Quem sabe
fosse um tema fácil de encontrar sobre nossos ombros quaisquer fardos que
sejam, mas supostamente não a conveniência do conforto em se admirar a guerra,
ou de se pregar a paz dentro de uma sala repleta de queijos e vinhos raros...
Estes fardos seriam de pelúcia, uma pelúcia de encontro com naftalinas, ou não,
de tanto usarmos um cheiro de uso, de perfumaria barata, ou na ponta de um algo que seja mais
sofisticado, como o cheiro empolado e francês. A guerra tem odor fétido, do
lucro, daquele que ganha, do covarde ato, ou mesmo do pressuposto equilibrado
das potências escaldadas pela preparação do combate. Na guerra o tabuleiro é
conforme, usual a todos os países vencedores, uma questão de tempo, um linear
de mísseis, um homem que vale mais do que trinta, ou um trinta que move um
milhão de sofrimentos, Talvez houvesse pressupor um dia, uma conflagração, uma
ameaça. Talvez outra força, outro entediante e previsível movimento, uma tática
facilitadora... Há de se encontrar uma sala no lado da rua, a céu aberto, uma
pequena contenda na situação do desabrigo, um meio incontornável, e a situação
imutável dessas sortes.
Que o
escritor não encontrasse tanto dessa parafernália existente, do que não é e não
existe, portanto, daquilo que se quer, mesmo em um curso da saúde privado, onde
o pequeno interesse é que apenas se possa pagá-lo sem a falta do não futuro.
Perdão, do futuro, do encaixe, da não ameaça sobre o patrimônio, e que não haja
negros na sala de aula, pois isso fere o andamento social pequeno de uma
burguesia que se apega na normalidade que nos fazem crer como tal, como
estamento, como preconceito “viável” na forma de uma lei subjuntiva e
individual. Não é suficiente termos quase o viver de acordo? Qual a origem da
paz, senão o armistício entre fronteiras? No consertar avarias de um carro
sabemos que ele só andará com o petróleo, mas na ponta extrema não sabemos que
o óleo muitas vezes vem do sangue derramado. Queremos buscar a namorada na zona
sul, queremos beijar como nunca nos beijamos... Talvez apenas isso, que algo
mais íntimo seria a coroação, mas que o ato em si significa? Ao óleo,
poderíamos dizer, mas que óleo é esse, pois passo por um posto e lá está, e por
que essa questão tão irrisória? Talvez, concomitantemente em saber, estamos na
curva de hipérbole descendente, o óleo acaba em pouco tempo, se consideramos
que nossos descendentes vivam mais tempo do que seja a normalidade em se viver.
A paz se faz presente quando um país não nega seu ouro negro e vende suas
jazidas a um preço irrisório para um país que deseja usufruir do mesmo ouro,
comprado como em um leilão onde o menor preço assinta entre corporações
gigantes. Essa riqueza, se convertida a um povo esfomeado, tira esse povo da
miséria, e esse precipitar do bom senso é que faz de uma nação a sua soberania.
Uma paz permanente se cria, mas creem, a águia dá seus sinais da garra,
sequiosa pela predação.
O que se diz
da Inglaterra na virada de dois séculos atrás: o que fez com a Índia, o que fez
com o continente africano? Por que se reserva uma proteção marítima entre os
EUA e a Inglaterra, esse acordo bilateral? A paz vem de uma linha tênue,
companheiros, e, apesar de tudo, é o trunfo que nos resguarda. Aos interesses
beligerantes, muitos adotam uma postura de retaguarda ofensiva, mas na frente
só encontram trabalhadores desempregados, e contra estes o canhão não funciona.
Por essa cisão vem a falácia, que começou destrambelhada e continua a uivar em
canais pífios, esses mesmos que já não encontram a resposta, haja vista estarem
na companhia de guerras internas, da manutenção de riquezas relativas, de uma
culpa que se carrega no ombro, e que não é tão de pelúcia e mais parece
carvalho pesado.
Ah, que tantos
falem, vou embora pra Pasárgada, lá
sou amigo do rei, este eleito por colegiados, na cama que escolheu. Que
paraísos estranhos passam pela ideia do exterior, da terra estrangeira, a se
falar língua estrangeira, nem tanto em Miami, por suposto. Mas isso não vem ao
caso. A grande questão é a mais simples e pura lógica: não colocar minas onde o
nosso povo anda, não minar nosso território. Pois que em cada família de nossas
favelas está o trabalhador, honesto, sincero e íntegro, justamente porque vive
com todos os percalços que o atingem duramente, e jamais se negue esse fato.
Atirar com qualquer artifício de guerra contra inocentes
torna um país sem cuecas, envergonhado, nu perante sua própria covardia, e os
massacres imputados por facções milicianas que devem ser combatidas com fogo,
ao menos com o fogo da justiça que arde sem arder, mas que verte no processo o
regimento de causa. Se muito se espera de uma retaliação, sabe-se que à guerra
interna ocorre, quando assola muitos na consciência – e, tão logo se perca no
usufruir do ego –, mas cabe ressaltar aquela que surge na imediata inação, na
hora da consciência e preparo do combate, a se partir a ação de vanguarda
quando o que se quer é uma justiça plena e conforme. Esse tipo de ação se torna
factível quando de agentes que prezam por nossa segurança.
Digamos se falássemos de um país, diga-se que seja uma área
árida de humanismo, mas este, o humanismo, deve ser o motivo fremente de se
adotar a vertente da paz, e não o preparo de um conflito armado onde a palavra
porte-se bem possa significar outros portes. Das pessoas que lidam com aspectos
da lei, seus agentes, advogados criminais, juízes e etecetera, seja justo como
sempre fora, mas livremo-nos dos incautos que temem menos quando armados até os
dentes, pois de algum uso provavelmente farão daqueles. Se alguém tem um ódio
arraigado contra um partido, uma ideia ou um ateu, jamais será através de uma
justificação motivada – inclusive por padrões escriturais – que se fará justiça
perante a boa fé do diálogo, quando e principalmente este vier com o viés de se
resguardar o entendimento cidadão e humano perante a sociedade e seus atores. Assim
fica-se no resguardo até que um panorama mais aceitável revogue ações em
contrário, posto a permissividade comportamental dentro da ordem e preparada
para a diversidade de ideias e idiossincrasias deva comportar que a tempestade
não nos leve a um naufrágio facilitado pela ignorância, posto que esta exista
com a felicidade plena em dissipá-la educando e primando pelo aprendizado
contínuo e sem fronteiras.