar o juízo final ajudando a destruir o planeta, esses seres quase sinistros pela sua enfadonha insistência, hão de ser as próprias bestas do apocalipse, as figuras infernais que demanda conhecermos para saber de tudo: suas faces, os propósitos e as ligações com outras bestas que se prestam a querer evitar de olhar para o planeta com mais cuidado. Agora, se essas atitudes possuem aval de quaisquer movimentos de ordem religiosa, há que se ter de si mesmo – o religioso – um olhar crítico para que não embarque na ideia de que o mundo será um paraíso depois de se acabar com ele, pois condenados estão os que têm conivência com esse crime hediondo, que é responsável pela devastação, pela carência humana e pela crueldade com os seres outros que habitam neste mundo. Essas pequenas noções de termos a clemência, de tentarmos compreender o próximo, mesmo que este esteja cego pela fama ou egoísmo, é que nos fornecem os progressos necessários na virtude de nossos atos, e o respeito decorrente de merecê-lo quando ao menos quisermos uma nação de pé, de homens e mulheres virtuosos, do bem-querer, da justiça social e dos cuidados que temos por todos que amamos que, subentendidos formos, é um amor que transcende qualquer laivo de inimizades.

sexta-feira, 23 de agosto de 2019

O MITO E A REALIDADE


          Algumas personalidades históricas ou literárias viraram mitos, ou lendas. A ponto de nos apercebermos que a palavra mito se transfere com a maior facilidade nos tempos de hoje, em que os games e os super-heróis dão certas pautas na ilusória forma de se apreender o mundo. Um planeta onde a ficção se encontra com uma pré ficção, onde quando empunhamos a bandeira de retornar-se ao panorama da realidade, vem um manto denso, como um nevoeiro de acrílico, sólido, transformando as maquetes de um mundo da real arquitetura, na acepção de quem fabrica e quem usufrui ou compra a sua ilusão de encomendas… Torna factível e extremamente confortável se instalar na conveniente poltrona e participar de jogos, como se a interação com o game realmente nos transportasse a um mundo virtual, transcendendo a realidade, como se recriássemos espaços, como se nos treinasse um simulador, como se houvesse uma interação realmente importante nos inputs e outputs, as entradas e saídas, a referência dos dados e a percepção aumentada. Fica mais interessante buscarmos as interações cinéticas e estratégicas com os games, do que uma preocupação relevante como a que devemos ter urgentemente com o meio ambiente e a situação genérica e necessariamente atuante na aldeia global.
         Vira um mito quem se pretende projetista de algum sistema, ou no agenciamento de integrá-lo com as modalidades produtivas: uma grande ideia, uma real inovação, e não a mera página, algo bela, de se supor que o design já não esteja sendo administrado pela inteligência “natural” dos processadores, ou das amplas bibliotecas à disposição dos desenvolvedores, e sua ingerência nos requisitos básicos de produção. É, ou torna-se mais fácil fazer funcionar o game, do que propriamente desenvolvê-lo, pois nesse requisito de criação a inteligência dentro de uma fronteira revela se a nação está de acordo com a tecnologia, se sua educação recebe grandes insumos para que o fator humano – a partir do qual inevitavelmente temos a capacidade criativa – se mostre apto a desenvolver, criar e executar os softwares e, principalmente, os hardwares na questão do engenho civilizatório, onde o conhecimento e o saber são altamente relevantes, o que já se tem na tradução universal como know how, ou como ser independente na inteligência e capacidade produtivas nos países em desenvolvimento, principalmente, como condição de que andaremos com os nossos próprios sapatos!
          Se porventura temos poucos contingentes capazes de assumir ou simplesmente atuar no trabalho em empresas de tecnologia em um país, talvez saibamos que na educação e seu implemento tecnológico é que podemos criar as bases para sustentar uma manifestação, a comunicação, ou as vertentes artísticas dentro do cenário que se apresenta em nosso novo século. Saber como realizar uma boa educação, dentro de um teorema complexo a um país como o Brasil, tão carente em desenvolvimento humano, é começar com a ação direta, em que a educação se transforme em força motriz, em que um cidadão pobre possa ver seu filho em uma boa escola, e que essa importante rede de escolas no país seja de responsabilidade e estratégia do Estado, pois constitucionalmente é esse Estado que deve proporcionar uma educação gratuita, e de qualidade. Não adianta se achar que um estudioso é superior porque veio de uma instituição de ensino do exterior, se na verdade temos que capacitar o estudante em sua formação básica aqui dentro, e depois obviamente alçar seus voos maiores, seja no exterior, ou melhor fosse, em universidades brasileiras que dispusessem de boas margens de pesquisa e insumos para que em um tempo razoável se formem profissionais de excelência dentro de um país como o nosso.
          A difícil equação da educação em um país pauperizado por crises cíclicas sui generis é encontrar os remédios na prateleira, sem a falta da gaze, da água oxigenada, do antibiótico, do atendimento, enfim, a educação sempre será similar à saúde pública, e esses são dois pilares fundamentais de correção de um bom Governo, administrador, ou gestor, palavra que está na moda, mas que aparentemente significa cumprir com interesses produtivos. Voltemos à palavra Governo, pois é mister que se resolva a questão de saúde e educação através de termos pertinentes, pois não há nem deve haver uma mitificação dentro da esfera da realidade do que cada qual cumprindo seu papel. Demandando esforços, reiterando boas atitudes e governando com a cabeça, e não com esta voltada à questão de a quem pertence o Poder, já que uma disputa interna entre os quatro poderes só significa o atraso operacional – aí sim – de uma boa gestão de nossos egos... Não os inflemos a ponto de que a sede do mesmo poder como fato passe a residir dentro de circunstâncias que infelizmente não possuam atenuantes, posto sejam uma traição ao bom senso: escárnio, dúvidas e sensaborias. Partamos do princípio lógico, mesmo para que passemos à frente dos processadores, pois no dia que formos capazes como a Intel, ter-se-á um país saindo do quarto mundo para ser uma potência.

quinta-feira, 22 de agosto de 2019

QUE A PAZ ESTEJA CONVOSCO E CONOSCO


          De que vale a paz se não a temos internamente? Será possível tê-la se nos ofendem brutalmente com o descaso, com a falsa pieguice, com a desfaçatez da hipocrisia, e com ferramentas que sequer haveríamos de supor que existam? A paz esteja com aqueles que, antes de partirem para a agressão, saibam que é possível uma vida pacífica, no que um problema agudo quiçá seja a simples falta de água, não apenas para abastecer regiões áridas, bem como para inibir as queimadas criminosas. Se porventura alguém se dê ao respeito, que se fixe no bem portar-se, e que a paz esteja com esta pessoa no mínimo em que se avente a possibilidade de nela se situar… No entanto, se a ignorância se precipitar ao insistir nas ofensas, no ato cruento de alguma tentativa de lesar o mundo, quando se prescreve de termos mais respeito aos animais, seja na mão da mesma ignorância o nosso utópico viver, em que não se permita mais o panorama cultural, essa ignorância deve merecer ao menos o nosso igualmente ignorar, o ato, o ignoto ato, que relevemos ao chão a insensatez de toda uma fatia mundial, pois obviamente chegaram os dias em que se tem a impressão de que o mundo se vai apressado ao trem da fantasia do Poder, ou algo semelhante. Enquanto os alicerces da crítica vão se aproximando do conforto e bem-estar que negam a nefanda queima de nossas reservas naturais, mais gente é sacrificada, mais muros são construídos em torno de nós mesmos... Conhecer alguém, ou mesmo se reconectar com alguém toma nenhum sentido do que não se sabe seja o fogo, do que não se desconfia o que seja a água, e da ebulição em que se torna quando esses dois elementos – em fúria – se unem… As plantas estão em muitos lugares, e a dissensão de não se aprovar algo porquanto sem propina é caso comum entre as gentes: o pagar-se a algo, o pedágio por se caminhar, as notações territoriais, os outros casos narrados, ou seja, mexe-se com um cenário natural se dá a questão mundial de preocupação, enquanto bilhões estão na miséria, enquanto dezenas detém toda a riqueza financeira do planeta! Quanto não importaria a um país saber que na África do Sul acontecia o apartheid e quantos fizeram para mudar esse quadro, senão Mandela e seu povo? Quantos não assumem que muitos palestinos morreram bombardeados sinistramente, e quantos de nós admitem que esse povo se submete a um apartheid que já dura décadas? Quem sabe o que ocorre no Congo, se porventura as nossas intenções realmente "libertam" de opressão todo um povo sofrido? São inúmeras as inquietações de vários povos que vivem em penúria moral e econômica dentro do escopo do que se chama nosso mundo quase ocidental. O que se espera de todo um continente, seja velho ou novo, seja chão e terra, ao menos seria a compreensão de que nem tudo no mundo é poder, dinheiro e sexo, decididamente, não exatamente nessa ordem e que, se somos incapazes por um lado, certo é que podemos ser capazes de outro. Se nos comunicamos de certa forma, já é um lado positivo e, se a paz for ao menos um sentimento desejado, seja conosco, pode ser convosco, e sendo convosco, simplificaria ser igualmente para outros, assim como se possa dar com todos.
          O mote de uma conversa pode ser apenas uma ocasião propícia para o reconhecimento de que essa paz esperada jamais será apenas sublocada como um produto de mercado dentro de nós ou de outros, mas justamente será através de uma mera possibilidade, a gota que esperamos, dentro da bondade de Deus, que possa mitigar a floresta da sede de devastação na ganância pela qual passa nestes dias… Essa intenção divina é que deve ser aflorada por nossas orações, no sentido de darmos um passo em direção ao bom senso e não nos deixarmos permitir que esse tipo de tragédia seja vista como algo nulo, ou de somenos importância, por achar que estamos fora, dentro de nossos confortos materiais. Mas tenhamos a certeza de que o homem pode sim, mudar certas coisas para pior ou para melhor, dentro e sabiamente no critério daquilo que dele se espera para não se causar mais danos à Natureza, justamente porque dela nunca e nem jamais seremos donos, pois apenas fazemos parte dela e qualquer atitude devastadora em relação à mesma Natureza resulta na devastação de nossa própria espécie, e não há vida em Marte, mas em planetas onde os terráqueos jamais chegarão, se nem ao menos levam uma vida devocional, desprendida, austera e renunciada...

terça-feira, 20 de agosto de 2019

O BATIMENTO DA ALMA


Espírito eterno de todos os tempos, Espírito que santifica Sua morada,
Espera-se que ao menos sejamos mais anímicos do que manda a poesia
Quando esta tenta traduzir o significado da palavra devoção!

O recrudescer de um sentimento só faz engrandecer a mesma devoção
Que urge termos pelos seres todos da Natureza, como se a grande arca
Não previsse a ganância que sistematicamente tem o homem submetido-a.

Não que se revisse o paradigma das crenças, das religiões do mundo,
Mas há que saber que um Sumo inteligente já previa que temos a resguardar
As casas que porventura muitos pensam estarem desabitadas pelo humano…

No que teimamos em errar, estariam nossos próprios erros, e de acertos
A circunscrição em se preservar não pode estar absolutamente contida
Em territórios que buscam suas leis naquilo que efetivamente preconceitua.

As vezes do proceder correto, os dias em que tenhamos nossas forças,
As horas que passam sem que alguns não possam possuir certezas
Pelo simples fato de se haver divisões que porventura acabam por entorpecer.

Não, que se busque sempre a sobriedade do altruísmo, que sejamos de um país
Na limpeza de nossa correção, a que uma conversa nem sempre tenha que ser
A medida desconforme de comparações, ou a intenção renitente de ver o próximo mal.

Que se pretenda ao menos de se haver bonança na fartura, e preocupação
Que desta se depreenda o fato de que muitos a tenham, em solução imediata
De que concretamente saiamos de qualquer óbice a que nos coloca certa situação!

A poesia não se mede por fatores de história, a poesia apenas pode verter,
Dentro de um estilo sensato, o recusar-se da sensaboria de vermos o alterno
Do que queremos ser harmônico, o que não possui o rótulo dos tempos: o juízo…

Mas que não pensemos que estaremos o finalizando, atravessando esferas atuantes,
Desejando acertos de contas, esmerilhando pequenos atos odientos, posto no ignorar
Das gentes se sufoca a liberdade de sabermos ao menos, uma vez, que sejamos mais homens.

Jamais se peca por alicerçar a paz, jamais haverá no mundo outra chance de mesma paz,
Se o Cristo no-la deu para que pudéssemos construir um mundo sem discórdia
A partir da primeira pedra que Pedro nos tem legado desde o alvorecer da palavra!

domingo, 18 de agosto de 2019

PORVENTURA FOSSE UM QUASE MILAGRE


          No saber de um fato ocorrido, ou mesmo em um pouco de ciência quase matemática, os dados se nos revelam bastante, quiçá o suficiente. No entanto, os detalhes que levam nossa percepção primeira – algo primata, primeva – do que aparentemente há em cena, remonta que levemos em consideração a análise, mesmo que rudimentar, de um fato similar ocorrido, ou mesmo de um espelhamento quase de história, se porventura for o caso. Na questão de um milagre que acontecesse, seria melhor tratar-se amplamente dos paradigmas – mesmo dogmáticos – de saber-se da palavra que encerra esse significado, a não se delongar muito, que seja quase milagre o mundo estivesse se levantando dessa letargia que é o contrário do milagre, em que o seu antônimo se desconhece… O que seria o oposto, senão a maldade e a ofensa, tanto na linguagem direta ao alvo, como nos termos paralelos em que se ofende por tabelas, naquilo que ofende tanto ou mais, e se crê como artifício usual e corriqueiro, através do rancor que se cria a partir de um grupo ou outro, de um indivíduo em relação ao coletivo, deste em relação a outro, guerras, contendas: frias ou não. Seria miraculoso as gentes passarem a ter um critério pessoal, falarem abertamente de qualquer assunto, não precisarem temer e verem desfilar, através da covardia inepta e da hipocrisia, os quadrantes reveladores por aqueles que possuem fé profunda na soberba e na empáfia, na arrogância e na maldade. Qualquer fundamento mais solene revela a natureza dos inocentes em sua intenção o amor pela Verdade, a boa fé, e o andamento correto de sua versão a respeito da vida e suas complexidades, tantas quantas são as inventadas pela nossa espécie. Ponto de pacificação, este é o ponto primeiro, naqueles que buscam isentar de cruzes mais pesadas do que os fiéis podem suportar… A vida não é feita de querelas, não se traduz em enfermidades da alma, mas do engrandecimento desta, no panorama de sacrifícios da humanidade que parece jamais ter fim, quando permite a situação calamitosa e anacrônica de certos atos de lesar mais e mais as mesmas feridas. A rejeição íntima e pessoal de não se querer que a ignorância se revele mais e mais fortalecida depende de atitude em que, cada qual, no seu juízo no mínimo idealmente perfeito, substitua com lições mais grandiosas a leniência de se sentir opinando sobre certas situações sem ter conhecimento cabal sobre uma ou outra questão relevante, ou não.
          A história de certas leis remonta a períodos mais antigos do que supõe a visão reducionista, ou pretensamente reformadora daquelas. As regras e regulações prescritas fazem dessa visão uma estreiteza, quando sabemos que tudo tem seu limite, que a vida em sociedade, dentro de uma democracia ampla, requer respeito mútuo, a quaisquer modalidades de pensamento que reiterem uma antiga sede de se ter paz mundial, mas paz com dignidade de existência, o freio da ganância em excesso, esta que se possa chamar um pouco de ambição salutar, mas não aquilo de achar que sair matando seja solução, posto a cor da pele, posto o credo, posto a condição econômica sejam diferenciais mensuráveis em diferenças qualitativas, pois a igualdade é lei desde 1789, e demanda um mínimo de respeito na sua mutualidade. Voltarmos a uma solução cíclica de absolutismo no pensamento – isso a se citar os sistemas de informação controlados – ameaça o andamento correto em que o espírito das Leis roga que sejamos obedientes a Deus, quando Nele acreditarmos. Mas, se alguma escritura manda que o milagre seja catequizar outros credos, invadir florestas na busca de cristianizar a massa silvícola, esse tipo de milagre não existe, pois certamente torna-se algo de antônimo de si mesmo, quiçá resolvida a semântica por uma única palavra: semente-oca.

sexta-feira, 16 de agosto de 2019

O DILEMA DE ANA CLÁUDIA


          Todos a conheciam por Cláudia, sem meio termo, em que Ana nem parecia fazer parte de seu nome. Podia ser Clô, e por esse nome a reconheciam igualmente… Portanto, que seja: Cláudia, sem Ana. Namorava o suficiente para ser feliz, e tantas eram as invejosas que a colocavam em xeque ao menor sinal de fraqueza, dessa mulher que vivia além de seu tempo, libertária, feminista e independente, razões pelas quais os homens não a compreendiam muito nos seus trejeitos de menina em uma mente e corpo maduros, pois contava com 42 anos. Não seria justo afirmar que ela era mais madura do que tantas outras, pois essa questão não parecia tão genérica se não fosse algo pontual, diminuto, relativo. O que seria a maturidade, se não saber ao menos que se vive um tempo em que não se sabe o que há realmente, ou se tem a certeza de que algo vem com o mesmo tempo, ou mesmo o afã de ser feliz possa ser a maturidade de ser quase infantil? Cria a mulher em um tipo de conduta onde se requer certa prudência, pois sempre afirmava categórica o que pensava ser verdadeiro, e levava uma vida sob a sombra brilhante de uma autenticidade cabal. Visto ser sombra, ao que a outros parecesse, mas respirava sempre o ar magnífico da discrição e da sinceridade. Por vezes franzia o sobrecenho, meio que ao respirar algum outro ar que fosse amargo, mas relutava ao não consentir que o fosse sempre, pois era acima de tudo uma buscadora, uma mulher mais da luta, não se abandonava a questões de adaptações forçadas, pois que fosse, e lhe bastava ser…
           Em um dia que não apontava para a sensatez, fugia por outros cantos e encontrava uma planta, em um vaso, de repente, a firmar o olhar, como quem redescobre ao menos um capim, a ver que a planta mesma possuísse o triunfo de também existir, e lhe bastava derivar para esse simples lado, mesmo que a princípio recusasse a oferta generosa que por vezes o prazer se nos apresenta em uma bandeja de ouro, e que por vezes vira um engradado de lata. Gostaria de pensar de outro modo, como lhe falavam para ser, mas o viés de sua personalidade era da derivação, não muito do cálculo, apesar de amar os números. No entanto, viera a seu mundo o dilema do céu e da terra. Esse dilema de saber-se fixa no chão e querer voar como um animal, querer construir suas asas… Pensava mesmo que poderia voar mais alto de um modo filosófico, como se o pensamento lhe trouxesse o azul, as nuvens, a chuva e o sol. No céu encontrava seus escapes, e na terra deitava-se por vezes para sentir as texturas da Natureza e por ela acreditava que estaria talvez até mesmo encanecendo seus cabelos. Seus brancos, seus volantes de pelos, sua idade que crescia e irradiava experiência, na vida isolada e não necessariamente solitária, pois tinha a dimensão da Criação como aliada fiel de seus braços, ombros e coração. No que tocasse já se refazia, na veste de uma alfombra de ervas, ao acariciar seu gato, nas vertentes do querer não mais do que o simples, do que o básico, que tomava por seu lado a dimensão de importância capital em sua vida. O seu querer não era tanto, não desejava homens muito belos, não era rica e nem gostaria de viagens e gostava de uma vida simples, e de seu elevado pensamento. As paixões pelas quais vivia era a sua arte do desenho, no que transcrevesse o painel irrequieto, mesmo que sua capacidade para tal fosse limitada, posto saber profundamente que a poética fazia parte de seus signos, de maneira apropriada, no que se conhecesse, mesmo que não houvesse em seu diletantismo saltos maiores da qualidade esperada do tal mercado, que tanto lhe falavam sobre e, ela, meio que o desconhecia.
          Sabia Cláudia de suas compras, que a reconheciam, sabia o que era o comércio, mas as leis que regem um futuro equidistante do passado não lhe diziam muito a respeito da engrenagem por vezes necessária em que os sistemas contemporâneos nos colocam termos, nos impõem certas condições. A isso a proposta de sua vida lhe antepunha as barreiras que a separavam da existência da maior parte das gentes que passava a conhecer, quando passeava com seu cão, quando via os trajes, vivenciava circunstâncias, sedava seu comportar-se no detrimento de outros que exerciam um certo fascínio por existirem nos seus passos, por se ver e presenciar os modos, e a diferença bárbara entre várias gentes, mesmos estas com roupas parecidas, algo turvas, algo cinzas, de se rir deslocada, posto algo tristes. Talvez os carros lhe falassem mais na mesmice da velocidade, do ímpeto, de uma máquina que a ela lhe parecia girante sobre um mundo bem plano: na rótula, nas faixas dos pedestres, nos estacionamentos, em uma luta de carros vazios, de latas coloridas, no negrume de sua aparência, nos carros brancos, nas placas e nos sinais. Meio que ignorassem sua presença, e ela permanecia fiel a essa felicidade do anonimato que desconhecia, por estar alheia à fama ou ao desconhecimento das regras que pungentemente abraçam esses veículos. Seus ritmos eram o andamento dos ruídos, dos sons que lhe chegavam pelas portas da percepção, uma sirene, um rangido, uma música, uma frase solta, um latido, este que lhe parecia sempre mais sensato, por mais ruidoso, pela ansiedade canina, pelos versos de rimas que soletrassem por fim esse modo de existência. Uma vez alguém apareceu para ela empunhando um celular, já na onda 7G, e lhe falou com um capacete digital porque ela andara tanto por suas próprias pernas, e ela veio a se mostrar ignorante dessa condição, começou a perceber que estar conectada à Natureza começava a esfriar o temperamento de sua independência… Jamais pensara que estivesse tão desconectada à natureza material: do objeto construído, o sim e o não, do que talvez não existisse porventura na sua clemência em pedir algo maior ao que houvesse em uma gôndola de supermercado. Esse super mercado que vinha para ficar, e ela pensava que a industriosa forma da ilusão participava de alguns caminhos, e o dilema crucial para ela seria pensar que o céu e a terra finalmente estariam conectados, ou as conexões capitais para os que estavam com certas maquininhas seriam a face deslumbrante de finalmente separarem céu e terra, mesmo que no ar o voo de uma andorinha fosse mais silenciosa do que o de um drone verticalizado pela ausência do fator humano que jamais conhecera em sua integralidade…

quinta-feira, 15 de agosto de 2019

A MONTANHA QUE DISTA DO PLANO


Venhamos a ser coadjuvantes de algo que pertença ao planisfério,
De uma entidade geométrica nua e pertencente ao vértice maior
Quando de encontrar com o ponto distante, que nos remeta ao ínfimo.

Na realidade aumentada, vestimos um capacete em que o enfermo
Possa ver a mais, em que a tecnologia 5G remonte ao que não vemos
E que, por suposição crua, vemos na acessibilidade ao preço conforme!

Em uma vida globalizante vemos quase a totalidade, do satélite comum
Ao fotografar o que se passa em redor de nossas redomas, e que se saiba
Que no oposto veríamos milênios mal construídos por unidades prismais.

No ponto que nos alcance, o tema é reiterar o criacionismo algo déspota
Quando as referências estariam escritas de um mesmo modo de catálogo
Onde a editora do Vaticano – esta, sim – saiba onde mora o conhecimento…

Não que se queira menosprezar o conhecer do despotismo da vida,
Quanto a sabermos que o mesmo ato do déspota por vezes desconhece o fio
Que religa a espiritualidade conforme com a atitude de respeito ao são nulo.

Mas que verta-se o conhecimento de todas as frentes, que se apreenda
Toda a realidade do consorte mito da existência, onde as religiões se façam
Com o tempero de cada casta, onde se crie a vida a partir do mesmo querer…

Não se queira partir de uma crítica cabal, mas o latim já se nos revela
A fonte ancestral, onde nem Lutero imaginaria a própria força de um idioma
Que perpassa Roma em uma Itália a se mostrar ao tempo a que teria vindo!

Nesse saber altíssimo, está a Revelação de que somos muito mais ínfimos
Do que esperamos de Deus o acréscimo que nos aparenta à Sua forma
E que se convenha que a montanha da fé a move, e que a fé a mantém…

De montanhas que se diste o plano, pois o plano não será jamais montanha
Posto que se revele ao mundo que a fé, por incrível de parecença seja,
Não retruque à Natureza que as montanhas possam permanecer onde estiverem!

E, se de montanhas escrevermos mais algum verso, parece tanto com a vida
Que manter o bom senso de preservá-la não revele o tempo algo cáustico
De se esperar alguma guerra justificada pela mesma outra fé que não existe…

terça-feira, 13 de agosto de 2019

SOB O HOLOFOTE MIDIÁTICO


            Não se ressintam aqueles que por alguma razão estão aparecendo nas revistas e TVs com a teatralização em que se tornou o faustoso mundo das outras aparências. Haveria, por uma assertiva principal, de se contestar a mesmice de denúncias políticas ou de outra natureza, quando o que superficialmente não se percebe, seja uma luta em se manter de pé o poder informativo, enaltecendo educação de primeiro mundo com o viés do ruído de se mostrar a miséria humana, mas sem contestar as suas verdadeiras causas e motivações. Há canais de comunicação que sempre estiveram à frente em suas propostas valorizando os EUA como o suporte ideal para uma nação como o Brasil. Como se o republicanismo não houvesse de importância para o desenvolvimento de nosso país, e confirmando a preferência quando da invasão da Síria, Iraque, Kwait, Palestina, da supremacia bélica, do apoio ao regime de 64 neste país, paralelamente à construção gigante do que se chama de 4º Poder no Brasil.
            Vê-se hoje uma crítica onde as emissoras que se dizem mais importantes defendem o humanismo que jamais quiseram realmente que houvesse, com a distribuição de renda mais igualitária, partindo contra um Governo que mal sabem se realmente representa uma ameaça ao seu oligopólio, temendo que se reveja a sua ilegal concessão, em uma queda de braço onde os militares, francamente, levam uma vantagem cabal e onde os evangélicos são mais fieis e vergam menos do que a emissora de opinião algo manipuladora, a bem dizer, totalmente.
            Há que se saber do modo sincrônico onde se apresenta o drama antes de expor a tragédia, se dispõe da comédia, e até mesmo se comenta em algum documentário de ocasião como se procede a educação em outras nações bem desenvolvidas, em um tipo de timer onde o mesmo modo sincrônico reverte com suas pitadas dramáticas e envolventes o quanto seus fantoches podem atuar com o público. Saibamos que a educação pode mudar, no dito conhecimento não necessário, como dito em reportagem, mas a própria apresentação das âncoras de TV, em um futuro não muito distante – se tratando de década ou menos – os comentaristas serão bonecos de 3D que disponibilizem as informações onde quer que estejam, quando estas realmente fugirem de conhecimentos mais aprofundados, a título de simples apresentação de tópicos. No aprofundamento cotidiano dos sistemas de informática, onde a trilogia: dado, informação, e conhecimento passa a ser hierárquica na ordem inversa, quem realmente não se aprofundar será fadado a ser mero manequim travestido de realismo e beleza plástica em boas e competentes modelagens. Onde as âncoras viram repetidores banais, e não se terá maiores preocupações na hora da substituição. Esse é o ABC não de uma relatividade de Einstein que possuía muito conhecimento e mudou muito a ciência, mas de uma simples timeline bem gerenciada...
            O futuro do jornalismo vai ser enxugar muito o pressuposto de que os antigos dinossauros que são a receita do que existia no século XX já não poderá ser aplicado neste novo milênio, onde a uberização do jornalismo será pautada pela crise econômica em que a informática terá papel fundamental no descarte de quem não possua conhecimento farto a respeito de um assunto, a não ser repetir como um papagaio as notícias diárias. O que já se revela nos dias atuais é a importância e independência de pequenos e micro jornalistas que publicam – sem a audiência capital – suas percepções dentro do escopo da alternativa mais independente, seja no panorama dos Governos atuais, seja na confiabilidade de filósofos que igualmente se dizem independentes, mas apenas revelam ao menos a atitude de tentar pensar e dar diretrizes na contra direção do status corporativo da grande mídia.
            A construção de um paradigma que revele como se processa a dita sincronização programática das grandes estruturas globalizantes da informação passa pela questão de conhecermos em termos de engenharia da informação como se procede uma dramaturgia de suporte, ao uso psicológico e manipulador da realidade, e como o quarto poder se torna igualmente nefasto quando se utiliza de concessões no mínimo escusas e suspeitas para continuar posicionados como uma grande antena que alcança todas as populações. É grande a necessidade de atravessarmos um bom oceano para que se reveja – no fiel da medalha – como se constrói uma realidade de um bom artifício rejeitando ícones civilizatórios que só fizeram serem amigos dos poderosos e inimigos de quem não convém, por iniciativas exploratórias e desumanas em relação com o povo brasileiro. Nisso incluída a grande mídia, que contemporiza grupos, parte para críticas que não alteram as estruturas de Poder, colocando panos quentes para os excluídos, e realizando laboratórios de reality shows para receberem audiência das elites mais conservadoras, no sentido de não aceitarem a iniciativa de grupos com vária intenção.
            É por isso que o que se chama de rejeito cultural é o que sobra de uma cena onde os atores sempre foram os mesmos, os cenários mudam conforme o tempo, onde os debates são manipulados, onde as entrevistas com celebridades políticas ou não se fazem nulas no acréscimo de conteúdos realmente pertinentes e, principalmente, onde o jornalismo investiga a face de mão única, deixando para trás evidências que seriam de vital importância em uma ferramenta saudável de composição e união pela Pátria, no sentido humano e altruísta de descerem do pedestal e confessarem que este país necessita de mudanças profundas e estruturais no que diz respeito a sua cultura, e como é sua importância na aceitação da miserabilidade como realidade indiscutível nas suas razões, nas suas causas e nas suas consequências. Esse seria um bom andamento, apenas se pensássemos na União, e que os Governos de monta ajudem a fazer de um grande país um país imenso...

segunda-feira, 12 de agosto de 2019

A LÓGICA OBJETIVA


          Qual não seria um mundo sem a lógica… Apesar de jamais nos debruçarmos deveras no mundo daquela, não seria mal visto alguém que apontasse, como Sanders Peirce, uma ciência que transcendesse a mesma lógica... No entanto, vemos que aponta muito a questão da Natureza realmente transcender um fundamento matemático, contrapondo-se em seus significantes mais agigantados o que ocorre hoje com os fundamentos da computação e suas facilidades de processar dados e informações em velocidades absurdas. A Natureza torna-se, no viés criacionista, obra de Deus, mas isso não a explica, quando a ótica sobre ela debruçada não vê uma questão de que – depois de haver a Gênese – as coisas acontecem ainda sob o manto assaz importante de que a vida nela contida é que deverá mover o mundo que acontece. Onde a existência da devastação é não existência, levando ao nada e contrapondo à própria criação divina o pensamento de que não estamos destruindo nada, justo, o que não é o fato. O papel de uma religião onde estiver atuante, seja Bíblica ou não, não será melhor quando explica ou justifica um sofrimento humano, ou de todo um sistema natural, com base na perspectiva reducionista de que o mundo está em seus últimos dias. Nada a ver com qualquer credo, mas as antigas guerras e pestes já anteviam cenários mais aterradores do que o que aparenta em nossos dias, como na última segunda Grande Guerra, onde foram ceifadas dezenas de milhões de vidas.
          A aparência que temos com Deus é próxima igualmente da semelhança que temos com os macacos, posto deles não distarmos quase nada em termos genéticos. Aliás, entre um camundongo e um ser humano existem genes em vulto semelhantes, como pelos, patas, mãos, olhos, rins, coração, reação a experimentos semelhantes que nos aproximam à ciência. Não seria absurdo afirmar que os cientistas buscam soluções bioquímicas aos humanos através dessas cobaias. Isso é tão factual ao se descobrir que um reboco de nova marca é melhor do que o que se vem usando até então: as duas circunstâncias unem ciências factuais, de uso mais perene, desde que descobriu-se a roda. Se o nosso presidente precisa de um médico, certamente vai optar pelo melhor, e se um médico tiver condições de ir a um congresso de ponta, certamente vai investir nesse upgrade. Se a Bíblia for traduzida para centenas de dialetos, certamente vai atingir mais gente, e catequizar mais propriamente nesse sentido, na medida em que se somarem investimentos grandes para tal empreitada. No entanto, entenda-se a religião dos povos não pelo alcance que possui, mas pela importância que alcança ao indivíduo, seja uma seita, um rito tribal, uma crença africana, a existência dos feitiços, os totens, os cânticos, os idiomas que são intraduzíveis pela civilização por não possuírem o alcance a ser espelhado pelos padrões latinos ou anglos, ou orientais. Enfim, o respeito ao panorama cultural dos povos, suas ciências, seus mitos, nos grandes arquétipos que Jung já previra na coletividade humana, sob a ótica da ciência psíquica, o que vem a limitar igualmente a totalidade e pluralidade dos seres, já que para muitas tribos a religião incorpora a Natureza como condição de respeito por ser ou fazer parte da existência de seus ritos e de suas maneiras de ver a si e ao entorno.
          Nisso vemos que a lógica, como vem sendo utilizada pelos padrões da tecnologia das civilizações, reduz a percepção à sua existência, onde o evidente binário parte do pressuposto da ciência Newtoniana, basicamente, e a construção do imaginário dos indivíduos acaba por espelhar em pequenos ou grandes agrupamentos pretensas soluções de vida mais confortável, e uma ignorância de visão que insiste nas guerras, nos litígios, na competição desigual, e em uma condição de miserabilidade e concentrações de megas fortunas nas mãos de poucos privilegiados. No fundo, dividimos o mundo entre várias fantasias, inclusive certos messianismos que deveriam esperar para ver se ao menos se busca uma solução consensual naqueles povos que precisam de atenção... Basicamente no continente africano e no latino americano, onde o tribalismo ainda representa vitalidade e conformidade com suas crenças, e onde a intervenção extremamente cruenta gerada pelos recursos abundantes deveriam abrir espaço para as riquezas mais de coleta, permitindo a sustentabilidade na preservação da mesma e nossa mãe Natureza. Deve ser condição sine qua non a que possamos prosseguir com duas realidades que se ajudem, sem buscarmos polarizar aquecimentos de máquinas que atentem contra a harmonia necessária e premente nos dias conturbados de hoje.
         A lógica a ser enfrentada deve ser objetiva no sentido de “re”ligarmos Deus com as leis do mundo, posto sem dúvida esse Deus maior deva ser o respeito acima de tudo, sem fronteiras, protegendo as nações indígenas, aprendendo com a medicina das plantas e outras formas de vida, recusando – haja vista haver tanta concentração de riqueza – retirar mais e mais riquezas do solo do planeta na forma de ouro e minerais, quando próximos a reservas ambientais e, principalmente, escutando os conselhos de um país que possui ao menos a sigla de um partido chamado: Verde, como a querida Alemanha. Essa nação quer zelar pelo bioma de nossas matas, e já aprendeu duramente o que foi a derrota, o erguer de um muro que a dividiu, e a união das suas diferenças na construção de um país que tem, com seu Governo, a estatura e liderança de uma mulher culta, preparada e verdadeira estadista. Temos que escutar quem conhece, quem tem história, apenas para citar esse país, entre outros. Ou, em outra plataforma, os Médicos sem Fronteiras, uma ONG de respeitabilidade inquestionável. O que se espera é que daqui a pouco não venham ter que atuar aqui no Brasil, pois a situação do Nordeste não está nada bem nessa questão de ordem.
         Baste de se insistir um pouco nas questões de cunho político ou midiático, pois usando a lógica temos o True e o False: o primeiro dentro da esfera do respeito supracitado, o segundo como signo de devastação em que certas árvores vão precisar de dezenas de anos para atingir o seu crescer condigno, na melhor das hipóteses, se houver replantio e boa vontade. E mais, a humildade que a espécie humana tem que ter para olhar uma folha e pensar ao menos que nenhuma espécie é superior a outra e, que Darwin nos perdoe, para que tanta evolução, se sempre temos passado por situações tragicômicas? Certamente, na atualidade, mais trágicas do que graciosamente divertidas...

domingo, 11 de agosto de 2019

TIRA-SE DE UM LADO E DO OUTRO


Quem sabe o lado em que se fecha um encontro quase casual
Quando se pretende um contato humano, da entrega, ou não,
Quando de traições não se fala mais abertamente, mas exemplifica!

Não que não tenhamos mais as vozes de antes, o que desaparece
Não importa mais aos olhos do Estado, este que se torna verdugo
Da sua própria consciência, dia a dia encerrando os dias no inferno…

Assim que a questão é essa mesma, a questão espiritual, do céu que há
E do inferno mais cheio, que pertença a essa gente que nem desconfia
Que não há maiores suportes que expliquem justificar a maldade!

O rosto de alguns se revela, quase de um ódio subtraído dia a dia
Nos escombros morais que carregam toda uma nação na superfície
Bruta de cheiro de benzina, o cheiro da champanhe do nepotismo nu…

Não que não se pretenda ser apenas um alerta, que seja, mas que se veja
Que essas dicas podem ser sementes ao vento, e que saibamos que
Em uma terra calcinada pelo rancor os frutos são quase resultados de aborto.

Não há o que temer quando os dados são lançados, a cada jogador de roleta
Vê o pião girando, e neste que se saiba que não importa a ordem da linha
Pois os eixos de rotação são apenas de um pino, e volta e meia dependem do chão.

A se propor que gire no impulso, e que nem toda a filosofia de alcova permita
Que um outro idioma soletre um gozo fanático de ferrar com todas as riquezas
Que jamais – na intenção perversa – fará parte do trabalhador latino-americano.

Essa intenção perversa e primeira, a que se tente, de mais tentar-se, da última
De se tentar, a intenção de atrasar todo um continente, onde por alto um rato branco,
Misógino e de supremacias raciais venha a impor à nossa beleza o samba que temos.

Como em uma música vemos o Haiti sem ser a nação de antes, tão maravilhosa
Em que a liberdade passava a ser o prenúncio de uma libertação, e assim vemos
Como o Brasil decai dia a dia, sem que seu povo tenha a menor possibilidade da fé.

Pois que a fé não é em um Cristo dos EUA, pois que não fora sempre louro
A quem de César sequer recebe uma etiqueta de consagre, posto nesse barco da fé
Alguns movem montanhas, e outros as exploram de tal forma a que desabam por si!

UM MANIFESTO AO BOM SENSO


          Não que se queira prosseguir com essa demência coletiva que aí está, pois que os derradeiros tempos haverão de ser melhores, ao menos a quem estiver conectado aos países que se preocupam com a infraestrutura de nossas cidades, a um interesse de acrescentar, e que o rancor odiento da reação ao bom senso seja varrido de nossa consciência, e que foquemos no bem estar indígena, negro, dos LGBTs, das mulheres e das populações vulneráveis, aí determinadas também àqueles que possuem miserabilidade ou fraqueza imposta psiquicamente. Não há de se tolerar mais os desmandos dos que pensam na ganância como frutuosa ao bem-estar, pisando duramente sobre o povo menos esclarecido, ou pauperizado pela experiência em apenas sobreviver, como em um escravagismo onde quem está mandando é quem exerce o poder, incluso da repressão cáustica. Há que nos manifestarmos onde quer que estejamos, pois a ciência da orgia não chega para consumar o ato em que parece que tenhamos a que nos preparar para enfrentá-lo. O enfrentamento é duro, e quem vos escreve talvez daqui a algum tempo já não o possa fazer mais, mas enquanto a saúde mental se fizer presente, se nos roga se ao menos no presente momento possamos ajudar a frear a demência em que está se tornando o Brasil, coletivamente. Há que se botar a termo todo o Governo que desmande, e não somos obrigados a aceitar os desvarios da má conduta de lideranças equivocadas. Que façamos a nossa mea-culpa, que tracemos prognósticos favoráveis de uma gestão, que encaminhemos para o bom senso toda a tração do motor que move a bondade, pois afora isso, entraremos infelizmente em um tipo de guerra civil. Será que os maiorais terão sempre que andar blindados? Quem serão os menores que estão perto de barragens, que perdem suas casas na orla das florestas, que recebem nem o dízimo para as pesquisas, que impõem a bíblia como única tábua da salvação?
          Não existem fatores externos que nos tragam vantagens esclarecedoras, mas apenas um quesito do que seja simples naquilo que devemos observar atentamente em dias onde a desordem se torna instituição e as leis são constituídas pela força e desvario do odiento caminho não apenas daqueles que efetivamente exercem seus poderes, mas igualmente dos que tenazmente são apenas ordenanças desse estado de coisas. Há que se fremir a independência o quanto antes, pois agora, antes de quaisquer tempos obscuros, nosso país passa a assumir a entrega derradeira de seu território para interesses escusos, naquilo que muitos confundem com o final dos tempos, em que certos messianismos sem escrúpulos e decência navegam com facilidade através de um povo atônito e de instituições afásicas e temerosas do teatro que se acumula como naftalina dentro de nossos escaninhos. É hora de se contestar cruamente, de se tornar ciência o protesto saudável, o debate esclarecido, fora dos ditames de uma mídia que também se torna um quarto poder e escraviza o saber humano, filtrando e manipulando a opinião pública como se agora fosse boa o suficiente para salvar suas próprias aparências de bons moços. Nem oito nem oitocentos, pois que o centrão seja a força a nos impulsionar na nossa retaguarda, e que o Congresso assuma publicamente que não está recebendo favores para votar quaisquer decretos impopulares, pois assim feito estarão traindo a confiança de suas bases.
          É sempre hora de um bom combate, e sempre igualmente é hora de que um Governo que se preze passe a atender melhor os anseios democráticos, pois se se sentir acuado como um cão sarnento, vem uma fúria pelos flancos da sociedade brasileira onde o arrependimento não há.

sábado, 10 de agosto de 2019

INFORMAÇÃO



          Sala grande de almoxarifado. Um senhor contador sentado em um terminal à esquerda, e Cornélio pergunta:
          - Você sabe quem é?…
          - Do que, quem sabe o que?
          Clodoaldo sabia exatamente o que fazia no depósito, e as mercadorias iam e vinham, ele contabilizava, jantava e ia dormir, no meio da aritmética e suas planilhas, de si não era por tanto.
          Prosseguiram, e Cornélio insistia:
          - O homem, caro, sabe alguma coisa dele, algum dado, uma informação qualquer?
          - Mas que homem? São tantos…
          - Ah, você nem se apercebe que não há tantos homens, assim, com a empáfia de assumirem que são homens, aqueles que vivem incomodando por serem mais… Digamos, diferentes…?
          - O senhor vai ter que insistir em outra freguesia…
          - Então pode ser você? Talvez…
          - Eu sou um contador, apenas. Sei das minhas contas, do meu ofício.
          - Por ventura, Clodoaldo, sabe que dia é hoje?
          - Claro que sei: sábado, quatro da tarde.
          - É sete de setembro, algo lhe diz sobre?
          - Independência ou morte, patrão, essa foi a frase, e no entanto…
          - No entanto, o que?
          - Nada, senhor, de acordo, Pedro I foi um grande cara… Ish, a gente é que mistura as coisas na questão das datas. Porém seu Cornélio, eu devia ter alguma folga nesses dias. Sei, estou só brincando.
          - Nada, meu caro. Quer dizer que você não sabe o nome, nem quem é, nem quanto nos deve e nem quanto nos emprestou…?
          - Realmente não. Nem sei do que o senhor está falando. Só sei que registros de alguém que nos deva… Quanto? O senhor não faz nem ideia?
          - Bicho, era no mercado paralelo.
          - Assim já era, seu Cornélio, eu não sei de seus andamentos ilegais.
          - Você tá insinuando algo?
          - Não, jamais, só estou dizendo que registrados estão muitos clientes, e de memória eu sei que alguém deve, ou empresta, mas dever e emprestar não coaduna com as entradas e saídas, assim como input e output. Assim funciona o nosso sistema, caro senhor.
          - Se você realmente não sabe, nem em registro ou um olhar sequer no homem, quem sabe deva estudar mais o comportamentalismo para saber como se procede um sistema que se preze.
          - Desculpe senhor, sem ofensa, eu não trabalho aqui para tapar buracos…
          - Então recolha as suas coisas e vá engrossar as fileiras. Está demitido.
          Clodoaldo refez seus dias no silêncio, viu a frieza de dois anos em uma gaveta de escritório, sacou de seus pertences e saiu, na resignação da satisfação de abandonar um emprego que sabia ser no mínimo altamente suspeito. Mas ele sabia que em seu pendrive já estava garantido um outro...

quinta-feira, 8 de agosto de 2019

QUANDO ACHAMOS QUE TUDO ESTÁ OBSCURO E TURVO COMO UMA NOITE SEM LUA, O SOL APONTARÁ PARA UMA GRANDE VITÓRIA, MESMO QUE O TEMPO DEMORE ALGUNS SEGUNDOS MAIS....

NÃO HÁ NEM DUAS NEM TRÊS: A VERDADE É A CONCRETUDE.

O SONHO DE UMA PESSOA SÃ EM SUA CONSCIÊNCIA É VER A SOCIEDADE NO MÍNIMO COM MAIS JUSTIÇA SOCIAL E EQUILÍBRIO NO REPARTE SOLIDÁRIO.

DEPOIS DE UM EXERCÍCIO INTELECTUAL DE VULTO, AS PALAVRAS SÃO O SONHO DE ALGUÉM QUE SOA COMO DELAS SER UM BOM IRMÃO.

SEJA QUEM SEJAMOS, JÁ O ÉRAMOS ANTES MESMO DO PARTO EM QUE VEMOS SEMPRE COM DIFICULDADE A MESMA LUZ QUE PORVENTURA AINDA NÃO CONHECEMOS.

NÃO HÁ MAIS O QUE SABER DO TODO, SE AS PARTES ESTÃO SENDO - COMO TRONCOS SECULARES - TOLHIDAS DE UMA EXISTÊNCIA CABAL E SÓLIDA.

MEU CÃO É MEU MELHOR AMIGO, POIS, TREMENDAMENTE PEQUENO, ME ENSINA O QUE É CAMINHAR PELA GRANDEZA DE PEDRA DE ALGUMAS RUAS.

PUDERA, SE ALGO OU ALGUÉM BUSCA SER DIGNO, QUE AO MENOS TENTE SER ATRAVÉS DE SUAS PRIMEIRAS E BÁSICAS ATITUDES, MESMO QUANDO AO DESPERTAR NOS SEUS DOSSÉIS DE OURO.

NÃO HÁ CASA GRANDE E SENZALA, HÁ EDIFÍCIOS FORTIFICADOS E FAVELAS E PERIFERIAS OBSCURECIDAS PELA FALTA DE SUPORTE SOCIAL.

NESTES TEMPOS ALGO SOMBRIOS, QUE A PALAVRA AMOR REVELE-SE NAQUELE OLHAR MAIS DURO PELA SITUAÇÃO POR QUE PASSA A GENTE QUE SOFRE...

A POSTURA DE UMA VIDA EM QUALQUER SER É COMO QUANDO A FOLHA TENRA E NOVA DA SAMAMBAIA DESENROLA SEU CRESCER, COMO UMA FLOR QUE DESPERTA PARA O MUNDO!

A TÉCNICA DE PROGRAMAÇÃO É TÃO TÉCNICA QUE DEPENDE ÚNICA E EXCLUSIVAMENTE DAQUILO QUE TEMOS QUE DIZER EXATAMENTE Á MÁQUINA O QUE ELA HÁ DE CUMPRIR.

QUANDO O VENTO BATE FORTE PELOS RINCÕES DAS CIDADES, EM CADA NICHO, EM CADA FRONTEIRA DE UM PRÓXIMO OU UM DISTANTE, QUE ESSE VENTO TRAGA AS NOTÍCIAS DE UMA CHUVA SERENA E ACOLHEDORA PARA OS RIOS SE FORTALECEREM E A HUMANIDADE COLHER BONS FRUTOS.

QUE UMA TEOLOGIA NOVA DE LIBERTAÇÃO NOS AFLORE NO PERFIL DE QUERERMOS AO MENOS QUE DEUS AJUDE OS DE BOA VONTADE A SALVAR O PLANETA DAS DEVASTAÇÕES HUMANAS.

DEUS É ALGO MAIOR DO QUE O TUDO, MOSTRA-SE NA GRAMÍNEA, NO SOL, NO QUE NÃO CONCEBEMOS E NO QUE AINDA SEQUER ESTAREMOS PREPARADOS PARA TENTAR ENTENDER...

QUANDO PENSAMOS NA PROGRAMAÇÃO DE UM APP, O CELULAR JÁ ESPALHA A NOTÍCIA PARA QUE OUTROS QUE O SAIBAM JÁ O TENHAM PRODUZIDO.

UM PONTO EQUIDISTA DAS LINHAS


Ao ponto que se dê uma presente linha, quiçá transparente,
Para que não se veja tão logo a vírgula necessária
No modo em que o ponto-casa, e sinalizando linha-rua…

Da rua livremente posta, dos postes, das lixeiras que esperam
Os obstáculos prementes de seus dias, da selva transmudada de seres
Que, notívagos, pernoitam por abaixo de marquises consentidas!

O ponto que não seja apenas o de vista, pois de mal talhado revela
O outro ícone que deixamos atravessado por um aplicativo sem causa,
À frente de inocentes dias, o que voga na transudada ignorância.

De se verter o ósculo em algo parecido com uma pipeta
Tão científica dentro de vibrações onipresentes de uma noite,
Ao outro ósculo nas vertentes que um dia disseram da esperança…

Ah, sim, ao beijar serenamente o claustro das enfermidades de patíbulos
Veste-se a medicina a assentir que seja assim mesmo, no que de muitos
Haveria outras que dissessem um oposto do que não fora privação.

Um ponto equidista de uma linha, rege a semântica dos aconteceres,
Do que o não oponente bíblico se oponha ao que realmente acontece
Nos alvores de que ao menos o povo possa ler o seu Texto Sagrado.

Ao que o povo é ponto, a linha sê-lo atravessa de ponta a ponta
Nos desejos de se comprar – estranhos vértices – o quinhão do pão
Ao menos que se deseje e possa adquirir um quilo de mortadela…

Não, que o poeta jamais descanse, que o trigo remanescente argentino
Seja sempre o mesmo daquilo que se espera que haja na gôndola
A se firmar o tempo que não claudique a forma não esperada do belo!

Que se queira ocupar espaço, mas na força isso é dispensável, pois não há
Um mínimo rejeito a elucidar as hierarquias em que se dispões as trocas
Em que um Cruz se troca, porém, por ter sido grande em sua instância.

Se a linha está acessível a qualquer dos lados, o ponto se posiciona âmbar
Na fortuna de suas rodas a alicerçar os tempos, em que a poesia possa
Ter encontrado o mote indubitável das esferas ancestrais de nosso século!

segunda-feira, 5 de agosto de 2019

A DIMENSÃO DA VIRTUDE


          Virtuosos são os que praticam o bem… Assim, sem meias palavras, assim como um ensinamento que não pouse no vazio, de saber ao escutar, de manter a dignidade inalterada. Como nas relações humanas calorosas pelo afeto e sinceridade, algo que remonte à delicadeza do ser. Como nas relações nossas com o entorno, na prática não odienta de se armar de flores! E como há de se pensar em palavras de conforto como o mote indispensável de se transmutar o rumo em que não se tem ideia de como se comportar, naqueles de fraca memória do que vem a ser a ética humana e compreensível para tudo o que se conforma de saberes, de monta sempre válidos. Essa busca dos homens por um quinhão possível da existência é que nos faz mais humanos, na acepção clara e objetiva de se saber que mesmo dentro de limitações severas alguém que seja nobre de espírito pode construir sua vida na esfera da esperança. Essa esperança de que o mundo resolva seus problemas tem a ver com uma versão moderna de um modo em que silenciosamente os homens busquem suas próprias soluções, sem estar necessariamente de acordo com prerrogativas ortodoxas, ou dogmáticas. O dogma sempre é um entrave para o desenvolvimento científico, tal como o conhecemos na Natureza e a sua absorção de conhecimento que não declina para o irracional, ou o fugidio panorama da abstração ilusória. Essa abstração que não nos remeta ao que consideramos o fato de estarmos buscando as melhores soluções a equações que se tornam cada vez mais complexas no entendimento das humanidades. O fato de se antepor ao domínio científico certo dogma ou comportamento ilusório religioso, ou não, sobrescreve sobre as páginas das certezas um tipo de confusionismo que repete o obscurantismo tão bem – e já – reconhecido de histórias que vivenciamos em outras eras. A saber, que nada se explica conforme uma única visão histórica, seja de qual ou tal enfoque, nas vertentes religiosas ou não. Não existe ameaça maior para a humanidade senão a falsa virtude de encontrar no pensamento único sua única forma de expressão. E isso acontece usualmente no formato daquilo que vemos ou presenciamos quando algo ou alguém se nos apresenta como único condicionante de nossas atitudes perante o mundo, o país, estado ou cidade. Esse comportamento de face única nos predispõem a que nos saibamos melhores por vezes e, no entanto, claudicamos nesse melhorar de único viés. Quem sabe possamos ser melhores no sentimento básico, distante do que realmente queremos, mesmo que busquemos incessantemente a religião, ou outra prerrogativa de misticismo, qual não seja, pois a Bíblia é uma escritura fruto do meio humano, criação em torno do Criador, e porventura possa ser virtuosa como o Budismo, ou Alá, ou Krishna, para citar as maiores religiões do mundo. Desse Deus que é único, e não é apenas o Cristo, pois revelam-se a nós as profundezas da compreensão humana sobre as religiões.
           Fosse um tempo equidistante do que nos aprofundamos na questão dessa busca, não haveríamos de compactuar com sistemas autodestrutivos de um desmonte aparente de uma fé outra que não seja apenas a bíblica, pois o sistema humano e transcendente roga a que sejamos tolerantes com a fé alheia, mesmo que a questão do Poder político tente impor e negociar a mesma fé. A fé em Deus é inegociável, não compactua com a dimensão política, não corre atrás de influências, não veste em si um caráter indigno, e nem toma vantagens por hierarquias que não consagram nada, além do fato de se não consagrar o que nos torna de um caráter introdutório do que não seja certo, por suposição. A cerca que por vezes nos separa de uma vida realmente livre é certamente a intolerância religiosa, e quem vos prescreve essa pequena lição gosta e ama a religião de matriz africana, pois esta remete-nos e nos lembra da questão da espiritualidade sem fronteiras, o que nos dá a vantagem de prosseguir vivendo dentro da fronteira do bom senso.