quarta-feira, 27 de março de 2019

A VERSATILIDADE DO VERSO


Vai-se o tempo dentro de um tubo que desconhecemos em nossa diversão,
Um tubo que remonte a prospecção das letras, como na extração do óleo
Em que o óleo negro seja a razão em que a poesia adormeça eternamente
Quando todo o pensado seja em função de uma retórica de fracassos.

Nas frentes os games de guerra são a razão da violência cometida por sempre
No sempiterno modo em que essa motivação quase insana apenas justifica
Quando se vê confortavelmente as cenas de bondades esquecidas em sofás
Onde os familiares torcem para que alguém acene com possibilidade bárbara!

Na razão do verso que se desconhece, no dito algo popular de semântica outra
O mesmo verso abraça a versatilidade de transpor barreiras onde a crueza
De certos atos não compartilham com a expressão autêntica e quase surreal.

A um propósito fechado de braços invisíveis, sabe-se no entanto de mentes
Que não regridem para o aquém do céu, na vertente de chuvas de final
De mais um verão que recrudesce a intemporalidade tênue de águas
Que invadem as ruas com seus lençóis onde se vê a diferença climática.

Versa-se sobre um planejamento faltante, sobre uma flexibilidade imprópria
Quanto de afirmar-se que o que se dista de um mundo tornado país em crueza
Possa-se pensar que a vida não encerre seus dias em um jantar de fim de semana
Onde isola-se um problema ao não se perceber que muitos jantam a ausência!

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