Praticamente
parece, ou temos a ilusão de que sabemos muito a respeito de tudo…
Como se diz, ainda não sabemos o suficiente, pois a escola de nossas
vidas ainda é incipiente. Saberemos mais se lermos mais, com mais
vagar, que sejam, os livros de escolas fundamentais ou superiores,
tendendo assim a não termos que firmar pé em unilateralidade
religiosa ou filosófica. No mínimo, arquemos com a condição de
que a dúvida não é algo negativo, pois implementa a questão de
procurarmos saber mais sempre que – ou mesmo que – pensemos que
as respostas já estão facilmente localizáveis, pois não é assim
que ocorre factualmente. Não podemos ignorar que, à medida que a
tecnologia vai agregando complexidade em torno do mundo, sabemos
lidar com ela de modo simplificador a ponto de acharmos que estamos
gerindo algo de mais monta do que com assistências realmente
competentes. A vida não espera que saibamos tudo, mas no mínimo na
nossa área de abrangência, em que nessa linha virtuosa há que se
ter fundamentos clássicos a respeito. Não se deve negar a
literatura grandiosa de um Balzac, um Vitor Hugo ou, mais
recentemente, de um Huxley ou Joyce. Não é uma questão de pequena
grandeza, mas estamos falando da literatura, a arte maior, entre
tantas outras em que os signos estão em uma pincelada, em um gesto
teatral, ou na película de um filme realmente grande, bem produzido,
como eram os grandes filmes e seus grandes diretores. Há muito de se
aprender com tudo isso, e hierarquicamente esses conhecimentos todos,
aliados à filosofia consagrada no mundo todo, são superiores, sem
sombra de dúvida. Mas esta deve permanecer sempre, no tempo em que o
processo de aprendizado não deva sofrer qualquer tipo de
intervenção, pois não estamos no totalitarismo, e nem é o desejo
de países que querem construir uma sociedade baseada na liberdade.
Se a razão em que pautamos nossos procederes em questões de
caminhar para um mundo livre, não será tolhendo o livre pensamento
que estaremos construindo algo realmente importante para uma nação
como o Brasil. Nessa que é uma estranha medida, onde a dúvida deve
permanecer como uma sincera humildade em sabermos que caminhamos em
direção a algo, e não estabelecer propósitos estanques a fim de
dissuadir o que se autoproclama a imposição de qualquer modelo em
que se crê piamente que seja o correto. Em um exemplo evidente, se
um homem ou uma mulher veneram algum país como se fosse sua segunda
pátria, ao menos que aprendam o seu idioma, para se saber melhor a
cultura dessa nação. Trocando em miúdos, como existe um idioma
universal no mundo, que sê-lo aprenda, portanto, a que sejamos
compreendidos em quaisquer países, como o idioma inglês, tão
universal. E que as dúvidas prossigam, pois o fato de se gerenciar a
si mesmo pertencerá a uma escola somente: o aprendizado constante,
dentro da humildade acadêmica indispensável. Essa é uma razão que
compete à visão hierárquica ou de competência interna do
indivíduo, e a rotina e disciplina desse proceder pode ser o viés
existencial se assim se desejar, desde que se mantenha a garantia
cidadã das escolhas de outros indivíduos, no plano da coletividade,
ou em outras palavras, no aspecto de se construir uma sociedade mais
justa.
Não
há o porque de se viver em alguns Brasis, onde a alguns não são
infringidas as penas que a outros se lhes toca, em questão de
evidenciar a divisão entre interesses díspares, pois vê-se o
descalabro hoje na sociedade contemporânea a partir de uma simples
TV: ao vivo e a cores. E a factualidade desse tipo de ocorrência que
versa nos altos escalões também são a construção decepcionante
do que se chama Estado de Direito, onde a venalidade não pode exibir
suas próprias fraquezas fundamentadas na parcialidade que
contraditoriamente o torna inexistente enquanto finalidade jurídica.
Não importa se esse tipo de ação é confirmada pela aceitação de
grupos aparentemente fortes em popularidades que na verdade são
relativas, pois a própria segurança de cunho privado acaba por
receber o exemplo e tentar igualmente compartir da mesma injustiça,
quebrando de certa forma a institucionalidade interna e externa de
uma nação. Pois a dúvida acaba por tomar vulto, e antes o que
seria relativo se torna absoluto, tornando a existência de um
rochedo o risco de um navegador!
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