sábado, 15 de dezembro de 2018

RETIRADA DA LETRA


A letra pensa em se retirar, ao menos da posição de um a ao v, que fosse
Ao menos deslocar semânticas no parágrafo que reside em qualquer um.

No menos em se saber de juventude, que fosse um vivente a passar ao largo
A própria palavra que não diste de um rumor em ser breve conforme o passo…

Se a letra se retira, não se retém a letra, posto que aparece em um sentido
No algo do nexo em nem sempre pertencer ao grande mundo consensual!

Não se obtém consenso do paradoxo de fugirmos ao significado único
Em que provisoriamente um tempo curto não alonga muito nossa cultura.

Resta-nos do mito em se perpetuar ao nada quando o oferecido nada é do que
O próprio termo que, que se alongue na conjunção aditiva no predicado erguido.

Ah, grande plataforma dos saberes transcendendo o querer pois, na pauta-orgulho
De se ser maior que os ventos, dos Deuses que incorporam todos os Bantus.

Sem a interveniência neológica, sem o apadrinhamento tecnológico ou de poder,
Sem o sensato meio em que se mete uma colher meio franzina de tanto virar…

Que o feijão sagrado nos acompanhe, de tantos sabores, ou de um sal do mar
A que o arroz seja prato feito na estante de nossas realidades sem dissabores.

A provar-se da cuia de um mate do Sul, impressão que se dá é escutar um canto
De um maragato feito farroupilho, de uma história de bravuras onde o verde impera.

Nas imensas coxilhas do pai Uruguaio, de uma tanta que saiba que o mesmo feijão
É de se alimentar tropas vindas do nada ou de um tudo onde se respira minuanos…

Queira-se saber, que não se tenha de procrastinar a latitude de um bom pensamento
Posto que as letras apenas se retiram de uma página para residir qual meridiano em outra.

Não, ledo engano que um Leão não se escute em um tipo cruento de primavera, em que
O uso do vernáculo não reside na transposição do limbo, pois é apenas a lição do Tudo.

Se tudo somos todos, o Todo é Brasil, e seu povo é seu tudo, pois não pode haver de ser
Algo separado por um "e" a conjunção que signifique finalmente que Deus é brasileiro!

Pois que sejamos todos os mesmos de sempre, a saber, que qualquer diamante africano
Não vale nenhuma pérola ensartada de um sofrimento qual não fora o de Mandela!

Sim, que se mande notícias, vejamos as estrelas no céu diamantino de nossa pátria
Quando lembrarmos que a intrometida do Cruzeiro do Sul é igualmente estrela do navegar.

Se houver dúvida com relação a alguma letra que ainda não seja datiloscópica
Saibamos que todos imprimem suas mãos no rudimento que se chama construção e vida.

Não são meros atalhos de histórias ou cartilhas passadas que dão um rumo na vereda,
Pois de gente sábia reside a sapiência, e de malfeitores reside a própria violência.

Se lemos um tanto das letras que tomam outros rumos, o próprio rumor da letra anunciada
Refaz o tanto e tanto de sabermos que um smartphone nada mais é do que uma inteligência.

Como quando se fala bem um idioma, suas expressões idiomáticas podem possuir um vaso
Repleto de rosas raras em uma rima de letras ausente na poesia, mas que o poeta pede perdão.

Assim de rimas que se encaixam em nossas atitudes, o verbo consubstancia a existência mesma
De talvez uma quase prosa gigante, quando se imagina um diálogo mesmo no enfrentar a solidão.

Que as gentes soletrem letras que se foram, que se reviva a mesma letra em outras frases,
Que a expressão máxima da arte se faça na forma em que deixamos circunscrita às redes.

Deixemos para outro lado o que vem por adiante reclamando apenas um, posto icosaedro
É apenas um neurônio e suas conexões no emblemático saber da espécie humana e similares!

Pois que retornem outras letras formando nenhuma partícula do acaso, pois que ocasos raros
Planifiquem melhor nossos ventos e embarcações quando o Poeta disse da importância de navegar.

De um dia a outro está o anoitecer de um dia, e é chegado o dia em que chegaremos sempre
Nessa imensa embarcação que se chama bondade, onde o ser repleto das lutas urge…

Ruge a nau, verte-se de intempérie uma promessa talvez citadina de se melhorar a vida
Com os recados onde a transposição de uma prosa se torne poesia viva e fecunda!

Nada do que aparentamos é realmente o aspecto real de nossas formas, somos a lei que baliza
Em nossos corpos a diferenciação que existe de fato, na remissão que devemos ter contra o oposto.

Do pensar oposto seríamos talvez a ordem de um fator que equidista de tais geometrias
Que jamais uma ação contrária poderá desse modo subjugar os mesmos alísios de uma latitude.

A prosseguir na letra que não se esvai com o tempo em que declaramos em silêncio a ode
Não se converta em ódio jamais com relação ao Deus que está presente em cada ser.

E assim se prosseguem os dias nas tarefas de cada um, em jornadas equilibradas com um
Na suposição de sermos apenas os instrumentos que perfazem as missões neste Planeta.

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