domingo, 10 de março de 2019

STARTS OU COMEÇOS


          Em uma retórica conservadora, temos um modo de saber qual a opinião que vem a ser a próxima, qual a roda e onde ela gira, qual a pertinência do movimento da próxima peça no grande tabuleiro da vida. Sabermos de muito por vezes não significa uma ação que inicie, pois a trava no pensamento quando busca incessantemente a argumentação contra um muro de pedra, só vem a rebater contendas para a testa de um incauto… É na retórica conservadora que reside um progresso quase anacrônico, pois começa a ser sentido na previsibilidade, ou em um tipo de pensar maniqueísta gratuito, como em: drink beer! Beba, e nada mais, faça ou não faça, venha a nós ou se vá, lute ou não lute, seja a favor ou contra. Supomos que isso seja algum tipo de procedimento, mas o que se sente em uma rua, ou mesmo em outras ruas com fatores de risco remonta algo de Idade Média, onde a maldade psíquica começa a dar as suas costas para esse favorecimento comportamental, dando início a sequências de atos e um ressentimento de que apenas se possui amizades, negócios, ou competições, onde os inimigos que criamos são inúmeros, cristalizando desse modo um procedimento que não inclui as autoridades, posto sejam nomeadas para isso, em que o respeito pela atitude vazia seja a incógnita do fracasso em não ser alguém, ou não se saber tentar viver obtendo um conhecimento qualquer, mesmo dentro do esforço hercúleo. Parte-se do princípio da banalidade, em que a polêmica em torno de uma imagem qualquer demande respostas previsíveis que supõem a lógica cognata da apreensão do absurdo como algo importante. Deita-se na cama com um celular e a fama aparece, ou a inversão dessa ordem não esteja corretamente situada, mas a cama pode ter um poder onde os que não estão nessa zona confortável apenas sentem a barbatana do tubarão roçar seus joelhos. Disso supõe-se que se escrutinam votos de confiança, a ponto de se crer que Deus nos salve, mas que a noção da divindade em verdade não nos diz, a se dizer de muitos, de Sua presença entre nós…
           Apenas que se denote o que é Cristão, em uma nação crística, e aquilo que é anti cristão, por resiliência de pensamento agnóstico, ou na cópia dos antigos fariseus e mercadores da alma. Essa nova acepção pode existir, e especialmente agora o conflito desses modais de pensamentos podem vir em uma tonalidade de especulação estigmatizada, por questão invasiva no se conceder direitos relativizados pelo preconceito, ou na simples e outra questão igualmente de se estigmatizar um grupo ou alguém por valor estipulado de religiosidade, onde o não crente não vale, ou deva ser incorporado. Passa-se a pensar na não validade do pensamento filosófico mais severo ou mais simples, ou na representatividade de comportamentos mais autênticos do que o permitido, ou mesmo na coleta investigativa nas mãos de quem não deve, posto não ser autoridade para tal, e por conseguinte não poder proceder a fazer sua própria justiça, algo assustador quando passa pelo caudal da vingança, ou outras questões similares de violência urbana ou rural.
          O começo de uma sociedade mais democrática passa pelo viés da permanente discussão sobre as validades das instituições com finalidades úteis para a sociedade, e taxativamente a não cooperação com lutas onde não se sabe o motivo para tal, qual não seja o de concórdia entre os grupos, os vizinhos, de casa ou país, das populações como um todo e da resiliência em se tentar construir amplamente o espaço do diálogo, mesmo onde houver silêncio e obscurantismo, pois não passamos por um processo de enriquecimento de nossos direitos para acompanhar um crescimento oposto à obtenção da paz em um retrocesso que fere um pensar coeso e diligente no planeta. Esse fator decisório nos leva à tona de um grande sonho onde nem tudo o que reluz no mundo é um chip, pois a posição da areia é fruto dos oceanos, dos ventos, e do desgaste de imensas rochas que já existiam por aqui antes de nos estabelecermos nesse mundo. A questão econômica de uma globalização vem acompanhada necessariamente de um pensamento que abrace as nações em um amálgama que deva ser de compreensão, haja vista haver muitos missionários que já estão confeccionando seus ideários em lugares onde o acesso já não é mais irrestrito… Afora o grande mote de se pronunciar a vida com mais força, a vitalidade e a fortaleza humanas onde seja humano o proceder, podemos perder para espécies que silenciosamente apenas são espectadoras da superfície intensa e no entanto tíbia e frágil de nossa Terra!

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