sábado, 1 de dezembro de 2018

QUESTÕES DE AMPLITUDE



            Sabermos de algo a mais do que o comum das gentes pode não ser um conhecimento tão verdadeiro e, no entanto, muito se sabe das informações recebidas diariamente através do espectro das mídias, quando falamos das invenções do mercado e sua aplicação nas modalidades de consumo. Um grande espaço investigativo, onde a amplitude das evidências dos mecanismos de funcionamento do mesmo mercado e suas divulgações e retroalimentação são searas férteis a que cheguemos a conclusões e soluções de algumas de suas demandas, no seu purismo e complexidade... A relação que estabelece a conexão de um empreendimento com o usuário do serviço ou consumidor possui uma frieza em que até mesmo o tratamento diferenciado e humano é fartamente estudado em função da lucratividade, que por si é entidade separada, inumana e indiferente. O lucro possui existência em si e por vezes infinitos ramos, quando girante em torno de um ente econômico. A própria consciência de que pagamos caro por cores e embalagens nos torna quase produtos quando espelhados existencialmente em torno de objetos em termos de comportamento e simplificação vivencial. A simples constatação de um simples objeto básico de consumo é seu princípio mesmo do que se deriva na transformação por vezes necessária a que o consumamos, ou o que significa sua posse, pois por vezes confere essa posse algum significado outro do que apenas o de se ter, para sermos algo melhor ou supostamente melhor quando nos diferenciamos daqueles que não o possuem, não o têm. Esse poder de se ser mais pela posse cria uma competição onde o mesmo poder é superlativado, além de se ter algo ou um objeto, mas de sermos algo perante a economia de mercado, de abraçarmos esse mercado com tentáculos muitas vezes assustadores. É o que ocorre quando nos apresentamos com certos níveis de status, referenciados conforme somos o que possuímos na Natureza que se apresenta no universo material.
            Há sempre o ser que funciona com extensões de suas possibilidades, os objetos que o complementam, em uma verdade íntima com a funcionalidade, pois estamos falando de aparelhos celulares, computadores e outros objetos de mídia digital, ou mesmo as simples TVs e serviços similares, que aparentemente ampliam a percepção do ser enquanto receptor desses canais. Em uma outra realidade, a relação desse ser com a Natureza, esta em seu sentido anímico enquanto transposição da realidade de se compartir com o animado e o inanimado, conta com a similaridade da relação dos indígenas com a mesma Natureza, em seus aspectos antropológicos que ainda assim não abarcam a totalidade, mas ao menos tentam compreender os aspectos e direitos adquiridos internacionalmente na preservação das culturas dos povos. Esse é um apelo a que se chega no intuito de fazer ver um panorama que não deve excluir um aspecto cultural, mas sim valorizar as diferenças antropológicas dos povos da Amazônia, por um exemplo cabal. O pleno desenvolvimento do encontro com o diverso faz com que uma nação formada por suas diversas etnias e culturas cresça enriquecida não por padrões culturais estanques e externos, e sim pelos requisitos nacionais necessários de nossas identidades maiores, a valorização de nossas raízes e tradições e a tolerância como modal principal nas circunstâncias de religião e afins. Não serviria a uma liderança qualquer dizer que essas condições de desenvolvimento humano sejam certas, pois são a condição sine qua non da vida em sociedade, dentro do aspecto são e solidário. Não haverá propriamente um conhecimento filosófico sobre isso, pois é fato.

Nenhum comentário:

Postar um comentário