Em
uma retórica conservadora, temos um modo de saber qual a opinião
que vem a ser a próxima, qual a roda e onde ela gira, qual a
pertinência do movimento da próxima peça no grande tabuleiro da
vida. Sabermos de muito por vezes não significa uma ação que
inicie, pois a trava no pensamento quando busca incessantemente a
argumentação contra um muro de pedra, só vem a rebater contendas
para a testa de um incauto… É na retórica conservadora que reside
um progresso quase anacrônico, pois começa a ser sentido na
previsibilidade, ou em um tipo de pensar maniqueísta gratuito, como
em: drink beer! Beba, e nada mais, faça ou não faça, venha
a nós ou se vá, lute ou não lute, seja a favor ou contra. Supomos
que isso seja algum tipo de procedimento, mas o que se sente em uma
rua, ou mesmo em outras ruas com fatores de risco remonta algo de
Idade Média, onde a maldade psíquica começa a dar as suas costas
para esse favorecimento comportamental, dando início a sequências
de atos e um ressentimento de que apenas se possui amizades,
negócios, ou competições, onde os inimigos que criamos são
inúmeros, cristalizando desse modo um procedimento que não inclui
as autoridades, posto sejam nomeadas para isso, em que o respeito
pela atitude vazia seja a incógnita do fracasso em não ser alguém,
ou não se saber tentar viver obtendo um conhecimento qualquer, mesmo
dentro do esforço hercúleo. Parte-se do princípio da banalidade,
em que a polêmica em torno de uma imagem qualquer demande respostas
previsíveis que supõem a lógica cognata da apreensão do absurdo
como algo importante. Deita-se na cama com um celular e a fama
aparece, ou a inversão dessa ordem não esteja corretamente situada,
mas a cama pode ter um poder onde os que não estão nessa zona
confortável apenas sentem a barbatana do tubarão roçar seus
joelhos. Disso supõe-se que se escrutinam votos de confiança, a
ponto de se crer que Deus nos salve, mas que a noção da divindade
em verdade não nos diz, a se dizer de muitos, de Sua presença entre
nós…
Apenas
que se denote o que é Cristão, em uma nação crística, e aquilo
que é anti cristão, por resiliência de pensamento agnóstico, ou
na cópia dos antigos fariseus e mercadores da alma. Essa nova
acepção pode existir, e especialmente agora o conflito desses
modais de pensamentos podem vir em uma tonalidade de especulação
estigmatizada, por questão invasiva no se conceder direitos
relativizados pelo preconceito, ou na simples e outra questão
igualmente de se estigmatizar um grupo ou alguém por valor
estipulado de religiosidade, onde o não crente não vale, ou deva
ser incorporado. Passa-se a pensar na não validade do pensamento
filosófico mais severo ou mais simples, ou na representatividade de
comportamentos mais autênticos do que o permitido, ou mesmo na
coleta investigativa nas mãos de quem não deve, posto não ser
autoridade para tal, e por conseguinte não poder proceder a fazer
sua própria justiça, algo assustador quando passa pelo caudal da
vingança, ou outras questões similares de violência urbana ou
rural.
O
começo de uma sociedade mais democrática passa pelo viés da
permanente discussão sobre as validades das instituições com
finalidades úteis para a sociedade, e taxativamente a não
cooperação com lutas onde não se sabe o motivo para tal, qual não
seja o de concórdia entre os grupos, os vizinhos, de casa ou país,
das populações como um todo e da resiliência em se tentar
construir amplamente o espaço do diálogo, mesmo onde houver
silêncio e obscurantismo, pois não passamos por um processo de
enriquecimento de nossos direitos para acompanhar um crescimento
oposto à obtenção da paz em um retrocesso que fere um pensar coeso
e diligente no planeta.
Esse fator decisório nos leva à tona de um grande sonho onde nem
tudo o que reluz no mundo é um chip, pois a posição da areia é
fruto dos oceanos, dos ventos, e do desgaste de imensas rochas que já
existiam por aqui antes de nos estabelecermos nesse mundo. A questão
econômica de uma globalização vem acompanhada necessariamente de
um pensamento que abrace as nações em um amálgama que deva ser de
compreensão, haja vista haver muitos missionários que já estão
confeccionando seus ideários em lugares onde o acesso já não é
mais irrestrito… Afora o grande mote de se pronunciar a vida com
mais força, a vitalidade e a fortaleza humanas onde seja humano o
proceder, podemos perder para espécies que silenciosamente apenas
são espectadoras da superfície intensa e no entanto tíbia e frágil
de nossa Terra!
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