quinta-feira, 14 de março de 2019

ESTEIRA DESATINADA


Vê-se ao longe um panorama algo inconcluso de famigeradas ideias
No que se possa ter da ideia permitida, a ser apenas signo de startup
Quando o antigo oleiro não se lhe apetece produzir depois do concreto
Mas que reverbera a fronte de um ser que queira ao menos algo de se ser.

Não que não suponha a verve acompanhar alguns inauditos no desejo
De aplicar violências por motivos quase abstratos, naqueles que vivem
Em uma bondade em que a torpeza freme o gesto da insensatez…

Uma grande fábrica de agressores vira o modo em que muitos se traduzem
Pelo verbo coagir quando se jactam serem guerreiros de um vídeo game
Que revela seu poder dos treinares a que se insufla assustador o mote vil.

Gerações de jovens não respeitam mais os mais velhos, a sabedoria enlatada
Não respeita verdadeiras fontes de conhecimento mais pleno, e o agir
Mostra apenas que a ação de alguns significa menos do que a própria crueza!

Segue uma sinistra e bizarra carruagem onde o cocheiro pode ser muito rico
De tanto agraciar seu passageiro com a volta que se dá no mesmo parafuso
Onde o encaixe supõe que se seja melhor a consubstanciada e esperada paz.

A paz incomoda a muitos, faz-nos esperarem rugidos circunflexos, redime
A culpa daqueles que são realmente culpados, onde a plataforma da vida
Revela sempre que o que se faz de digno apenas mostre que é dignidade
E encaixe no motor de uma vertente justa, aquilo que se mostre real e justo!

Nesse aspecto de estarmos parecendo que temos que ter algum tempo
A se crer em um período mais constante, ou menos isento de erros
As páginas ferruginosas de um tempo onde o que se escolhe como certo
Na verdade emite ruídos que altercam uma possível harmonia do bom senso…

Se criamos a expectativa de não sermos sequer ofensores, verte-se do ombro
De um ser que busca a todo momento sua sanidade, o látego da covardia
Em que o modus de qualquer um se torna aquilo de previsibilidade cruenta
De sabermos que na face de uma maldade quiçá pudéssemos encontrar a vida.

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