Estar
em paz em qualquer lugar é a razão de existência. Quando dois
seres humanos se altercam por qualquer motivo, propriamente essa
motivação guarda em si um sinal de atritos que poderiam ser
resolvidos amigavelmente, na intermediação do diálogo, do
entendimento, e não na plataforma que muitos creem inequívoca da
imposição quase normativa do comportamento, uso e costumes dentro
de uma sociedade que sempre deve primar pela excelência da
compreensão e da tolerância. Esse giro compreensivo tende a ser
questionado por aqueles que possuem em suas mentes o dogmatismo
maniqueísta de pretensamente crerem no bem e no mal de modo
equivocado, pois criam essa escala de valores onde as atonalidades
não são sequer compreendidas. A pintura da vida passa pela
diferença, complementaridade, ou dissonância das mesmas tonalidades
diversas da Criação, fato que gere alguma ordem que não interfira
no andamento da paz que se quer de todos, a paz que se deseja no
mundo. Essa forma algo dissonante de ver que a alguns pareça, mas
que de qualquer modo pode ser a felicidade justa do enternecer uma
pessoa simples, pois na visão de Deus não apenas somos iguais
porque seremos sempre iguais, conforme seu Filho tanto pregou. Não
há criteriosamente a necessidade de expormos a falsa humildade
quando queremos saber de inflar o nosso Ego enquanto carapuças que
nos tornem pessoas consideradas sábias pelo vulgo, mas sim a
necessidade de expormos nossas opiniões ou ideias, ou a vivência de
uma percepção da vida tão singela como a existência da grama, de
uma planta qualquer, que seja. Tornarmos mais simples a nossa vida é
tarefa do pensamento solidarizador do homem e da mulher, doutores ou
não, no diálogo a respeito do clima, na conversa escolarizada ou
não, pois é tarefa da educação sermos educadores e educandos, e
não será fremindo ódios contra a paz interna de cada cidadão que
passaremos a cumprir a missão que outros nos ditam, seja de livros
centenários ou milenares, seja de doutrinamentos já anacrônicos. A
vida pede passagem pelos caminhos íntegros de cada qual, e essa é
uma Verdade que seja dita, antes que nos aproximemos do temor de ao
menos respirarmos, quando se apresenta a venalidade e a loucura
consentida pela maldade que nos cerca e coloca antes da paz
trincheiras preparadas para infelizes combatentes!
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