domingo, 17 de março de 2019

POESIA CLAUDICANTE


Verte um braço o seu apanágio de promessas, de uma caneta ou outra
Que se revele o traço de sua assinatura, pois de semblante algo raro
A feição da mesma promessa apenas assinala a frase de um contrato.

A mesma vida de contratos recebidos, de ordens outorgadas, do inconcluso
Reflexo da tibieza que nos encontra dentro do paradigma sobrescrito
Naquilo que sequer imaginara o ignaro pensamento quanto de sua dúvida.

Que sejam muitas as dúvidas, que o orfanato das decisões não abrace logo
O que se deixaria para depois, posto o arame de uma cerca cerceia prontamente
O espaço que se deixa para muitos quando apenas tomam seu comportar-se!

Que se redima a vida daqueles que por uma razão ou outra sequer conhecem
A verdadeira dimensão da liberdade, posto no serem muitos que sabem de si
Há outros seres que sequer estiveram livres, mesmo dentro da redoma de cristal.

O conforto em saber a sociedade o que vem a ser o trabalho circunstanciado
Dentro do paradigma indissolúvel em que todos os sistemas trabalham, é ver
Que o que distingue um serviço do outro é apenas saber que temos aquele ou não.

Por termos a saúde talvez não precisemos da ajuda psicossocial, mas quando não
Porventura seria melhor se essa aventura de curar-nos em meio à grande carestia
Pudesse ser simplificada, assim como em outras enfermidades o cuidar-se bem!

Assim dizer-se de um ensino que ensine, que não se jacte a sistemática de um dia
Pensar que se sabe melhor do que ensinar, pois é do ensino livre que se faz em ano
A verdadeira escola onde o aluno constrói em sua própria base o livre conhecer.

Assim de serviço, a se servir à pátria, não reza que tenhamos que ser um oficial
Para que possamos ser melhores ou piores em um panorama em que estaremos
Mais cônscios ou não das demandas de uma cidadania que não necessita de dias.

Não dessa ordem que não sejamos todos do modo em que a vida nos embale de modo
Tão cáustico em que tudo se resolva em um ano, ou que uma atitude de enfado nos ligue
A um pressuposto em que tudo o que se quer de alguém, seja ser ou não, é que tente ser.

Mas o questionamento de uma existência enfrenta por vezes estigmas dolorosos, o que
Não se leva a saber de um todo em que a unidade de uma ideia, ou a fração opiniosa
Embate no critério que nos remonta a vida em que a titularidade é função progressiva!

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