Não
se espere muito de algo com certo movimento descontinuado, impróprio,
ilógico, ou até mesmo de certo modo movido por curiosidades que
sejam a volta de uma peça que não encontre em sua base o que não
seja de movida e circunstância atenuadora de um sofrimento do eu, do
self, daquilo que porventura merece atenção por cuidados e
responsabilidades. O legado do conhecimento jamais deve passar por
trilhas descontinuadas, a saber, que é bom estacar, não perder a
posição e continuar em seu justo tempo. Folhas secas se acumulam, e
é de importância pertencer ao domínio do respeito em relação à
sua existência, pois a fertilização do saber está na história
das árvores… O modo em que se pensa a respeito de toda uma
existência onde as plantas florescem ou não, onde suas folhas
repousam suavemente no solo, a dureza deste e, no entanto, com afago
as recebe, vem a significar o gesto da Natureza tão simplificador
quanto complexo, pois em seu princípio pode ser recusado o
aprendizado por mentes obtusas, ou de vertentes mais toscas na busca,
ao que o oposto pretende saber a razão e o sentido lato da
circunstância que ocorre para bem, ou seja, resulta na compreensão
e justeza de caráter, haja vista a humildade ser tão importante em
nossos dias… Mesmo quando investigamos mais atentos a estrutura
societária, ou menos, que seja, em menor importância, as micro
relações que não dependem da atitude em si e para si, mas na
própria origem tão crucial do diálogo como atenuador de ruídos
que possam impedir a arguição dos fatos. O significado semântico
está para a palavra assim como a formação mais erudita rege na
nossa sociedade o ganho desigual, no que se equalize o mesmo
conhecer.
O
pensamento tem origem em variados modais onde a equalização de
vibrações motivacionais repetem por vezes padrões em que o
repentismo pode ser uma variação quase infinita de conexões
cerebrais, refletidas pela cultura naquilo em que a letargia em
passivamente preencher o tempo com canais prontos remete em dormência
e inatividade cerebral. Justo quando o filme passa a não ser lido a
partir da sua nuance, a principiar pela fotografia, culminando com as
mensagens e posições gestuais que jamais serão compreendidas em
sua magnitude, tanto é o território das artes. Na literatura se dá
algo parecido… Infelizmente, o Brasil nunca ganhou o Nobel nessa
área artística, e nem por isso não possuímos grandes literatos,
históricos e contemporâneos. A descrição geológica e botânica
de Euclides da Cunha em seu Os Sertões remonta a algo tão
maravilhoso que nos faz, no mínimo, extremamente felizes com a
profundidade de sua verve. O gesto serve para enaltecer, o gesto do
escritor, e que muitos escrevam, mas com o objetivo de serem
best-sellers não há tanto de literatura nisso. O artista deve ser a
expressão de uma época, mesmo no desatino de um rubor absurdo, no
sentido do absurdo, no teatro de vanguarda, e na possibilidade em que
se crie um verdadeiro teatro, com bons dramaturgos e a preparação
necessária para esse feito. Posto ser a criação obra de gênio e
de engenho, de estudos profundos, a que não necessariamente tenha
que partir de uma elite, pois há muitos impostores e controladores
da cultura em meio aos mais diversos rincões do planeta. Nessa
pretensa dominação cultural alicerça-se a indústria de
entretenimentos, onde toda uma cosmética, toda uma embalagem de
marketing arrasa com tentativas menores de expressão artística, e
reduz a poesia a um clube seleto e fechado. Resta, em um país ou
continente como o nosso, e aí incluídos os EUA, buscar uma cultura
que se faça realmente diferente do que se propõem a falsa
vanguarda, em que os carrilhões da história se façam presentes em
todos os lugares, e o gesto se torne espontâneo e invisível de tão
belo e expressivo!
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