quarta-feira, 20 de março de 2019

OUTRAS VARIANTES



            Nosso pensamento navega por lugares distantes, alguns ermos da incompreensão, mesmo que tenhamos por consequência jactar-nos de sabermos tudo, mas de qualquer modo a humildade em reconhecer que a vastidão do mundo é tamanha que a nossa ingerência nos assuntos da Natureza sempre será incompleta. As próprias letras já não traduzem tudo, nem que se reunissem as dezenas de idiomas que a civilização tem por uso e por significados. Assim como tudo que abraça o espectro das sociedades humanas, suas funções, seus usos, seus saberes... Tudo em uma questão de ordem é relativizado conforme as equações que se nos apresentam. A integração que vem a ser utilizada sistemicamente facilita o ordenamento e a funcionalidade dos diversos sistemas que compõem as nações e seu compartilhamento com a realidade mundial, no entanto não há como cruzar todos os dados e nem ainda uma velocidade de processamento compatível com níveis de detalhamento e organização societária. Essa equalização é talvez algo assaz complicado com o agravamento de organizações que não são previstas em lei, nas esferas que vão desde o crime comum àquele do colarinho branco e grandes organizações criminosas internacionais. Parece uma obviedade, quando se supõe que as desigualdades de ganhos estrangeiros possam estar atrelados a equívocos procedurais, no mínimo passíveis de suspeição, e que dão suporte a órgãos que fazem parte da cartelização não apenas na criminalidade concreta, quanto a ganhos escusos e abissais que põem em risco a segurança de imensas populações, como no casos de grandes indústrias de mineração e outros casos de impunidade. Só se dá importância do risco dessas empreitadas de negociantes quando são vitimadas dezenas de vidas humanas sob a égide do descaso e da negligência, impelidos pelo lucro desumano. Esse pensar em um país onde o deságue das instituições em permitir quaisquer modalidades exploratórias não leva a um consenso em que se possa dormir sossegada uma população que reside perto de iniciativas onde uma simples chuva possa acelerar e contingenciar desastres não apenas ambientais, mas sempre recorrentes na perda de vidas humanas.
            A variante lógica de um proceder qualquer, de um ato ou ação que sirva para a construção de um país passa não apenas pelo conservadorismo do que é bom, mas na iniciativa democrática em que, se for realmente respeitada a Carta Magna, talvez pensemos – posto a crise internacional já se avizinha – que se pense em termos de um Governo mais nacionalista ao menos, já que necessita o mesmo Governo de uma diplomacia que agregue, e não segregue: dentro ou fora, na circunstância simplesmente da lógica supracitada, pois tendem as guerras comerciais serem o fardo do novo milênio, e a busca das riquezas que temos ao menos que as aproveitemos internamente, pois a sangria jamais será infinita, e a miserabilidade e pauperização de nossas famílias já é fato. Se dizer que algo ou alguém pertence a um lado. Não há um jogo de xadrez com apenas a ala da Rainha ou a ala do Rei, pois um peão que seja, mal movimentado, abre chances para a defesa desenvolver em qualquer ala, pois a inteligência do jogo revela que, se tornarmos previsível apenas um grau que consideremos superlativo, não abrindo espaço de confiança em ambas as alas, os xeques se sucedem e o mate é inevitável, assim como na matemática não há erro, e se Deus é um também possui dois braços se for correta a semelhança com o ser humano. A variante da crença só existe se for aplicada em cada atitude humana o bem para com o próximo, e deve-se pensar crua e sinteticamente o que significaria uma sociedade em guerra, pois, como se diz em uma canção latina é um monstro grande e pisa forte toda a inocência das gentes. Só se pede um bom senso para que não sejamos indiferentes a isso, pois nem os filmes de ação ou de guerra, e nem os vídeo games são a realidade da matança.
            Há muito a se libertar de quaisquer garras diversas nações, mas a nossa, por exemplo, possui a batalha pertinente que fosse um: o saneamento e esgotamento sanitário. Há igualmente a necessidade de um contingenciamento contra a violência, há igualmente uma necessidade de maior inteligência investigativa a se investigar igualmente se há parcialidade na questão judicial e jurídica. Há premência em recusar uma educação que tolha a nossa juventude, pois estabelecer hierarquias desnecessárias pode coagir a pureza que emana de nossas crianças. Estabelecer laços de cooperação econômica é importante, mas sublimar boas intenções com a maldade no mínimo é covardia inepta. Por isso mesmo abramos os olhos para a questão de imiscuir-se em questões beligerantes. Talvez a aproximação com serviços de inteligência internacionais possa ser interessante em certo sentido, mas obviamente essa conexão não exista apenas para fornecer logística, mas igualmente enquadra os países para que se aja no sentido de permitir viabilizar interesses nos territórios em que se compartam esses favores.
            A variante de termos uma base de conhecimento da ciência vem ao encontro dos países desenvolvidos, e tornar-se factível uma intenção que venha para um progresso científico nacional, que verteria pelos interstícios de nossas instituições evita que joguemos a toalha abandonando o jogo, mas merecidamente nos faz amarrar nossas chuteiras e, de bicicleta, marcar o gol necessário já agora nos primeiro minutos infelizmente de um segundo tempo. Com força e com fé!

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