A
assertiva de que a inclusão seja positiva é mais verdadeira do que
permitir-se qualquer preconceito ou pré julgamento. É um princípio
que norteia o viver em sociedade e o respeito não se trata de
ferramenta ou figurino, mas solidariedade, perdão e sinceridade,
talhas de um caráter que na verdade pode se afirmar dentro do
universo civilizatório, ou padrão de progresso da mesma ordem. Esse
talhar-se na boa medida vem do mesmo outro processo onde o caráter
do indivíduo possa igualmente respeitar os limites ou o universo de
cada qual, onde o possível diálogo entre poucos ou o debate nas
questões importantes definem a exponenciação existencial humana,
dentro de um entorno que igualmente demanda respeito às ordens da
Natureza. Esse viver com e para a Natureza pode servir de ensinamento
rudimentar mesmo ao doutor, que não tenha este convivido com a
realidade exterior, em um contato saudável fora ou dentro das
letras, com o animismo da arte, ou algum empecilho a se vencer de
ordem mental ou intelectual. Afirmar-se centro de algo possui a
relatividade tempo-espacial que denota a relativização em
que Einstein não afirmara na questão existencial, mas que a física
neurológica talvez explique hoje com maior desenvoltura. Se a
civilização contemporânea já possui possibilidades vitalmente
importantes na robótica, parta-se de um princípio onde saibamos que
o sentimento mais rudimentar pode vir de um treinar-se básico, pois
a ciência behaviorística revela o ramo da psicologia nos seus
aspectos mais externos naquilo que se nomeia autocontrole. Vencer a
atribuição de uma questão de segurança parte de um mínimo a ser
correspondido pelo ser cidadão, o de ser dentro da cidadania no
respeito à ordem e na crítica onde esta possa melhorar, quando do
aspecto mais humanístico, das conquistas do afeto, do mesmo respeito
supracitado, e das vantagens de se obter meios mais transparentes
rumo à paz e à ausência da retaliação por questões de
idiossincrasias ou preferências particulares, no respeito
individual.
As
questões de ordem ideológica, se levadas a termo, não revelam
muita inteligência, e passam à ingerência de uma exclusão por
princípios de filtros que não se encaixam naquilo que se argui como
ação, ou ação sem consciência, quando consideramos a consciência
justamente a intenção de incluir algo ou alguém como realidade e
fato expressivo, existencial e de conhecimento cabal quando se sabe
que a crença em uma religião no mais das vezes é uma grande
escolha para a realidade tão dura por que passam muitos em redor do
planeta. Não se trata da medição de forças para algo ou alguém
ou um grupo, mas a crença e a fé em si, de per si e para si, que
outros possam corroborar a fé, ou que alguém que resida em lugar
onde a sua crença seja minorada, a valorização de sua fé e a
liberdade de seu culto, seja qual for, dentro da miríade de
religiões e culturas do mundo. Esse ser cultural passa pela natural
diversidade que se reflete no exterior a ele, reflexo dos climas da
Terra, seus milhões de espécies, e a preservação em que o
pensamento da inclusão e do respeito ao próximo – humano – e
extensivo aos outros seres e mananciais torna possível uma vida em
sociedade mais pacífica, compreensiva e mais civilizada, portanto.
As questões de ordem econômica que queiram dividir ou gerar
estamentos mais excludentes põem a perder toda a semântica poética
da vida e seus afetos, da clausura e suas maldades, da ignorância
como modo de vida e da segregação de populações inteiras. O que
temos a crer – nisso englobando os ensinamentos de Cristo – vem
do perdão, da mensagem de paz, do poder evangelizador dos justos, e
da germinação da bondade como meio de se viver mesmo dentro de
hostilizações recorrentes, pois muitos ainda continuam a ofender,
sem a compreensão crística da mesma bondade citada. A esse amor
inclusivo, crístico, não ofensivo – pois o amor é o maior
sentimento –, é que devem se pautar aqueles que iniciam o
sacramento e a eucaristia para que ambos possam ser compreendidos em
sua essência, e que se conceba o Velho Testamento como uma
preparação da vinda do Messias na Terra, e que este vive em nós e
que a Ele, tão somente a Ele, concedamos a graça e a inclusão de
todos os excluídos em mais uma consagração de Natal. E que oremos
por essa consagração, pois a luz dos Evangelhos ilumina o caminho
dos homens e das mulheres, e o respeito integral a este mundo!
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