sábado, 30 de março de 2019

AS BELEZAS IGNORADAS DA PAZ



           Estar em paz em qualquer lugar é a razão de existência. Quando dois seres humanos se altercam por qualquer motivo, propriamente essa motivação guarda em si um sinal de atritos que poderiam ser resolvidos amigavelmente, na intermediação do diálogo, do entendimento, e não na plataforma que muitos creem inequívoca da imposição quase normativa do comportamento, uso e costumes dentro de uma sociedade que sempre deve primar pela excelência da compreensão e da tolerância. Esse giro compreensivo tende a ser questionado por aqueles que possuem em suas mentes o dogmatismo maniqueísta de pretensamente crerem no bem e no mal de modo equivocado, pois criam essa escala de valores onde as atonalidades não são sequer compreendidas. A pintura da vida passa pela diferença, complementaridade, ou dissonância das mesmas tonalidades diversas da Criação, fato que gere alguma ordem que não interfira no andamento da paz que se quer de todos, a paz que se deseja no mundo. Essa forma algo dissonante de ver que a alguns pareça, mas que de qualquer modo pode ser a felicidade justa do enternecer uma pessoa simples, pois na visão de Deus não apenas somos iguais porque seremos sempre iguais, conforme seu Filho tanto pregou. Não há criteriosamente a necessidade de expormos a falsa humildade quando queremos saber de inflar o nosso Ego enquanto carapuças que nos tornem pessoas consideradas sábias pelo vulgo, mas sim a necessidade de expormos nossas opiniões ou ideias, ou a vivência de uma percepção da vida tão singela como a existência da grama, de uma planta qualquer, que seja. Tornarmos mais simples a nossa vida é tarefa do pensamento solidarizador do homem e da mulher, doutores ou não, no diálogo a respeito do clima, na conversa escolarizada ou não, pois é tarefa da educação sermos educadores e educandos, e não será fremindo ódios contra a paz interna de cada cidadão que passaremos a cumprir a missão que outros nos ditam, seja de livros centenários ou milenares, seja de doutrinamentos já anacrônicos. A vida pede passagem pelos caminhos íntegros de cada qual, e essa é uma Verdade que seja dita, antes que nos aproximemos do temor de ao menos respirarmos, quando se apresenta a venalidade e a loucura consentida pela maldade que nos cerca e coloca antes da paz trincheiras preparadas para infelizes combatentes!

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