Tal
seria não reconhecermos o que vem a ser riqueza, na realidade. Quem
sabe um sorriso em um oceano de angústia, quem sabe darmos uma
cédula para alguém saciar a fome, quem sabe até mesmo sabermos que
a mineração vira riqueza quando não oferece riscos a toda uma
gente… Haveria portanto uma palavra que não denote a separação,
mas tudo o que é a riqueza em seu sentido lato, geral, positivo.
Essa procura por ambientarmos um cenário de beleza, rico, não quer
dizer que não podemos ser feios, pois a beleza também assume o
caráter da harmonia entre as diversas formas de pensar, os trajes, o
comportamento e suas idiossincrasias, as diferenças como
versatilidade do padrão humano, caráter essencial do aprendizado em
coabitarmos humanamente nosso mundo. O pressuposto oposto,
segregacionista, de favorecimento à desigualdade social estanque, a
venalidade instituída da ofensa a autoridades, ou às pessoas de
origem humilde no tocante á cidadania ampla e irrestrita, a
destilação de um veneno já anacrônico, remetem a um atraso que só
quem seja responsável direta ou indiretamente pode tomar – ou não,
por questões de ignorância – ciência desse fato. Já houvera
percepção de que a riqueza pode se tornar uma ordem de princípios
fundamentais, baseada no direito constituído a qualquer cidadão.
Afora isso, não se obtém uma democracia justificada pela sensatez,
e nem o reconhecimento de faltas a que todos devem se acostumar, pois
o aprendizado de qualquer lição demanda uma certa humildade, uma
posição em se reconhecer que o Estado não caminha fora dos
princípios de se tentar um bem estar a todos, sem exceção.
Ausenta-se a palavra ideia e realoca-se simplesmente a lógica,
apenas isto. A bem dizer, como em um jogo de xadrez, para se ter um
bom contendor não se abandona jamais a posição de qualquer peça,
pois todas possuem a sua função, e por vezes o acordo é
fundamental para o desenvolvimento central seja de qual jogador for,
quando o jogo ao menos for responsável e disciplinado, como qualquer
esporte.
Prospectar
a relação entre partes por vezes antagônicas é encontrar mais
possibilidades do que reiterar diferenças e altercações quase
sempre desnecessárias. O mérito da paz vem com a compreensão do
outro e de si mesmo, e na parte comercial é tão crucial para o
andamento da riqueza econômica sendo o conhecimento mútuo citado de
vital importância. Acaba pela riqueza ser dada ao titular de alguma
empresa ou gestão no bom andamento e na possível aceitação dos
parceiros, a partir do momento em que amplia-se o leque relacional,
subentendendo que a inteligência emocional nessa medida possui uma
grande e latente riqueza. No entanto, a aproximação com
instituições galgadas na tradição histórica deve ser através de
representações mais inteligentes, no sentido da diligência e
presteza em tomar as atitudes certas no tempo correto e com algum
aprofundamento e planejamento estratégico. Essa é a relação que
deva ser multilateral, pois a articulação é feita de múltiplas
esferas de atuação. A riqueza de toda a gente vem da questão da
Democracia, e essa é a conquista tão presente que se fez na
história recente de muitos países, outros obviamente no Velho Mundo
com tradições mais antigas, como o parlamento e a realeza
britânicos. No sentido amplo não se discute jamais uma democracia
como a dos EUA, e jamais estes tiveram que buscar saídas
totalitárias, haja vista que, se tivermos que tomar de seu exemplo, a
Democracia Brasileira continua como condição sine qua non
para o andamento do nosso processo de cooperação com a paz e a
diplomacia internacionais. Apenas envidar esforços para solucionar
problemas com prazos reduzidos não servirá a que se equacionem
problemas estruturais de longo prazo.
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