Em um caminhar tácito e soberano de um poeta, veste o rumor que não pertence
A palavra a algo que seja societário, pois das veias da compreensão a urgência
Pode ser o dar-se a um pão, o solidarizar-se com o oposto do patíbulo da entrega,
E mais e mais veste a semântica que teima em não ocultar-se, um sorriso, um gesto!
Sim, que a questão fosse adequar-se a um continuado proceder, que algum outro
Escutasse no silêncio algo fremente da poesia, a vertente de se estabelecer contatos
Quando o que se quer é não conhecer mais ninguém, que não fora apenas o nada…
Nas latitudes da sobriedade em permanecer algum projeto que cause furor de emendas
Quais fossem as horas em que jamais se espera o toque de um midas que desponte
Nas gentes que pespontam as ruas e que o que se ignora é que sejam seres de vida.
Outrora o poeta fosse espelhar-se como Narciso, mas a água turva não lhe revela
A comunhão que o vento reflete na face do mesmo tempo, em que outras faces
Mantiveram acesa a endêmica sede de não sofrer-se mais, a que estivessem gentes
Do lado outro de seus muros construídos pela solidão digital de cada um que tenta.
Talvez fossem novos tempos, períodos que transudassem a luz que esquece dos dias
E permanece em um abajur de décadas passadas, na mesma linearidade em que
Enquanto a esposa esperava seu consorte, no que se vê agora se espera ser curtido!
Não que se ponteie o conservadorismo sem jaça que permanece igualmente jazente
Quando o que se espera de uma existência quase inteira em seus segundos ágeis
É que se permaneça de pé ao menos a velha manifestação de uma pintura e seu pincel.
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