De
um ser simbólico saberíamos mais se o próprio simbolismo fosse de
si uma reflexão, algo de linear, posto não se poder dar uma
valoração muito distante do tempo, de seu transcorrer como uma
ferramenta onde por vezes dela nos apartamos. O verdadeiro modo de
uma ausência afetiva geralmente pode decorrer de um tipo de
graduação ou valor que depreendemos nas relações que cultivamos,
coisa que pode se confundir com um meio eletrônico, ou a
conectividade mecânica que possuímos com aquele. Esse gestual de
repetição como que marca no subconsciente um ritmo a que se dependa
cada vez mais dos dígitos e suas respostas. Chegar perto do sucesso
que dispõe a um ser humano sua posição em trabalhos que demandem
mais inteligência pode ser algo ilusório quando sabemos que muitas
vezes não é a plataforma de uma colocação dentro do mercado que
nos faz em saberes superiores àqueles que muitas vezes têm seus
padrões em ofícios outros que não os empreendidos com o lavor de
seus braços, em empreitadas onde a habilidade transpõe a
dificuldade em se aceitar um operário, por exemplo, em igualdade de
classe, enquanto sociedade que não restrinja, mas contribua com a
mesma igualdade: em valor e tratamento. Nisso se confere não a
disputa de forças antagônicas, mas a compreensão mesma que
valorizando uma habilidade, seja na construção e materialização
de algo, mas igualmente no plano metafísico em outra extremidade, o
conhecimento se complete e se afirme na descoberta da linguagem e
semântica necessárias ao aprofundamento e final compreensão por
aqueles que de um modo ou de outro não possuem o acesso intelectivo
ou da aquisição imediata da habilidade no fabrico, no manejo, na
confecção de uma arte, ou mesmo no plano das ideias, que não são
privilégio de “avatares da ciência”.
Obviamente,
aqueles que são mais experientes e conhecedores do mundo por suas
vivências individuais e coletivas, possuem a natureza em serem
ouvidos por outros que iniciam ou que estejam em vias de cristalizar
suas idiossincrasias muitas vezes por treinares inadequados, ou por
não terem acesso ao conhecimento através de gerações que muito
têm a oferecer. De fato, o ser, seja em qualquer quilate de
conhecimento, tende por vezes a agir conforme suas representações,
e no entanto essa classe se diferencia de outras não mais por seus
aspectos fabris, mas por questões de existências representativas,
o que inunda de assertivas mais complexas e repagina a importância
de vermos as classes representadas muitas vezes por aplicativos ou
algoritmos que transcendem, no plano material do pensamento induzido
as trilhas que porventura previsivelmente percorrem, no ser que passa
a não ser, enquanto o não ser em si passa a ser.
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